O castelo de Palmela tem uma longa história, abrigando figuras importantes como o almirante Brito Capelo e Diogo de Gouveia. Localizado em um dos contrafortes da Arrábida, oferece uma vista panorâmica indescritível. A vila de Palmela celebra sua festa anual das vindimas entre 4 e 9 de setembro, promovendo os vinhos da região, incluindo o Moscatel de Setúbal.
3. Na sua cerca nasceu um dos grandes pioneiros da África portuguesa, o almirante Brito Capelo. Por ele passaram, e viveram, grandes vultos do Portugal antigo, entre eles Nuno Álvares e d. João II. Aqui tem sepultura Diogo de Gouveia figura insigne de humanista. Aqui jazem, nas suas duas igrejas, outros varões notáveis pela armas e pelas letras. E sobre ele paira a figura gigantesca do fundador de Portugal, D. Afonso Henriques.
5. Por aqui se deduz que o castelo de Palmela merece respeito e goza de um dos mais formosos panoramas que a imaginação possa conceber. Ganham-se horas enchendo os olhos e o espírito de beleza indescritível. Caído em ruínas depois da extinção das Ordens, em 1834, foi classificado monumento nacional por decreto de 16 de Junho de 1910 e está hoje restaurado pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Erguido sobre um dos derradeiros contrafortes da Arrábida, é precisamente num Convento com 500 anos que está instalada a Pousada de Palmela (Pousada de Santiago). Em 1940 foi feita a restauração parcial do Castelo e em 1979 inaugurada a Pousada, após essas obras de adaptação do Convento ao fim em vista.
6. Como de costume, atribuem-se-lhe fabulosas origens. Cinco léguas a sueste de Lisboa e duas da vila da Moita, em lugar iminente, está situado o Castelo de Palmela. A Igreja de Santa Maria, dentro da cerca do Castelo e junto à torre de menagem, é muito antiga e está há muito tempo em ruínas. Quando se arruinou não se sabe ao certo. Sabe-se todavia, que em 1534 a Igreja foi feita "de novo" por esmolas de Dom Prior e de pessoas devotas. Bastante danificada pelo terramoto de 1755 conserva, no entanto, traços da edificação renascença. A Igreja de Santa Maria do Castelo, como se afirma, está hoje de tal modo arruinada que é difícil a reconstituição do que foi, embora existam elementos descritivos. Pouco resta, na verdade, do tempo primitivo e das obras, acrescentos e modificações que sem dúvida se lhe fizeram no resto do século XVI e ainda XVII.
7. Com toda a sua austeridade, ainda hoje, porém, se desfruta no seu interior de uma forma de estar que se conserva do século XVII. Pela arcaria do claustro entra-se nas galerias, antes local de passagem mas agora zona de lazer com todo o conforto. Por escadas graciosamente enquadradas sob arcos abobadados atravessa-se o lavabo antes de entrarmos no refeitório, tal como acontecia em outros tempos.
15. Entre 4 e 9 de Setembro, Palmela é anfitriã da 46ª edição da Festa das Vindimas, numa organização da associação de Festas de Palmela, com o patrocínio da Câmara Municipal. No ano em que se assinalam os 100 Anos da Origem Demarcada do Moscatel de Setúbal, a Festa das Vindimas associa-se às comemorações e dá lugar de destaque ao Moscatel, sem esquecer os vinhos tintos e brancos regionais, de grande qualidade. Como habitualmente, a Festa apresenta os momentos tradicionais que a tornaram num dos maiores certames do distrito de Setúbal e do país. É o caso da Eleição da Rainha das Vindimas (no dia 3), do Cortejo de Camponeses, da Pisa da Uva e Benção do 1º Mosto e dos Cortejos Alegóricos que, este ano, a propósito do Centenário do Moscatel, fazem desfilar algumas das principais empresas produtoras e revisitam momentos marcantes do século XX. Exposição, prova e venda de vinhos, cursos de iniciação à prova de Moscatel, exposições temáticas e a apresentação do Moscatel do Centenário são algumas das principais atracções para os apreciadores de vinho. Também a fruta – as uvas, os pêssegos e a maçã riscadinha certificada – tem o seu espaço no centro da festa, numa mostra dos produtos de qualidade do concelho.
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18. O recinto da festa cresceu e estende-se, agora, entre o renovado Largo de S. João e a Avenida dos Bombeiros Voluntários, com melhores condições de circulação e vários espaços de diversão e feira. O programa de festas apresenta motivos de interesse diversificados, com várias provas desportivas, actividades infantis e espectáculos para todos os gostos. Da Weasel, Xaile, Lusotango, Faithfull, Joana Pessoa, Margarida Bessa, Dixie Boys, Melech Mechaya e Raspa de Tacho são alguns dos principais nomes que preenchem o cartaz, a par das bandas e corais das filarmónicas e dos ranchos folclóricos do concelho. Durante o certame, o pavilhão da Câmara Municipal de Palmela acolhe a exposição “A Rota de Vinhos da Península de Setúbal... pela Mão da História e da Memória”, com o objectivo de promover a Rota, numa perspectiva patrimonial e divulgar a história das nove empresas associadas. No âmbito da participação dos municípios geminados na Festa (Barcarrota e Jávea, Espanha, S. Filipe e Praia, Cabo Verde), o Cine-Teatro S. João recebe a exposição “Ayer y Hoy de Barcarrota”, da responsabilidade do município de Barcarrota, Espanha. Esta mostra é inaugurada no dia 5 de Setembro, às 15h30.