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Hercule Romuald Florence (1804/1879)
                                       Pesquisa: Mirza Pellicciotta
HERCULES FLORENCE                                                                                                1824/1825



Antoine Hercule Romuald Florence, conhecido como Hércules Florence, nasceu em Nice/França em 29/02/1804. Aos 16 anos tornou-se
grumete (aprendiz de marinheiro), viajando para a Holanda e Bélgica. Aos 20 anos, em 1824, chegou ao Rio de Janeiro a bordo da
fragata Maria Thereza, decidido a se estabelecer no Estado Imperial do Brasil. Por um ano permaneceu na cidade trabalhando como
caixeiro (vendedor) de uma casa de roupas e em seguida, como auxiliar numa livraria e tipografia pertencente ao francês Pierre Plancher.




                                                                                                                Barão Heinrich von Langsdorff
           Cubatão                                                  pinheiros próximos de Jundiaí




Em 1825, Hércules Florence interessa-se em participar de uma expedição científica russa pelo interior do Brasil, levada pelo naturalista
e Barão Georg Heinrich von Lansdorff e após contatos, consegue ser admitido como auxiliar e segundo desenhista da expedição em
conjunto com Aimé-Adrien Taunay.
HERCULES FLORENCE                                                                                           1825 1825

 A expedição deveria partir de Porto Feliz, no interior da província de São Paulo, para seguir pelo Rio Tietê ao Mato Grosso, ocasião em
 que Hércules Florence se instala na residência do médico e político Francisco Álvares Machado, e ali conhece sua filha, Maria Angélica.




                                                          Francisco Álvares Machado e sua Família

                                                          “Maria Angélica, de pé, à esquerda, apoiada na mãe, que está bordando.
                                                          No primeiro plano, também à esquerda, está colocada estrategicamente,
                                                          apoiado na cadeira um objeto que parece ser uma câmera escura”
                                                          (herculesflorence.polens.com.br)




                                                           A expedição percorre 13 mil km pelas províncias de São Paulo,
                                                           Mato Grosso, Pará e Amazonas. No mapa ao lado, são utilizadas
                                                           duas cores para assinalar o trajeto pelos sertões brasileiros,
                                                           registrando-se a divisão da expedição em Cuiabá/Mato Grosso,
                                                           ocasião em que formam-se dois grupos que deveriam se
                                                           reencontrar no Pará. O traçado amarelo seria seguida por Riedel;
                                                           o vermelho, por Langsdorff, com quem ficou Hércules. A cor verde
                                                           refere-se ao retorno para o Rio de Janeiro.
                                                           (herculesflorence.polens.com.br)
HERCULES FLORENCE                                                                     1825/1829




                                                         No longo trajeto da expedição, que durou 4 anos (de
                                                         1825 a 1829), Hércules Florence produz um relato
                                Partida de Porto Feliz
                                                         detalhado das atividades, registrando com desenhos
                                                         as mais variadas situações, além de produzir registros
                                                         científicos da natureza e dos costumes indígenas.


                                                         "A tarde variou o panorama. Não era mais uma paisagem
                                                         avivada alegremente por maciços floridos, mas um quadro
                                                         grandioso. Cortamos (passamos por) florestas de guacuris,
                                                         coqueiros de grosso caule, folhas compridas, espessas e curvas
                                                         em arco de círculo. Os folículos inferiores de umas,
                                                         encontravam-se com os das outras, formavam abóbadas, cujas
                                                         colunas eram os troncos das palmeiras." Relato de Hercules
                                                         Florence




                    Interior de Cabana Mundurucu
HERCULES FLORENCE                                            1829/1830




                    “Com o fim de seu trabalho como segundo desenhista, o artista radica-se
                    a partir de 1830 na Vila de São Carlos, atual Campinas (..) Continua
                    registrando a paisagem e as transformações pelas quais passa a região
                    no decorrer do século XIX. Documenta o incremento da lavoura de cana-
                    de-açúcar e café, o trabalho escravo nos engenhos, as queimadas e
                    derrubada das matas para plantio e, em menor número, a capital
                    paulista.”(Enciclopédia Itaú Cultural).
HERCULES FLORENCE                                                                                                1829/1830



                                                                              Após seu retorno Florence procura pela família Machado e
                                                                              através dela conhece a Vila de São Carlos (Campinas).


                                                                             "Campinas, cidade nascente e arrabaldes simpáticos. Francisco Álvares
                                                                             Machado, que eu tinha conhecido em 1825 em Porto Feliz, me convida
                                                                             para vir a Campinas; e nesta cidade, então vila de São Carlos, fixei a
                                                                             minha residência.“


                                                                             "Campinas, também chamada São Carlos, cidade nascente, bastante
                                                                             vasta, bem povoada, rica pela cultura em grande escala da cana-de-
                                                                             açucar, e pela fabricação desse produto e da aguardente. Seus
                                                                             arrabaldes são agradáveis em razão dos sítios cultivados,
                                                                             multiplicidade de casas e engenhos de açucar. O comércio sobrepuja
                                                                             ao das outras cidades próximas, com exceção de Itú. A concorrência
                                                                             traz a barateza das mercadorias”


                                                                             “...era Antônio Manoel Teixeira o mais importante fazendeiro. Esse
                                                                             homem, notável por vários títulos, fora nomeado prefeito do
                                                                             município em virtude da lei n. 18 de 11 de abril de 1835, logo
                                                                             revogada, e possuía 192 escravos de ambos os sexos, 2 fábricas de
                                                                             açucar produzindo anualmente 3.500 arrobas do redondo, 500 do
                                                                             mascavo e 5.000 do branco. Colhia em suas propriedades 1.800
                                                                             arrobas de café e davam-lhe os engenhos, por ano, 3.000 canadas de
                                                                             aguardente”.


Fazenda de Antonio Manoel Teixeira, nas proximidades da Vila de São Carlos
HERCULES FLORENCE                                                                                      1830/1850


                                                  Em 4 de janeiro de 1830, na Igreja da Sé em São Paulo, Hercules Florence se casa com
                                                  Maria Angélica A. M. Vasconcelos, filha de Francisco Álvares Machado e Vasconcellos
                                                  e Cândida Maria de Vasconcellos Barro, e com ela tem 12 filhos.



                                                   Filhos:

                                                   Amador (18 de janeiro de 1831)
                                                   Celestina (18 de novembro de 1832)
                                                   Adelaide (19 de março de 1834)
                                                   Francisco (27 de março de 1835)
                                                   Francisco (2o. 06 de novembro de 1837)
                                                   Cândida (5 de abril de 1839)
                                                   Antônio Hércules (27 de janeiro de 1841)
                                                   Arnaud (16 de fevereiro de 1843)
                                                   Angelique (16 de setembro de 1844)
                                                   Arnaldo (14 de abril de 1846)
                                                   Paul (31 de dezembro de 1847)
                                                   Ataliba (11 de junho de 1849)



Enquanto esteve casado com Maria Angélica, Hercules Florence produziu seus maiores inventos, a começar pelo trabalho que denomina de
"zoophonie“, e que consistia num estudo sobre os sons emitidos pelos animais registrado durante a expedição. Ao tentar publicá-lo na Vila de
São Carlos ele se dá conta de que a Província de São Paulo não contava com oficinas impressoras, razão pela qual Hercules Florence resolve
montar um negócio baseado no seu próprio método de impressão, a Poligraphie (criada em 1830). Em 1832, já se achava instalado com seu
negócio; “além das atividades comerciais, reproduzindo (cópias) documentos, em sua poligrafia, realizou também incursões em comércio de
tecidos que trazia do Rio de Janeiro e uma fábrica de chapéus” (herculesflorence.polens.com.br)
HERCULES FLORENCE                                                                                       1830/1832


                                          “As dificuldades, encontradas por Hércules, para publicação de seus estudos, fizeram com que,
                                          entre 1832 e 1836, pesquisasse uma forma alternativa de impressão. Esse estudo foi chamado
                                          Poligraphye, e seu objetivo inicial fora a impressão das partituras sobre a Zoofonia. (Erivam M.
                                          Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil)


                                          Hercule Florence é precursor (...) dos processos químicos de reprodução de imagens. Em
                                          busca da simplificação dos procedimentos comuns na época (restritos aos diferentes tipos
                                          de gravura como, por exemplo, a litografia e a xilogravura), inventa, em 1830, o que chama
                                          de polygraphie [poligrafia], método de impressão em cores semelhante ao atual
                                          mimeógrafo. (Enciclopédia Itaú Cultural)

                                           “Com a Poligrafia, tornou-se possível imprimir numa mistura de litografia e gravura em
                                           diversas cores. Foi então que Florence teve a idéia de utilizar a câmera obscura”. (Erivam
                                           M. Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil)

 Mesa de impressão usada na Polygraphia
HERCULES FLORENCE                                                                                                            1832


                                                                         A partir de 1832, começa a investigar as possibilidades de fixação da imagem
                                                                         utilizando a câmera escura por meio de um elemento que mude de cor pela
                                                                         ação da luz. Com a ajuda do boticário Joaquim Correa de Mello, realiza
                                                                         experiências fotoquímicas que dão origem a imagens batizadas de
                                                                         photographie [fotografia] em 1833. Ou seja, quase na mesma época que
                                                                         Joseph Nicéphore Niépce (1765 - 1833) e Louis Jacques Mandé Daguerre
                                                                         (1781 - 1851), na França, e William Henry Fox Talbot (1800 - 1877), na
                                                                         Inglaterra, e sob condições científicas muito diversas, Florence produz cópias
                                                                         fotográficas de desenhos em Campinas.1 Entre os exemplares realizados,
                                                                         restam hoje as impressões fotográficas do "Diploma da Maçonaria"
                                                                         (ca.1833) e de rótulos de farmácia (s.d). (Enciclopédia Itaú Cultural).

                                                                        “Hércules Florence chegou, com essa pesquisa, a obter uma série de
                                                                        exemplares, de diplomas maçônicos e rótulos de farmácia em papel
                                                                        fotossensível, sensibilizado por sais de prata. Utilizou, para isso, o princípio
                                                                        da câmera obscura, aplicado a um processo que chamou de “photographie”.
                                                                        A seriedade das pesquisas e a documentação deixada pelo pesquisador
                                                                        franco brasileiro colocam-no como um dos grandes inventores do século XIX,
                                                                        ao lado de Bartolomeu Lourenço Gusmão, o “Padre Voador”, (Aerostação),
  Vila de S. Carlos, Campinas. Rótulos de farmácia, cópia fotográfica   Alberto Santos Dumont (Aviação) e Padre Roberto Landell de Moura
  por contato sob ação da luz solar, cerca de 1833
                                                                        (transmissão radiofônica), que antecederam outros pesquisadores, cujos
                                                                        inventos também não foram reconhecidos pelos meios científicos e
                                                                        culturais” (Enciclopédia Itaú Cultural).

"Neste ano de 1832, no dia 15 de agosto, estando a passear na minha varanda, vem-me à idéia que talvez se possam fixar as imagens na câmara
escura, por meio de um corpo que mude de cor pela ação da luz. Esta idéia é minha, porque o menor início nunca antes tocou o meu espírito. Vou
ter com Joaquim Correa de Mello, boticário do meu sogro, homem instruído, que me diz existir o nitrato de prata. Dei-me pois, a fazer experiências
onde tudo me sai perfeitíssimo quanto à gravura sobre o vidro. Quanto a câmara obscura fixei a negativa da vista da cadeia, um busto de La Fayette,
etc. O Sr. Mello me ajuda a formar a palavra: Photographia".
HERCULES FLORENCE                                                                                             1833


Suas observações acerca do poder do sol sobre os tecidos (em particular, sobre a ação de descolorimento), somadas aos ensinamentos
oferecidos pelo jovem boticário (e futuro botânico), Joaquim Correia de Melo, em especial, sobre a ação do nitrato de prata, levam-no a
trabalhar com a câmara escura a partir de 1832 e a produzir o que chamaria de “photographie” (anos antes desta denominação ser utilizada na
Europa). Com base num processo científico metódico, H Florence chegou à impressão pela ação da luz.


                                                          “Personagem importante para o aperfeiçoamento da fotografia foi o boticário
                                                          Joaquim Corrêa de Mello, que trabalhava na farmácia de Francisco Álvares Machado
                                                          e Vasconcellos, sogro de Florence, e o auxiliava em suas Experiências”. (Erivam M.
                                                          Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil)


                                                          15 de janeiro (1833) "Creio antever que um dia se imprimirá pela ação da luz.
                                                          Toda gente sabe que a luz descolore os objetos; vi, pelo menos, que isso acontece
                                                          com as dobras das peças de indianas expostas à claridade. Se eu fosse químico,
                                                          talvez conhecesse uma substância susceptível de colorir-se ou descolorir-se à
                                                          ação da luz, ou de mudar de cor, ou de escurecer. A única substância que sei
                                                          possuir a virtude de enegrecer ao sol, mas que seria preferível a tudo, é a que de
                                                          preta se tornasse branca, ou cuja cor, ao menos, se tornasse facilmente mais
                                                          clara. Ora, se assim acontecesse, como creio, colocar-se-ia uma folha de papel, ou
                                                          outro qualquer corpo de superfície lisa, coberta de uma camada dessa substância,
                                                          numa câmara escura. A própria escuridão dessa câmara seria favorabilíssima,
                                                          para impedir a descolorização que se deveria conservar intacto; as meias tintas
                                                          favoreceriam a descoloração só pela metade e as claridades do objeto que seria
    Câmara Escura e Prensas usadas na Photographie        representado na câmara escura, apresentando-se formadas pela própria luz, esta
                                                          descoloriria perfeitamente nesses lugares. Dessa maneira, sendo a ação da luz
                                                          proporcional à sua intensidade sobre a citada superfície, o objeto permaneceria
                                                          nela representado, mesmo após ter sido retirado da câmara escura. Ele não
                                                          estaria caracterizado pela coloração, mas suas diferentes tintas lhe marcariam a
                                                          aparência.“ (Manuscrito "Correspondence" n. 1, p. 132) (Hércules Florence)
HERCULES FLORENCE                                                                     1833


                                       “Em frente à cadeia de Campinas, então Vila de São Carlos, o guarda de
                                       sentinela permanecia estático. Devia estar desatento à pequena caixa
                                       coberta com paleta de pintor, instalada havia horas em algum ponto dos
                                       arredores. O orifício na improvisada câmara escura acomodava a lente
                                       dos óculos de Hércules Florence, que pretendia fixar a imagem da fachada
                                       da cadeia em papel sensibilizado com nitrato de prata. “Queira Deus que
                                       se possa imprimir com a luz”, anotou no seu diário, em 3 de julho de
                                       1833. Já sabia que o papel escureceria no sol – como os tecidos indianos
                                       que perdiam a cor – e, por isso, lavou-o em água para diminuir a reação
                                       fotoquímica e guardou-o dentro de um livro. Segundo relatos, assim ele
                                       conservou várias imagens, que apreciava somente à noite, sob luz de vela.
                                       Mas as provas se perderam. Inclusive aquela, que seria a primeira
                                       fotografia de um ser humano produzida no planeta”. (Luiz Sugimoto.
                                       “Retrato do homem bicentenário”. Jornal da Unicamp)


                                         “Hércules Florence conseguiu gravar imagens, na Vila de São
                                         Carlos, com câmera obscura e sais de prata, seis anos antes de
                                         Daguerre,na Europa, valer-se desse mesmo material”. (Elevam
                                         M. Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil)


                                         “Sem conhecer o trabalho do francês Nicéphore Niépce - responsável
                                         pela fixação da primeira fotografia em 1826 -, Florence imprime imagens
                                         pela ação da luz em 1832, com base no princípio de negativo/positivo,
                                         que permite a reprodução das chapas. O mesmo processo só seria
                                         desenvolvido pelo inglês William Talbot em 1839”. (Enciclopédia Itaú
                                         Cultural)

                    “Hércules Florence, durante toda sua vida no Brasil conviveu com intelectuais e estrangeiros
                    ilustres, que enriqueceram seu conhecimento e ajudaram-no a desenvolver várias pesquisas e
                    inventos” (Erivam M. Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil)”
HERCULES FLORENCE                                                                                                 1836/1839



                                           Em 1836, com o apoio do sogro Álvares Machado, Hercules Florence instala uma tipografia
                                           completa no largo da Matriz do Carmo, a primeira da Vila de São Carlos.
                                           “Nela imprimiu-se o histórico jornal O Paulista, primeiro do interior da Província de S. Paulo
                                           (1842), sendo o Padre Diogo Feijó, o diretor de redação. Nela Hércules Florence imprimiu
                                           também as Cartas Pastoraes do Bispo Conde D. Antônio Joaquim de Mello e atendeu sua
                                           clientela, como era seu objetivo, deixando a Poligrafia somente para imprimir desenhos.
                                           Finalmente foi vendida aos jornalistas que fundaram o "Aurora Campineira".
                                           (herculesflorence.polens.com.br)

                                           “Ele possuiu uma casa à Rua do Rosário, n.20, da Vila São Carlos, doação do sogro Francisco
                                           Álvares Machado: terreno e dinheiro para construção, em 1839. Na foto, é a casa com beiral. Ali
                                           se dedicava à família e às suas invenções. Atualmente, sua localização seria à Rua Barão de
                                           Jaguara, em frente ao monumento-túmulo do Maestro Antônio Carlos Gomes”.
                                           (herculesflorence.polens.com.br)

                                           “A vida em família foi vivida na residência simples, frente ao largo da Matriz Velha, atualmente,
                                           Rua Barão de Jaguara, frente ao monumento-túmulo do Maestro Carlos Gomes. Essa casa
                                           pertenceu à família Florence por diversas gerações”. (herculesflorence.polens.com.br)



Em 1839, Hercules Florence seria informado de que seu conterrâneo, Daguerre, havia criado o processo de reprodução que se chamou
daguerreotipia, e chegava primeiro ao reconhecimento público. Hércules ficou desolado e desistiu de aperfeiçoar seu invento (...) Mais
tarde chegou a ser solicitado por órgãos do governo francês para enviar informações sobre seu invento. Ele preferiu não dar continuidade
ao assunto.
HERCULES FLORENCE                                                                                           1839/1842




                                                                   “A partir desse momento, Florence abandonou suas
                                                                   pesquisas com câmera obscura e sais de prata e escreveu em
                                                                   uma cópia do diploma maçônico, conseguido através do
                                                                   processo da câmera obscura sensibilizada com nitrato de
                                                                   prata, que outros tiveram mais sorte. Fez a divulgação de
                                                                   suas pesquisas por meio do jornal O Pharol Paulistano e
                                                                   Jornal do Commércio do Rio de Janeiro, sem obter êxito e o
                                                                   reconhecimento esperado”. (Elevam M. Oliveira. O pioneiro
                                                                   da fotografia no Brasil)



 "Estou certo de que se estivesse em Paris..."
 "Inventei a fotografia. Fixei as imagens na câmara escura. Inventei a poligrafia, a impressão simultânea de todas as cores, a prancha
 definitivamente carregada de tinta, os novos sinais estenográficos. Concebi uma máquina que me parecia infalível, cujo movimento seria
 independente de um agente qualquer e cuja força teria alguma importância. Comecei a fazer uma coleção de estudos de céus, com novas
 observações, muitas aliás, e meus descobrimentos estão comigo, sepultados na sombra. Meu talento, minhas vigílias, meus pesares,
 minhas privações são estéreis para os outros. Não me socorrem as artes peculiares às grandes cidades, para desenvolver e aperfeiçoar
 alguns de meus descobrimentos, para que eu me cientificasse da exatidão de algumas de minhas idéias. Estou certo de que, se estivesse
 em Paris, um único de meus descobrimentos poderia, talvez, suavizar-me a sorte, ser útil à sociedade. Lá, talvez, não me faltassem
 pessoas que me ouviriam, me adivinhariam e me protegeriam. Estou certo de que o público, o verdadeiro protetor dos talentos, me
 compensaria de meus sacrifícios. Aqui, porém, ninguém vejo a quem possa comunicar minhas idéias. Os em condições de as entenderem,
 seriam dominados por suas próprias idéias, por suas especulações, pela política, etc.“ (Hércules Florence)
HERCULES FLORENCE                                                                                                             1842/1847

                                                                   Nos anos seguintes, ele desenvolve um novo método de impressão de notas
                                                                   de dinheiro para evitar falsificações, o papel inimitável, lançado em 1842, e
                                                                   em 1847 cria os "Typo-sílabas", ideia precursora da taquigrafia

                                                                   “O súbdito francez Hercule Florence, que era um scientista notável. Develhe a
                                                                   sciencia as descobertas que fez da polygraphia, aperfeiçoada depois sob a
                                                                   denominação de pulvographia, do papel inimitável, cuja importância maior era
                                                                   evitar falsificações em quaesquer títulos de valor, firmados naquelle papel muito
                                                                   propriamente denominado inimitável...” Florence preparou uma chapa de vidro
                                                                   como matriz, escurecida com a fumaça de um lampião, e aplicou uma camada de
                                                                   goma arábica. Após o endurecimento da cola, com uma agulha, desenhava ou
                                                                   escrevia nessa superfície, retirando a cola endurecida do fundo do vidro”. (Erivam
                                                                   M. Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil)

                                                                   Em 1842, em sua tipografia no Largo da Matriz, Hercules Florence funda O
                                                                   Paulista, primeiro jornal do interior da Província de São Paulo. Ali seria impresso
                                                                   também o Aurora Campineira, em 1858..




 Reprodução em Poligraphia na ocasião da visita de DPedro II a Campinas, em 1846. Imagens atribuídas a Hercules Florence, 2ª metade do
 século XIX.
HERCULES FLORENCE                                                                     1854/1863



                    Em 17 de janeiro de 1850 falece Maria Angélica, deixando Hercules viúvo aos 46 anos de idade.

                    Quatro anos depois, em 1854 e já com 50 anos, Hercules Florence casa-se novamente,
                    agora com Carolina Krug, de família alemã há muito estabelecida em Campinas, e com
                    ela tem 7 filhos.

                        Filhos:

                        Ataliba (nascido em 3 de maio de 1855)
                        Jorge (nascido em 18 de outubro de 1857)
                        Augusta ( nascida em 24 de maio de 1859)
                        Henrique (nascido em 3 de agosto de 1861)
                        Guilherme (nascido em 19 de junho de 1864)
                        Paulo (irmão gêmeo de Guilherme) (nascido em 19 de junho de 1864)
                        Izabel (nascida em 22 de outubro de 1867)
HERCULES FLORENCE                                                                                              1855/1863

                                                                         Em 1855, ele viaja a Europa em companhia de Carolina para rever a mãe,
                                                                         interrompendo um longo isolamento no interior da Província de São Paulo.

                                                                         Em 1856, após seu retorno da Europa, Hércules Florence passa a se dedicar
                                                                         as atividades da Fazenda Soledade, nos arredores de Campinas, sem deixar
                                                                         de trabalhar em suas invenções e estudos. A Fazenda, herdada da sogra,
                                                                         Sra. Cândida Maria de Vasconcellos Barros, localizava-se na Estrada para
                                                                         Amparo.


                                                                         Em 1860, Hercules Florence inventa a "pulvografia" (impressão por meio
                                                                         do pó) e no ano de 1863, participa da fundação do Colégio Florence com a
                                                                         esposa Carolina Krug Florence, deixando as atividades agrícolas para se
                                                                         dedicar ao Colégio.

                                                                         O Colégio Florence, fundado em 3 de novembro de 1863 se manteria em
                                                                         instalações provisórias por dois anos; em 1865, seria transferido para um
                                                                         prédio próprio. Destinado à educação feminina, trazia em sua concepção
                                                                         fundamentos pedagógicos suiços.

                                                                         “Nesse Colégio, Hercules Florence foi professor de desenho e cuidou
                                                                         também das atividades administrativas (...) Segundo a pesquisadora e autora
                                                                         do livro "Educação Feminina", Carolina e Hércules formaram ao que se
                                                                         depreende, o primeiro casal participante da vida pública, principalmente no
                                                                         que se referia à formação educacional. O endereço era rua das Flores, atual
                                                                         José Paulino, entre Benjamin Constant e Bernardino de Campos”.

Hercules Florence permanece no colégio até sua morte, em 27/03/1879, atuando com sua esposa por 16 anos no campo educacional. Em 1889,
depois de 25 anos funcionando em Campinas, o Colégio foi transferido para a cidade de Jundiaí, tentando escapar da febre amarela que atacava a
cidade.
HERCULES FLORENCE                                                             1879




                     Hércules Florence falece em 27 de março de 1879, achando-se sepultado no
                     Cemitério da Saudade.

                    “No Centro de Memória da Unicamp (CMU), encontra-se uma autobiografia de
                    Hércules Florence - ou Hercule, seu prenome em francês -, de 1832 (...) desenhos,
                    reproduções de telas e dez rolos microfilmados com os manuscritos narrando a saga
                    da famosa Expedição Langsdorff” (Luiz Sugimoto. “Retrato do homem bicentenário”.
                    Jornal da Unicamp)

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Hercules Florence

  • 1. Hercule Romuald Florence (1804/1879) Pesquisa: Mirza Pellicciotta
  • 2. HERCULES FLORENCE 1824/1825 Antoine Hercule Romuald Florence, conhecido como Hércules Florence, nasceu em Nice/França em 29/02/1804. Aos 16 anos tornou-se grumete (aprendiz de marinheiro), viajando para a Holanda e Bélgica. Aos 20 anos, em 1824, chegou ao Rio de Janeiro a bordo da fragata Maria Thereza, decidido a se estabelecer no Estado Imperial do Brasil. Por um ano permaneceu na cidade trabalhando como caixeiro (vendedor) de uma casa de roupas e em seguida, como auxiliar numa livraria e tipografia pertencente ao francês Pierre Plancher. Barão Heinrich von Langsdorff Cubatão pinheiros próximos de Jundiaí Em 1825, Hércules Florence interessa-se em participar de uma expedição científica russa pelo interior do Brasil, levada pelo naturalista e Barão Georg Heinrich von Lansdorff e após contatos, consegue ser admitido como auxiliar e segundo desenhista da expedição em conjunto com Aimé-Adrien Taunay.
  • 3. HERCULES FLORENCE 1825 1825 A expedição deveria partir de Porto Feliz, no interior da província de São Paulo, para seguir pelo Rio Tietê ao Mato Grosso, ocasião em que Hércules Florence se instala na residência do médico e político Francisco Álvares Machado, e ali conhece sua filha, Maria Angélica. Francisco Álvares Machado e sua Família “Maria Angélica, de pé, à esquerda, apoiada na mãe, que está bordando. No primeiro plano, também à esquerda, está colocada estrategicamente, apoiado na cadeira um objeto que parece ser uma câmera escura” (herculesflorence.polens.com.br) A expedição percorre 13 mil km pelas províncias de São Paulo, Mato Grosso, Pará e Amazonas. No mapa ao lado, são utilizadas duas cores para assinalar o trajeto pelos sertões brasileiros, registrando-se a divisão da expedição em Cuiabá/Mato Grosso, ocasião em que formam-se dois grupos que deveriam se reencontrar no Pará. O traçado amarelo seria seguida por Riedel; o vermelho, por Langsdorff, com quem ficou Hércules. A cor verde refere-se ao retorno para o Rio de Janeiro. (herculesflorence.polens.com.br)
  • 4. HERCULES FLORENCE 1825/1829 No longo trajeto da expedição, que durou 4 anos (de 1825 a 1829), Hércules Florence produz um relato Partida de Porto Feliz detalhado das atividades, registrando com desenhos as mais variadas situações, além de produzir registros científicos da natureza e dos costumes indígenas. "A tarde variou o panorama. Não era mais uma paisagem avivada alegremente por maciços floridos, mas um quadro grandioso. Cortamos (passamos por) florestas de guacuris, coqueiros de grosso caule, folhas compridas, espessas e curvas em arco de círculo. Os folículos inferiores de umas, encontravam-se com os das outras, formavam abóbadas, cujas colunas eram os troncos das palmeiras." Relato de Hercules Florence Interior de Cabana Mundurucu
  • 5. HERCULES FLORENCE 1829/1830 “Com o fim de seu trabalho como segundo desenhista, o artista radica-se a partir de 1830 na Vila de São Carlos, atual Campinas (..) Continua registrando a paisagem e as transformações pelas quais passa a região no decorrer do século XIX. Documenta o incremento da lavoura de cana- de-açúcar e café, o trabalho escravo nos engenhos, as queimadas e derrubada das matas para plantio e, em menor número, a capital paulista.”(Enciclopédia Itaú Cultural).
  • 6. HERCULES FLORENCE 1829/1830 Após seu retorno Florence procura pela família Machado e através dela conhece a Vila de São Carlos (Campinas). "Campinas, cidade nascente e arrabaldes simpáticos. Francisco Álvares Machado, que eu tinha conhecido em 1825 em Porto Feliz, me convida para vir a Campinas; e nesta cidade, então vila de São Carlos, fixei a minha residência.“ "Campinas, também chamada São Carlos, cidade nascente, bastante vasta, bem povoada, rica pela cultura em grande escala da cana-de- açucar, e pela fabricação desse produto e da aguardente. Seus arrabaldes são agradáveis em razão dos sítios cultivados, multiplicidade de casas e engenhos de açucar. O comércio sobrepuja ao das outras cidades próximas, com exceção de Itú. A concorrência traz a barateza das mercadorias” “...era Antônio Manoel Teixeira o mais importante fazendeiro. Esse homem, notável por vários títulos, fora nomeado prefeito do município em virtude da lei n. 18 de 11 de abril de 1835, logo revogada, e possuía 192 escravos de ambos os sexos, 2 fábricas de açucar produzindo anualmente 3.500 arrobas do redondo, 500 do mascavo e 5.000 do branco. Colhia em suas propriedades 1.800 arrobas de café e davam-lhe os engenhos, por ano, 3.000 canadas de aguardente”. Fazenda de Antonio Manoel Teixeira, nas proximidades da Vila de São Carlos
  • 7. HERCULES FLORENCE 1830/1850 Em 4 de janeiro de 1830, na Igreja da Sé em São Paulo, Hercules Florence se casa com Maria Angélica A. M. Vasconcelos, filha de Francisco Álvares Machado e Vasconcellos e Cândida Maria de Vasconcellos Barro, e com ela tem 12 filhos. Filhos: Amador (18 de janeiro de 1831) Celestina (18 de novembro de 1832) Adelaide (19 de março de 1834) Francisco (27 de março de 1835) Francisco (2o. 06 de novembro de 1837) Cândida (5 de abril de 1839) Antônio Hércules (27 de janeiro de 1841) Arnaud (16 de fevereiro de 1843) Angelique (16 de setembro de 1844) Arnaldo (14 de abril de 1846) Paul (31 de dezembro de 1847) Ataliba (11 de junho de 1849) Enquanto esteve casado com Maria Angélica, Hercules Florence produziu seus maiores inventos, a começar pelo trabalho que denomina de "zoophonie“, e que consistia num estudo sobre os sons emitidos pelos animais registrado durante a expedição. Ao tentar publicá-lo na Vila de São Carlos ele se dá conta de que a Província de São Paulo não contava com oficinas impressoras, razão pela qual Hercules Florence resolve montar um negócio baseado no seu próprio método de impressão, a Poligraphie (criada em 1830). Em 1832, já se achava instalado com seu negócio; “além das atividades comerciais, reproduzindo (cópias) documentos, em sua poligrafia, realizou também incursões em comércio de tecidos que trazia do Rio de Janeiro e uma fábrica de chapéus” (herculesflorence.polens.com.br)
  • 8. HERCULES FLORENCE 1830/1832 “As dificuldades, encontradas por Hércules, para publicação de seus estudos, fizeram com que, entre 1832 e 1836, pesquisasse uma forma alternativa de impressão. Esse estudo foi chamado Poligraphye, e seu objetivo inicial fora a impressão das partituras sobre a Zoofonia. (Erivam M. Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil) Hercule Florence é precursor (...) dos processos químicos de reprodução de imagens. Em busca da simplificação dos procedimentos comuns na época (restritos aos diferentes tipos de gravura como, por exemplo, a litografia e a xilogravura), inventa, em 1830, o que chama de polygraphie [poligrafia], método de impressão em cores semelhante ao atual mimeógrafo. (Enciclopédia Itaú Cultural) “Com a Poligrafia, tornou-se possível imprimir numa mistura de litografia e gravura em diversas cores. Foi então que Florence teve a idéia de utilizar a câmera obscura”. (Erivam M. Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil) Mesa de impressão usada na Polygraphia
  • 9. HERCULES FLORENCE 1832 A partir de 1832, começa a investigar as possibilidades de fixação da imagem utilizando a câmera escura por meio de um elemento que mude de cor pela ação da luz. Com a ajuda do boticário Joaquim Correa de Mello, realiza experiências fotoquímicas que dão origem a imagens batizadas de photographie [fotografia] em 1833. Ou seja, quase na mesma época que Joseph Nicéphore Niépce (1765 - 1833) e Louis Jacques Mandé Daguerre (1781 - 1851), na França, e William Henry Fox Talbot (1800 - 1877), na Inglaterra, e sob condições científicas muito diversas, Florence produz cópias fotográficas de desenhos em Campinas.1 Entre os exemplares realizados, restam hoje as impressões fotográficas do "Diploma da Maçonaria" (ca.1833) e de rótulos de farmácia (s.d). (Enciclopédia Itaú Cultural). “Hércules Florence chegou, com essa pesquisa, a obter uma série de exemplares, de diplomas maçônicos e rótulos de farmácia em papel fotossensível, sensibilizado por sais de prata. Utilizou, para isso, o princípio da câmera obscura, aplicado a um processo que chamou de “photographie”. A seriedade das pesquisas e a documentação deixada pelo pesquisador franco brasileiro colocam-no como um dos grandes inventores do século XIX, ao lado de Bartolomeu Lourenço Gusmão, o “Padre Voador”, (Aerostação), Vila de S. Carlos, Campinas. Rótulos de farmácia, cópia fotográfica Alberto Santos Dumont (Aviação) e Padre Roberto Landell de Moura por contato sob ação da luz solar, cerca de 1833 (transmissão radiofônica), que antecederam outros pesquisadores, cujos inventos também não foram reconhecidos pelos meios científicos e culturais” (Enciclopédia Itaú Cultural). "Neste ano de 1832, no dia 15 de agosto, estando a passear na minha varanda, vem-me à idéia que talvez se possam fixar as imagens na câmara escura, por meio de um corpo que mude de cor pela ação da luz. Esta idéia é minha, porque o menor início nunca antes tocou o meu espírito. Vou ter com Joaquim Correa de Mello, boticário do meu sogro, homem instruído, que me diz existir o nitrato de prata. Dei-me pois, a fazer experiências onde tudo me sai perfeitíssimo quanto à gravura sobre o vidro. Quanto a câmara obscura fixei a negativa da vista da cadeia, um busto de La Fayette, etc. O Sr. Mello me ajuda a formar a palavra: Photographia".
  • 10. HERCULES FLORENCE 1833 Suas observações acerca do poder do sol sobre os tecidos (em particular, sobre a ação de descolorimento), somadas aos ensinamentos oferecidos pelo jovem boticário (e futuro botânico), Joaquim Correia de Melo, em especial, sobre a ação do nitrato de prata, levam-no a trabalhar com a câmara escura a partir de 1832 e a produzir o que chamaria de “photographie” (anos antes desta denominação ser utilizada na Europa). Com base num processo científico metódico, H Florence chegou à impressão pela ação da luz. “Personagem importante para o aperfeiçoamento da fotografia foi o boticário Joaquim Corrêa de Mello, que trabalhava na farmácia de Francisco Álvares Machado e Vasconcellos, sogro de Florence, e o auxiliava em suas Experiências”. (Erivam M. Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil) 15 de janeiro (1833) "Creio antever que um dia se imprimirá pela ação da luz. Toda gente sabe que a luz descolore os objetos; vi, pelo menos, que isso acontece com as dobras das peças de indianas expostas à claridade. Se eu fosse químico, talvez conhecesse uma substância susceptível de colorir-se ou descolorir-se à ação da luz, ou de mudar de cor, ou de escurecer. A única substância que sei possuir a virtude de enegrecer ao sol, mas que seria preferível a tudo, é a que de preta se tornasse branca, ou cuja cor, ao menos, se tornasse facilmente mais clara. Ora, se assim acontecesse, como creio, colocar-se-ia uma folha de papel, ou outro qualquer corpo de superfície lisa, coberta de uma camada dessa substância, numa câmara escura. A própria escuridão dessa câmara seria favorabilíssima, para impedir a descolorização que se deveria conservar intacto; as meias tintas favoreceriam a descoloração só pela metade e as claridades do objeto que seria Câmara Escura e Prensas usadas na Photographie representado na câmara escura, apresentando-se formadas pela própria luz, esta descoloriria perfeitamente nesses lugares. Dessa maneira, sendo a ação da luz proporcional à sua intensidade sobre a citada superfície, o objeto permaneceria nela representado, mesmo após ter sido retirado da câmara escura. Ele não estaria caracterizado pela coloração, mas suas diferentes tintas lhe marcariam a aparência.“ (Manuscrito "Correspondence" n. 1, p. 132) (Hércules Florence)
  • 11. HERCULES FLORENCE 1833 “Em frente à cadeia de Campinas, então Vila de São Carlos, o guarda de sentinela permanecia estático. Devia estar desatento à pequena caixa coberta com paleta de pintor, instalada havia horas em algum ponto dos arredores. O orifício na improvisada câmara escura acomodava a lente dos óculos de Hércules Florence, que pretendia fixar a imagem da fachada da cadeia em papel sensibilizado com nitrato de prata. “Queira Deus que se possa imprimir com a luz”, anotou no seu diário, em 3 de julho de 1833. Já sabia que o papel escureceria no sol – como os tecidos indianos que perdiam a cor – e, por isso, lavou-o em água para diminuir a reação fotoquímica e guardou-o dentro de um livro. Segundo relatos, assim ele conservou várias imagens, que apreciava somente à noite, sob luz de vela. Mas as provas se perderam. Inclusive aquela, que seria a primeira fotografia de um ser humano produzida no planeta”. (Luiz Sugimoto. “Retrato do homem bicentenário”. Jornal da Unicamp) “Hércules Florence conseguiu gravar imagens, na Vila de São Carlos, com câmera obscura e sais de prata, seis anos antes de Daguerre,na Europa, valer-se desse mesmo material”. (Elevam M. Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil) “Sem conhecer o trabalho do francês Nicéphore Niépce - responsável pela fixação da primeira fotografia em 1826 -, Florence imprime imagens pela ação da luz em 1832, com base no princípio de negativo/positivo, que permite a reprodução das chapas. O mesmo processo só seria desenvolvido pelo inglês William Talbot em 1839”. (Enciclopédia Itaú Cultural) “Hércules Florence, durante toda sua vida no Brasil conviveu com intelectuais e estrangeiros ilustres, que enriqueceram seu conhecimento e ajudaram-no a desenvolver várias pesquisas e inventos” (Erivam M. Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil)”
  • 12. HERCULES FLORENCE 1836/1839 Em 1836, com o apoio do sogro Álvares Machado, Hercules Florence instala uma tipografia completa no largo da Matriz do Carmo, a primeira da Vila de São Carlos. “Nela imprimiu-se o histórico jornal O Paulista, primeiro do interior da Província de S. Paulo (1842), sendo o Padre Diogo Feijó, o diretor de redação. Nela Hércules Florence imprimiu também as Cartas Pastoraes do Bispo Conde D. Antônio Joaquim de Mello e atendeu sua clientela, como era seu objetivo, deixando a Poligrafia somente para imprimir desenhos. Finalmente foi vendida aos jornalistas que fundaram o "Aurora Campineira". (herculesflorence.polens.com.br) “Ele possuiu uma casa à Rua do Rosário, n.20, da Vila São Carlos, doação do sogro Francisco Álvares Machado: terreno e dinheiro para construção, em 1839. Na foto, é a casa com beiral. Ali se dedicava à família e às suas invenções. Atualmente, sua localização seria à Rua Barão de Jaguara, em frente ao monumento-túmulo do Maestro Antônio Carlos Gomes”. (herculesflorence.polens.com.br) “A vida em família foi vivida na residência simples, frente ao largo da Matriz Velha, atualmente, Rua Barão de Jaguara, frente ao monumento-túmulo do Maestro Carlos Gomes. Essa casa pertenceu à família Florence por diversas gerações”. (herculesflorence.polens.com.br) Em 1839, Hercules Florence seria informado de que seu conterrâneo, Daguerre, havia criado o processo de reprodução que se chamou daguerreotipia, e chegava primeiro ao reconhecimento público. Hércules ficou desolado e desistiu de aperfeiçoar seu invento (...) Mais tarde chegou a ser solicitado por órgãos do governo francês para enviar informações sobre seu invento. Ele preferiu não dar continuidade ao assunto.
  • 13. HERCULES FLORENCE 1839/1842 “A partir desse momento, Florence abandonou suas pesquisas com câmera obscura e sais de prata e escreveu em uma cópia do diploma maçônico, conseguido através do processo da câmera obscura sensibilizada com nitrato de prata, que outros tiveram mais sorte. Fez a divulgação de suas pesquisas por meio do jornal O Pharol Paulistano e Jornal do Commércio do Rio de Janeiro, sem obter êxito e o reconhecimento esperado”. (Elevam M. Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil) "Estou certo de que se estivesse em Paris..." "Inventei a fotografia. Fixei as imagens na câmara escura. Inventei a poligrafia, a impressão simultânea de todas as cores, a prancha definitivamente carregada de tinta, os novos sinais estenográficos. Concebi uma máquina que me parecia infalível, cujo movimento seria independente de um agente qualquer e cuja força teria alguma importância. Comecei a fazer uma coleção de estudos de céus, com novas observações, muitas aliás, e meus descobrimentos estão comigo, sepultados na sombra. Meu talento, minhas vigílias, meus pesares, minhas privações são estéreis para os outros. Não me socorrem as artes peculiares às grandes cidades, para desenvolver e aperfeiçoar alguns de meus descobrimentos, para que eu me cientificasse da exatidão de algumas de minhas idéias. Estou certo de que, se estivesse em Paris, um único de meus descobrimentos poderia, talvez, suavizar-me a sorte, ser útil à sociedade. Lá, talvez, não me faltassem pessoas que me ouviriam, me adivinhariam e me protegeriam. Estou certo de que o público, o verdadeiro protetor dos talentos, me compensaria de meus sacrifícios. Aqui, porém, ninguém vejo a quem possa comunicar minhas idéias. Os em condições de as entenderem, seriam dominados por suas próprias idéias, por suas especulações, pela política, etc.“ (Hércules Florence)
  • 14. HERCULES FLORENCE 1842/1847 Nos anos seguintes, ele desenvolve um novo método de impressão de notas de dinheiro para evitar falsificações, o papel inimitável, lançado em 1842, e em 1847 cria os "Typo-sílabas", ideia precursora da taquigrafia “O súbdito francez Hercule Florence, que era um scientista notável. Develhe a sciencia as descobertas que fez da polygraphia, aperfeiçoada depois sob a denominação de pulvographia, do papel inimitável, cuja importância maior era evitar falsificações em quaesquer títulos de valor, firmados naquelle papel muito propriamente denominado inimitável...” Florence preparou uma chapa de vidro como matriz, escurecida com a fumaça de um lampião, e aplicou uma camada de goma arábica. Após o endurecimento da cola, com uma agulha, desenhava ou escrevia nessa superfície, retirando a cola endurecida do fundo do vidro”. (Erivam M. Oliveira. O pioneiro da fotografia no Brasil) Em 1842, em sua tipografia no Largo da Matriz, Hercules Florence funda O Paulista, primeiro jornal do interior da Província de São Paulo. Ali seria impresso também o Aurora Campineira, em 1858.. Reprodução em Poligraphia na ocasião da visita de DPedro II a Campinas, em 1846. Imagens atribuídas a Hercules Florence, 2ª metade do século XIX.
  • 15. HERCULES FLORENCE 1854/1863 Em 17 de janeiro de 1850 falece Maria Angélica, deixando Hercules viúvo aos 46 anos de idade. Quatro anos depois, em 1854 e já com 50 anos, Hercules Florence casa-se novamente, agora com Carolina Krug, de família alemã há muito estabelecida em Campinas, e com ela tem 7 filhos. Filhos: Ataliba (nascido em 3 de maio de 1855) Jorge (nascido em 18 de outubro de 1857) Augusta ( nascida em 24 de maio de 1859) Henrique (nascido em 3 de agosto de 1861) Guilherme (nascido em 19 de junho de 1864) Paulo (irmão gêmeo de Guilherme) (nascido em 19 de junho de 1864) Izabel (nascida em 22 de outubro de 1867)
  • 16. HERCULES FLORENCE 1855/1863 Em 1855, ele viaja a Europa em companhia de Carolina para rever a mãe, interrompendo um longo isolamento no interior da Província de São Paulo. Em 1856, após seu retorno da Europa, Hércules Florence passa a se dedicar as atividades da Fazenda Soledade, nos arredores de Campinas, sem deixar de trabalhar em suas invenções e estudos. A Fazenda, herdada da sogra, Sra. Cândida Maria de Vasconcellos Barros, localizava-se na Estrada para Amparo. Em 1860, Hercules Florence inventa a "pulvografia" (impressão por meio do pó) e no ano de 1863, participa da fundação do Colégio Florence com a esposa Carolina Krug Florence, deixando as atividades agrícolas para se dedicar ao Colégio. O Colégio Florence, fundado em 3 de novembro de 1863 se manteria em instalações provisórias por dois anos; em 1865, seria transferido para um prédio próprio. Destinado à educação feminina, trazia em sua concepção fundamentos pedagógicos suiços. “Nesse Colégio, Hercules Florence foi professor de desenho e cuidou também das atividades administrativas (...) Segundo a pesquisadora e autora do livro "Educação Feminina", Carolina e Hércules formaram ao que se depreende, o primeiro casal participante da vida pública, principalmente no que se referia à formação educacional. O endereço era rua das Flores, atual José Paulino, entre Benjamin Constant e Bernardino de Campos”. Hercules Florence permanece no colégio até sua morte, em 27/03/1879, atuando com sua esposa por 16 anos no campo educacional. Em 1889, depois de 25 anos funcionando em Campinas, o Colégio foi transferido para a cidade de Jundiaí, tentando escapar da febre amarela que atacava a cidade.
  • 17. HERCULES FLORENCE 1879 Hércules Florence falece em 27 de março de 1879, achando-se sepultado no Cemitério da Saudade. “No Centro de Memória da Unicamp (CMU), encontra-se uma autobiografia de Hércules Florence - ou Hercule, seu prenome em francês -, de 1832 (...) desenhos, reproduções de telas e dez rolos microfilmados com os manuscritos narrando a saga da famosa Expedição Langsdorff” (Luiz Sugimoto. “Retrato do homem bicentenário”. Jornal da Unicamp)