O espaço considerado como historicamente produzido pelo homem à medida que organiza política e economicamente a sua sociedade, esta é a afirmação que distingue o conjunto das obras de Henri Lefebvre. Trata-se de uma tentativa concreta de retornar à dialética de Marx, contudo sem os dogmatismos e as opressões características de outras interpretações marxistas. Nessa acepção, a atualidade das reflexões do autor em relação à realidade do contexto urbano na Amazônia e, designadamente, com as contradições espaciais presentes no cotidiano de Belém permite um exercício de reconhecimento da validade deste pensamento para apreensão da complexidade das cidades Amazônicas.