O documento discute a coligação política "Cascavel para os Trabalhadores" que lançará candidaturas à prefeitura e câmara municipal de Cascavel. A coligação é formada por partidos de esquerda e tem como objetivo promover mudanças no sistema político autocrático que governa Cascavel há 50 anos.
1. PerCeBer
Partido Comunista Brasileiro www.pcb.org.br
. N° 270 – 02.08.2012
para. A coligação Cascavel para os Trabalhado-
Amanhã, o lançamento oficial res, que é a expressão político-eleitoral da
Frente de Esquerda em Cascavel, progra-
Cascavel para os mou o lançamento oficial das candidatu-
ras à Prefeitura e à Câmara de Cascavel
Trabalhadores: para esta sexta-feira, dia 3 de agosto, na
área social do Edificio Felipe Adura, 1º
Por que a coligação Andar, Rua Paraná, 2361, Centro.
A coligação tem o nome de “Cascavel para
tem esse nome? os Trabalhadores” para evitar que o parti-
do traidor da classe trabalhadora utilize o
Por que formar a nome dos trabalhadores indevidamente.
Tem “Cascavel” no nome para marcar a
Frente de Esquerda? vontade política da aliança de esquerda de
que depois de 60 anos da primeira eleição
Por que superar 50 anos municipal Cascavel possa finalmente co-
meçar a ser governada por partidos que
de prefeitos autocráticos? têm compromissos classistas, com os tra-
balhadores e com o socialismo.
Nas últimas cinco décadas, dualmente. Eles já estiveram entanto, as lideranças traba-
Cascavel tem sido governada no poder em Cascavel e nada lhistas de então se dividiram
exatamente da mesma forma. fizeram para alterar a forma de em duas partes: uma, a mais
governança. progressista, procurava incli-
Diversos partidos, com exce- A história narra que o antigo nar o partido para quilo que
ção do PCB, e também do PTB reconquistou a Prefeitura depois viria a se chamar “re-
PSOL e do PSTU, que são par- em 1960 e fez uma boa gestão formas de base”; a outra se
tidos criados mais recentemen- na reconstrução da Prefeitura, rendeu à cooptação do gover-
te, governaram Cascavel nesse que estava em cinzas na posse nador Ney Braga.
período, em aliança ou indivi- do prefeito Octacílio Mion. No
2. Quem já esteve no PCdoB (2005 a 2008) adiante apenas formalmente ou
PDT coligado com esvaziados em pessoal e recur-
poder municipal? PTB sos.
PSDB
PPS É uma situação que além dos
PHS equívocos diários também
PSL provoca escândalos semanais
PTN que não provêm, como os a-
DEM (2009 a 2012) rautos palacianos tentam des-
qualificar, de calúnias oposi-
Nenhum desses partidos que cionistas mal intencionadas.
esteve no poder mudou o sis- São investigações concretas
tema autocrático vigente nos levadas a efeito pelo Ministé-
últimos 50 anos. rio Público.
Que sistema é esse? É um sis- Além do descuido com o direi-
tema baseado na eleição do to da população a receber polí-
prefeito e no loteamento dos ticas públicas de qualidade, o
cargos de secretários e inume- Município tem sido saqueado
Governador Ney Braga conversa ráveis cargos “de confiança”, por gastos excessivos nas a-
reservadamente na Prefeitura de entregues a partidários para quisições de produtos e servi-
Cascavel com o prefeito Octacílio
fazer uso da máquina pública ços, o que caracteriza falta de
Mion, em 1962
em benefício da reprodução de rigor na aplicação dos recursos
mandatos e submissão da Pre- públicos.
Desde 1962, pelo menos, os
feitura aos interesses respon-
conchavos pelo alto levam o
sáveis pelas campanhas. Por ineficácia ou desinteresse
prefeito de plantão a designar
na esfera jurídica, especial-
secretários com base nos en-
Para mudar isso mente nos últimos dez anos, o
tendimentos ligados ao finan-
Município também foi saquea-
ciamento de campanha e aos é preciso instituir do em consequência de erros
acordos no plano estadual. o Poder Popular judiciais causados por uma
Nesses 50 anos, a Prefeitura Os partidos que já governaram ardilosa fraude e um incêndio
esteve, pela ordem, sob o con- Cascavel mantiveram sempre o criminoso, caso do escandalo-
trole dos seguintes partidos: mesmo sistema de gestão: pre- so, imoral e descabido paga-
feito autocrático, secretários mento pela segunda vez dos
PTB neysta – 1962 a 1966 nomeados segundo o lotea- imóveis da Praça Wilson Jof-
Arena – 1966 a 1972 mento partidário, Câmara fre, que já haviam sido indeni-
MDB – 1973 a 1976 submissa, dezenas de “cargos zados na década de 1960.
Arena – 1976 a 1980 de confiança” exercidos por
PDS – 1980 a 1982 elementos até bem-sucedidos É uma situação que se mantém
PMDB – 1983 a 1996 em seus negócios, mas despre- inalterada por décadas a fio,
PPB – 1997 a 2000 parados para o serviço público, embora todos os eleitos te-
PDT coligado com e formalismo, artificialidade nham prometido mudanças
PMDB ou ausência de mecanismos de para melhor. Só vai mudar
PT participação popular. com a pressão popular. Por
PSB
isso, a coligação Cascavel para
PL Esse errôneo sistema de gerên- os Trabalhadores não tem dú-
PSC cia administrativa encaminhou vidas de que
PSDB a situação municipal para a
PPS dura realidade de hoje: pro- A resposta é:
PHS blemas sociais enormes, am-
PST plas carências infraestruturais,
Poder Popular!
PSL gastos desmedidos, licitações
PSD suspeitas e, diariamente, sérias
PSDC (2001 a 2004) trapalhadas administrativas,
PPS coligado com como projetos ignorados, per-
PHS da de recursos federais por fal-
PRTB ta de uso, programas levados
3. Um passo histórico Para o presidente venezuelano, Exemplificando a fala de Mu-
Hugo Chávez, a entrada de seu jica, a presidenta argentina,
para a integração país no Mercosul o fazia re- Cristina Kirchner, recordou
continental cordar a primeira eleição de que em seu país um chanceler
Entrada da Venezuela torna Lula à presidência do Brasil, dizia “para que ser sócio dos
Mercosul a quinta maior pois ambos episódios “acelera- pobres podendo ser sócio dos
economia do mundo ram a história” e marcaram um ricos?”. Para evitar retrocessos
novo período de integração e para proteger-se da crise e-
entre os países do continente. conomia internacional, Cristi-
Em sua chegada a Brasília, na apontou como tarefa urgen-
inclusive, Chávez, havia afir- te a criação de instrumentos e
mado que gostaria de ver o instituições “que tornem indes-
Mercosul englobando mais trutíveis e indivisíveis esse no-
países, como Equador e Bolí- vo pólo de poder” configurado
via. no Mercosul.
Do ponto de vista econômico, Paraguai
Chavéz disse que a entrada da Durante seu discurso na Cúpu-
Venezuela no Mercosul signi- la, Dilma ratificou que a sus-
fica “a maior oportunidade his- pensão do Paraguai se deu ex-
Vinicius Mansur* tórica que em 2o0 anos apare- clusivamente pelo “compro-
No exercício da presidência ceu no horizonte”, sobretudo misso inequívoco com a de-
pro tempore do Mercosul até para ajudá-los em um de seus mocracia” e que as possibili-
dezembro deste ano, coube ao grandes objetivos: diversificar dades de retaliações econômi-
Brasil coordenar a cúpula ex- o modelo econômico extre- cas que possam causar prejuí-
traordinária do bloco, na terça- mamente dependente do petró- zo ao povo paraguaio estão
feira, que celebrou a entrada leo e “imposto durante todo o afastadas. A presidenta disse
de seu quinto membro, a Ve- século XX”. “Não houve um ainda que espera que o país
nezuela. “Estamos conscientes só governo que tivesse preten- normalize sua situação institu-
que o Mercosul inicia uma no- dido de alguma maneira de- cional interna para assim rea-
va etapa”, disse Dilma Rous- senvolver um projeto nacional, ver seus direitos plenos.
seff. independente, que não fosse Acordos
A presidenta afirmou que a derrubado. Todos foram, inclu- Ainda nessa terça-feira (31),
entrada venezuelana tem signi- indo o nosso, só que por três alguns acordos bilaterais e ne-
ficado histórico por marcar a dias, graças a resposta popular gócios foram firmados. Entre
primeira ampliação do bloco e das Forças Armadas”, sus- eles está a venda de seis jatos
desde a sua criação em 1991, tentou. modelo 190, por US$ 270 mi-
por estendê-lo da Patagônia até Em um discurso profundo, o lhões, pela Empresa Brasileira
o Caribe e por incrementar a presidente do Uruguai, José de Aeronáutica (Embraer) para
economia do Mercosul. “Con- Mujica, recordou a mentalida- o Consórcio Venezuelano de
siderando os 4 países mais ri- de colonial que orientou a polí- Indústrias Aeronáuticas (Con-
cos do mundo, EUA, China, tica externa dos países da A- viasa). O contrato prevê ainda
Alemanha e Japão, o Mercosul mérica do Sul durante séculos a opção de compra pela estatal
somado é a 5° força”, desta- e a dívida social dela advinda. venezuelana de mais 14 aero-
cou. “Esse é o preço que pagamos naves, chegando a um preço
De acordo com dados do Ita- ao longo de nossa história por- total de US$ 900 milhões.
maraty, entre 2001 e 2010, o que vivemos muito tempo o- Já a Argentina assinou com a
comércio da Venezuela com os lhando para o resto rico e sem Venezuela um compromisso
países do Mercosul aumentou olharmos entre nós”. Mas, de aliança estratégica entre as
mais de 7 vezes, passando de chamou atenção para o mo- petrolíferas YPF e PDVSA.
cerca de US$ 1 bilhão para mento especial vivido na regi- Sem maiores detalhes, Chávez
US$ 7,5 bilhões. Com a entra- ão. ”Existe vontade política de afirmou que o acordo permitirá
da do país caribenho, o Merco- integração, como nunca teve a YPF explorar as jazidas ve-
sul representatá 70% da popu- globalmente a América do Sul. nezuelanas da Faixa do Orino-
lação da América do Sul (270 Eu repito: como nunca teve! co e permitir que a PDVSA
milhões de habitantes), 83,2% (...) E temos que ser conscien- continue com sua presença na
de seu PIB (US$ 3,3 trilhões) e tes: agora ou nunca!”, orien- Argentina.
72% de seu território (12,7 mi- tou. *Vinicius Mansur – Jornalista
lhões de km²).
4. Nós apoiamos o Projeto Livrai-Nos!
Por que, diante de tão alto grau de analfabetismo funcional
existente na sociedade, não se estimula a prática da leitura
nem há incentivo à escrita e à difusão de textos? Por que a lei
que instituiu o Dia Municipal da Leitura, definido como 30
de setembro, não é cumprida?
Na falta de respostas a essas perguntas brotou a ideia de
criar um movimento social unindo autores de livros em torno
da divulgação de seus textos. Surgiu assim o Projeto Livrai-
Nos!, com o objetivo de reforçar a programação das bibliote-
cas e as atividades desenvolvidas pela Academia Cascavelen-
se de Letras, Clube dos Escritores de Cascavel, Confraria dos
Poetas e outras iniciativas particulares e oficiais com ênfase
na leitura.
http://livrai-noscascavel.blogspot.com.br/p/projeto-livrai-nos.html
5. Edmilson Costa, do governo de Dilma Rousseff Em princípio estas são as dife-
e esteve apenas em uma parte renças básicas.
entrevistado na do primeiro quadriênio do
Colômbia, explica mandato de Luiz Inácio Lula - Vocês consideram que os
situação do Brasil da Silva, pois considera que o governos de Lula e de Dilma
e do continente: anterior e o atual governos só Rousseff propiciaram mudan-
desenvolveram “políticas ças progressistas no Brasil?
“Chávez representa compensatórias de migalhas” - Nós participamos do Gover-
a vitória de todos para os trabalhadores. no Lula em seu primeiro man-
os povos da América dato durante três anos e depois
Costa foi abordado por Parén- abandonamos, pois vimos que
Latina” tesis , publicação colombiana, Lula não cumpria mais o pro-
por ocasião do XXI Congresso grama pelo qual foi eleito. A
do Partido Comunista Colom- partir de então nós passamos a
biano, no qual interveio para fazer uma oposição indepen-
registrar sua posição no semi- dente: quando o Governo faz
nário realizado com os delega- uma coisa que consideramos
dos internacionais presentes, um acerto, então apoiamos;
finalizado no domingo, 22 de quando consideramos que é
Edmilson Costa julho, em Bogotá. ruim, criticamos. Por exemplo,
apoiamos o Governo quando
“Nós caracterizamos a situa- - Qual é a diferença entre o permitiu que a Venezuela in-
ção brasileira como um capi- Partido Comunista do Brasil e gressasse no Mercosul, mas o
talismo monopolista”, diz o Partido Comunista Brasilei- criticamos duramente quando
Costa. “A crise econômica ro? mandou tropas brasileiras para
dos países centrais está redu- - O Partido Comunista Brasi- o Haiti. Desde o ponto de vista
zindo a hegemonia dos Esta- leiro é o partido histórico dos econômico, consideramos que
dos Unidos”, acrescenta. “A comunistas brasileiros, funda- Lula e Dilma governaram para
América Latina está constru- do em 1922, o partido que o capital. Para os trabalhado-
indo um processo de luta po- sempre esteve ligado à União res, políticas compensatórias
pular, mas ainda não há uma Soviética, era parte do movi- de migalhas. Há um descon-
força política capaz de con- mento comunista internacional tentamento muito forte dos
duzir o povo para as trans- desde toda a existência da trabalhadores. Agora há milha-
formações de classe”. URSS, e o PCdoB é uma dis- res de trabalhadores em greve,
Luis Alfonso Mena* sidência nossa de 1962, que os operários da construção ci-
em seu primeiro momento foi vil, os professores universitá-
“A luta de classes a nível maoísta e depois ligou-se ao rios todos estão em greve con-
mundial está mudando de cará- Partido do Trabalho da Albâ- tra a política do Governo. Este
ter e isto abre espaço para no- nia. Esta é a diferença de ori- também implementou várias
vas correlações de forças in- gem. A diferença política é políticas neoliberais, como a
ternacionais”, sustentou o diri- que nós temos uma linha polí- reforma da previdência que
gente do Partido Comunista tica no Brasil que é muito dife- prejudicou muito os trabalha-
Brasileiro, PCB, Edmilson rente da linha do PCdoB, por- dores. É um Governo que fi-
Costa, que afirmou que “aqui que nós caracterizamos a situ- nancia muito fortemente gru-
na América Latina há um re- ação brasileira como um capi- pos empresariais brasileiros e
nascimento da luta popular”. talismo maduro, monopolista. muitos desses grupos, hoje,
Portanto, o caráter central da estendem-se pela América La-
Costa, professor universitário revolução é socialista e, se de- tina e têm uma hegemonia e-
de economia, 62 anos, é o se- ve ser a revolução socialista, conômica também muito forte
cretário de Relações Interna- nosso trabalho é no campo na África e em alguns países
cionais do PCB, organização proletário, o campo de todos da Ásia. Tudo isso é muito ar-
política que ele identifica co- os que são anticapitalistas. Os ticulado e financiado pelo Go-
mo autêntica, fundada em companheiros (do PCdoB) fa- verno. Portanto, para nós, o
1922 e da qual se desprendeu o zem uma aliança policlassista parâmetro para avaliar um go-
PCdoB, em 1962. com o Governo Lula e com verno é sua relação com os
outros governos de centro- trabalhadores, e neste sentido
Diferentemente do Partido direita em várias regiões, en- não é um governo dos traba-
Comunista do Brasil, seu ho- quanto que nós decidimos que lhadores.
mólogo, o PCB não participa nosso caminho é à esquerda.
6. - Qual é a análise que vocês - Em relação à Colômbia, que te em várias partes do mundo.
fazem dos processos progres- análise vocês fazem de nossa Em toda a Europa os trabalha-
sistas na América Latina: na situação? dores fazem greves, mobiliza-
Venezuela, na Bolívia, no - Nós temos boas relações tan- ções. No norte da África caí-
Equador, inclusive no Brasil? to com o Partido Comunista ram as ditaduras de Mubarak e
- Nós pensamos que na Vene- Colombiano como com a in- Túnis. Mesmo nos Estados U-
zuela, na Bolívia e no Equador surgência. No Brasil nós so- nidos há uma luta embrionária
há um processo de luta social mos o único partido que faz dos jovens no Ocuppy Wall
mais avançado que em outros ações públicas de solidarieda- Street e dos trabalhadores de
países da América Latina. No de com a guerrilha e que im- Wisconsin. E aqui na América
entanto, na Venezuela existe pulsiona um movimento de Latina há um renascimento da
uma debilidade que é a pouca solidariedade, porque enten- luta popular. Portanto, na nos-
organização popular, é uma demos que o problema da sa avaliação a luta de classes a
revolução que depende muito guerrilha não é militar. A guer- nível mundial está mudando de
de uma pessoa. Entretanto nós rilha tem uma origem nos pro- caráter e isso abre espaço para
apoiamos agora a eleição de blemas sociais, é uma base so- novas correlações de forças
Chávez e é importante a vitória cial muito forte e não se pode internacionais.
de Chávez porque não só re- resolver o problema pela via
presenta uma vitória do povo militar. Nós defendemos a so- - Vocês no Brasil participam
venezuelano, mas representa lução política e justa para o em algum nível do governo ou
também uma vitória para todos conflito colombiano e espera- estão totalmente fora? São a
os povos da América Latina. mos que os novos movimen- oposição?
Esta vitória também vai forta- tos, tipo Marcha Patriótica, - Nós não participamos de ne-
lecer as lutas sociais da Amé- contribuam para forçar o Go- nhum governo; nós trabalha-
rica Latina, esta vitória golpeia verno a fazer uma negociação mos de maneira independente
uma vez mais o imperialismo. que abra espaço a uma Colôm- e participamos normalmente
Na Bolívia há também um bia democrática. das eleições. Eu sou candidato
processo muito complexo, pois a vice-prefeito de São Paulo
há uma interferência muito - Vocês acreditam que abriu- em uma coalizão de esquerda
forte do governo brasileiro em se no mundo uma nova situa- com outro partido que se cha-
apoio aos grandes proprietários ção que rompe com o unilate- ma Partido Socialismo e Li-
que são brasileiros e vivem no ralismo, ou que tenham sur- berdade e temos candidatos
Uruguai. O governo brasileiro gido novas hegemonias com nestas eleições de agora em
apóia estas pessoas, que são China, Rússia e outros países todos os estados.
uma fonte permanente de ten- como o Brasil?
são contra o Governo da Bolí- - Não. Nós entendemos que - Sobre o Partido dos Traba-
via, já que tentaram separar está mudando a situação mun- lhadores, de Lula e Rousseff,
parte do país do governo cen- dial, porque a crise econômica vocês o identificam como um
tral da Bolívia. No Equador a dos países centrais está ele- partido de centro, como um
situação também é difícil, por- vando a redução da hegemonia partido social-democrata?
que não há um movimento de dos Estados Unidos, e esta re- - É um partido de centro. Exis-
massas organizado e uma van- dução abre espaço para novas tem algumas tendências inter-
guarda que lidere este movi- nações, novos polos de poder. nas com as quais dialogamos,
mento. Portanto, dizemos que Neste sentido, os BRICS, Bra- que são de centro-esquerda,
na América Latina está em sil, China, Rússia, Índia, pos- porém a maioria é um partido
construção um processo de suem um papel cada vez mais de centro, não é sequer social-
luta popular, mas ainda não há importante no processo de cor- democrata.
uma força política capaz de relação de forças políticas ____________________
conduzir o povo às transfor- mundiais, mas também há uma *Luis Alfonso Mena* - Diretor
mações de classe. nova correlação de forças: a- do jornal PARÉNTESIS, de
gora a luta popular está presen- Cali, Colômbia.
9. Este espaço está sempre aberto para artigos
e manifestações da comunidade Veja também o blog da Juventude
Comunista de Cascavel:
http://ujccascavel.blogspot.com
Na Internet, acompanhe o blog
ujccascavel@gmail.com
do PCB de Cascavel:
http://pcbcascavel.wordpress.com
Twitter:
PCB do Paraná:
http://twitter.com/pcbparana
Juventude Comunista de Cascavel:
http://twitter.com/#!/j_comunista
A seguir, uma página cole-
cionável de O Capital em
quadrinhos e o boletim
Frente Anticapitalista
10. Lições de Comunismo
número 62
A cada edição do PerCeBer você terá uma nova
página colecionável de O Capital em quadrinhos
11. FrenteAnticapitalista
N° 18 – 31.07.2012
Eleições e poder burguês
A ciência do marketing sabe
como manipular o eleitor, diz religioso
É ingenuidade pedir ao poder para se autorreformar. Poder e governo são que nem
feijão, só funcionam na panela de pressão. O fogo que o aquece e provoca modifi-
cações em seu conteúdo tem que vir de baixo. Da pressão popular.
Por Frei Betto, escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros
parceria entre o público e o privado. Como se
constata na CPI do Cachoeira e nos cuidados
que os parlamentares tomam quando é citada a
Construtora Delta.
A pasteurização da política faz com que ela
perca, a cada eleição, a sua natureza de mobili-
zação popular, para se transformar em um ne-
gócio administrado por marqueteiros e lideran-
ças partidárias. As “costuras” são feitas por ci-
ma; os princípios ideológicos escanteados; a
militância é substituída por cabos eleitorais re-
munerados; os acordos são fechados tendo em
vista fatias de poder, e não programas de go-
verno e metas administrativas.
Hoje, no Brasil, o deputado e senador que você O eleitor é quem menos importa. Até porque a
ajudou a eleger pode votar a favor e declarar ter ciência do marketing sabe como manipulá-lo.
votado contra. Por isso, o Congresso empurra Todos sabemos que o marketing consegue in-
com a barriga a reforma política. Medo de que duzir as pessoas a acreditarem que a roupa do
qualquer alteração nas atuais regras do jogo ve- shopping é melhor do que a da costureira da
nha a diminuir o poder de quem agora ocupa o esquina; refrigerante com gosto de sabão é me-
centro do palco político. Como está é ruim, mas lhor que suco de frutas; sanduíche sabor isopor
como estará poderá ser pior para quem ousar é melhor que um prato de saladas.
propor a reforma. Do mesmo modo, os candidatos são maquiados,
treinados, orientados e produzidos para ocultar
Na falta de reforma política, o que vemos em o que realmente pensam e planejam, e manifes-
torno não é nada animador. A democracia redu- tar o que agrada aos olhos e ouvidos do merca-
zida a mero ritual delegatário, os partidos cada do eleitoral.
vez mais parecidos entre si, os discursos cheios
de palavras vazias, e o eleitor votando em A A falta de reforma política impede inclusive o
para eleger B, considerado o quociente eleitoral. aprimoramento de nosso processo democrático.
Na verdade, nem é justo falar em democracia, e No Congresso, em decisões importantes, como
sim em pecuniacracia, já que o dinheiro exerce, cassação de mandatos, o voto é secreto. E isto é
somado ao tempo disponível na TV, poder de absurdamente constitucional. Princípio que fere
eleger candidatos. a própria natureza da democracia, que exige
Estimativas indicam que, na capital paulista, transparência em todos os seus atos, já que os
apenas dois candidatos à prefeitura, Serra e representados têm sempre o direito de saber
Haddad, gastarão, juntos, R$ 118 milhões. como procedem seus representantes.
De onde jorram tantos recursos? É óbvio, de Hoje, no Brasil, o deputado e senador que você
quem amealha grandes fortunas – bancos, em- ajudou a eleger pode votar a favor e declarar ter
presas, empreiteiras, mineradoras etc. Cria-se, votado contra. Mentir descaradamente. E agir
assim, o círculo vicioso: você investe em minha segundo interesses escusos – tão frequentes
eleição, eu na sua proteção. Eis a verdadeira nesse regime de pecuniacracia.
12. Uma sugestão ao eleitor(a): nessas eleições mu-
nicipais, escreva em um papel 10 ou 20 exigên-
cias ou propostas a quem você gostaria de ver
eleito vereador e prefeito. Analise quais priori-
dades merecem ser destacadas em seu municí-
pio: Saneamento? Educação? Saúde? Creches
em áreas carentes? Transporte coletivo? Áreas
de lazer e cultura?
Caso tenha contato direto com candidatos, per-
gunte a ele, sem mostrar o papel, se está de a-
Há, contudo, uma novidade que escapa ao con- cordo com o que você propõe para melhorar o
trole dos marqueteiros e das lideranças partidá- município. Se ele disser que sim, mostre o pa-
rias: as redes sociais. Através delas os eleitores pel e peça que ele assine. Você verá o resultado.
deixam de ser passivos para se tornarem prota-
gonistas, opinativos, formadores de opinião.
Alba Roballo: os muros invisíveis da América Latina
Por Gilson Caroni Filho, jornalista e professor de Sociologia
“As idéias são cárceres de longa duração”, di-
zia Fernand Braudel. Cárceres que aprisionam
geração após geração, e dos quais é muito difí-
cil escapar, não só pela invisibilidade dos seus
muros, mas também pela sua imperceptível
reprodução.
assassinados nas ruas de Mon- de cassada lhe criou a angústia
Alba Roballo viveu no Uru- tevidéu por um regime que de ser morta em plena vida
guai, durante a ditadura que se implantou medidas de exceção inquieta e combatente. Costu-
instalou naquele país até mea- e abriu caminho para o golpe mava definir a condição de
dos da década de 80. de estado. proscrita de forma cortante: “É
Quando os anos de ditadura terrível, não a desejo para nin-
(1973-1985) fizeram com que A ditadura uruguaia respondeu guém. Colocar um ser vivo no
os uruguaios, de alguma for- a uma política global do impe- cal ou torná-lo cinza é um ato
ma, esquecessem ou perdes- rialismo norte-americano, que de crueldade e de injustiça fe-
sem, em meio a tanto medo e tinha por objetivo reverter todo roz e principalmente se não
repressão, aquele orgulho por o quadro político do continen- fizemos nada para merecê-lo”
sua democracia, que era uma te, evitando que a democracia
parte integrante do próprio liberal – que em geral tinha Mas a dirigente política jamais
“ser nacional”, uma mulher, estado associada aos sistemas se permitiu ser pessimista.
entre tantos outros resistentes, vigentes – derivasse em regi- Nem na inteligência nem na
se dispôs a reconstruir o ima- mes de conteúdo popular e ma- vontade. A presença maciça do
ginário de uma sociedade civil tiz socialista. Militante e escri- povo nas ruas, o avanço no
dinâmica, marcada , até a che- tora, a senadora sabia o signi- acerto de ações comuns entre
gada dos militares ao poder, ficado mais profundo da Fren- partidos políticos legais e os
pela convivência democrática, te Popular: um movimento an- colocados na ilegalidade pelos
a livre exposição de ideias e ti-imperialista e anti- militares, a unanimidade dos
uma poderosa organização par- oligárquico, um projeto que dirigentes e das bases na exi-
tidária e sindical. não se limitando a uma con- gência de uma nova democra-
juntura determinada, visava a cia que permitisse à cidadania
Alba Roballo, senadora da uma nova opção de poder no uruguaia ser protagonista da
Frente Ampla, foi a primeira país. própria história, eram o com-
mulher latino-americana a o- bustível que alimentava sua
cupar um ministério (Cultura) Como escritora, a partir de crença e sua poesia.
e dele saiu pouco antes de os 1973, viveu a anti-criação.
primeiros estudantes caírem Como política, sua condição
13. muitos outros, num claro sinal espanto desta triste América /
de que o principal alvo da di- que está gritando aos quatro
tadura era o movimento que, ventos do delírio”
somente em 2004, após déca-
das de um regime bipartidário Alba morreu em 1996. Não viu
de tendência conservadora, Tabaré Vázquez e Pepe Mujica
formado pelos partidos Colo- chegarem ao poder. Mas sem-
rado e Nacional. pre soube que a Frente Ampla
teria futuro. E nunca duvidou
Autora de inúmeros livros, sua que seria um futuro de êxitos.
obra poética era também um Não viveu para ver o general
Disco de poemas declamados
pela escritora Alba Roballo compromisso político. Em Gregório Álvarez, ditador uru-
“Tempo de Lobos” (1970) re- guaio de 1981 a 1985, ser con-
Sua motivação para seguir na lata o terror e o sofrimento im- denado a 25 anos de prisão por
luta era o destino dos milhares pingidos ao povo uruguaio du- ter participado de 35 execu-
de presos políticos, entre eles rante o regime militar. Sua po- ções no regime militar. Mas os
Líber Seregni, presidente da esia enfrenta o discurso com muros invisíveis contra os
Frente Ampla, preso em Mon- armas desiguais: opõe síntese à quais lutou desmoronam um a
tevidéu desde 1974, Jaime Pé- mentira, calor à loucura, sonho um no devir latino-americano.
rez, Massera, Pietrarroia e à violência. Proclama “todo
A história da dívida pública europeia: como os bancos
privados enriqueceram às custas da população
Por Salim Lamrani, professor e jornalista francês, especialistas em assuntos americanos
vidamento inferior a 60% do teridade promovidas pela Uni-
PIB. De outro lado, estão os ão Europeia, Banco Central
quatro “maus alunos”, cuja Europeu e Fundo Monetário
dívida pública ultrapassa os Internacional, aplicadas no Ve-
100% do PIB: Irlanda (108%), lho Continente, são economi-
Portugal (108%), Itália (120%) camente ineficazes.
e Grécia (180%). Entre esses
dois extremos, residem os ou- Causam inclusive um efeito
tros países da União Europeia, contrário, já que, longe de es-
tais como França (86%), cuja timular o crescimento, a redu-
Governos insistem na austeri- dívida oscila entre 60% e ção de gastos, a diminuição
dade, mas se esquecem que já 100% do PIB. dos salários e das aposentado-
foi possível conviver com dé- rias – além das catastróficas
ficit e crescimento ao mesmo Os governos europeus de filo- consequências sociais e huma-
tempo. sofia liberal, simbolizados pela nas que provocam – levam i-
Todos os países europeus en- Alemanha de Angela Merkel, nevitavelmente a uma retração
frentam o problema da dívida são unânimes quanto à impor- do consumo.
que afeta severamente as con- tância que se deve dedicar ao
tas públicas. A França, quinta "desendividamento” público, Com isso, as empresas são for-
potência mundial, também não aplicando políticas de austeri- çadas a reduzir a produção e os
escapa da crise que faz a feli- dade. Desta forma, Pierre salários, e até a demitir seus
cidade dos bancos privados. Moscovici, embora seja minis- funcionários. Como conse-
tro da Economia do governo quência, as receitas fiscais do
Nenhuma nação europeia es- socialista francês de François Estado diminuem, enquanto
capa do problema da dívida Hollande, estabeleceu como seus gastos – para atenuar os
pública, apesar da gravidade prioridade a “redução do défi- efeitos do desemprego – ex-
da crise diferir de um país para cit”, comprometendo-se a limi- plodem, criando assim um in-
outro. De um lado, encontram- tá-lo a 3% do PIB ao ano, en- terminável círculo vicioso, cu-
se os “bons alunos”, como tre outras coisas, por meio da jo símbolo é a crise grega. As-
Bulgária, Romênia, República redução das despesas públicas. sim, vários países europeus
Tcheca, Polônia, Eslováquia, No entanto, é de conhecimento estão em recessão.
seguidos pelos países bálticos público que as políticas de aus-
e escandinavos, com um endi-
14. tituições financeiras privadas, mente punidos pela lei. Con-
enquanto até 1973 podia criar cretamente, leva aos mesmos
moeda para equilibrar o orça- resultados. A única diferença é
mento pelo Banco Central. Os que aqueles que dela se bene-
bancos comerciais dispõem ficiam são diferentes”.
agora do poder de criação mo-
netária mediante crédito, en- Atualmente, a dívida da França
quanto antes era uma prerroga- equivale a mais de 1,7 trilhão
tiva exclusiva do Banco Cen- de euros. No entanto, entre
tral, ou seja, do Estado, e enri- 1980 e 2010, o contribuinte
quecem às custas dos contribu- francês pagou mais de 1,4 tri-
intes, em uma situação de qua- lhão de euros aos bancos pri-
Como nasceu a dívida se monopólio. vados apenas pelos juros da
pública da França dívida. Dessa forma, sem a lei
Assim, os bancos privados po- de 1973, o Tratado de Maastri-
Em 1973, a França não tinha dem emprestar, graças aos sis- cht e o Tratado de Lisboa, a
problema de dívida e o orça- temas de reservas fracionárias, dívida francesa seria de apenas
mento nacional estava equili- mais de seis vezes a quantia 300 bilhões de euros.
brado. O Tesouro podia ser que têm em moeda central. Em
financiado diretamente pelo outras palavras, por cada euro A França paga por ano 50 bi-
Banco da França para construir que têm, podem emprestar até lhões de euros de juros, o que
escolas, infraestrutura viária, seis euros, graças à criação coloca este pagamento em
portuária e aérea, hospitais e monetária mediante crédito. primeiro lugar no orçamento,
centros culturais, sem ter de Como se não bastasse, podem antes da Educação. Com a
pagar uma taxa de juros exor- contratar junto ao Banco Cen- mesma quantia, o governo po-
bitante, portanto, tinha apenas tral todos os fundos necessá- deria construir 500 mil casas
déficit. rios, muitas vezes com uma de 100 mil euros ou criar 1,5
taxa de 0%, com o objetivo de milhões de postos de trabalho
No entanto, em 3 de janeiro de emprestá-los em seguida aos no serviço público (educação,
1973, o governo do presidente Estados, com uma taxa de 3% saúde, cultura, lazer) com um
Georges Pompidou, antigo di- a 18%, como é o caso da Gré- salário líquido mensal de 1.500
retor-geral do Banco Roths- cia. Com isso, a criação mone- euros. O contribuinte é despo-
child, influenciado pelo mundo tária mediante crédito repre- jado de 1 bilhão de euros por
financeiro, adotou a Lei n°73/7 senta 90% da massa monetária semana em proveito dos ban-
sobre o Banco da França, ape- em circulação na zona do euro. cos privados.
lidada de “Lei Rothschild” pe-
la ala do setor bancário favo- Maurice Allais, Prêmio Nobel Portanto, a categoria mais rica
rável a sua adoção. Elaborada de Economia francês, denun- da população recebeu do Esta-
por Olivier Wormser, presi- ciou esta situação e afirmou do o grande privilégio de enri-
dente do Banco da França, e que a criação monetária deve- quecer às custas do contribuin-
Valéry Giscard d’Estaing, en- ria ser uma prerrogativa do te sem nenhuma contrapartida
tão ministro da Economia e Estado e do Banco Central. e sem o menor esforço.
das Finanças, a lei estipula em Segundo ele, “toda a criação Além disso, este sistema per-
seu artigo 25 que "o Tesouro monetária deve ser do Estado e mite ao mundo financeiro
não pode ser recebedor de cré- somente do Estado; toda cria- submeter a classe política aos
ditos de seus próprios títulos ção monetária diferente da seus interesses e ditar a políti-
sacados junto ao Banco da moeda da base do Banco Cen- ca econômica através das a-
França”. tral deve ser impossibilitada, gências de qualificação, elas
de modo que desapareçam os próprias financiadas pelos
Em outras palavras, o Estado ‘falsos direitos’, que resultam bancos privados. Ou seja, se
francês já não poderia financi- atualmente da criação monetá- um governo adota uma política
ar o Tesouro contratando em- ria pelos bancos (...). Por es- contrária aos interesses do
préstimos sem juros com o sência, a criação monetária ex mercado financeiro, essas a-
Banco da França, mas teria de nihilo que praticam os bancos gências baixam a nota do Es-
recorrer aos mercados finan- se assemelha – não hesito em tado, tendo como efeito imedi-
ceiros. Dessa forma, o Estado dizê-lo para que as pessoas ato o aumento das taxas de ju-
torna-se obrigado a pedir em- entendam bem o que está em ros.
préstimos e pagar juros às ins- jogo – à fabricação de dinheiro
por falsificadores, acertada-
15. O sistema de crédito que se tradução livre), Paris, Edições
estabeleceu na França desde Estrella, 2011, com prólogo de
1973 e que foi sancionado nos Wayne S. Smith e prefácio de
tratados de Maastricht e de Paul Estrade.
Lisboa tem apenas um objeti- Referências bibliográficas:
vo: enriquecer os bancos pri- (1) Eurostat, « La dette publique des
Etats membres », dezembro de
vados às custas dos contribuin-
2011.(site consultado em12 de ju-
tes. nho de 2012).
É lastimável que não se abra (2) Le Point, « Moscovici :
um debate sobre as origens da l’Europe, dossier prioritaire, la dette
Ao mesmo tempo, quando o dívida pública da França na publique est un ‘ennemi’ », 17 de
Estado e o Banco Central Eu- mídia ou no Parlamento. No maio de 2012.
ropeu resgatam os bancos pri- entanto, bastaria devolver ao (3) Loi du 3 janvier 1973 sur la
vados em dificuldade – isto é, Banco Central a exclusividade Banque de France.(site consultado
em 13 de junho de 2012)
procedem a sua estatização de da criação monetária para re- (4) Maurice Allais, La crise mon-
fato, sem o benefício de qual- solver o problema da dívida. diale d’aujourd’hui, Editions Clé-
quer vantagem, como por e- ** ment Juglar, 1999.
xemplo o poder decisório no [Seu livro mais recente é "Etat (5) Une histoire de la dette, « Com-
Conselho de Administração –, de siège. Les sanctions éco- prendre la dette publique », 7 de
o fazem com taxas de juros nomiques des Etats-Unis con- outubro de 2011. (site acessado em
13 de junho de2012);Sociétal, «
menores do que essas mesmas tre Cuba” ("Estado de sítio. As L’arnaque de la dette publique »
instituições financeiras cobra- sanções econômicas dos Esta- (site acessado em 13 de junho de
vam do Estado. dos Unidos contra Cuba”, em 2012).