SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 23
1.ªs Jornadas para a Salvaguarda do
Património Cultural Imaterial do Algarve
Rede de Museus do Algarve: Os desafios do
Património Imaterial
Tavira, 17 de outubro de 2015
Idalina Nobre - Museu Municipal de Albufeira
Ana Xavier – Parque Natural da Ria Formosa
Coordenadoras do Grupo RMA/PCI
,
Rede de Museus do Algarve
(2007 - 2015 )
Rede de Museus do Algarve
• A Rede de Museus do Algarve , criada em 2007, é uma estrutura informal que
tem por missão articular, cooperar e partilhar responsabilidades e recursos, entre
os museus do Algarve, visando o desenvolvimento integrado da ação
museológica e patrimonial da região, reforçando as opções da sua oferta cultural.
• Carta de Princípios:
1. Princípio da Liberdade de Adesão;
2. Princípio da cooperação em rede;
3. Princípio de serviço público e da ética profissional;
4. Princípio da informação e comunicação;
5. Princípio da formação e inovação;
6. Princípio da programação museológica.
Grupo do Património Cultural Imaterial
O Grupo do PCI foi criado em 2010 com os seguintes objectivos:
• Formação para os profissionais dos Museus;
• Desenvolvimento de instrumentos documentais;
• Contribuir para o inventário e divulgação de manifestações de PCI
no Algarve.
Formação teórica para os profissionais dos Museus
• Técnicos de Museus encontram-se: Património Cultural
Imaterial. Querença, 08/03/2010;
• Lugares do Imaterial: o inventário de PCI como processo
participativo. Lorena Querol. S.Brás de Alportel, 08/05/2012;
• Inventário de PCI em contextos museológicos. Paulo Costa.
Querença, 30/01/2012;
• Técnicos de Museus encontram-se: formação e troca de
experiências. Loulé, 21/01/2013;
• Processos de patrimonialização e folclorização, Carla Almeida.
Faro- 13 de maio e 11 de novembro de 2013;
• Metodologias e práticas de trabalho no terreno, Carla
Almeida. S.Brás de Alportel, 7 de julho de 2013;
Audiovisual em Museus. Jorge Murteira. Museu do Traje.
S.Brás Alportel, 17/03/2014.
Comunicação Cultural-
contributos para a
sustentabilidade
Formadora: Maria Vlachou
Organização: APOM
9 e 10 Fevereiro 2015
Biblioteca Municipal de
Albufeira
Património Imaterial: princípios e metodologias de
salvaguarda. Paulo Costa e Carla Queirós. Albufeira, 26 a 29
Maio de 2015
Grupo do PCI
Formação prática para os profissionais dos Museus
Desenvolvimento de competências no âmbito da recolha do PCI:
• O trabalho do Esparto - S. Brás Alportel, lugar do Desbarato, artesão
João Florêncio, Novembro de 2014.
• O trabalho do Esparto – Alte, aldeia de Sarnadas, artesã
Aldegundes Gomes, Março de 2015.
• O trabalho do abegão – Ferreiras, Albufeira, artesão João Teodósio,
Julho de 2015.
Artesão João Florêncio
lugar do Desbarato, S. Brás de Alportel
,
fazendo o fio de pita
Balanço técnico da saída de campo
• Verificámos que ao nível das metodologias de
registo e documentação do PCI tínhamos de
melhorar o nosso desempenho na:
• condução da entrevista,
• registo audio,
• registo fotográfico,
• registo video.
Artesã Aldegundes
Gomes
Sítio das Sarnadas, Alte
Começou a trabalhar o esparto
já em adulta, inspirando-se em
peças trazidas de Espanha por
um comerciante do ramo.
aspectos comuns/diferentes aos dois artesãos
Verificamos que há diferenças significativas entre os dois
artesãos:
• com João Florêncio o esparto era uma actividade de
família, com a qual cresceu, e as peças tinham uma
função utilitária (embora mais tarde começasse
também a fazer objectos decorativos).
• com a D. Aldegundes, a actividade ganhou uma função
turística. Apesar de Alte ter tradição no esparto, a D.
Aldegundes representa a mudança; o processo de
transição do tradicional para o “típico”/“folclórico”.
Abegão João Teodósio
Ferreiras, Albufeira
Começou a
trabalhar
com o pai
aos 13 anos,
sendo hoje o
último
abegão no
Algarve
ainda a
exercer o
ofício.
O fogo é indispensável para “enferrar” (meter os aros na rodas)
Paralelamente…
Ficha de registo das
manifestações de
PCI no Algarve
(adaptada da Ficha de
inventário do PCI
aprovada pela portaria
nº 196/2010, de 9 de
Abril)
para inventário de
PCI no Algarve e sua
publicação no blog
da RMA
REDE DE MUSEUS DO ALGARVE: OS DESAFIOS DO PATRIMÓNIO IMATERIAL
REDE DE MUSEUS DO ALGARVE: OS DESAFIOS DO PATRIMÓNIO IMATERIAL

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a REDE DE MUSEUS DO ALGARVE: OS DESAFIOS DO PATRIMÓNIO IMATERIAL

Histórias de Ida e Volta - Promover a cultura oral, formar contadores para quê?
Histórias de Ida e Volta - Promover a cultura oral, formar contadores para quê?Histórias de Ida e Volta - Promover a cultura oral, formar contadores para quê?
Histórias de Ida e Volta - Promover a cultura oral, formar contadores para quê?AnaArnoldGuerreiro
 
Painel4 - CREIAS Oeste - Paulo Maranhão (Esc. Sup. de Turismo e Tecnologia do...
Painel4 - CREIAS Oeste - Paulo Maranhão (Esc. Sup. de Turismo e Tecnologia do...Painel4 - CREIAS Oeste - Paulo Maranhão (Esc. Sup. de Turismo e Tecnologia do...
Painel4 - CREIAS Oeste - Paulo Maranhão (Esc. Sup. de Turismo e Tecnologia do...CIDAADS
 
Apresentação Parque Histórico de Carambeí
Apresentação Parque Histórico de CarambeíApresentação Parque Histórico de Carambeí
Apresentação Parque Histórico de CarambeíTarás Antônio Dilay
 
Património cultural ano europeu do património industrial e técnico 2015 - a...
Património cultural   ano europeu do património industrial e técnico 2015 - a...Património cultural   ano europeu do património industrial e técnico 2015 - a...
Património cultural ano europeu do património industrial e técnico 2015 - a...Artur Filipe dos Santos
 
Curso Agente Cultural Audiovisual
Curso Agente Cultural AudiovisualCurso Agente Cultural Audiovisual
Curso Agente Cultural AudiovisualGuedes_filho
 
First Aid Kit for Museums at a Time of Crisis [in Portuguese only]
First Aid Kit for Museums at a Time of Crisis [in Portuguese only]First Aid Kit for Museums at a Time of Crisis [in Portuguese only]
First Aid Kit for Museums at a Time of Crisis [in Portuguese only]ICOM_Portugal
 
Museu das Comunicações Cristina Weber
Museu das Comunicações Cristina WeberMuseu das Comunicações Cristina Weber
Museu das Comunicações Cristina WeberJoão Lima
 
Arraiolos Interactivo
Arraiolos InteractivoArraiolos Interactivo
Arraiolos Interactivoguest4b3355
 
Projecto De Intervenção Cultural - Museu da Chapelaria
Projecto De Intervenção Cultural - Museu da ChapelariaProjecto De Intervenção Cultural - Museu da Chapelaria
Projecto De Intervenção Cultural - Museu da ChapelariaAlexandra Alves
 
Plano de aula unid. 3
Plano de aula   unid. 3Plano de aula   unid. 3
Plano de aula unid. 3josemilia17
 
AGENDA CULTURAL DA PÓVOA DE VARZIM NOV. E DEZ.
AGENDA CULTURAL DA PÓVOA DE VARZIM NOV. E DEZ.AGENDA CULTURAL DA PÓVOA DE VARZIM NOV. E DEZ.
AGENDA CULTURAL DA PÓVOA DE VARZIM NOV. E DEZ.Blogue Ave
 
Museu da Educação SME
Museu da Educação SMEMuseu da Educação SME
Museu da Educação SMEDeise Delf
 
Portugal emag democratic_values
Portugal emag democratic_valuesPortugal emag democratic_values
Portugal emag democratic_valuesIsabel Anjo
 
Educação Museal - MUSEU DO PIAUÍ
Educação Museal - MUSEU DO PIAUÍEducação Museal - MUSEU DO PIAUÍ
Educação Museal - MUSEU DO PIAUÍSaber Museu
 
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015Betoray
 
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015Betoray
 

Semelhante a REDE DE MUSEUS DO ALGARVE: OS DESAFIOS DO PATRIMÓNIO IMATERIAL (20)

Histórias de Ida e Volta - Promover a cultura oral, formar contadores para quê?
Histórias de Ida e Volta - Promover a cultura oral, formar contadores para quê?Histórias de Ida e Volta - Promover a cultura oral, formar contadores para quê?
Histórias de Ida e Volta - Promover a cultura oral, formar contadores para quê?
 
Painel4 - CREIAS Oeste - Paulo Maranhão (Esc. Sup. de Turismo e Tecnologia do...
Painel4 - CREIAS Oeste - Paulo Maranhão (Esc. Sup. de Turismo e Tecnologia do...Painel4 - CREIAS Oeste - Paulo Maranhão (Esc. Sup. de Turismo e Tecnologia do...
Painel4 - CREIAS Oeste - Paulo Maranhão (Esc. Sup. de Turismo e Tecnologia do...
 
Apresentação Parque Histórico de Carambeí
Apresentação Parque Histórico de CarambeíApresentação Parque Histórico de Carambeí
Apresentação Parque Histórico de Carambeí
 
Património cultural ano europeu do património industrial e técnico 2015 - a...
Património cultural   ano europeu do património industrial e técnico 2015 - a...Património cultural   ano europeu do património industrial e técnico 2015 - a...
Património cultural ano europeu do património industrial e técnico 2015 - a...
 
Curso Agente Cultural Audiovisual
Curso Agente Cultural AudiovisualCurso Agente Cultural Audiovisual
Curso Agente Cultural Audiovisual
 
CVPaulaBA
CVPaulaBACVPaulaBA
CVPaulaBA
 
First Aid Kit for Museums at a Time of Crisis [in Portuguese only]
First Aid Kit for Museums at a Time of Crisis [in Portuguese only]First Aid Kit for Museums at a Time of Crisis [in Portuguese only]
First Aid Kit for Museums at a Time of Crisis [in Portuguese only]
 
Museu das Comunicações Cristina Weber
Museu das Comunicações Cristina WeberMuseu das Comunicações Cristina Weber
Museu das Comunicações Cristina Weber
 
Arraiolos Interactivo
Arraiolos InteractivoArraiolos Interactivo
Arraiolos Interactivo
 
Projecto De Intervenção Cultural - Museu da Chapelaria
Projecto De Intervenção Cultural - Museu da ChapelariaProjecto De Intervenção Cultural - Museu da Chapelaria
Projecto De Intervenção Cultural - Museu da Chapelaria
 
Atividade 3.5
Atividade 3.5Atividade 3.5
Atividade 3.5
 
Plano de aula unid. 3
Plano de aula   unid. 3Plano de aula   unid. 3
Plano de aula unid. 3
 
AGENDA CULTURAL DA PÓVOA DE VARZIM NOV. E DEZ.
AGENDA CULTURAL DA PÓVOA DE VARZIM NOV. E DEZ.AGENDA CULTURAL DA PÓVOA DE VARZIM NOV. E DEZ.
AGENDA CULTURAL DA PÓVOA DE VARZIM NOV. E DEZ.
 
Museu da Educação SME
Museu da Educação SMEMuseu da Educação SME
Museu da Educação SME
 
Portugal emag democratic_values
Portugal emag democratic_valuesPortugal emag democratic_values
Portugal emag democratic_values
 
Educação Museal - MUSEU DO PIAUÍ
Educação Museal - MUSEU DO PIAUÍEducação Museal - MUSEU DO PIAUÍ
Educação Museal - MUSEU DO PIAUÍ
 
Cv pedro nascimento
Cv pedro nascimentoCv pedro nascimento
Cv pedro nascimento
 
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015
 
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015
E otchoto project - inclusao digital vs inclusao social em angola -2015
 
Plano de aula
Plano de aula  Plano de aula
Plano de aula
 

REDE DE MUSEUS DO ALGARVE: OS DESAFIOS DO PATRIMÓNIO IMATERIAL

  • 1. 1.ªs Jornadas para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial do Algarve Rede de Museus do Algarve: Os desafios do Património Imaterial Tavira, 17 de outubro de 2015 Idalina Nobre - Museu Municipal de Albufeira Ana Xavier – Parque Natural da Ria Formosa Coordenadoras do Grupo RMA/PCI
  • 2. , Rede de Museus do Algarve (2007 - 2015 )
  • 3. Rede de Museus do Algarve • A Rede de Museus do Algarve , criada em 2007, é uma estrutura informal que tem por missão articular, cooperar e partilhar responsabilidades e recursos, entre os museus do Algarve, visando o desenvolvimento integrado da ação museológica e patrimonial da região, reforçando as opções da sua oferta cultural. • Carta de Princípios: 1. Princípio da Liberdade de Adesão; 2. Princípio da cooperação em rede; 3. Princípio de serviço público e da ética profissional; 4. Princípio da informação e comunicação; 5. Princípio da formação e inovação; 6. Princípio da programação museológica.
  • 4.
  • 5. Grupo do Património Cultural Imaterial O Grupo do PCI foi criado em 2010 com os seguintes objectivos: • Formação para os profissionais dos Museus; • Desenvolvimento de instrumentos documentais; • Contribuir para o inventário e divulgação de manifestações de PCI no Algarve.
  • 6. Formação teórica para os profissionais dos Museus • Técnicos de Museus encontram-se: Património Cultural Imaterial. Querença, 08/03/2010; • Lugares do Imaterial: o inventário de PCI como processo participativo. Lorena Querol. S.Brás de Alportel, 08/05/2012; • Inventário de PCI em contextos museológicos. Paulo Costa. Querença, 30/01/2012; • Técnicos de Museus encontram-se: formação e troca de experiências. Loulé, 21/01/2013; • Processos de patrimonialização e folclorização, Carla Almeida. Faro- 13 de maio e 11 de novembro de 2013; • Metodologias e práticas de trabalho no terreno, Carla Almeida. S.Brás de Alportel, 7 de julho de 2013;
  • 7. Audiovisual em Museus. Jorge Murteira. Museu do Traje. S.Brás Alportel, 17/03/2014.
  • 8. Comunicação Cultural- contributos para a sustentabilidade Formadora: Maria Vlachou Organização: APOM 9 e 10 Fevereiro 2015 Biblioteca Municipal de Albufeira
  • 9. Património Imaterial: princípios e metodologias de salvaguarda. Paulo Costa e Carla Queirós. Albufeira, 26 a 29 Maio de 2015
  • 10. Grupo do PCI Formação prática para os profissionais dos Museus Desenvolvimento de competências no âmbito da recolha do PCI: • O trabalho do Esparto - S. Brás Alportel, lugar do Desbarato, artesão João Florêncio, Novembro de 2014. • O trabalho do Esparto – Alte, aldeia de Sarnadas, artesã Aldegundes Gomes, Março de 2015. • O trabalho do abegão – Ferreiras, Albufeira, artesão João Teodósio, Julho de 2015.
  • 11. Artesão João Florêncio lugar do Desbarato, S. Brás de Alportel
  • 12. ,
  • 13. fazendo o fio de pita
  • 14. Balanço técnico da saída de campo • Verificámos que ao nível das metodologias de registo e documentação do PCI tínhamos de melhorar o nosso desempenho na: • condução da entrevista, • registo audio, • registo fotográfico, • registo video.
  • 15. Artesã Aldegundes Gomes Sítio das Sarnadas, Alte Começou a trabalhar o esparto já em adulta, inspirando-se em peças trazidas de Espanha por um comerciante do ramo.
  • 16.
  • 17. aspectos comuns/diferentes aos dois artesãos Verificamos que há diferenças significativas entre os dois artesãos: • com João Florêncio o esparto era uma actividade de família, com a qual cresceu, e as peças tinham uma função utilitária (embora mais tarde começasse também a fazer objectos decorativos). • com a D. Aldegundes, a actividade ganhou uma função turística. Apesar de Alte ter tradição no esparto, a D. Aldegundes representa a mudança; o processo de transição do tradicional para o “típico”/“folclórico”.
  • 18. Abegão João Teodósio Ferreiras, Albufeira Começou a trabalhar com o pai aos 13 anos, sendo hoje o último abegão no Algarve ainda a exercer o ofício.
  • 19.
  • 20. O fogo é indispensável para “enferrar” (meter os aros na rodas)
  • 21. Paralelamente… Ficha de registo das manifestações de PCI no Algarve (adaptada da Ficha de inventário do PCI aprovada pela portaria nº 196/2010, de 9 de Abril) para inventário de PCI no Algarve e sua publicação no blog da RMA