Trata-se da solução de um problema de excesso de carga em estrutura existente, a ser carregada por uma carga pontual muito alta sobre uma das lajes, o que provocaria falência estrutural localizada. O reforço foi realizado com fibra de carbono, aumentando a espessura da laje e altura da viga, garantindo segurança estrutural. O reforço foi executado rapidamente em menos de um dia para não atrasar a instalação do equipamento.
O documento discute os principais conceitos relacionados a alvenarias, incluindo sua função de separar ambientes, classificação de acordo com estrutura e sistema de ligação, e tipos comuns de blocos utilizados como tijolos cerâmicos vazados, blocos de concreto e blocos de gesso.
Este estudo avalia a variação da dureza superficial do concreto em três alturas de dez pilares moldados em laboratório. Os pilares variaram em consistência do concreto (S100, S200 e autoadensável), adensamento (vibrado ou não) e altura no pilar (base, meio e topo). Os resultados indicam que a dureza superficial é maior na base dos pilares de concreto comum, enquanto não há diferença significativa nas alturas para o concreto autoadensável.
Norma brasileira que fixa os procedimentos e condições que devem ser obedecidos na execução das estruturas provisórias que servem de fôrmas e escoramentos, para a execução de estruturas de concreto moldadas in loco.
Este documento discute as juntas de movimentação em alvenaria estrutural. Ele explica porque juntas de movimentação são necessárias para limitar o tamanho dos painéis de alvenaria e prevenir concentrações de tensão. O documento fornece recomendações sobre onde especificar juntas e o espaçamento adequado entre elas com base em vários códigos e pesquisas. Ele também discute detalhes sobre o projeto e materiais para juntas de movimentação.
Este documento discute a concepção estrutural de edifícios de concreto armado. Ele descreve as etapas do projeto estrutural, incluindo concepção, análise, síntese e otimização. Também discute os elementos estruturais básicos como lajes, vigas e pilares, e fornece diretrizes para o dimensionamento preliminar destes elementos.
O documento apresenta os principais conceitos do curso de Concreto Armado I, incluindo: 1) introdução aos materiais e propriedades do concreto armado, 2) metodologia de cálculo estrutural, 3) concepção estrutural e elaboração de plantas de formas, 4) pré-dimensionamento de elementos estruturais e 5) verificação dos estados limites de serviço.
Este documento discute parâmetros de projeto para fundações, incluindo ensaios de campo e laboratoriais para determinar características de resistência e deformação do solo. Correlações entre resultados de ensaios são apresentadas, como a correlação entre o número de pancadas SPT corrigido e a densidade relativa de areias. O documento também fornece correlações entre densidade e ângulo de atrito interno para areias.
Este documento discute as tecnologias da construção civil, incluindo fundamentos, estruturas e materiais. Ele fornece definições de fundamentos e estruturas, classificações de solos e materiais estruturais, e detalhes sobre dimensionamento, projeto e execução de fundamentos rasos e profundos.
O documento discute os principais conceitos relacionados a alvenarias, incluindo sua função de separar ambientes, classificação de acordo com estrutura e sistema de ligação, e tipos comuns de blocos utilizados como tijolos cerâmicos vazados, blocos de concreto e blocos de gesso.
Este estudo avalia a variação da dureza superficial do concreto em três alturas de dez pilares moldados em laboratório. Os pilares variaram em consistência do concreto (S100, S200 e autoadensável), adensamento (vibrado ou não) e altura no pilar (base, meio e topo). Os resultados indicam que a dureza superficial é maior na base dos pilares de concreto comum, enquanto não há diferença significativa nas alturas para o concreto autoadensável.
Norma brasileira que fixa os procedimentos e condições que devem ser obedecidos na execução das estruturas provisórias que servem de fôrmas e escoramentos, para a execução de estruturas de concreto moldadas in loco.
Este documento discute as juntas de movimentação em alvenaria estrutural. Ele explica porque juntas de movimentação são necessárias para limitar o tamanho dos painéis de alvenaria e prevenir concentrações de tensão. O documento fornece recomendações sobre onde especificar juntas e o espaçamento adequado entre elas com base em vários códigos e pesquisas. Ele também discute detalhes sobre o projeto e materiais para juntas de movimentação.
Este documento discute a concepção estrutural de edifícios de concreto armado. Ele descreve as etapas do projeto estrutural, incluindo concepção, análise, síntese e otimização. Também discute os elementos estruturais básicos como lajes, vigas e pilares, e fornece diretrizes para o dimensionamento preliminar destes elementos.
O documento apresenta os principais conceitos do curso de Concreto Armado I, incluindo: 1) introdução aos materiais e propriedades do concreto armado, 2) metodologia de cálculo estrutural, 3) concepção estrutural e elaboração de plantas de formas, 4) pré-dimensionamento de elementos estruturais e 5) verificação dos estados limites de serviço.
Este documento discute parâmetros de projeto para fundações, incluindo ensaios de campo e laboratoriais para determinar características de resistência e deformação do solo. Correlações entre resultados de ensaios são apresentadas, como a correlação entre o número de pancadas SPT corrigido e a densidade relativa de areias. O documento também fornece correlações entre densidade e ângulo de atrito interno para areias.
Este documento discute as tecnologias da construção civil, incluindo fundamentos, estruturas e materiais. Ele fornece definições de fundamentos e estruturas, classificações de solos e materiais estruturais, e detalhes sobre dimensionamento, projeto e execução de fundamentos rasos e profundos.
Nbr 6122 1996 - projeto e execução de fundaçõesFernando Boff
1. Este documento estabelece normas técnicas para o projeto e execução de fundações de edifícios, pontes e outras estruturas.
2. Ele define termos relacionados a fundações superficiais e profundas, e especifica investigações geotécnicas necessárias para projetar fundações adequadas.
3. As normas abordam cargas admissíveis, tipos de fundações, escavações e instrumentação para observação do comportamento de fundações.
1. O documento estabelece diretrizes de segurança para escavações a céu aberto em solos e rochas, excluindo escavações para mineração e túneis.
2. As diretrizes cobrem projeto, proteção, estabilidade, fatores de segurança e fenômenos relacionados a escavações.
3. O projeto deve caracterizar o subsolo, considerar cargas, calcular empuxo, verificar estabilidade e adotar fatores de segurança apropriados.
O documento fornece instruções para construir uma caixa de água em ferro cimento, incluindo materiais necessários, dimensões recomendadas de acordo com a capacidade de armazenamento de água desejada, e etapas do processo de construção como preparação do terreno, montagem da estrutura de arame, aplicação da argamassa e cura.
Este documento descreve os procedimentos para o projeto de edifícios de concreto armado, incluindo: (1) o lançamento da estrutura com pilares e vigas, considerando cargas, dimensões e apoios; (2) preparação das plantas de formas com numeração dos elementos e convenções; (3) estimativa de cargas em pilares usando áreas de influência.
A experiência brasileira na utilização do ensaio de integridade através da pe...Felipe Souza Cruz
Este documento descreve a primeira aplicação do teste de integridade térmica no Brasil, realizado em 2013 em obras para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. O teste forneceu resultados sobre a integridade das estacas, deslocamento da armadura e alargamento da seção transversal. O teste de integridade térmica pode mapear defeitos ao longo de toda a estaca, fornecendo uma avaliação mais completa da qualidade da fundação do que outros métodos disponíveis.
Este documento apresenta o projeto estrutural de uma escola profissionalizante no Brasil. O projeto inclui lajes maciças, treliçadas e nervuradas, vigas em todos os níveis do prédio e pilares dimensionados de acordo com as cargas e o projeto arquitetônico. O documento descreve os parâmetros de durabilidade, cargas consideradas no projeto, modelo estrutural adotado e dimensionamento dos elementos estruturais de acordo com normas brasileiras.
Este documento fornece diretrizes para o dimensionamento preliminar de vigas pré-moldadas protendidas para pontes rodoviárias. Ele discute como estimar as principais dimensões do tabuleiro, como a altura da viga, o entre-eixo, o balanço e as espessuras da laje, com base em correlações típicas. Também aborda questões importantes de execução como a concretagem nas zonas críticas onde os cabos sobem na alma da viga.
O documento discute tipos de fundações para edificações, incluindo: 1) Fundações rasas executadas em valas rasas com profundidade máxima de 3m, como alicerces e sapatas corridas; 2) Fundações profundas para quando o solo resistente está acima de 3m de profundidade, como estacas; 3) Métodos de sondagem e equipamentos para analisar o solo, como sondagem a percussão.
O documento discute os materiais e métodos para a execução de pisos de concreto armado. Aborda os principais componentes do concreto como cimento, agregados e armaduras. Também descreve os tipos de pisos, equipamentos, aditivos, revestimentos e detalhes da execução como formas, concretagem, cura e juntas. A conclusão ressalta que a construção correta de pisos de concreto aliada aos aditivos e revestimentos adequados proporciona maior resistência, durabilidade e vida útil ao piso.
Este documento fornece informações técnicas sobre alvenarias de vedação, incluindo diferentes tipos de alvenarias, terminologia, projetos auxiliares, padronização estrutural e arquitetônica, e o uso de pré-moldados em concreto e argamassa armada, como vergas e contra-vergas. O documento contém 27 figuras ilustrativas dos diferentes tipos de alvenarias e detalhes construtivos.
Esta norma técnica brasileira estabelece os requisitos para guarda-corpos em edificações residenciais e comerciais. Ela especifica os materiais permitidos, o projeto, as dimensões mínimas, os tipos de testes de desempenho requeridos e os critérios de aceitação. A norma também fornece definições técnicas e referências a outras normas sobre materiais e métodos de teste.
O documento discute patologias em alvenarias estruturais de blocos vazados de concreto, identificando as principais anomalias como fissuras, eflorescências e suas possíveis causas. É analisado o diagrama de Ishikawa para avaliar as anomalias relacionando-as a características de qualidade não atendidas durante o projeto, materiais, execução ou manutenção. São descritas as configurações mais comuns de fissuras verticais, inclinadas e horizontais e suas prováveis causas.
Este documento discute diferentes tipos de muros de contenção, incluindo muros de gravidade feitos de alvenaria, concreto, gabiões ou pneus. Também aborda sistemas de drenagem para muros, estabilidade de muros, cálculos de esforços e segurança, e exemplos de dimensionamento de muros.
O documento apresenta notas de aula sobre estruturas metálicas para galpões industriais. Ele descreve o processo de concepção estrutural, incluindo a análise do projeto arquitetônico e pré-análise estrutural. Também discute as cargas atuantes na estrutura, como cargas permanentes e acidentais.
Nbr 6122 1996 - projeto e execução de fundaçõesFernando Boff
1. Este documento estabelece normas técnicas para o projeto e execução de fundações de edifícios, pontes e outras estruturas.
2. Ele define termos relacionados a fundações superficiais e profundas, e especifica investigações geotécnicas necessárias para projetar fundações adequadas.
3. As normas abordam cargas admissíveis, tipos de fundações, escavações e instrumentação para observação do comportamento de fundações.
1. O documento estabelece diretrizes de segurança para escavações a céu aberto em solos e rochas, excluindo escavações para mineração e túneis.
2. As diretrizes cobrem projeto, proteção, estabilidade, fatores de segurança e fenômenos relacionados a escavações.
3. O projeto deve caracterizar o subsolo, considerar cargas, calcular empuxo, verificar estabilidade e adotar fatores de segurança apropriados.
O documento fornece instruções para construir uma caixa de água em ferro cimento, incluindo materiais necessários, dimensões recomendadas de acordo com a capacidade de armazenamento de água desejada, e etapas do processo de construção como preparação do terreno, montagem da estrutura de arame, aplicação da argamassa e cura.
Este documento descreve os procedimentos para o projeto de edifícios de concreto armado, incluindo: (1) o lançamento da estrutura com pilares e vigas, considerando cargas, dimensões e apoios; (2) preparação das plantas de formas com numeração dos elementos e convenções; (3) estimativa de cargas em pilares usando áreas de influência.
A experiência brasileira na utilização do ensaio de integridade através da pe...Felipe Souza Cruz
Este documento descreve a primeira aplicação do teste de integridade térmica no Brasil, realizado em 2013 em obras para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. O teste forneceu resultados sobre a integridade das estacas, deslocamento da armadura e alargamento da seção transversal. O teste de integridade térmica pode mapear defeitos ao longo de toda a estaca, fornecendo uma avaliação mais completa da qualidade da fundação do que outros métodos disponíveis.
Este documento apresenta o projeto estrutural de uma escola profissionalizante no Brasil. O projeto inclui lajes maciças, treliçadas e nervuradas, vigas em todos os níveis do prédio e pilares dimensionados de acordo com as cargas e o projeto arquitetônico. O documento descreve os parâmetros de durabilidade, cargas consideradas no projeto, modelo estrutural adotado e dimensionamento dos elementos estruturais de acordo com normas brasileiras.
Este documento fornece diretrizes para o dimensionamento preliminar de vigas pré-moldadas protendidas para pontes rodoviárias. Ele discute como estimar as principais dimensões do tabuleiro, como a altura da viga, o entre-eixo, o balanço e as espessuras da laje, com base em correlações típicas. Também aborda questões importantes de execução como a concretagem nas zonas críticas onde os cabos sobem na alma da viga.
O documento discute tipos de fundações para edificações, incluindo: 1) Fundações rasas executadas em valas rasas com profundidade máxima de 3m, como alicerces e sapatas corridas; 2) Fundações profundas para quando o solo resistente está acima de 3m de profundidade, como estacas; 3) Métodos de sondagem e equipamentos para analisar o solo, como sondagem a percussão.
O documento discute os materiais e métodos para a execução de pisos de concreto armado. Aborda os principais componentes do concreto como cimento, agregados e armaduras. Também descreve os tipos de pisos, equipamentos, aditivos, revestimentos e detalhes da execução como formas, concretagem, cura e juntas. A conclusão ressalta que a construção correta de pisos de concreto aliada aos aditivos e revestimentos adequados proporciona maior resistência, durabilidade e vida útil ao piso.
Este documento fornece informações técnicas sobre alvenarias de vedação, incluindo diferentes tipos de alvenarias, terminologia, projetos auxiliares, padronização estrutural e arquitetônica, e o uso de pré-moldados em concreto e argamassa armada, como vergas e contra-vergas. O documento contém 27 figuras ilustrativas dos diferentes tipos de alvenarias e detalhes construtivos.
Esta norma técnica brasileira estabelece os requisitos para guarda-corpos em edificações residenciais e comerciais. Ela especifica os materiais permitidos, o projeto, as dimensões mínimas, os tipos de testes de desempenho requeridos e os critérios de aceitação. A norma também fornece definições técnicas e referências a outras normas sobre materiais e métodos de teste.
O documento discute patologias em alvenarias estruturais de blocos vazados de concreto, identificando as principais anomalias como fissuras, eflorescências e suas possíveis causas. É analisado o diagrama de Ishikawa para avaliar as anomalias relacionando-as a características de qualidade não atendidas durante o projeto, materiais, execução ou manutenção. São descritas as configurações mais comuns de fissuras verticais, inclinadas e horizontais e suas prováveis causas.
Este documento discute diferentes tipos de muros de contenção, incluindo muros de gravidade feitos de alvenaria, concreto, gabiões ou pneus. Também aborda sistemas de drenagem para muros, estabilidade de muros, cálculos de esforços e segurança, e exemplos de dimensionamento de muros.
O documento apresenta notas de aula sobre estruturas metálicas para galpões industriais. Ele descreve o processo de concepção estrutural, incluindo a análise do projeto arquitetônico e pré-análise estrutural. Também discute as cargas atuantes na estrutura, como cargas permanentes e acidentais.
1. TT32
REFORÇO ESTRUTURAL COM FIBRA DE CARBONO
GILBERTO COURI
ENGENHEIRO CIVIL (PUC/RJ), MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA (PUC/RJ), DOUTORADO EM
ENGENHARIA (COPPE/UFRJ). PROFESSOR TITULAR NA FACULDADE DE ENGENHARIA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; CONSTRUTOR E CONSULTOR TÉCNICO
GUILHERME ADIB COURI
ENGENHEIRO CIVIL (UNLV/EUA), MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA (UFF/RJ), DOUTORANDO
EM ENGENHARIA (UFF/RJ); CONSULTOR SENIOR DA ERNST&YOUNG NA ÁREA DE FUSÕES E
AQUISIÇÕES.
CLARISSA DE ALCANTARA COURI
ENGENHEIRA CIVIL (PUC-RJ), MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA CIVIL (PUC-RJ), MBA EM
AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA (UFF); ATUOU EM PROJETOS ESTRUTURAIS NA CERNA
PROJETOS; ATUA COMO ENGENHEIRA NA OI TELEMAR NORTE LESTE.
2. XIV COBREAP – CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE
AVALIAÇÕES E PERÍCIAS. IBAPE/BA
NATUREZA DO TRABALHO: PROFISSIONAL
REFORÇO ESTRUTURAL COM FIBRA DE CARBONO
Resumo
Trata-se da solução de um problema de excesso de carga em estrutura existente e estável, a
ser carregada por uma carga pontual muito alta sobre uma das lajes, o que provocaria a falência
estrutural localizada. O usuário, prevenindo eventuais problemas e futuras demandas judiciais,
investiu numa análise prévia da estabilidade estrutural, promovendo o reforço indicado pelo laudo
apresentado, o que propiciou a realização das obras e a colocação da aparelhagem de ressonância
magnética sem afetar a segurança estrutural.
PALAVRAS CHAVE: Patologia – Reforço Estrutural – Compósito de Fibra de Carbono
3. INTRODUÇÃO
Uma clínica radiológica em fase de expansão decidiu adquirir aparelhagem de
ressonância magnética, que uma vez instalada, transmitiria uma carga de mais de
seis toneladas de forma concentrada sobre uma das lajes da edificação.
A análise da estrutura indicou que uma falência estrutural localizada, tanto da
laje quanto da viga adjacente, que a sustentava, deveria ocorrer tão logo a carga
atuasse.
Feita a análise e a verificação de segurança estrutural da região a ser
afetada, decidiu-se pelo reforço da estrutura.
Das alternativas possíveis, foram analisadas as seguintes hipóteses: reforço
inferior com chapas de aço coladas, reforço superior com perfis metálicos
sobrepostos e reforço inferior com compósitos em fibra de carbono.
Analisados os prós e contras de cada solução, optou-se por se fazer o reforço
através do uso de fibras de carbono, associadas a um espessamento da laje e
aumento da altura da viga, de modo a garantir a segurança estrutural individual de
cada peça e do conjunto estrutural, como um todo.
A variável, tempo de execução do reforço, foi fator determinante para a
escolha do sistema de reforço a ser adotado, pois o prazo para recebimento e
colocação do equipamento em operação era muito exíguo.
Uma vez analisado o parecer técnico apresentado por laudo de engenharia,
os serviços de execução foram iniciados e executados em menos de um dia útil,
atendendo aos requisitos de segurança e velocidade exigidos.
A ESTRUTURA EXISTENTE
A edificação foi construída em concreto armado há cerca de 60 anos.
Sobre as lajes existia um sobre piso em argamassa de cimento e areia, além
de piso em tacos de madeira. A espessura total desses materiais era de 8 cm.
Inspecionada a estrutura, não foram identificados quaisquer indícios de
carregamentos excessivos ou de deterioração dos materiais, seja por agressões
físicas, químicas ou biológicas.
Foi feito um levantamento da resistência do concreto e a determinação da
armadura existente.
Para a determinação do valor do fck foi utilizado o Método Brasileiro de
Penetração de Pinos. Foram analisadas a viga mais afetada e as lajes contíguas.
Apresentamos abaixo o resultado do ensaio:
QUADRO GERAL DE RESULTADOS
Ponto 1 2 3 4 5 6
46
32
35 38 31 35 30
Penetração do Pino (mm) 29
35 38 41 34 29
20
35
Valor Médio (mm) 35 27 38 38 35 30
Resistência Estimada (MPa) 15,5 21,5 13,5 13,5 15,5 19,5
Ÿ Resistência média estimada à compressão (fcj,médio) = 16,5 MPa
2
4. A identificação da armadura da viga foi feita a partir de pequenas janelas, e foi
verificada a existência de 4 ĭ 12,5 mm para resistir ao momento fletor positivo.
O EQUIPAMENTO
Um equipamento de ressonância magnética seria instalado num dos
conjuntos de salas do terceiro pavimento.
O apoio central do magneto do equipamento transmite carga de 6,2 t sobre
suportes de 20 cm X 30 cm.
Foto nº 1: Vista do equipamento
A ANÁLISE DA ESTRUTURA
As lajes da edificação são paginadas com 3,0 m de largura e 8,0 m de
comprimento, tendo todas 10 cm de espessura. As vigas têm 25 cm de largura por
70 cm de altura.
Inicialmente, para um melhor conhecimento da situação, foi efetuada a
completa remoção do acabamento de piso e do sobre piso em argamassa,
deixando-se a estrutura em osso.
Apresentamos a seguir um croqui esquemático da situação:
3
5. Des nº 1 – Planta de arquitetura esquemática para a colocação do equipamento
3m 3m 3m
20 cm
48 cm
30 cm
8m
20 cm
44 cm
20 cm
222 cm Bases do
equipamento
Des nº 2 – Planta esquemática da estrutura e das bases do equipamento
4
6. VERIFICAÇÃO DE ESTABILIDADE
A partir dos dados de carregamento e dos materiais disponíveis foi feita a
verificação de estabilidade da estrutura através de meios automáticos,
determinando-se quanto de reforço seria necessário se fazer para que a estrutura
mantivesse os níveis de segurança normativos.
As alternativas analisadas foram:
x Colocação de estrutura metálica sobre a laje, de modo que o carregamento
adicional fosse levado diretamente aos pilares, que teriam capacidade de
absorver esse acréscimo de carga;
x Colagem de chapas metálicas que aumentariam as seções de ferragem,
aumentando, conseqüentemente a capacidade de carga da estrutura,
localizadamente;
x Reforço com compósito de fibra de carbono (CFRP), e adição de sobrecapa
de concreto, aumentando as seções das peças estruturais a serem
reforçadas.
ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS
Para subsidiar a decisão sobre qual seria o procedimento adequado para a
execução dos serviços, foram analisados diversos aspectos: custo, facilidade e
prazo de execução dos serviços, aparência final, acessibilidade na utilização do
equipamento pós-montagem e facilidade de acesso às peças estruturais a serem
reforçadas.
A alternativa de reforço através de perfis metálicos foi descartada, pois
exigiria a elevação do piso acabado em 45 cm, impedindo o acesso de cadeiras de
rodas, o que prejudicaria enormemente a utilização do equipamento. Também a
elevação e manuseio dos perfis metálicos exigiriam muito esforço e custo para levar
tais perfis ao interior do local de execução dos serviços.
A alternativa de reforço em chapas coladas, além de exigir incômodos
grandes na manipulação do material, demandaria na não utilização do pavimento
imediatamente abaixo, por um período não inferior a uma semana, onde funciona
uma agência bancária.
Desta forma, foi escolhida a solução em compósito de fibra de carbono como
a mais adequada para a situação, pois embora fosse um pouco mais cara (cerca de
18% mais cara que as outras soluções), permitiria uma fácil e rápida execução,
minimizando o incômodo ao vizinho do pavimento inferior, e não exigindo qualquer
sobre piso.
A SOLUÇÃO
O reforço estrutural projetado é composto de dois procedimentos distintos:
™ Reforço na parte superior da viga por capeamento de concreto interligado por
conectores;
™ Reforço na parte inferior através da colocação de fibra de carbono na laje e viga
atingidas;
5
7. Serão detalhados, a seguir, os procedimentos necessários à recomposição da plena
capacidade resistente da estrutura, face ao novo carregamento.
O REFORÇO ESTRUTURAL NA FACE SUPERIOR DA VIGA
Para aumentar a capacidade resistente da viga, foi colocada uma sobrecapa
de concreto à laje numa largura de 1,0m, centrada no eixo da viga, aumentando a
altura da viga em 8 cm. A garantia de solidarização do novo concreto com o pré-
existente foi efetivada através da cravação de conectores na face superior da laje,
fazendo com que a linha neutra da viga ficasse dentro da espessura da mesa,
obrigando a viga a funcionar como viga T, conforme croqui abaixo.
Concreto fck = 18 MPa CORTE ESQUEMÁTICO
100 cm
Sobrecapa - 8 cm
Laje existente - 10 cm
Conectores
PLANTA (Vista Superior)
4 Conectores a cada 50 cm
5 cm 30 cm 30 cm 30 cm 5 cm
Conector ĭ 10 mm 5 cm DETALHE DOS CONECTORES
10 cm
5 cm
Laje
Furo ĭ 12 mm
Des nº 3 – Esquema de colocação dos conectores e execução da sobrecapa em concreto
6
8. Fotos nos 2 e 3: Vista dos conectores
O REFORÇO ESTRUTURAL NA FACE INFERIOR DA ESTRUTURA
Adicionalmente ao reforço já descrito, foi projetado e executado um reforço
em compósito de fibra de carbono (CFRP) na parte inferior da laje e da viga
afetadas, conforme detalhes a seguir.
Manta em fibra de carbono
1 camada
240 cm
50 cm
34 cm
50 cm
207 cm
Des nº 4 – Projeto esquemático do reforço da laje com manta em fibra de carbono
7
9. CORTE ESQUEMÁTICO
Manta em fibra de carbono
12,5 cm
2 camadas
Des nº 5 – Projeto esquemático do reforço da viga com manta em fibra de carbono
Foto no 4: Vista da viga a ser reforçada
Foto no 5: Vista da lixadeira para polir a
superfície do concreto onde será aplicada a
manta de fibra de carbono
8
10. Foto no 6: Vista da viga a ser reforçada após polimento
Foto no 7: Vista da face inferior da laje, já polida e com a aplicação de primer
9
11. Foto no 9: Rolo de fibra de carbono desenrolado para aplicação da cola
Foto no 10: Aplicação da cola sobre o concreto polido e já com primer
10
12. Foto no 11: Aplicação da cola sobre a fibra
Foto no 12: Aplicação da fibra no local
11
13. Foto no 13: Serviço executado com capeamento da fibra de carbono por camada
final de cola
Foto no 14: Equipamento colocado, em fase de acabamento
12
14. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O resultado do presente trabalho espelha o que vem se demonstrando cada
vez mais: a durabilidade e o desempenho das edificações, e, conseqüentemente, de
suas estruturas, é função direta dos cuidados que se tem com sua utilização.
O ponto principal de desgaste e deterioração é o uso indevido, caracterizado
primordialmente pelo excesso de carga.
A providência do usuário em contratar a confecção de um laudo técnico prévio
de engenharia com o objetivo de verificar eventuais danos que poderiam ser trazidos
à edificação pela colocação de um carregamento excessivo e puntual acarretou
projeto e obra de reforço estrutural, de modo a aumentar a capacidade de carga
para o novo uso da estrutura.
Adicionalmente, novos materiais e novas técnicas executivas estão
proporcionando oportunidades de se ter novas opções para solucionar situações
que, há bem pouco tempo demandavam grandes custos operacionais e logísticos,
causando desconforto, exigindo prazos e interrompendo atividades.
No caso em apreço, todos os serviços de reforço estrutural foram executados
em 6 h de trabalho, num domingo, permitindo ao cliente entrar em atividade
imediatamente, não exigindo longos períodos de cura de materiais, e com utilização
de ferramentas leves e pequenas.
É importante que essas técnicas e esses novos materiais entrem,
definitivamente, no leque de opções que nossos profissionais devem analisar antes
de decidir por uma solução.
13
15. BIBLIOGRAFIA
x Moreira de Souza, Vicente C. & Ripper, Thomaz – Patologia, Recuperação e
Reforço de Estruturas de Concreto – Pini - 1998.
x NBR 6118 – Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento.
x Couri, Gilberto Adib – Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto –
Apostila – Pós Graduação em Engenharia Civil – Universidade Federal
Fluminense - 2006
x Paula Machado, Ari – Reforço de Estruturas de Concreto Armado com Fibras
de Carbono – Pini – 2002.
x Verçoza, Ênio José – Patologia das Edificações – Editora Sabra, 1991
14