Os três textos discutem o aumento da violência urbana no Brasil no primeiro semestre de 2013. O número de mortes em assaltos a bancos cresceu 11,1% em relação ao ano anterior. A maioria dos casos ocorreu em São Paulo. Relatos detalham assassinatos brutais por motivos fúteis como tênis, celulares e relógios, demonstrando a crueldade crescente dos criminosos.
1. Violência urbana, como alterar essa realidade?
Texto 1:
Mortes em assaltos em bancos crescem 11,1% no primeiro semestre de 2013.
São Paulo - O número de mortes em assaltos envolvendo bancos no país cresceu 11,1%
no primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado,
aponta levantamento, divulgado hoje (19), pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Confederação Nacional dos Vigilantes
(CNTV). A pesquisa, elaborada com o apoio técnico do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que o total de vítimas passou de
27 para 30. O estado que concentra maior número de casos (46%) é São Paulo, com 14
mortes.
"O que mais nos preocupa é essa curva de crescimento constante, porque foram 23
casos em 2011, passamos para 27 e chegamos a 30. Não se tem medidas por parte do
setor financeiro que reduzam essas mortes", avaliou José Boaventura Santos, presidente
da CNTV. O Rio de Janeiro é segundo estado em número de mortes, com cinco vítimas,
seguido pela Bahia e pelo Rio Grande do Sul, ambos com três. Cerca de 60% dos casos,
18 mortes, correspondem aos assaltos ocorridos quando os clientes saem da agência,
crime conhecido como saidinha bancária.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-19/mortes-em-assaltos-em-bancos-crescem-
111-no-primeiro-semestre
Texto 2:
Número de mortes após assaltos cresce 74% na cidade em 2013
Entre janeiro e abril, foram registrados na capital 54 assaltos com vítimas fatais
em ações cada vez mais cruéis
Um par de tênis da marca Mizuno custou a vida do estudante Caio Cirilo
Pereira, de 20 anos. Em março, por volta das 21 horas, testemunhas viram o momento
em que três criminosos deram um tiro na cabeça do rapaz para poder arrancar-lhe os
calçados do pé. O costureiro Daniel Chipana, de 26 anos, foi assassinado por causa de
um telefone celular. Em janeiro, ele levou uma facada no peito durante um assalto no
Belém, na Zona Leste. O matador de João Alberto Cardoso, de 70 anos, dono de uma
imobiliária do Jardim Europa, o abordou em fevereiro, pedindo o relógio de luxo,
avaliado em 170 000 reais. Seguido desde a rua, ele correu para se esconder dentro do
escritório e foi atingido por três tiros, na frente da recepcionista. Já o fim do frentista
Josué Santos da Silva não envolveu um único centavo. Após ser revistado por dois
ladrões no posto de gasolina em que trabalhava, no bairro de Cidade Antônio Estêvão
de Carvalho, na Zona Leste, em janeiro, foi alvejado com um tiro na face. O motivo,
segundo observadores: ele não carregava dinheiro algum.
http://vejasp.abril.com.br/materia/numero-de-mortes-assaltos-cresce-2013