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Inês Marques 11ºF


Prosa de amor


E tudo era possível...frase em que todos pensam, frase típica de
quem sonha. Mas será que o verbo está bem conjugado? Era?
Foi? Ou é...
Sendo assim, vamos sonhar! O ser humano é uma linha, uma
simples linha, que sente, que se apaixona, que sofre, que vive.
A linha começa a sua viagem quando o lápis decide utilizar a folha
de papel caída no chão, caída no mundo. Ao percorrer essa
viagem, a linha depara-se com uma esquina, esquina que contém
um ponto, isto é, um obstáculo.
A partir desse momento o controlo do lápis deformou a linha,
engrossou-a, inundou-a de palavras, confundiu-a. Como é que é
possível um simples ponto entrar assim, de repente, no caminho
da linha? Deformá-la, apoderar-se dela, destruí-la e construí-la...?
Tudo é possível...
A linha e o ponto decidem então virar na esquina seguinte e
percorrer outro caminho. Mas será que o caminho vai ser
infinitamente recto? Não...
As curvas enfeitiçam o lápis, a confusão dos traços enchem o
papel, duma história de um conto, onde cada um de nós pode ou
não acrescentar um ponto... O lápis pode-se partir, o papel pode-
se rasgar, as linhas e os pontos podem-se apagar, mas o
pensamento e a vontade de afiar o lápis, colar o papel e desenhar
as linhas e os pontos permanecem.
A afirmação muda assim de conjugação... E tudo será possível...

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