1. Sabiam que no campo da moda tem uma figura muito procurada e muito difícil de achar, mesmo sendo (ou deveria ser) paga “a peso de ouro”? Trata-se do modelista, um profissional pouco conhecido mas de grande importância estratégica para as firmas de roupas e acessórios. È praticamente o “arquiteto da moda” aquele que transforma o esboço do estilista em modelo cartáceo, ou seja o desenho plano da peça de roupa. “È uma figura central porque é aquele que transforma uma Idea virtual em realidade, na pratica é um ‘zíper’ entre o design e o produto”.
2. Que faz exatamente o modelista? Realiza o modelo baseado em um esboço do estilista mantendo a Idea moda e garantindo a vestibilidade da roupa e os vínculos financeiros da empresa; cuida da realização da peça piloto pra poder dar continuidade a produção industrial do mesmo.
3. O modelista indica como cortar o tecido, quais serão as medidas dos elementos que o compõem e como deverá ser produzido. Até alguns anos atrás desenvolvia os modelos manualmente, mas hoje, com a ajuda das novas tecnologias, mudou a maneira de trabalhar e o uso da informática é cada vez mais importante: o desenho do estilista se transforma em modelo diretamente da estação gráfica e transferido digitalmente (ou cartácea) para o corte sucessivo.
4. . O modelista aparece nesta fase usando softwares especiais (CAD). A partir da peça piloto se produz o campionario ou “fitting”. Precisa porém esclarecer que o CAD permite uma velocidade de realização que a mão não pode garantir, mas seguramente não substitui a competência. Especialmente na Itália, onde se realiza a maioria dos projetos, usa-se o CAD porque, uma vez inserido o modelo no computador, oferece a vantagem de transferir todas as informações em automático, graças a uma ligação direta até no começo do corte, evitando possíveis erros.
5. Mas a atividade baseada em formação e competência: sem essas a maquina não pode fazer nada. A modelista se forma profissionalmente freqüentando cursos técnicos ou universitários, atingindo até o nível de pós-graduação. A modelista deve saber lidar em grupos, colaborando em conjunto com o estilista, as costureiras piloteiras, com o gerente do corte e do escritório seguindo os tempos e os métodos da empresa. Acrece a sensibilidade criativa as técnicas de trabalho. Tudo isso graças a uma experiência profissional derivada do conhecimento em produção industrial, custo da mesma, adaptação em uso de maquinas industriais, alem de tecidos e afins. “Sublinhamos que a pratica na produção é a base de tudo”.
6. O profissional sabe quais são as variações a serem feitas que determinam o valor da peça modelada. A criação de novos tecidos leva a modelista profissional a um estudo mais aprofundado dos mesmos sempre combinando com a tendência do estilista. A modelista tem que acrescentar a própria experiência profissional à criatividade do estilista. Assim uma modelista profissional é paga exatamente porque se torna uma figura “chave” de uma empresa. Porque, então, são poucos os jovens que procuram tão profissão? “Porque é uma figura ainda pouco conhecida. È uma questão de comunicação: os desfiles são uma vitrine somente para o estilista, o criador; não para os 20 modelistas que trabalharam nos bastidores. Quem aparece é a ponta do iceberg, mesmo sabendo que as bases são feitas de profissionais que com muito empenho, paixão, curiosidade e vontade de mudanças impulsam este mundo da moda em continua evolução.
7. O modelista em inicio de carreira ganha de 1.000,00 a 2.000,00 reais dependendo da experiência com a produção. Dependendo da experiência do modelista pode ter até participação nos lucros da empresa. O modelista com paixão e dedicação a carreira pode ganhar muito bem. Marli Pinho Dettori.