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FUKUSHIMA 
ACIDENTE NUCLEAR
O ACIDENTE 
O acidente nuclear de Fukushima foi um desastre na Central Nuclear de 
Fukushima I em 11 de março de 2011, sendo o resultado de um 
derretimento de três dos seis reatores nucleares da usina. A falha ocorreu 
quando a usina foi atingida por um tsunami provocado por um terremoto 
de magnitude 9,0. A usina começou a liberar quantidades significativas de 
material radioativo em 12 de março, tornando-se o maior desastre 
nuclear desde o acidente nuclear de Chernobil, em abril de 1986, e o 
segundo (depois de Chernobil) a chegar ao nível 7 na Escala Internacional 
de Acidentes Nucleares, inicialmente liberando cerca de 10-30% da 
radiação do incidente anterior.
A Comissão de Investigação Independente do Acidente Nuclear de 
Fukushima considerou que o desastre nuclear foi "artificial" e que suas 
causas diretas eram todos previsíveis. O relatório também descobriu que a 
usina era incapaz de aguentar o terremoto e o tsunami. Um estudo 
separado feito por pesquisadores da Universidade de Stanford descobriu 
que as usinas japonesas operadas pelas maiores empresas de serviços 
públicos eram particularmente desprotegidas contra possíveis tsunamis.
MORTES 
Embora nenhuma morte por exposição à radiação tenha sido relatada, cerca de 
300 mil pessoas foram evacuadas da área, 15.884 pessoas morreram devido ao 
terremoto e tsunami e aproximadamente 1.600 mortes foram relacionadas às 
condições de evacuação, como viver em habitações temporárias. A causa exata 
da maioria dessas mortes relacionadas a evacuação foram especificadas porque 
isso seria um obstáculo à aplicação de uma compensação financeira aos 
parentes dos falecidos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que 
desalojados foram expostos a radiação pouco a pouco, por isso estes efeitos 
estão provavelmente abaixo dos níveis detectáveis , sendo o risco de 
desenvolvimento de câncer por radiação extremamente pequeno para a maior 
parte dos afetados e principalmente limitado para aqueles que viviam mais 
próximos da usina nuclear.
CAUSA 
Devido à falta de resfriamento pela água, os reatores, mesmo 
desativados, aqueceram levando a uma fusão parcial do núcleo nos 
reatores 1, 2 e 3; explosões de hidrogênio destruíram o revestimento 
superior dos edifícios de alojamento dos reatores 1, 3 e 4; uma explosão 
danificou o confinamento dentro do reator 2; e múltiplos incêndios 
eclodiram no reator 4. Além disso, as barras de combustível armazenado 
em piscinas de combustível irradiado das unidades 1-4 começaram a 
superaquecer os níveis de água nas piscinas abandonadas. Receios de 
vazamentos de radiação levaram a uma evacuação de 2000 km de raio ao 
redor da planta. Os trabalhadores da fábrica sofreram exposição 
à radiação e foram temporariamente evacuados em vários momentos.
Como ocorreu a explosão do reator 
O tsunami causou uma queda de energia e o reator ficou sem água, que é 
usada para o resfriamento. Sem a água, o condensador não conseguiu 
esfriar o vapor vindo do núcleo. Sem energia, os geradores reservas não 
funcionaram e o reator permaneceu sem resfriamento. A temperatura no 
reator aumentou e a pressão no reservatório saiu do controle. Os 
controladores liberaram parte da pressão, deixando uma quantidade 
mínima de vapor radiativo escapar do reator. Mas o hidrogênio presente 
no vapor reagiu com o oxigênio do ar e causou a explosão que arrancou a 
cobertura do reator 1 da usina. E, por fim, os controladores injetaram 
água do mar para resfriar os reatores.
Situação em 2014 
Vazamentos de material radioativo 
Em 9 de abril de 2013, houve vazamento de água radioativa proveniente 
dos tanques subterrâneos de armazenamento, contaminando o solo e 
as água nas proximidades. A Tepco (Operadora da usina nuclear de 
Fukushima) informou que o vazamento havia sido mínimo e que fora 
controlado, sendo que a água radioativa já havia sido armazenada numa 
área restrita. Na ocasião, a usina de Fukushima já tinha armazenado mais 
de 270 mil toneladas de água altamente radioativa, consumindo mais de 
80% da capacidade de armazenamento da usina. A Tepco adiantou que a 
quantidade de água contaminada deve dobrar nos próximos três anos e 
que planeja atender a demanda de armazenamento através da construção 
de centenas de tanques de água adicionais, em meados de 2015.
Situação em 2014 
Contaminação do Oceano Pacífico 
A Tepco usa diariamente um grande volume de água para refrigerar os 
reatores da usina que foram desativados após o acidente. Toda essa água 
é armazenada em mais de mil tanques construídos no local. Em contato 
com as varetas de combustível nuclear, a água se torna altamente 
radioativa. 400 toneladas de água radioativa são produzidas a cada dia em 
Fukushima. 
Em agosto de 2013, quase 2 anos e meio após o acidente nuclear, 
verificaram-se vários vazamentos de material radioativo e, ainda, a 
possibilidade de um grande transbordamento de água contaminada com 
material radioativo para o oceano Pacífico. O governo do Japão acredita 
que os vazamentos de água estejam ocorrendo há dois anos.
Situação em 2014 
A Tepco havia construído uma barreira subterrânea junto ao mar, mas a água 
proveniente dos reatores danificados está passando por cima da estrutura de 
contenção. Segundo um dirigente do Ministério da Economia, Comércio e 
Indústria do Japão, o volume de água despejado diariamente no Pacífico é de 
aproximadamente 300 toneladas. 
Nos últimos dois meses, a Tepco tem trabalhado com o Governo numa solução 
que consiste em congelar o solo em volta dos reatores, para impedir a saída de 
água radioativa e seu contato com a água limpa que vem das montanhas. 
Até pouco tempo atrás, a Tepco dizia que conseguira manter a água radioativa 
na região da usina e que havia sido bem sucedida em evitar que essa água fosse 
para o oceano. Tal afirmação foi contestada, e a Tepco afinal admitiu que 
provavelmente parte da água contaminada estaria vazando para o mar.
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Fukushima - Acidente nuclear

  • 2. O ACIDENTE O acidente nuclear de Fukushima foi um desastre na Central Nuclear de Fukushima I em 11 de março de 2011, sendo o resultado de um derretimento de três dos seis reatores nucleares da usina. A falha ocorreu quando a usina foi atingida por um tsunami provocado por um terremoto de magnitude 9,0. A usina começou a liberar quantidades significativas de material radioativo em 12 de março, tornando-se o maior desastre nuclear desde o acidente nuclear de Chernobil, em abril de 1986, e o segundo (depois de Chernobil) a chegar ao nível 7 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, inicialmente liberando cerca de 10-30% da radiação do incidente anterior.
  • 3. A Comissão de Investigação Independente do Acidente Nuclear de Fukushima considerou que o desastre nuclear foi "artificial" e que suas causas diretas eram todos previsíveis. O relatório também descobriu que a usina era incapaz de aguentar o terremoto e o tsunami. Um estudo separado feito por pesquisadores da Universidade de Stanford descobriu que as usinas japonesas operadas pelas maiores empresas de serviços públicos eram particularmente desprotegidas contra possíveis tsunamis.
  • 4. MORTES Embora nenhuma morte por exposição à radiação tenha sido relatada, cerca de 300 mil pessoas foram evacuadas da área, 15.884 pessoas morreram devido ao terremoto e tsunami e aproximadamente 1.600 mortes foram relacionadas às condições de evacuação, como viver em habitações temporárias. A causa exata da maioria dessas mortes relacionadas a evacuação foram especificadas porque isso seria um obstáculo à aplicação de uma compensação financeira aos parentes dos falecidos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que desalojados foram expostos a radiação pouco a pouco, por isso estes efeitos estão provavelmente abaixo dos níveis detectáveis , sendo o risco de desenvolvimento de câncer por radiação extremamente pequeno para a maior parte dos afetados e principalmente limitado para aqueles que viviam mais próximos da usina nuclear.
  • 5.
  • 6. CAUSA Devido à falta de resfriamento pela água, os reatores, mesmo desativados, aqueceram levando a uma fusão parcial do núcleo nos reatores 1, 2 e 3; explosões de hidrogênio destruíram o revestimento superior dos edifícios de alojamento dos reatores 1, 3 e 4; uma explosão danificou o confinamento dentro do reator 2; e múltiplos incêndios eclodiram no reator 4. Além disso, as barras de combustível armazenado em piscinas de combustível irradiado das unidades 1-4 começaram a superaquecer os níveis de água nas piscinas abandonadas. Receios de vazamentos de radiação levaram a uma evacuação de 2000 km de raio ao redor da planta. Os trabalhadores da fábrica sofreram exposição à radiação e foram temporariamente evacuados em vários momentos.
  • 7. Como ocorreu a explosão do reator O tsunami causou uma queda de energia e o reator ficou sem água, que é usada para o resfriamento. Sem a água, o condensador não conseguiu esfriar o vapor vindo do núcleo. Sem energia, os geradores reservas não funcionaram e o reator permaneceu sem resfriamento. A temperatura no reator aumentou e a pressão no reservatório saiu do controle. Os controladores liberaram parte da pressão, deixando uma quantidade mínima de vapor radiativo escapar do reator. Mas o hidrogênio presente no vapor reagiu com o oxigênio do ar e causou a explosão que arrancou a cobertura do reator 1 da usina. E, por fim, os controladores injetaram água do mar para resfriar os reatores.
  • 8. Situação em 2014 Vazamentos de material radioativo Em 9 de abril de 2013, houve vazamento de água radioativa proveniente dos tanques subterrâneos de armazenamento, contaminando o solo e as água nas proximidades. A Tepco (Operadora da usina nuclear de Fukushima) informou que o vazamento havia sido mínimo e que fora controlado, sendo que a água radioativa já havia sido armazenada numa área restrita. Na ocasião, a usina de Fukushima já tinha armazenado mais de 270 mil toneladas de água altamente radioativa, consumindo mais de 80% da capacidade de armazenamento da usina. A Tepco adiantou que a quantidade de água contaminada deve dobrar nos próximos três anos e que planeja atender a demanda de armazenamento através da construção de centenas de tanques de água adicionais, em meados de 2015.
  • 9. Situação em 2014 Contaminação do Oceano Pacífico A Tepco usa diariamente um grande volume de água para refrigerar os reatores da usina que foram desativados após o acidente. Toda essa água é armazenada em mais de mil tanques construídos no local. Em contato com as varetas de combustível nuclear, a água se torna altamente radioativa. 400 toneladas de água radioativa são produzidas a cada dia em Fukushima. Em agosto de 2013, quase 2 anos e meio após o acidente nuclear, verificaram-se vários vazamentos de material radioativo e, ainda, a possibilidade de um grande transbordamento de água contaminada com material radioativo para o oceano Pacífico. O governo do Japão acredita que os vazamentos de água estejam ocorrendo há dois anos.
  • 10. Situação em 2014 A Tepco havia construído uma barreira subterrânea junto ao mar, mas a água proveniente dos reatores danificados está passando por cima da estrutura de contenção. Segundo um dirigente do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, o volume de água despejado diariamente no Pacífico é de aproximadamente 300 toneladas. Nos últimos dois meses, a Tepco tem trabalhado com o Governo numa solução que consiste em congelar o solo em volta dos reatores, para impedir a saída de água radioativa e seu contato com a água limpa que vem das montanhas. Até pouco tempo atrás, a Tepco dizia que conseguira manter a água radioativa na região da usina e que havia sido bem sucedida em evitar que essa água fosse para o oceano. Tal afirmação foi contestada, e a Tepco afinal admitiu que provavelmente parte da água contaminada estaria vazando para o mar.
  • 11. Usina nuclear de Fukushima antes e depois do acidente