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SUMÁRIO
A génese dos Fenómenos
Meteorológicos
 Conceito de Fenómenos Meteorológicos
 Tipos de Fenómenos Meteorológicos
 Observação Meteorológica
 Operação de Serviço Nacional de Meteorologia
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DOS
ELEMENTOS METEOROLÓGICOS
FENÓMENOS METEOROLÓGICOS
Derivado do termo meteoro (qualquer fenómeno atmosférico) da etimologia
grega, é um fenómeno, não sendo nuvem, que ocorre e é observado na
atmosfera ou à superfície da terra. Este fenómeno pode consistir em
precipitações, em suspensão ou depósito de partículas líquidas ou sólidas,
aquosas ou não; pode igualmente consistir numa manifestação de natureza
óptica ou eléctrica. Estes fenómenos, na sua maioria, estão relacionados
com a observação do "estado do tempo" ou "o tempo" realizada em
estações climatológicas ou sinópticas.
CLASSIFICAÇÃO DOS METEOROS
 Os hidrometeoros
Muitos fenómenos meteorolólogicos resultam de modificações
que intervêm no estado de vapor de água na atmosfera. Estes
são conhecidos por hidrometeoros e podem ocorrer sob as
formas de:
 Precipitação (ex: Chuva, Chuvisco, neve, saraiva)
 Virga
 Partículas mais ou menos em suspensão na atmosfera
(nevoeiro, neblina)
 Depósitos (Orvalho, geada, gelo poroso e gelo vítreo).
.
CLASSIFICAÇÃO DOS METEOROS (CONT.)
Os Litometeoros: Fenómenos meteorológicos, constituidos na sua maior
parte, por partículas sólidas e não aquosas, chamam-se litometeoros e
podem ocorrer sob as formas seguintes:
 Partículas mais ou menos em suspensão no ar (Bruma seca, bruma de
areia ou poeira, fumo)
 Partículas levantadas do solo pelo vento (ex: nuvem de poeira ou de
areia, tempestades de poeira ou de areia, turbilhao de poeira ou de
areia).
. Os Fotometeoros: Fenómenos luminosos produzidos pela reflexão,
refracção, difracção ou interferência, da luz proveniente do sol ou lua.
Podem observar-se fotometeoros nas seguintes condições:
 Em ar mais ou menos limpo (miragem, tremulina, cintilação, raio
verde, cores crepusculares)
 À superfície das nuvens, ou no seu interior (fenómenos de halo,
corôa, irrisação, glória)
 À superfície dos hidrometeoros ou dos litometeoros, ou no seu
interior (glória, arco-íris, arco-íris branco, raios crepusculares)
CONT.
Electrometeoros: Manifestação visível ou audível da
electricidade atmosférica. Podem ocorrer sob a forma
de:
 Descargas eléctricas descontínuas (relâmpago e
trovão- trovoada);
 Fenómenos mais ou menos contínuos (fogo de S.
Telmo, aurora polar).
OBSERVAÇÕES METEOROLÓGICAS
Natureza das observações meteorológicas
 Para realizar um estudo científico da atmosfera é necessário, em
primeiro lugar, recolher e organizar dados meteorológicos. Muitas
das observações podem ser executadas aplicando simplesmente os
órgão dos sentidos, especialmente os da vista. Por exemplo, pode-se
observar a quantidade de nuvens presentes no céu. Essas
observações chamam-se observações sensoriais.
 Frequentemente, no entanto, torna-se necessário recorrer a
instrumentos como prolongamento dos sentidos. Por exemplo,
podemos ler um termómetro para determinar a temperatura do ar .
As observações deste tipo chamam-se observações instrumentais.
A observação de diversos fenómenos/elementos
meteorológicos são executadas nas estações de observação
meteorológica.
CLASSIFICAÇÃO DAS ESTAÇÕES
As estações meteorológicas podem ser
classificadas do seguinte modo:
 Estações sinópticas (em terra e mar);
 Estações climatológicas;
 Estações de meteorologia aeronáutica;
 Estações de meteorologia agrícola;
 Estações especiais.
A rede de estações
Existem redes de estações meteorológicas e sinópticas em todo o globo. A
Organização Meteorológica Mundial (OMM) recomendou que a distância
entre estações terrestres da rede fundamental destinadas a fins sinópticas
não exceda 150km. No caso das estações de altitude considera-se que a
distância entre elas não deve exceder 300 km.
TIPOS DE OBSERVAÇÕES
• Observações sinópticas
Em todas as estações de rede sinóptica executam-se observações dos seguintes
elementos:
 Tempo presente e tempo passado;
 Direcção e velocidade do vento;
 Quantidade, tipo e altura das bases das nuvens;
 Visibilidade;
 Temperatura do ar;
 Humidade;
 Pressão atmosférica.
Além disso, podem ser observados nas estações sinópticas terrestre os seguintes
elementos:
 Características e tendência da pressão atmosférica;
 Temperaturas extremas;
 Quantidade de Precipitação;
 Estado do solo;
 Direcção do movimento das nuvens e
 Fenómenos especiais.
OBSERVAÇÕES SINÓPTICAS (CONT.)
As observações feitas nas estações
meteorológicas oceânicas incluem ainda os
seguintes elementos:
 Velocidade e rota do navio;
 Temperatura da água do mar;
 Direcção do movimento, período e altura das
ondas e das vagas;
 Gelo do mar e fenómenos especiais.
OBSERVAÇÕES CLIMATOLÓGICAS
Nas estacões climatológicas principais são
executadas observações de todos ou da maior
parte dos seguintes elementos:
 Estado do tempo;
 Vento;
 Quantidade, tipo ou tipos e altura das bases das nuvens;
 Visibilidade;
 Temperatura do ar (incluindo as temperaturas extremas);
 Humidade;
 Pressão atmosférica;
 Precipitação;
 Neve do solo;
 Insolação e
OBSERVAÇÕES DE METEOROLOGIA
AERONÁUTICA
As observações executadas nos aeródromos
satisfazem as necessidades especiais de
aviação, as quais serão tratados na parte
dedicada a Meteorologia Aeronáutica. As
observações sinópticas e climatológicas
também podem ser executadas nos
aeródromos.
OBSERVAÇÕES DE METEOROLOGIA
AGRÍCOLA
O programa de observação numa estacão meteorológica
agrícola incluem observações de meio físico, tais como:
 Temperatura e humidade do ar a diferentes níveis;
 Temperatura do solo;
 Conteúdo de humidade do solo a diversas profundidades;
 Turbulência e mistura de ar nas camadas baixas;
 Hidrometeoros e outros factores de equilíbrio de humidade;
 Insolação e radiação.
Alem disso, são executadas observações de natureza biológica. Estas
incluem observações de crescimento e do rendimento das plantas e
dos animais. Finalmente, são registados os danos causados
directamente pelas condições de tempo e os que são devidos a
doenças e pragas.
OBSERVAÇÕES ESPECIAIS
A natureza dos elementos meteorológicos
observados em estações especiais depende do
fim para que foi criada a estação.
Num grupo seleccionado de estações sinópticas
e climatológicas, o programa de observações
também inclui:
 Registo, com equipamento simples, da duração
da insolação;
 Medições da evaporação e;
 Registo contínuo da radiação solar global e
cósmica numa superfície horizontal.
HORAS DE OBSERVAÇÕES
 Como regra geral, é preciso proceder tão
rapidamente quanto possível à estimativa dos
elementos que constituem uma observação
sinóptica de superfície.
 A hora da observação é, por acordo internacional,
a hora indicada nas resoluções da OMM
(Organização Meteorológica Mundial).
 A hora oficial de Observação é a hora oficial
determinada pelo serviço meteorológico
competente. É conveniente que esta hora seja o
mais próxima possível da hora da observação.
 Em Meteorologia é conveniente utilizar o relógio
de 24 horas. A meia-noite é 0000 ou o começo de
um novo dia. Portanto, 0600 serão 6 horas da
manhã e 1800 serão 6 horas da tarde. Note-se que,
para designar a meia-noite, não se usa 2400.
 As observações sinópticas devem ser executadas
em todo o mundo de acordo com uma hora
universal.
 Recorde-se que esta é, de acordo com o § 14.6 do Volume das “
Ciências da Terra”, o tempo médio local ao longo do Meridiano de
Greenwich (isto é, à longitude de 0°) e é também conhecido por
Tempo Médio de Greenwich (TMG). Os padrões fixos de
observações são, portanto, TU e não tempo local ou de zona.
HORAS DAS OBSERVAÇÕES (CONT.)
 As observações dependendo do tipo das estações
executam-se nas seguintes horas:
Observações sinópticas
 Às 0000, 0300, 0600, 0900, 1200, 1500, 1800, 2100
TU.
Observações climatológicas
 Às 0900, 1500 e 2100 horas locais
 Às 0900 horas locais e ao pôr do sol nos postos climatológicos e
 Às 0900 horas locais nos postos hudométricos.
HORAS DAS OBSERVAÇÕES (CONT.)
Observações agrometeorológicas
 Às 0900, 1500 horas locais e ao pôr-do-solEstudo de caso.
Observações especiais
 Às 0900 horas local lê-se a evaporação
 Depois do pôr-do-sol, substitui-se o cartão do heliógrafo
 Depois de 30 dias, retira-se o rolo para o cálculo da radiação
difusa, directa e global
FUNÇÕES DOS OBSERVADORES
 Manter os instrumentos em bom estado;
 Mudar os gráficos dos instrumentos registadores;
 Executar as observações sinópticas e climatológicas com devido rigor;
 Codificar e transmitir os resultados das observações e;
 Elaborar os registos semanais e/ou mensais dos dados climatológicos.
O PAPEL DE UM SERVIÇO NACIONAL DE
METEOROLOGIA (SNM)
 Os Serviços Meteorológicos Nacionais tem sido há muito
considerados como uma componente essencial da infra-
estrutura básica nacional de todos os países com a dupla
responsabilidade de recolha e conservação dos registos
climáticos nacionais e de fornecer uma vasta gama de serviços
meteorológicos em apoio da segurança geral e bem estar da
comunidade nas necessidades variadas e específicas de
principais grupos de utilizadores como agricultura, navegação
marítima e aérea, etc..
Maior parte dos SNM leva a cabo essencialmente uma missão confinada em
4 aspectos envolvendo uma abordagem integrada de:
 Observação e monitoria do estado da atmosfera;
 Pesquisa que visa a compreensão, modelação e previsão do comportamento
da atmosfera e de processos e fenómenos atmosféricos relacionados.
 Provisão de informação, previsão, serviços de alerta e avisos à comunidade
em geral e a grupos de utilizadores específicos;
 Cumprimento das obrigações dos seus países para a cooperação
internacional na troca de dados e provisão de serviço sob a convenção da
Organização Meteorológica Mundial.
CONT.
O papel dos SNM é normalmente desenvolvido em torno das boas
responsabilidades públicas de fornecer informação essencial de tempo,
clima e outra relacionada à comunidade em geral e normalmente envolve
separadamente:
 Serviço público de tempo (incluindo serviços de alerta de tempo extremo
ao público em geral normalmente via comunicação social);
 Serviços de tempo marítimo (integrando alerta de condições de tempo,
vento, onda e gelo que podem ameaçar a segurança de vida no mar);
 Serviço de tempo aeronáutico (incluindo alerta/aviso de tempo severo,
turbulência, congelação, e outras condições que podem ameaçar a
segurança da aviação);
 Serviços agrometerológicos (incluindo alerta de geada, granizo, chuva
intensa, ventos fortes e outras condições danificantes à agricultura);
 Serviços do clima (incluindo alerta de eminentes prolongados períodos de
de seca ou cheia);
 Serviços ambientais (incluindo alertas e avisos de poluição do ar e
semelhantes).
Operação de um Serviço Nacional de
Meteorologia
A Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia: Observações e
recolha de dados (topo), processamento de dados e preparação de
previsões, alertas e avisos climatológicos (Centro), disseminação de
previsões e outra informação especializada através da comunicação social
para os utilizadores (em baixo)
Figura 1 : Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia
Figura 2 : Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia
Serviço público de tempo
INSTRUMENTOS METEOROLÓGICOS
 Anemómetro – instrumento usado para medir a
velocidade do vento em m/s ou em Nós e em alguns
tipos de anemómetro também medem a direcção em
(graus).
 Anemógrafo – Instrumento que regista continuamente
a pressão atmosférica a direcção (graus) e ao mesmo
tempo a velocidade em m/s.
 Barómetro de Mercúrio – Utilizado para medir a
pressão atmosférica, pode ser medido em mm de Hg,
mb ou hpa.
 Barógrafo – Esse instrumento é utilizado para
registar continuamente a pressão atmosférica em mm
de Hg, mb ou hpa.
INSTRUMENTOS
METEOROLÓGICOS (CONT)
 Heliógrafo – usado apenas para registar a Insolação
ou a duração do brilho solar (em horas ou décimos).
 Psicrómetro – Usa-se este instrumento para medir a
Humidade Relativa do ar, medidos em valores
relativos (%).
 Higrógrafo – Utilizado para registrar a Humidade
relativa do ar em valores relatives (%).
 Microbarógrafo – Regista semultaneamente a pressão
atmosférica (mm de Hg, hpa ou mb), registando
variações menores de pressão.
 Piranógrafo – Usado para registar as variações da
intensidade da radiação solar global (Cal.cm2/min).
INSTRUMENTOS METEOROLÓGICOS
(CONT)
 Piranómetro – Mede a radiação solar global. Ela pode ser
medida em Cal.cm2/min.
 Pluviométro – mede a quantidade de precipitação fluvial
(Chuva), medida em mm.
 Pluviógrafo – regista a quantidade de precipitação fluvial
(Chuva), medida em mm.
 Udómetro – usado para a medição da quantidade de
precipitação(mm) que cai numa determinada região.
 Udógrafo – Usado para registar a quantidade de
precipitação(mm) que cai numa determinada região.
INSTRUMENTOS
METEOROLÓGICOS (CONT)
 Termómetro de Máxima e de Mínima – Serve para medir a
máxima e a minima Temperatura do ar (em 0C).
 Termógrafo – Utilizado para registar a temperatura do ar em
0C.
 Evaporímetro de Piché – serve para medir a água evaporada
em mm.
 Termohigrógrafo – Regista semultaneamente a Temperatura do
ar em 0C e a Humidade Relativa do ar (%).
 Pirheliómetro – usado para a medição directa da radiação solar
em Cal.cm2/min
Parque de instrumentos
Termómetro de máxima e de
mínima;
- Psicrómetro;
- Termohigrógrafo;
- Barógrafo;
- Evaporímetro de Piche
Termómetro de Máxima e de
Mínima
Psicrómetro
Termohigrógrafo
Barógrafo
Evaporímetro de Piche Termómetro de Relva
Udómetros Udógrafos
Anemómetro
Heliógrafo
ESQUEMA DO SISTEMA CLIMÁTICO

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  • 1. SUMÁRIO A génese dos Fenómenos Meteorológicos  Conceito de Fenómenos Meteorológicos  Tipos de Fenómenos Meteorológicos  Observação Meteorológica  Operação de Serviço Nacional de Meteorologia INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DOS ELEMENTOS METEOROLÓGICOS
  • 2. FENÓMENOS METEOROLÓGICOS Derivado do termo meteoro (qualquer fenómeno atmosférico) da etimologia grega, é um fenómeno, não sendo nuvem, que ocorre e é observado na atmosfera ou à superfície da terra. Este fenómeno pode consistir em precipitações, em suspensão ou depósito de partículas líquidas ou sólidas, aquosas ou não; pode igualmente consistir numa manifestação de natureza óptica ou eléctrica. Estes fenómenos, na sua maioria, estão relacionados com a observação do "estado do tempo" ou "o tempo" realizada em estações climatológicas ou sinópticas.
  • 3. CLASSIFICAÇÃO DOS METEOROS  Os hidrometeoros Muitos fenómenos meteorolólogicos resultam de modificações que intervêm no estado de vapor de água na atmosfera. Estes são conhecidos por hidrometeoros e podem ocorrer sob as formas de:  Precipitação (ex: Chuva, Chuvisco, neve, saraiva)  Virga  Partículas mais ou menos em suspensão na atmosfera (nevoeiro, neblina)  Depósitos (Orvalho, geada, gelo poroso e gelo vítreo). .
  • 4. CLASSIFICAÇÃO DOS METEOROS (CONT.) Os Litometeoros: Fenómenos meteorológicos, constituidos na sua maior parte, por partículas sólidas e não aquosas, chamam-se litometeoros e podem ocorrer sob as formas seguintes:  Partículas mais ou menos em suspensão no ar (Bruma seca, bruma de areia ou poeira, fumo)  Partículas levantadas do solo pelo vento (ex: nuvem de poeira ou de areia, tempestades de poeira ou de areia, turbilhao de poeira ou de areia). . Os Fotometeoros: Fenómenos luminosos produzidos pela reflexão, refracção, difracção ou interferência, da luz proveniente do sol ou lua. Podem observar-se fotometeoros nas seguintes condições:  Em ar mais ou menos limpo (miragem, tremulina, cintilação, raio verde, cores crepusculares)  À superfície das nuvens, ou no seu interior (fenómenos de halo, corôa, irrisação, glória)  À superfície dos hidrometeoros ou dos litometeoros, ou no seu interior (glória, arco-íris, arco-íris branco, raios crepusculares)
  • 5. CONT. Electrometeoros: Manifestação visível ou audível da electricidade atmosférica. Podem ocorrer sob a forma de:  Descargas eléctricas descontínuas (relâmpago e trovão- trovoada);  Fenómenos mais ou menos contínuos (fogo de S. Telmo, aurora polar).
  • 6. OBSERVAÇÕES METEOROLÓGICAS Natureza das observações meteorológicas  Para realizar um estudo científico da atmosfera é necessário, em primeiro lugar, recolher e organizar dados meteorológicos. Muitas das observações podem ser executadas aplicando simplesmente os órgão dos sentidos, especialmente os da vista. Por exemplo, pode-se observar a quantidade de nuvens presentes no céu. Essas observações chamam-se observações sensoriais.  Frequentemente, no entanto, torna-se necessário recorrer a instrumentos como prolongamento dos sentidos. Por exemplo, podemos ler um termómetro para determinar a temperatura do ar . As observações deste tipo chamam-se observações instrumentais. A observação de diversos fenómenos/elementos meteorológicos são executadas nas estações de observação meteorológica.
  • 7. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTAÇÕES As estações meteorológicas podem ser classificadas do seguinte modo:  Estações sinópticas (em terra e mar);  Estações climatológicas;  Estações de meteorologia aeronáutica;  Estações de meteorologia agrícola;  Estações especiais. A rede de estações Existem redes de estações meteorológicas e sinópticas em todo o globo. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) recomendou que a distância entre estações terrestres da rede fundamental destinadas a fins sinópticas não exceda 150km. No caso das estações de altitude considera-se que a distância entre elas não deve exceder 300 km.
  • 8. TIPOS DE OBSERVAÇÕES • Observações sinópticas Em todas as estações de rede sinóptica executam-se observações dos seguintes elementos:  Tempo presente e tempo passado;  Direcção e velocidade do vento;  Quantidade, tipo e altura das bases das nuvens;  Visibilidade;  Temperatura do ar;  Humidade;  Pressão atmosférica. Além disso, podem ser observados nas estações sinópticas terrestre os seguintes elementos:  Características e tendência da pressão atmosférica;  Temperaturas extremas;  Quantidade de Precipitação;  Estado do solo;  Direcção do movimento das nuvens e  Fenómenos especiais.
  • 9. OBSERVAÇÕES SINÓPTICAS (CONT.) As observações feitas nas estações meteorológicas oceânicas incluem ainda os seguintes elementos:  Velocidade e rota do navio;  Temperatura da água do mar;  Direcção do movimento, período e altura das ondas e das vagas;  Gelo do mar e fenómenos especiais.
  • 10. OBSERVAÇÕES CLIMATOLÓGICAS Nas estacões climatológicas principais são executadas observações de todos ou da maior parte dos seguintes elementos:  Estado do tempo;  Vento;  Quantidade, tipo ou tipos e altura das bases das nuvens;  Visibilidade;  Temperatura do ar (incluindo as temperaturas extremas);  Humidade;  Pressão atmosférica;  Precipitação;  Neve do solo;  Insolação e
  • 11. OBSERVAÇÕES DE METEOROLOGIA AERONÁUTICA As observações executadas nos aeródromos satisfazem as necessidades especiais de aviação, as quais serão tratados na parte dedicada a Meteorologia Aeronáutica. As observações sinópticas e climatológicas também podem ser executadas nos aeródromos.
  • 12. OBSERVAÇÕES DE METEOROLOGIA AGRÍCOLA O programa de observação numa estacão meteorológica agrícola incluem observações de meio físico, tais como:  Temperatura e humidade do ar a diferentes níveis;  Temperatura do solo;  Conteúdo de humidade do solo a diversas profundidades;  Turbulência e mistura de ar nas camadas baixas;  Hidrometeoros e outros factores de equilíbrio de humidade;  Insolação e radiação. Alem disso, são executadas observações de natureza biológica. Estas incluem observações de crescimento e do rendimento das plantas e dos animais. Finalmente, são registados os danos causados directamente pelas condições de tempo e os que são devidos a doenças e pragas.
  • 13. OBSERVAÇÕES ESPECIAIS A natureza dos elementos meteorológicos observados em estações especiais depende do fim para que foi criada a estação. Num grupo seleccionado de estações sinópticas e climatológicas, o programa de observações também inclui:  Registo, com equipamento simples, da duração da insolação;  Medições da evaporação e;  Registo contínuo da radiação solar global e cósmica numa superfície horizontal.
  • 14. HORAS DE OBSERVAÇÕES  Como regra geral, é preciso proceder tão rapidamente quanto possível à estimativa dos elementos que constituem uma observação sinóptica de superfície.  A hora da observação é, por acordo internacional, a hora indicada nas resoluções da OMM (Organização Meteorológica Mundial).  A hora oficial de Observação é a hora oficial determinada pelo serviço meteorológico competente. É conveniente que esta hora seja o mais próxima possível da hora da observação.
  • 15.  Em Meteorologia é conveniente utilizar o relógio de 24 horas. A meia-noite é 0000 ou o começo de um novo dia. Portanto, 0600 serão 6 horas da manhã e 1800 serão 6 horas da tarde. Note-se que, para designar a meia-noite, não se usa 2400.  As observações sinópticas devem ser executadas em todo o mundo de acordo com uma hora universal.  Recorde-se que esta é, de acordo com o § 14.6 do Volume das “ Ciências da Terra”, o tempo médio local ao longo do Meridiano de Greenwich (isto é, à longitude de 0°) e é também conhecido por Tempo Médio de Greenwich (TMG). Os padrões fixos de observações são, portanto, TU e não tempo local ou de zona.
  • 16. HORAS DAS OBSERVAÇÕES (CONT.)  As observações dependendo do tipo das estações executam-se nas seguintes horas: Observações sinópticas  Às 0000, 0300, 0600, 0900, 1200, 1500, 1800, 2100 TU. Observações climatológicas  Às 0900, 1500 e 2100 horas locais  Às 0900 horas locais e ao pôr do sol nos postos climatológicos e  Às 0900 horas locais nos postos hudométricos.
  • 17. HORAS DAS OBSERVAÇÕES (CONT.) Observações agrometeorológicas  Às 0900, 1500 horas locais e ao pôr-do-solEstudo de caso. Observações especiais  Às 0900 horas local lê-se a evaporação  Depois do pôr-do-sol, substitui-se o cartão do heliógrafo  Depois de 30 dias, retira-se o rolo para o cálculo da radiação difusa, directa e global
  • 18. FUNÇÕES DOS OBSERVADORES  Manter os instrumentos em bom estado;  Mudar os gráficos dos instrumentos registadores;  Executar as observações sinópticas e climatológicas com devido rigor;  Codificar e transmitir os resultados das observações e;  Elaborar os registos semanais e/ou mensais dos dados climatológicos.
  • 19. O PAPEL DE UM SERVIÇO NACIONAL DE METEOROLOGIA (SNM)  Os Serviços Meteorológicos Nacionais tem sido há muito considerados como uma componente essencial da infra- estrutura básica nacional de todos os países com a dupla responsabilidade de recolha e conservação dos registos climáticos nacionais e de fornecer uma vasta gama de serviços meteorológicos em apoio da segurança geral e bem estar da comunidade nas necessidades variadas e específicas de principais grupos de utilizadores como agricultura, navegação marítima e aérea, etc..
  • 20. Maior parte dos SNM leva a cabo essencialmente uma missão confinada em 4 aspectos envolvendo uma abordagem integrada de:  Observação e monitoria do estado da atmosfera;  Pesquisa que visa a compreensão, modelação e previsão do comportamento da atmosfera e de processos e fenómenos atmosféricos relacionados.  Provisão de informação, previsão, serviços de alerta e avisos à comunidade em geral e a grupos de utilizadores específicos;  Cumprimento das obrigações dos seus países para a cooperação internacional na troca de dados e provisão de serviço sob a convenção da Organização Meteorológica Mundial.
  • 21. CONT. O papel dos SNM é normalmente desenvolvido em torno das boas responsabilidades públicas de fornecer informação essencial de tempo, clima e outra relacionada à comunidade em geral e normalmente envolve separadamente:  Serviço público de tempo (incluindo serviços de alerta de tempo extremo ao público em geral normalmente via comunicação social);  Serviços de tempo marítimo (integrando alerta de condições de tempo, vento, onda e gelo que podem ameaçar a segurança de vida no mar);  Serviço de tempo aeronáutico (incluindo alerta/aviso de tempo severo, turbulência, congelação, e outras condições que podem ameaçar a segurança da aviação);  Serviços agrometerológicos (incluindo alerta de geada, granizo, chuva intensa, ventos fortes e outras condições danificantes à agricultura);  Serviços do clima (incluindo alerta de eminentes prolongados períodos de de seca ou cheia);  Serviços ambientais (incluindo alertas e avisos de poluição do ar e semelhantes).
  • 22. Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia A Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia: Observações e recolha de dados (topo), processamento de dados e preparação de previsões, alertas e avisos climatológicos (Centro), disseminação de previsões e outra informação especializada através da comunicação social para os utilizadores (em baixo) Figura 1 : Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia
  • 23. Figura 2 : Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia
  • 25. INSTRUMENTOS METEOROLÓGICOS  Anemómetro – instrumento usado para medir a velocidade do vento em m/s ou em Nós e em alguns tipos de anemómetro também medem a direcção em (graus).  Anemógrafo – Instrumento que regista continuamente a pressão atmosférica a direcção (graus) e ao mesmo tempo a velocidade em m/s.  Barómetro de Mercúrio – Utilizado para medir a pressão atmosférica, pode ser medido em mm de Hg, mb ou hpa.  Barógrafo – Esse instrumento é utilizado para registar continuamente a pressão atmosférica em mm de Hg, mb ou hpa.
  • 26. INSTRUMENTOS METEOROLÓGICOS (CONT)  Heliógrafo – usado apenas para registar a Insolação ou a duração do brilho solar (em horas ou décimos).  Psicrómetro – Usa-se este instrumento para medir a Humidade Relativa do ar, medidos em valores relativos (%).  Higrógrafo – Utilizado para registrar a Humidade relativa do ar em valores relatives (%).  Microbarógrafo – Regista semultaneamente a pressão atmosférica (mm de Hg, hpa ou mb), registando variações menores de pressão.  Piranógrafo – Usado para registar as variações da intensidade da radiação solar global (Cal.cm2/min).
  • 27. INSTRUMENTOS METEOROLÓGICOS (CONT)  Piranómetro – Mede a radiação solar global. Ela pode ser medida em Cal.cm2/min.  Pluviométro – mede a quantidade de precipitação fluvial (Chuva), medida em mm.  Pluviógrafo – regista a quantidade de precipitação fluvial (Chuva), medida em mm.  Udómetro – usado para a medição da quantidade de precipitação(mm) que cai numa determinada região.  Udógrafo – Usado para registar a quantidade de precipitação(mm) que cai numa determinada região.
  • 28. INSTRUMENTOS METEOROLÓGICOS (CONT)  Termómetro de Máxima e de Mínima – Serve para medir a máxima e a minima Temperatura do ar (em 0C).  Termógrafo – Utilizado para registar a temperatura do ar em 0C.  Evaporímetro de Piché – serve para medir a água evaporada em mm.  Termohigrógrafo – Regista semultaneamente a Temperatura do ar em 0C e a Humidade Relativa do ar (%).  Pirheliómetro – usado para a medição directa da radiação solar em Cal.cm2/min
  • 29. Parque de instrumentos Termómetro de máxima e de mínima; - Psicrómetro; - Termohigrógrafo; - Barógrafo; - Evaporímetro de Piche Termómetro de Máxima e de Mínima
  • 31. Evaporímetro de Piche Termómetro de Relva
  • 34. ESQUEMA DO SISTEMA CLIMÁTICO