O documento descreve o desenvolvimento da primeira urna eletrônica no Brasil em 1990 na Escola Técnica Parobé no Rio Grande do Sul. Engenheiros e estudantes da escola criaram um sistema eletrônico de votação e apuração com uma "urna" em formato de computador para simplificar e agilizar o processo de votação e apuração. O sistema foi testado com sucesso na escola e recebeu atenção da imprensa, porém não foi adotado pelo Tribunal Regional Eleitoral na época.
Um projeto chamado "Eleição Eletrônica" foi apresentado ao presidente do TRE pelo Centro de Informática da Escola Técnica Parobé. O sistema consistiria em terminais ligados a um computador central em cada seção eleitoral, permitindo que os eleitores votassem apertando uma tecla. Isso agilizaria a apuração dos votos e eliminaria erros, uma vez que cada voto seria armazenado eletronicamente. O presidente do TRE apoiou a iniciativa, dizendo que ela poderia reduzir os custos ele
Presidente do TRE testa máquina eletrônica de votar (1990)Leonardo Piccoli
Alunos de uma escola técnica no Rio Grande do Sul desenvolveram uma máquina eletrônica para votar que poderia reduzir os custos das eleições em 80% e fornecer resultados instantaneamente. Eles apresentaram o projeto para o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, que elogiou a ideia, mas lamentou a falta de financiamento para implementá-la.
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL. Voto Eletrônico.Leonardo Piccoli
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL. Voto Eletrônico. Edição Comemorativa: 10 anos da Urna Eletrônica, 20 anos do Recadastramento Eleitoral . Porto Alegre: TRE-RS / Centro de Memória da Justiça Eleitoral, 2006.
O uso da urna eletrônica oferece uma série de vantagens, entre as quais a rapidez da votação, a comodidade para o eleitor e, principalmente, a segurança das eleições, no que diz respeito à votação e, sobretudo, à apuração dos resultados.
O documento descreve o sistema eleitoral e processo eleitoral no Brasil, incluindo a organização das eleições pela Justiça Eleitoral, o papel do Tribunal Superior Eleitoral e Tribunais Regionais Eleitorais, e a história da votação eletrônica no país desde a década de 1930 até a implementação completa da urna eletrônica em 2000.
O documento descreve o processo eletrônico de votação no Brasil, incluindo a história da urna eletrônica, como funciona o sistema de votação e apuração, e os mecanismos de fiscalização do processo por partidos políticos.
O documento pede que o Tribunal Superior Eleitoral modifique o edital da licitação para aquisição de novas urnas eletrônicas de acordo com a lei. Especificamente, solicita: 1) Remover a conexão entre o dispositivo de identificação biométrica do eleitor e a urna; 2) Especificar o uso de uma única impressora por urna em vez de duas; 3) Suspender a licitação até que o edital esteja de acordo com a lei.
O documento discute a modernização do Poder Judiciário brasileiro através da implantação do processo eletrônico. Apresenta dados sobre o aumento da demanda judicial e a morosidade do sistema, e como a informatização pode trazer benefícios como agilidade, economia e transparência. Destaca iniciativas do STF como o primeiro processo totalmente digital no Brasil e o desenvolvimento de ferramentas como petição eletrônica e diário de justiça on-line.
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Presidente do TRE testa máquina eletrônica de votar (1990)Leonardo Piccoli
Alunos de uma escola técnica no Rio Grande do Sul desenvolveram uma máquina eletrônica para votar que poderia reduzir os custos das eleições em 80% e fornecer resultados instantaneamente. Eles apresentaram o projeto para o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, que elogiou a ideia, mas lamentou a falta de financiamento para implementá-la.
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL. Voto Eletrônico.Leonardo Piccoli
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL. Voto Eletrônico. Edição Comemorativa: 10 anos da Urna Eletrônica, 20 anos do Recadastramento Eleitoral . Porto Alegre: TRE-RS / Centro de Memória da Justiça Eleitoral, 2006.
O uso da urna eletrônica oferece uma série de vantagens, entre as quais a rapidez da votação, a comodidade para o eleitor e, principalmente, a segurança das eleições, no que diz respeito à votação e, sobretudo, à apuração dos resultados.
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O documento pede que o Tribunal Superior Eleitoral modifique o edital da licitação para aquisição de novas urnas eletrônicas de acordo com a lei. Especificamente, solicita: 1) Remover a conexão entre o dispositivo de identificação biométrica do eleitor e a urna; 2) Especificar o uso de uma única impressora por urna em vez de duas; 3) Suspender a licitação até que o edital esteja de acordo com a lei.
O documento discute a modernização do Poder Judiciário brasileiro através da implantação do processo eletrônico. Apresenta dados sobre o aumento da demanda judicial e a morosidade do sistema, e como a informatização pode trazer benefícios como agilidade, economia e transparência. Destaca iniciativas do STF como o primeiro processo totalmente digital no Brasil e o desenvolvimento de ferramentas como petição eletrônica e diário de justiça on-line.
O documento discute vários aspectos da democracia digital direta, incluindo testes de plataformas de e-democracia em cidades europeias, o uso do voto eletrônico para diferentes propósitos e o desenvolvimento de uma arquitetura de rede distribuída para sistemas de voto online robustos.
O documento analisa a usabilidade da urna eletrônica brasileira de 2002 e do módulo de impressão eletrônico através de avaliações cognitivas e heurísticas. Foram identificados problemas como a tela de votação para senador que causou confusão e a má legibilidade do comprovante de voto impresso. Recomendações incluem melhorias na interface para reduzir erros e aumentar a eficiência da votação.
O documento resume o discurso do presidente do Tribunal Superior Eleitoral sobre as eleições de 2010 no Brasil. As eleições envolveram quase 136 milhões de eleitores e foram realizadas de forma grandiosa, eficiente e transparente, com alta participação e nenhuma contestação dos resultados. A Justiça Eleitoral planejou e executou o processo eleitoral com sucesso, apesar dos desafios logísticos.
1) O documento analisa um projeto de lei que propõe alterações nas leis dos partidos políticos e eleições para regulamentar melhor o uso da internet e doações em campanhas, definir conceitos e prazos do processo eleitoral.
2) Foram realizadas audiências públicas e recebidas 73 emendas ao projeto.
3) Os relatores concluem que o projeto é constitucional e regulamenta melhor alguns aspectos do processo eleitoral e político no Brasil.
Relatório de Atividades da Votação Online das Prioridades do Orçamento 2015Adreson Vilson Vita Sá
O documento descreve o histórico do processo de participação popular no Rio Grande do Sul desde 1999, incluindo o suporte tecnológico fornecido. Detalha as etapas da votação online de 2014, os módulos desenvolvidos e os resultados obtidos. Fornece recomendações para aprimorar o processo em futuros anos.
O documento descreve o Conselho Nacional de Justiça e o sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe). O PJe é um software desenvolvido pelo CNJ para permitir a prática de atos processuais eletronicamente e acompanhamento dos processos de forma digital. O documento também discute como o PJe pode beneficiar a administração da justiça ao agilizar processos e reduzir custos, e como os tribunais podem se preparar para adotar o sistema.
Sumário executivo de Dr. Hugo Hoeschl e Dra. Tânia Bueno sobre a possibilidade da aplicação
da Lei de Newcomb Benford em processos eleitorais,
em especial nas últimas eleições presidencias no
Brasil, bem como a análise sobre a existência de pressupostos que justifiquem tal aplicação.
O documento discute a democracia digital e as novas perspectivas para a democracia a partir do uso das tecnologias da informação pelos cidadãos. Aborda como o governo eletrônico e a administração eletrônica podem aproximar os cidadãos e melhorar os processos democráticos, bem como as ferramentas digitais que podem enriquecer a democracia, como votação online e disponibilização de informações. Também discute os desafios da votação eletrônica, especialmente em garantir
O documento discute a democracia digital e o uso das tecnologias da informação para envolver os cidadãos no processo político de três formas: fornecendo acesso à informação, permitindo transações administrativas online e permitindo a participação dos cidadãos online. Algumas das ferramentas discutidas incluem votação online, bases de dados públicas online e iniciativas online para cidadãos. O documento também aborda os desafios da votação eletrônica, como garantir o anonimato dos eleitores.
O documento fornece instruções detalhadas para coordenadores de locais de votação sobre os procedimentos a serem realizados antes, durante e após as eleições, incluindo a arrumação do local, a instalação das seções, a supervisão da votação, o encerramento da votação e a devolução dos materiais.
Acessibilidade para cidadania : uma avaliação de usabilidade e acessibilidade...Talita Pagani
O documento apresenta os resultados de um estudo de avaliação de usabilidade e acessibilidade da urna eletrônica brasileira. O estudo identificou diversas barreiras de usabilidade, como falta de feedback e orientação clara para os eleitores, dificultando o entendimento do processo de votação. Foram propostas mudanças na interface para torná-la mais acessível a todos os cidadãos.
O documento discute os desafios de se garantir a verificabilidade e o sigilo do voto em sistemas de votação eletrônica. Apresenta técnicas criptográficas modernas que podem resolver esse aparente conflito, permitindo que cada eleitor verifique que seu voto foi contabilizado corretamente sem comprometer o sigilo. Também discute exemplos de sistemas de votação "fim-a-fim" que utilizam tais técnicas para permitir a auditoria pública dos resultados eleitorais.
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Semelhante a IN MEMORIAM A MÁQUINA ELETRÔNICA DE 1990, ELEIÇÃO ELETRÔNICA OU URNA ELETRÔNICA DO PAROBÉ (12)
IN MEMORIAM A MÁQUINA ELETRÔNICA DE 1990, ELEIÇÃO ELETRÔNICA OU URNA ELETRÔNICA DO PAROBÉ
1. IN MEMORIAM
A MÁQUINA ELETRÔNICA DE 1990,
ELEIÇÃO ELETRÔNICA,
OU URNA ELETRÔNICA DO PAROBÉ
Conforme informação obtida do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) [1], em 1989, o juiz
eleitoral da cidade de Brusque-SC, Carlos Prudêncio, em caráter experimental, organizou uma seção
informatizada, em que autoridades municipais e representantes dos partidos políticos puderam teclar
seus escolhidos em um terminal de computador AT-38632. O sistema projetado funcionava com
cartão perfurado e transmissão via telefone, completamente diferente da urna adotada a décadas
depois pelo TSE, pois o modelo que foi proposto apresentou problemas e não funcionou
corretamente, segundo o relato do Sr. Juiz Niederauer (TRE-RS) em entrevista com os
desenvolvedores da Urna Eletrônica na Escola Técnica Parobé.
Figura 1: Reportagem do jornal Correio do Povo da eleição eletrônica em 14/11/1990.
2. Paralelamente, em 1990 foi idealizado, criado e realizado na Escola Técnica Parobé uma
votação eletrônica, ver Figura 1. O teste de uma votação informatizada foi acompanhado pelas
principais mídias da época (televisionado no Jornal Nacional e Bandeirantes e, impresso no Jornal
Correio do Povo e Zero Hora) onde se apresentou efetivamente em funcionamento a Urna
Eletrônica nos moldes de funcionamento dos dias de hoje.
O Sr. Juiz Gilberto Niederauer Correa (Presidente do TRE-RS, na época, ver Figura 2)
compôs a “Comissão de Informatização das Eleições Municipais”, que segundo o TSE [1], foi
decisiva para definição da urna eletrônica. Essa comissão trabalhou de abril a agosto de 1995 e os
documentos produzidos em seus encontros pautaram todo o desenvolvimento da urna eletrônica
brasileira.
Figura 2: Sr. Gilberto Niederauer Correa testa a máquina eletrônica, Zero Hora 14/11/1990.
Ocorre que o sistema adotado (TSE, Figura 3) foi apresentado seis anos antes na Escola
Técnica Parobé como um trabalho aos alunos do Setor Informática. Foi desenvolvido na disciplina
de informática ministrada pelo então professor Eng. Luiz Guerra Piccoli, onde o tema era elaborar
um programa computacional, sobre “Eleições - Apuração”. Como os alunos não conseguiram
desenvolver o trabalho proposto, o próprio professor (Luiz Guerra Piccoli e seu filho Leonardo
Bisch Piccoli, com 13 anos, então estudante de eletrônica), desenvolveram o trabalho proposto aos
alunos, onde foi criado o 'Sistema de Coleta e Apuração de Votos ou Sistema Eletrônico de Votação
e Apuração', justificando o tema do trabalho proposto aos alunos, junto a direção da Escola.
Foi então que surgiu na Escola Técnica Parobé a 'urna eletrônica' em forma de cabine,
monitor, sinal de bipe e teclado numérico, de forma muito similar ao modelo adotado e usado
atualmente pelo TSE. Coube ao prof. Eng. Luiz idealizar e realizar o sistema e a esquematização do
3. programa, enquanto ao Leonardo a interface gráfica, resolução de algumas rotinas e compilar para
linguagem de código de máquina Assembly (código protegido), pois o programa fonte foi
estruturado e desenvolvido na linguagem de programação Basic.
A apresentação foi realizada em um computador Apple II, que na época já estava sendo
substituído pelos PCs (Personal Computer) e foi testada com sucesso pelos alunos, junto a direção
da Escola, professores, imprensa televisionada e escrita, delegada de ensino Tânia Maria Heinrich,
juiz do TSE-RS Sr. Niederauer e assessores, entre outros convidados.
Figura 3: Máquina contra fraude (Urna Eletrônica), Correio do Povo 23/07/2006.
O projeto vinha propor a suprir o sistema de votação e apuração da época, pois era
demorado e cheio de contestações, com esperas de dias para sair o resultado final das eleições e
ainda com custos muito altos.
O prof. Eng. Luiz e o estudante Leonardo simplificaram todo o processo, colocando em um
computador, o sistema de coleta de dados e apuração final da seção de votação, pelo próprio
presidente da mesa. Consistia na escolha dos nomes propostos na tela do monitor (candidatos – na
época foi dos governadores na eleição de 1990), digitado o número correspondente ao candidato, o
bip da confirmação do numero, da gravação dos dados em um disquete, a impressão em papel (onde
seria assinado pela composição da mesa da seção) e no final da votação a destruição do programa, a
fim de evitar manipulação posterior dos dados coletados na memória do computador. Os dados em
disquete (e também gravados em chip) eram remetidos a uma central que iria computar os dados
daquela zona eleitoral e assim sucessivamente ate a central final de apuração, onde seria usada a
mesma estrutura que recebia as urnas de papel.
Na época, a internet estava no seu início, logo, os dados eram remetidos via normal. Mas, os
dados impressos, que seriam a prova do resultado daquela seção eleitoral, poderiam ser em caráter
imediato, transmitido via telefone. Naquela época, por questão de segurança, conforme relato do
Eng. Luiz, ao Sr. Juiz Niederauer e o seu secretário Jorge Freitas, quando lhe questionaram sobre a
segurança do processo, e este lhe afirmou que os dados poderiam também ser gravados em um chip,
como prova final da seriedade dos dados coletados e se houvesse algum problema na seção, este
seria facilmente detetado, pois o presidente de mesa seria o responsável direto pelo processo, bem
como a equipe que alimentou os equipamentos usados nas seções eleitorais.
O restante do sistema eleitoral não seria alterado e nem tinha o porque na época, como não
4. foi até hoje. O problema era a coleta e apuração dos votos, que o sistema veio a resolver,
diminuindo o tempo do processo de votação, apuração e como consequência o número de seções
eleitorais. Hoje com a tecnologia existente, o sistema está sendo sempre aprimorado o seu
hardware, aumentando com certeza a sua velocidade e confiabilidade nas eleições. A base para o
sistema adotado pelo TSE, permanece o mesmo demonstrado na Escola Técnica Parobé, onde
recebeu a denominação popular de 'Urna Eletrônica' como poderia receber o nome de 'Sistema
Eletrônico de Votação e Apuração'.
Conforme continua a relatar o Eng. Luiz, na reunião em portas fechadas com o Sr. Juiz
Niederauer e o seu secretário, onde foi explicado e respondidas todas as perguntas formuladas,
sobre o processo eletrônico de Votação, foi comentado pelo Juiz Niederauer, que se tivesse tempo, o
sistema poderia ser usado em paralelo ao voto de papel, naquelas eleições. Também, lhe foi
oferecido o livre acesso ao processo eleitoral do segundo turno de 1990, pelo Sr. Juiz Niederauer e
este aceitou a contribuir para o desenvolvimento do 'Sistema Eletrônico de Votação e Apuração'.
A urna só não decolou e não foi desenvolvida no Parobé, porque ao começar as tratativas
para o seu desenvolvimento, foi descoberto irregularidades na administração do Diretor Professor
Luiz Carlos Gré da Silva, onde acabou em uma CPI e o seu posterior afastamento.
Por falta de investimento e apoio de órgãos de fomento e mesmo a dificuldade em patentear o
'Sistema Eletrônico de Votação e Apuração' na época, o projeto parou na sua concepção. Esperava-
se a participação e contribuição do TRE-RS, mas o mesmo nunca mais se manifestou sobre o
assunto diante aos autores e a própria Escola Técnica Parobé, demonstrando na época um certo
desinteresse pelo 'Sistema Eletrônico de Votação e Apuração - Urna Eletrônica'', que hoje é adotado
pelo TSE.
O computador, o monitor e o programa original, que foram usados naquela época, existe até
hoje. Esperamos ter resgatado e esclarecido a memória da chamada “Urna Eletrônica” ( Sistema
Eletrônico de Votação e Apuração), que ainda hoje não foi explicado oficialmente a sua origem e
concepção.
As pessoas envolvidas pelo desenvolvimento e participação da máquina de votar no Parobé em
1990, foram:
• Desenvolvimento:
1) Luiz Guerra Piccoli: (Engenheiro e programador) : tel 55 4052 9250 - luigi at piccoli.ind.br
2) Leonardo Bisch Piccoli (Engenheiro e programador) : tel 51 3519 9787 - leonardo at piccoli.ind.br
• Participação na apresentação:
1) Francisco Alberto Rheingatz Silveira (Professor de informática na época) : tel 51 3248 5987 - farsilveira at
pucrs.br
2) Sergio J. Chiorri (coordenador do Setor de Informática na época) - tel 51 3233 7969 ou 51 3233 0616
3) Juiz Gilberto Niederauer Correa (Juiz do TRE-RS - 12mar1990 a 10mar1993) : (Juiz Eleitoral na época,
no qual foi fornecido todo o sistema de votação e apuração) – tel 51 3267 1568
4) Juiz Adroaldo Furtado Fabricio (TRE-RS): Comissão Apuradora do TRE-RS – na época – tel 51 3311
4258
5) Leonel Tozzi – Diretor Geral do TRE-RS - na época – tel 51 3340 4294
6) Tania Maria Heinrich – Delegada de Ensino na época – 1ª Delegacia
Referências:
[1] TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL. Voto Eletrônico. Edição
Comemorativa: 10 anos da Urna Eletrônica, 20 anos do Recadastramento Eleitoral. Porto
Alegre: TRE-RS / Centro de Memória da Justiça Eleitoral, 2006.
[2] PAROBÉ APRESENTA ELEIÇÃO ELETRÔNICA. Correio do Povo , Porto Alegre, 14 novembro
de 1990.
[3] PRESIDENTE DO TRE TESTA MÁQUINA ELETRÔNICA DE VOTAR. Zero Hora , Porto Alegre,
14 novembro de 1990.
[4] MÁQUINA CONTRA FRAUDE FAZ 10 ANOS. Correio do Povo , Porto Alegre, 23 julho de
2006.
5. Parobé apresenta eleição eletrônica
Um projeto denominado “Eleição Eletrônica" foi apresentado ontem pelo Centro de Informática da Escola
Técnica Parobé ao presidente do TRE. desembargador Gilberto Niederauer Corrêa. O novo sistema consiste na
Instalação de um terminal, junto a cada seção eleitoral, ligado a um computador central onde o eleitor precisaria
apenas apertar uma tecla para indicar o candidato escolhido. A identificação do concorrente seria feita através do
próprio nome ou número do político ou de uma cor, facilitando a operação para os analfabetos.
A grande vantagem é com relação a apuração dos votos, uma vez que logo após o término do pleito o
computador forneceria o resultado final, dispensando o escrutínio manual. O responsável pela elaboração deste
trabalho, professor Francisco Silveira, salientou que a probabilidade de erros é nula uma vez que a pessoa só poderá
teclar uma vez. Ele explicou que toda a votação ficará armazenada na memória do computador. para consultas ou
contestação do resultado.
Para o presidente do TRE “O projeto foi um avanço tecnológico que merece todo o apoio e incentivo.
Reduziria em até 80% os custos do processo eleitoral, que somente neste ano ficaram em torno de Cr$ 200 milhões.
Gilberto Niederauer salienta que "é multo importante esse tipo de Investimento. por parte da Iniciativa privada, para
valorizar o trabalho das escolas técnicas". Como experiência, o sistema será utilizado nas eleições para a direção da
Escola Parobé. no próximo ano.
Texto da Figura 1: Reportagem do jornal Correio do Povo (14/11/1990).
Presidente do TRE testa máquina eletrônica de votar
Equipamento que permite computar imediatamente os votos e reduz em 80% os custos da
eleição foi desenvolvido por alunos do Parobé
Os alunos da Escola Técnica Parobé, de Porto Alegre projetaram uma "máquina de votar", capaz de reduzir o
custo de uma eleição em 80% e de fornecer o resultado minutos após a votação. A eleição deste ano está custando as
cofres públicos em torno de Cr$ 200 milhões. O projeto desta máquina, que terá o tamanho de urna calculadora de
bolso, foi apresentado ontem ao desembargador Gilberto Niederauer Corrêa, presidente do Tribunal Regional Eleitoral
(TRE), que fez muito elogios.
O convite ao desembargador teve o objetivo conseguir apoio do TRE para financiar este projeto. O custo de
cada "máquina de votar" é de Cr$ 25 mil, explicou o professor Luiz Carlos Gré da Silva, diretor do Parobé, que tem
3.200 estudantes e 200 professores e o titulo de escola técnica mais eficiente do Sul do Brasil.
Esta máquina seria usada dentro de um esquema de informatização de todos os estágios do processo da
eleição. Ela ficaria dentro da cabine de votação, ligada a uma central de computação, como acontece nos países
desenvolvidos. Atualmente, apenas é informatizada a documentação das eleições, representando em torno de 10% do
processo todo.
DINHEIRO - Os professores e alunos do Parobé fizeram uma eleição informatizada simulada entre os candidatos X,
Y e Z para demonstração do aparelho. No lugar da máquina de votar foi usado um terminar ligado a um
microcomputador. Segundo o professor de informática Francisco Silveira, a intenção era mostrar ao desembargador a
eficiência do sistema. "A próxima eleição para diretor, em outubro do ano que vem, será toda informatizada", avisou o
diretor Silva. Será usada, talvez pela primeira vez na história gaúcha, a "máquina de votar".
"Esta iniciativa valoriza o ensino público, e mostra que a fase da decadência das escolas técnicas já passou",
opinou a professora Tânia Maria Heinrich, da 1ª Delegacia de Educação. O desembargador Niedeauer reconheceu as
vantagens da máquina e da informatização de todo o sistema ao processo eleitoral. "Mas não temos dinheiro para isto",
lamentou.
Texto da Figura 2: Reportagem do jornal Correio do Povo (14/11/1990).