O documento discute como a aparente derrota pode levar ao verdadeiro sucesso, contando as histórias de Susan Boyle, Abraham Lincoln e Thomas Edison, que todos encontraram o sucesso após serem inicialmente rejeitados ou fracassarem. A autora argumenta que problemas na vida são inevitáveis, mas escolhemos se rendermos a eles ou não.
1. Quando Perder é Vencer
Tenho refletido muito a respeito dos casos de sucesso e derrotas de simples mortais que foram imortalizados por
conta de seus sonhos e a forma como os realizaram.Hoje me emocionei ao rever (dessa vez com redobrada
atenção) a história da talentosíssima cantora revelação de 2009, Susan Boyle, descoberta no tradicional
programa britânico de calouros Britains Got Talent.
Em sua primeira apresentação em rede nacional pelo programa, ela assume o palco com seu visual descabelada,
desengonçada, gordinha e totalmente fora dos padrões de idade e perfil de uma possível cantora de sucesso.
Quando começa a falar sobre a que veio e seu sonho de virar uma cantora profissional, a plateia zomba dela
assim como a expressão dos jurados os denuncia do mesmo, até que Susan começa a cantar e sua voz e postura
revelam seu talento nato.
Uma grande estrela brilhava por trás daquela mulher de idade ultrapassada para o sucesso e desengonçada. A
plateia vibra e os jurados não sabem como reagir, simplesmente ficando boquiabertos com a desenvoltura e voz
da candidata. Uma cena emocionante para qualquer insensível botar defeito.
Susan não foi vencedora do concurso, mesmo fazendo outras duas apresentações ainda mais impactantes. Talvez
ela tenha pensado ao final do programa que aqueles momentos de vibração da plateia tinham sido seus maiores
momentos de glória. Ela se enganou. Sua derrota no programa de calouros abriu portas para grandes vitórias
porque seu talento chamou atenção do público, da crítica e de produtores musicais.Em dezembro passado seu
site, com abrangência mundial e tradução para muitos idiomas, revelou que em 14 meses Susan havia vendido
14 milhões de discos. Nada mal para uma perdedora!
Assim como a inglesa Susan Boyle, muitos outros talentos que nem sempre acreditaram e tinham diversas
inseguranças a respeito de si, realizaram sonhos e deixaram marcas profundas na sociedade em seu tempo e para
gerações futuras.
Um desses personagens históricos é o ex presidente americano Abrahan Lincon, que já em idade adulta sabia
escrever muito pouco e fazia contas básicas, devido ao pouco ou quase nenhum acesso à educação por ser de
origem humilde. Lincon não quis ser lavrador, então fazia trabalhos topográficos, até que resolveu se alistar
como voluntário das tropas armadas para a Guerra de Black Hawk, onde acabou sendo eleito como capitão de
sua companhia. Autores revelam que como capitão ele foi péssimo, não sabia como conduzir suas tropas. Quem
diria! Um dos presidentes mais marcantes da história dos EUA já havia sido derrotado por suas próprias
limitações.
Certamente essa derrota foi muito proveitosa para Lincon de tal modo que ele a tenha tratado como um
treinamento de superação e não como derrota.
Saibam que não foi a única de Abrahan Lincon. Logo depois ele se candidatou para a Assembléia Legislativa,
onde novamente foi derrotado, porém sem se dar por vencido concorreu novamente e foi eleito por duas vezes.
Um exemplo de perseverança. Autodidata, de origem pobre, sem condições básicas de chegar a lugar algum, mas
que tornou-se presidente do seu país e deixou um legado fantástico para todos nós. Vale pesquisar e ler sua
biografia. Recomendo!
2. Não bastasse Susan Boyle e Abrahan Lincon, gostaria de apresentar outro “perdedor” que jamais se viu como
tal: Thomas Alva Edison.
Edison nasceu em Milan, Ohio, em 11 de março de 1847. O jovem integentíssimo, sem dinheiro, mas cheio de
vontade de inovar, arrumava empregos com facilidade, mas na mesma velocidade os perdia. Só pensava nos seus
inventos. Um sonhador.
Empregado como operador de telégrafo inventou o teletipo, aparelho que facilitava seu trabalho e que o rendeu
uma demissão por ser “preguiçoso”. Imaginem a frustração deste “empregador” por não ter reconhecido os
talentos do rapaz. Ainda bem que foi demitido, ou não teria levantado capital para ter seu próprio laboratório de
tecnologias após vender sua criação para a Bolsa de Valores de Nova Iorque por 40 mil dólares. Perder muitas
vezes é ganhar!
Nem preciso dizer o quão rico ele se tornou e que suas contribuições para a tecnologia que temos hoje foram
determinantes.
Aos 31 anos Edison vendeu um projeto de iluminação pública para a Prefeitura de New York City. Belíssimo
projeto, mas ele não tinha um pequeno detalhe: a lâmpada elétrica. O que ele fez? Mergulhou no trabalho e fez o
negócio funcionar após tentativas incansáveis.
Qualquer um ficaria desesperado no lugar dele, mas não Thomas Edison, um exemplo de perseverança. Veja o
que ele afirmou quando questionado a respeito de suas derrotas ante a invenção da lâmpada:
“Eu não falhei, encontrei 10 mil soluções que não davam certo.”
Além de seus brilhantes 1093 inventos registrados, a maioria deles melhorias de outros, Edison nos presenteou
com suas afirmações motivadoras:
“Muitos dos fracassos da vida ocorrem com as pessoas que não reconheceram o quão próximas elas estavam do
sucesso quando desistiram.”
“Nossa maior fraqueza é a desistência. O caminho mais certeiro para o sucesso é sempre tentar apenas uma vez
mais.”
“Boa sorte é o que acontece quando a oportunidade encontra o planejamento.”
“Nunca fiz nada dar certo por acidente; nem nenhuma das minhas invenções surgiu por acidente; elas vieram do
meu trabalho.”
“Os três grandes fundamentos para se conseguir qualquer coisa são, primeiro, trabalho árduo; segundo,
perseverança; terceiro, senso comum.”
“A insatisfação é a principal motivadora do progresso.”
3. Fico muito feliz com esta última, porque sou uma eterna insatisfeita. Estou sempre quebrando a cabeça para
achar uma forma de otimizar meu trabalho, porém estive “adormecida” por algum tempo por conta dos “baldes
de água fria” que minha criatividade tomou. Não sou nenhum Thomas Edson, Abraham Lincon ou Susan Boyle,
mas meu senso de “isso poderia ser melhor” me motiva e move minha criatividade e algumas decepções podem
ter me dado a sensação de derrota, mas serviram para eu ajustar minhas ações e moldar meu caráter.
O que desejo evidenciar com todos os fatos aqui relatados é:
"Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional." (Roger Crawford)
Cada um de nós certamente já teve muitas frustrações, foi reduzido, incompreendido, rejeitado, desvalorizado e
até humilhado, mas nada disso tem poder sobre nossos sonhos.
A única pessoa que pode nos parar somos nós mesmos.
Nosso dever é analisar as experiências passadas, aprender com o que não deu certo, descartar novas tentativas
comprovadamente falhas e tentar até acertar, porque a vitória após as derrotas é ainda mais marcante.
Autor: Vanessa Milis Garcia | Publicado em: 26/02/2011
Uma profissional que ama escrever e cada vez mais tem satisfação em compartilhar vitórias e descobertas
pessoais e profissionais. Site do autor: http://br.linkedin.com/in/vanessamilis