O texto descreve como os ruídos do passado, como apitos e gritos, interrompiam o silêncio das cidades, em contraste com o barulho atual que atordoa as mentes. O autor sugere que as pessoas se acostumaram tanto com o ruído que só conseguem entender músicas populares repetitivas. Se a civilização continuar nesse caminho, podemos perder a fala e o pensamento, restando apenas o batuque.

4. E hoje o que mais se precisa é de silêncios que interrompam o ruído.

5. Mas que se há de fazer? Há muitos – a grande maioria – que já nasceram no barulho. E nem sabem, nem notam, por que suas mentes são tão atordoadas, seus pensamentos tão confusos.

6. Tanto que, na sua bebedeira auricular, só conseguem entender as frases repetitivas da música pop.

7. E, se esta nossa “civilização” não arrebentar, acabamos um dia perdendo a fala – para que falar? Para que pensar? Ficaremos apenas no batuque: “ Tan! tan! tan! tan! tan! Mario Quintana

8. Imagens: Google Música: “ La Vida” - Ernesto Cortazar Formatação Christina Meirelles Neves