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Ribeira vai cheia
Ribeira vai cheia e o barco não anda
Tenho a meu amor lá naquela banda
Lá naquela banda e eu cá deste lado
Ribeira vai cheia e o barco parado

Ribeira vai cheia e o barco parado
Tenho a meu amor lá daquele lado
Lá daquele lado e eu cá desta banda
Ribeira vai cheia e o barco não anda

A caixa sem tampa
Fica destapada
Ri-te para mim
Porque não quero mais nada.

REFRÃO

Se me queres contente

Ao pé de ti tou bem
Se me queres alegre
Não fales a ninguém.

Eu bonito não sou,
Riqueza não ganhei,
Diz-me lá amor
Como é que eu te agradei?
Não quero que vás à monda
Não quero que vás à monda
nem à ribeira lavar; só quero que me acompanhes

Ó meu lindo amor!
no dia em que m'eu casar.
Ó meu lindo amor!
no dia em que m'eu casar.

No dia em que m'eu casar
hás-de ser minha madrinha;

só quero que me acompanhes

Ó meu lindo amor!
eu não quero ir sozinha.

Ó meu lindo amor!
eu não quero ir sozinha.
Alecrim
Alecrim alecrim aos molhos
por causa de ti
choram os meus olhos
ai meu amor
quem te disse a ti
que a flor do monte
era o alecrim

Alecrim alecrim doirado
que nasce no monte
sem ser semeado
ai meu amor
quem te disse a ti
que a flor do monte
era o alecrim
Ó rama, ó que linda rama
Ó rama, ó que linda rama.
Ó rama da oliveira!
O meu par é o mais lindo
Que anda aqui na roda inteira!

Que anda aqui na roda inteira,
Aqui e em qualquer lugar,
Ó rama, que linda rama,
Ó rama do olival!

Eu gosto muito de ouvir
Cantar a quem aprendeu.
Se houvera quem me ensinara,
Quem aprendia era eu!

Não m'invejo de quem tem
Parelhas, éguas e montes;
Só m'invejo de quem bebe
A água em todas as fontes.

Fui à fonte beber água,
Encontrei um ramo verde;
Quem o perdeu tinha amores,
Quem o achou tinha sede.

Debaixo da oliveira
Não se pode namorar;
A folha é miudinha,
Deixa passar o luar.
Fui colher uma romã

Fui colher uma romã
Estava madura no ramo
Fui encontrar no jardim
Fui encontrar no jardim
Aquela mulher que eu amo
Aquela mulher que eu amo
Dei-lhe um aperto de mão
Estava madura no ramo
Estava madura no ramo
E o ramo caiu ao chão
Vou-me embora p’ra cidade
Que o campo já me aborrece
Eu lá na cidade tenho
Eu lá na cidade tenho
Quem por mim penas padece
As nuvens que andam no ar
As nuvens que andam no ar
Arrastadas pelo vento
Foram buscar água ao mar
P’ra regar em todo o tempo
P’ra regar em todo o tempo
Em todo o tempo regar
Arrastadas pelo vento
As nuvens que andam no ar

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Ribeira vai cheia - canção tradicional portuguesa

  • 1. Ribeira vai cheia Ribeira vai cheia e o barco não anda Tenho a meu amor lá naquela banda Lá naquela banda e eu cá deste lado Ribeira vai cheia e o barco parado Ribeira vai cheia e o barco parado Tenho a meu amor lá daquele lado Lá daquele lado e eu cá desta banda Ribeira vai cheia e o barco não anda A caixa sem tampa Fica destapada Ri-te para mim Porque não quero mais nada. REFRÃO Se me queres contente Ao pé de ti tou bem Se me queres alegre Não fales a ninguém. Eu bonito não sou, Riqueza não ganhei, Diz-me lá amor Como é que eu te agradei?
  • 2. Não quero que vás à monda Não quero que vás à monda nem à ribeira lavar; só quero que me acompanhes Ó meu lindo amor! no dia em que m'eu casar. Ó meu lindo amor! no dia em que m'eu casar. No dia em que m'eu casar hás-de ser minha madrinha; só quero que me acompanhes Ó meu lindo amor! eu não quero ir sozinha. Ó meu lindo amor! eu não quero ir sozinha.
  • 3. Alecrim Alecrim alecrim aos molhos por causa de ti choram os meus olhos ai meu amor quem te disse a ti que a flor do monte era o alecrim Alecrim alecrim doirado que nasce no monte sem ser semeado ai meu amor quem te disse a ti que a flor do monte era o alecrim
  • 4. Ó rama, ó que linda rama Ó rama, ó que linda rama. Ó rama da oliveira! O meu par é o mais lindo Que anda aqui na roda inteira! Que anda aqui na roda inteira, Aqui e em qualquer lugar, Ó rama, que linda rama, Ó rama do olival! Eu gosto muito de ouvir Cantar a quem aprendeu. Se houvera quem me ensinara, Quem aprendia era eu! Não m'invejo de quem tem Parelhas, éguas e montes; Só m'invejo de quem bebe A água em todas as fontes. Fui à fonte beber água, Encontrei um ramo verde; Quem o perdeu tinha amores, Quem o achou tinha sede. Debaixo da oliveira Não se pode namorar; A folha é miudinha, Deixa passar o luar.
  • 5. Fui colher uma romã Fui colher uma romã Estava madura no ramo Fui encontrar no jardim Fui encontrar no jardim Aquela mulher que eu amo Aquela mulher que eu amo Dei-lhe um aperto de mão Estava madura no ramo Estava madura no ramo E o ramo caiu ao chão Vou-me embora p’ra cidade Que o campo já me aborrece Eu lá na cidade tenho Eu lá na cidade tenho Quem por mim penas padece
  • 6. As nuvens que andam no ar As nuvens que andam no ar Arrastadas pelo vento Foram buscar água ao mar P’ra regar em todo o tempo P’ra regar em todo o tempo Em todo o tempo regar Arrastadas pelo vento As nuvens que andam no ar