1) Os holandeses conquistaram Salvador e Pernambuco no século XVII em busca do controle do comércio do açúcar.
2) Sob o governo de Maurício de Nassau, Pernambuco prosperou economicamente sob domínio holandês de 1637-1644.
3) Entre 1648-1654, os portugueses, liderados por André Vidal de Negreiro e João Fernandes Vieira, reconquistaram Pernambuco após as Batalhas de Guararapes, expulsando os holandeses
3. Antecedentes: parceria entre comerciantes portugueses e holandeses na
atividade açucareira colonial: financiamentos à produção na colônia e
distribuição do produto na Europa
1580 - 1640: Período Filipino - União Ibérica
1578: morte do rei D. Sebastião
1580: morte do rei cardeal D. Henrique → crise sucessória
→ união das Coroas sob o rei espanhol D. Filipe II
Conflitos anteriores entre Espanha e os Países Baixos
→ exclusão dos holandeses do comércio açucareiro colonial
1621: Holanda → criação da Companhia das Índias Ocidentais
→ açúcar e escravos (Brasil e África)
Significação histórica: A luta entre as nações mercantilistas europeias
pelo controle do comércio colonial do açúcar e de fontes de
suprimentos de escravos
4. *D. Sebastião e o sebastianismo :
"O Desejado" e "O encoberto"
5. 1624: Salvador
rápida conquista da capital da Colônia
organização da resistência portuguesa, chefiada por Matias de
Albuquerque (novo governador) e pelo bispo Dom Marcos Teixeira
auxílio de uma frota luso-espanhola de 52 navios e 12 mil homens
em maio de 1625, os holandeses se rendem
6. 1630 - 1654: Pernambuco (domínio do Ceará ao
Rio São Francisco)
Conquista de Olinda (capital)
1ª fase (1630 - 1637): Lutas de resistência → vitória e dominação holandesa,
mas acompanhada de crise da produção de açúcar
nota histórica: a figura de Domingos Fernandes Calabar , o "traidor português",
colaborador dos holandeses; por fim, preso e executado
Peça de teatro, inicialmente censurada pela Ditadura Militar em 1974.
Na peça, seus autores usam o episódio da traição como uma metáfora
ao controle político autoritário do Governo Militar.
8. 2ª fase (1637 - 1644): Governo do príncipe holandês Maurício de Nassau →
anos de paz e prosperidade econômica
medidas adotadas para reativar a produção e estabelecer vínculos com a
população local
venda a crédito dos engenhos abandonados
provimento de escravos com a invasão da Costa da Mina, em 1637 (Em 1641, os
holandeses invadem Luanda e Benguela, em Angola)
tolerância religiosa com os católicos e cristãos-novos (os quais, inclusive, puderam praticar
seu culto em duas sinagogas no Recife)
melhoramentos urbanos em Recife, elevada à capital da capitania, em substituição à
Olinda.
Construção da Cidade Maurícia, uma "tentativa de réplica tropical da distante Amsterdã”.
Vinda de artistas, letrados e naturalistas holandeses ao Brasil: o exemplo de Frans Post
10. 3ª fase (1645 - 1654): Reconquista portuguesa
Fim da União Ibérica em 1640 → ascensão ao trono português de D. João IV
(dinastia de Bragança)
Resistência dos holandeses em renunciar ao domínio das áreas de produção
açucareira do Brasil
Centro da revolta portuguesa em Pernambuco: André Vidal de Negreiro e João
Fernandes Vieira (este, rico proprietário rural)
Juntam-se aos luso-brasileiros Henrique Dias (escravo) e Filipe Camarão (índio)
→ tema da "união das três raças do povo brasileiro"
11. 1648 e 1649: as duas Batalhas de Guararapes e a vitória
dos luso-brasileiros
crise de recursos da Companhia Holandesa das índias Ocidentais
início da guerra entre Holanda e Inglaterra (1652)
1653: uma esquadra portuguesa cerca Recife por mar.
1654: rendição dos holandeses
12. Batalha dos Guararapes
"(...) o Berço da Nacionalidade do Exército Brasileiro." (?)
pintura “Batalha
dos
Guararapes”, do
pintor
romântico
catarinense
Victor Meirelles
13. Conclusão do tema:
Invasões holandesas: o maior conflito militar da Colônia se inseriu no
quadro das relações conflituosas das nações mercantilistas europeias pelo
controle do comércio colonial no século XVII (açúcar e escravos)
A colonização holandesa do Brasil teria sido "melhor" do que a
portuguesa, e por isso, mais promissora para o futuro histórico
independente do Brasil?
A vitória final impulsionou o nativismo de Pernambuco nos séculos
seguintes, como na Revolução Praieira de 1848.