Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente (2005) – Peter Atkins e Loretta Jones
Química: a ciência central (1999) – Theodore L. Brown, Eugene H. LeMay, Bruce E. Bursten e Julia R. Burdge
Fundamentos de Físico-Química (1986) – Gilbert Castellan
Fundamentos de Química Analítica (1963) – Douglas A. Skoog, Donald M. West, F. James Holler e Stanley R.
1. SUMÁRIO
A génese dos Fenómenos
Meteorológicos
Conceito de Fenómenos Meteorológicos
Tipos de Fenómenos Meteorológicos
Observação Meteorológica
Operação de Serviço Nacional de Meteorologia
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DOS
ELEMENTOS METEOROLÓGICOS
2. FENÓMENOS METEOROLÓGICOS
Derivado do termo meteoro (qualquer fenómeno atmosférico) da etimologia
grega, é um fenómeno, não sendo nuvem, que ocorre e é observado na
atmosfera ou à superfície da terra. Este fenómeno pode consistir em
precipitações, em suspensão ou depósito de partículas líquidas ou sólidas,
aquosas ou não; pode igualmente consistir numa manifestação de natureza
óptica ou eléctrica. Estes fenómenos, na sua maioria, estão relacionados
com a observação do "estado do tempo" ou "o tempo" realizada em
estações climatológicas ou sinópticas.
3. CLASSIFICAÇÃO DOS METEOROS
Os hidrometeoros
Muitos fenómenos meteorolólogicos resultam de modificações
que intervêm no estado de vapor de água na atmosfera. Estes
são conhecidos por hidrometeoros e podem ocorrer sob as
formas de:
Precipitação (ex: Chuva, Chuvisco, neve, saraiva)
Virga
Partículas mais ou menos em suspensão na atmosfera
(nevoeiro, neblina)
Depósitos (Orvalho, geada, gelo poroso e gelo vítreo).
.
4. CLASSIFICAÇÃO DOS METEOROS (CONT.)
Os Litometeoros: Fenómenos meteorológicos, constituidos na sua maior
parte, por partículas sólidas e não aquosas, chamam-se litometeoros e
podem ocorrer sob as formas seguintes:
Partículas mais ou menos em suspensão no ar (Bruma seca, bruma de
areia ou poeira, fumo)
Partículas levantadas do solo pelo vento (ex: nuvem de poeira ou de
areia, tempestades de poeira ou de areia, turbilhao de poeira ou de
areia).
. Os Fotometeoros: Fenómenos luminosos produzidos pela reflexão,
refracção, difracção ou interferência, da luz proveniente do sol ou lua.
Podem observar-se fotometeoros nas seguintes condições:
Em ar mais ou menos limpo (miragem, tremulina, cintilação, raio
verde, cores crepusculares)
À superfície das nuvens, ou no seu interior (fenómenos de halo,
corôa, irrisação, glória)
À superfície dos hidrometeoros ou dos litometeoros, ou no seu
interior (glória, arco-íris, arco-íris branco, raios crepusculares)
5. CONT.
Electrometeoros: Manifestação visível ou audível da
electricidade atmosférica. Podem ocorrer sob a forma
de:
Descargas eléctricas descontínuas (relâmpago e
trovão- trovoada);
Fenómenos mais ou menos contínuos (fogo de S.
Telmo, aurora polar).
6. OBSERVAÇÕES METEOROLÓGICAS
Natureza das observações meteorológicas
Para realizar um estudo científico da atmosfera é necessário, em
primeiro lugar, recolher e organizar dados meteorológicos. Muitas
das observações podem ser executadas aplicando simplesmente os
órgão dos sentidos, especialmente os da vista. Por exemplo, pode-se
observar a quantidade de nuvens presentes no céu. Essas
observações chamam-se observações sensoriais.
Frequentemente, no entanto, torna-se necessário recorrer a
instrumentos como prolongamento dos sentidos. Por exemplo,
podemos ler um termómetro para determinar a temperatura do ar .
As observações deste tipo chamam-se observações instrumentais.
A observação de diversos fenómenos/elementos
meteorológicos são executadas nas estações de observação
meteorológica.
7. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTAÇÕES
As estações meteorológicas podem ser
classificadas do seguinte modo:
Estações sinópticas (em terra e mar);
Estações climatológicas;
Estações de meteorologia aeronáutica;
Estações de meteorologia agrícola;
Estações especiais.
A rede de estações
Existem redes de estações meteorológicas e sinópticas em todo o globo. A
Organização Meteorológica Mundial (OMM) recomendou que a distância
entre estações terrestres da rede fundamental destinadas a fins sinópticas
não exceda 150km. No caso das estações de altitude considera-se que a
distância entre elas não deve exceder 300 km.
8. TIPOS DE OBSERVAÇÕES
• Observações sinópticas
Em todas as estações de rede sinóptica executam-se observações dos seguintes
elementos:
Tempo presente e tempo passado;
Direcção e velocidade do vento;
Quantidade, tipo e altura das bases das nuvens;
Visibilidade;
Temperatura do ar;
Humidade;
Pressão atmosférica.
Além disso, podem ser observados nas estações sinópticas terrestre os seguintes
elementos:
Características e tendência da pressão atmosférica;
Temperaturas extremas;
Quantidade de Precipitação;
Estado do solo;
Direcção do movimento das nuvens e
Fenómenos especiais.
9. OBSERVAÇÕES SINÓPTICAS (CONT.)
As observações feitas nas estações
meteorológicas oceânicas incluem ainda os
seguintes elementos:
Velocidade e rota do navio;
Temperatura da água do mar;
Direcção do movimento, período e altura das
ondas e das vagas;
Gelo do mar e fenómenos especiais.
10. OBSERVAÇÕES CLIMATOLÓGICAS
Nas estacões climatológicas principais são
executadas observações de todos ou da maior
parte dos seguintes elementos:
Estado do tempo;
Vento;
Quantidade, tipo ou tipos e altura das bases das nuvens;
Visibilidade;
Temperatura do ar (incluindo as temperaturas extremas);
Humidade;
Pressão atmosférica;
Precipitação;
Neve do solo;
Insolação e
11. OBSERVAÇÕES DE METEOROLOGIA
AERONÁUTICA
As observações executadas nos aeródromos
satisfazem as necessidades especiais de
aviação, as quais serão tratados na parte
dedicada a Meteorologia Aeronáutica. As
observações sinópticas e climatológicas
também podem ser executadas nos
aeródromos.
12. OBSERVAÇÕES DE METEOROLOGIA
AGRÍCOLA
O programa de observação numa estacão meteorológica
agrícola incluem observações de meio físico, tais como:
Temperatura e humidade do ar a diferentes níveis;
Temperatura do solo;
Conteúdo de humidade do solo a diversas profundidades;
Turbulência e mistura de ar nas camadas baixas;
Hidrometeoros e outros factores de equilíbrio de humidade;
Insolação e radiação.
Alem disso, são executadas observações de natureza biológica. Estas
incluem observações de crescimento e do rendimento das plantas e
dos animais. Finalmente, são registados os danos causados
directamente pelas condições de tempo e os que são devidos a
doenças e pragas.
13. OBSERVAÇÕES ESPECIAIS
A natureza dos elementos meteorológicos
observados em estações especiais depende do
fim para que foi criada a estação.
Num grupo seleccionado de estações sinópticas
e climatológicas, o programa de observações
também inclui:
Registo, com equipamento simples, da duração
da insolação;
Medições da evaporação e;
Registo contínuo da radiação solar global e
cósmica numa superfície horizontal.
14. HORAS DE OBSERVAÇÕES
Como regra geral, é preciso proceder tão
rapidamente quanto possível à estimativa dos
elementos que constituem uma observação
sinóptica de superfície.
A hora da observação é, por acordo internacional,
a hora indicada nas resoluções da OMM
(Organização Meteorológica Mundial).
A hora oficial de Observação é a hora oficial
determinada pelo serviço meteorológico
competente. É conveniente que esta hora seja o
mais próxima possível da hora da observação.
15. Em Meteorologia é conveniente utilizar o relógio
de 24 horas. A meia-noite é 0000 ou o começo de
um novo dia. Portanto, 0600 serão 6 horas da
manhã e 1800 serão 6 horas da tarde. Note-se que,
para designar a meia-noite, não se usa 2400.
As observações sinópticas devem ser executadas
em todo o mundo de acordo com uma hora
universal.
Recorde-se que esta é, de acordo com o § 14.6 do Volume das “
Ciências da Terra”, o tempo médio local ao longo do Meridiano de
Greenwich (isto é, à longitude de 0°) e é também conhecido por
Tempo Médio de Greenwich (TMG). Os padrões fixos de
observações são, portanto, TU e não tempo local ou de zona.
16. HORAS DAS OBSERVAÇÕES (CONT.)
As observações dependendo do tipo das estações
executam-se nas seguintes horas:
Observações sinópticas
Às 0000, 0300, 0600, 0900, 1200, 1500, 1800, 2100
TU.
Observações climatológicas
Às 0900, 1500 e 2100 horas locais
Às 0900 horas locais e ao pôr do sol nos postos climatológicos e
Às 0900 horas locais nos postos hudométricos.
17. HORAS DAS OBSERVAÇÕES (CONT.)
Observações agrometeorológicas
Às 0900, 1500 horas locais e ao pôr-do-solEstudo de caso.
Observações especiais
Às 0900 horas local lê-se a evaporação
Depois do pôr-do-sol, substitui-se o cartão do heliógrafo
Depois de 30 dias, retira-se o rolo para o cálculo da radiação
difusa, directa e global
18. FUNÇÕES DOS OBSERVADORES
Manter os instrumentos em bom estado;
Mudar os gráficos dos instrumentos registadores;
Executar as observações sinópticas e climatológicas com devido rigor;
Codificar e transmitir os resultados das observações e;
Elaborar os registos semanais e/ou mensais dos dados climatológicos.
19. O PAPEL DE UM SERVIÇO NACIONAL DE
METEOROLOGIA (SNM)
Os Serviços Meteorológicos Nacionais tem sido há muito
considerados como uma componente essencial da infra-
estrutura básica nacional de todos os países com a dupla
responsabilidade de recolha e conservação dos registos
climáticos nacionais e de fornecer uma vasta gama de serviços
meteorológicos em apoio da segurança geral e bem estar da
comunidade nas necessidades variadas e específicas de
principais grupos de utilizadores como agricultura, navegação
marítima e aérea, etc..
20. Maior parte dos SNM leva a cabo essencialmente uma missão confinada em
4 aspectos envolvendo uma abordagem integrada de:
Observação e monitoria do estado da atmosfera;
Pesquisa que visa a compreensão, modelação e previsão do comportamento
da atmosfera e de processos e fenómenos atmosféricos relacionados.
Provisão de informação, previsão, serviços de alerta e avisos à comunidade
em geral e a grupos de utilizadores específicos;
Cumprimento das obrigações dos seus países para a cooperação
internacional na troca de dados e provisão de serviço sob a convenção da
Organização Meteorológica Mundial.
21. CONT.
O papel dos SNM é normalmente desenvolvido em torno das boas
responsabilidades públicas de fornecer informação essencial de tempo,
clima e outra relacionada à comunidade em geral e normalmente envolve
separadamente:
Serviço público de tempo (incluindo serviços de alerta de tempo extremo
ao público em geral normalmente via comunicação social);
Serviços de tempo marítimo (integrando alerta de condições de tempo,
vento, onda e gelo que podem ameaçar a segurança de vida no mar);
Serviço de tempo aeronáutico (incluindo alerta/aviso de tempo severo,
turbulência, congelação, e outras condições que podem ameaçar a
segurança da aviação);
Serviços agrometerológicos (incluindo alerta de geada, granizo, chuva
intensa, ventos fortes e outras condições danificantes à agricultura);
Serviços do clima (incluindo alerta de eminentes prolongados períodos de
de seca ou cheia);
Serviços ambientais (incluindo alertas e avisos de poluição do ar e
semelhantes).
22. Operação de um Serviço Nacional de
Meteorologia
A Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia: Observações e
recolha de dados (topo), processamento de dados e preparação de
previsões, alertas e avisos climatológicos (Centro), disseminação de
previsões e outra informação especializada através da comunicação social
para os utilizadores (em baixo)
Figura 1 : Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia
23. Figura 2 : Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia
25. INSTRUMENTOS METEOROLÓGICOS
Anemómetro – instrumento usado para medir a
velocidade do vento em m/s ou em Nós e em alguns
tipos de anemómetro também medem a direcção em
(graus).
Anemógrafo – Instrumento que regista continuamente
a pressão atmosférica a direcção (graus) e ao mesmo
tempo a velocidade em m/s.
Barómetro de Mercúrio – Utilizado para medir a
pressão atmosférica, pode ser medido em mm de Hg,
mb ou hpa.
Barógrafo – Esse instrumento é utilizado para
registar continuamente a pressão atmosférica em mm
de Hg, mb ou hpa.
26. INSTRUMENTOS
METEOROLÓGICOS (CONT)
Heliógrafo – usado apenas para registar a Insolação
ou a duração do brilho solar (em horas ou décimos).
Psicrómetro – Usa-se este instrumento para medir a
Humidade Relativa do ar, medidos em valores
relativos (%).
Higrógrafo – Utilizado para registrar a Humidade
relativa do ar em valores relatives (%).
Microbarógrafo – Regista semultaneamente a pressão
atmosférica (mm de Hg, hpa ou mb), registando
variações menores de pressão.
Piranógrafo – Usado para registar as variações da
intensidade da radiação solar global (Cal.cm2/min).
27. INSTRUMENTOS METEOROLÓGICOS
(CONT)
Piranómetro – Mede a radiação solar global. Ela pode ser
medida em Cal.cm2/min.
Pluviométro – mede a quantidade de precipitação fluvial
(Chuva), medida em mm.
Pluviógrafo – regista a quantidade de precipitação fluvial
(Chuva), medida em mm.
Udómetro – usado para a medição da quantidade de
precipitação(mm) que cai numa determinada região.
Udógrafo – Usado para registar a quantidade de
precipitação(mm) que cai numa determinada região.
28. INSTRUMENTOS
METEOROLÓGICOS (CONT)
Termómetro de Máxima e de Mínima – Serve para medir a
máxima e a minima Temperatura do ar (em 0C).
Termógrafo – Utilizado para registar a temperatura do ar em
0C.
Evaporímetro de Piché – serve para medir a água evaporada
em mm.
Termohigrógrafo – Regista semultaneamente a Temperatura do
ar em 0C e a Humidade Relativa do ar (%).
Pirheliómetro – usado para a medição directa da radiação solar
em Cal.cm2/min
29. Parque de instrumentos
Termómetro de máxima e de
mínima;
- Psicrómetro;
- Termohigrógrafo;
- Barógrafo;
- Evaporímetro de Piche
Termómetro de Máxima e de
Mínima