Este documento contém várias canções populares portuguesas sobre amor e saudade. As letras falam sobre o sofrimento de estar separado do amado/a através de uma ribeira cheia ou por outros impedimentos e a vontade de estar junto da pessoa amada.
1. Ribeira vai cheia
Ribeira vai cheia e o barco não anda
Tenho a meu amor lá naquela banda
Lá naquela banda e eu cá deste lado
Ribeira vai cheia e o barco parado
Ribeira vai cheia e o barco parado
Tenho a meu amor lá daquele lado
Lá daquele lado e eu cá desta banda
Ribeira vai cheia e o barco não anda
A caixa sem tampa
Fica destapada
Ri-te para mim
Porque não quero mais nada.
REFRÃO
Se me queres contente
Ao pé de ti tou bem
Se me queres alegre
Não fales a ninguém.
Eu bonito não sou,
Riqueza não ganhei,
Diz-me lá amor
Como é que eu te agradei?
2. Não quero que vás à monda
Não quero que vás à monda
nem à ribeira lavar; só quero que me acompanhes
Ó meu lindo amor!
no dia em que m'eu casar.
Ó meu lindo amor!
no dia em que m'eu casar.
No dia em que m'eu casar
hás-de ser minha madrinha;
só quero que me acompanhes
Ó meu lindo amor!
eu não quero ir sozinha.
Ó meu lindo amor!
eu não quero ir sozinha.
3. Alecrim
Alecrim alecrim aos molhos
por causa de ti
choram os meus olhos
ai meu amor
quem te disse a ti
que a flor do monte
era o alecrim
Alecrim alecrim doirado
que nasce no monte
sem ser semeado
ai meu amor
quem te disse a ti
que a flor do monte
era o alecrim
4. Ó rama, ó que linda rama
Ó rama, ó que linda rama.
Ó rama da oliveira!
O meu par é o mais lindo
Que anda aqui na roda inteira!
Que anda aqui na roda inteira,
Aqui e em qualquer lugar,
Ó rama, que linda rama,
Ó rama do olival!
Eu gosto muito de ouvir
Cantar a quem aprendeu.
Se houvera quem me ensinara,
Quem aprendia era eu!
Não m'invejo de quem tem
Parelhas, éguas e montes;
Só m'invejo de quem bebe
A água em todas as fontes.
Fui à fonte beber água,
Encontrei um ramo verde;
Quem o perdeu tinha amores,
Quem o achou tinha sede.
Debaixo da oliveira
Não se pode namorar;
A folha é miudinha,
Deixa passar o luar.
5. Fui colher uma romã
Fui colher uma romã
Estava madura no ramo
Fui encontrar no jardim
Fui encontrar no jardim
Aquela mulher que eu amo
Aquela mulher que eu amo
Dei-lhe um aperto de mão
Estava madura no ramo
Estava madura no ramo
E o ramo caiu ao chão
Vou-me embora p’ra cidade
Que o campo já me aborrece
Eu lá na cidade tenho
Eu lá na cidade tenho
Quem por mim penas padece
6. As nuvens que andam no ar
As nuvens que andam no ar
Arrastadas pelo vento
Foram buscar água ao mar
P’ra regar em todo o tempo
P’ra regar em todo o tempo
Em todo o tempo regar
Arrastadas pelo vento
As nuvens que andam no ar