O documento discute investidores estrangeiros e brasileiros que estão comprando terras ao longo da rota proposta para uma ferrovia em Ilhéus a preços baixos, possivelmente em antecipação ao desenvolvimento econômico que a ferrovia trará à região.
1. ILHÉUS SOBRE TRILHOS
“ROTA DO DESENVOVIMENTO ONDE SE MISTURAM INTERESSES E AMBIÇÕES”
As informações chegam até nós, numa velocidade e sem que precisemos
vasculhar por elas.
Numa dessas andanças, pela cidade e mais precisamente na calçada do antigo
Hospital e Maternidade Santa Isabel, quatro cidadãos, de biótipos atípicos aos
da nossa região, gesticulavam e debruçados na porta malas do veículo,
abriram uma “Planta Baixa”, que me chamou atenção.
Com sutileza, cheguei me identifiquei, e logo obtive a resposta, que todo
ilheense gostaria de ouvir. Confirmaram-me a restauração do prédio com a
mesma finalidade, ou seja, teremos de volta a nossa unidade de saúde,
fechada há muito tempo.
Mais adiante, na Praça Cairú, outro cidadão, sem se preocupar com os demais
transeuntes, falava ao celular, e o teor foi mais ou menos este: ... “Pode vir,
temos muitas áreas, que ainda podemos comprar por preços baixos”... “Zona
norte, todo o trecho por onde passará a ferrovia, até o mar”... “Sim, trecho da
zona rural do Rio do Braço, Castelo Novo”... “Sim na rota intermodal”... “Não,
sobre minério no local não sei informar”...
Uns dois dias depois, conversando com um amigo corretor de imóveis, sobre o
assunto, ele foi mais além e disse-me: São investidores chineses, portugueses
e italianos na sua maioria, mas tem também empresários do sul e sudeste do
Brasil, que sobrevoam a toda hora estas regiões, e quase sempre
acompanhados de pessoas da região.
Disse-me também, que nas mediações de Serra Grande, Ponta da Tulha,
Aritaguá, estão oferecendo em média, R$ 60.000,00, onde só tem mato, mas