O objetivo principal do presente artigo foi o de averiguar como a dinâmica demográfica e a evolução da localização da população rural e urbana (rurbana) nos municípios do Oeste do Paraná ocorreu, de 1970 a 2010.
Migração e desenvolvimento do Oeste do Paraná 1950-2010
1. DESENVOLVIMENTO REGIONAL - MIGRAÇÃO E
QUALIFICAÇÃO DE CHEFES DE FAMÍLIA- O CASO DO
OESTE DO PARANÁ DE 1950 A 2010
Prof. Me., Dr., Pós Doutor
Ricardo Rippel
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Graduação de Ciências Econômicas e
Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional e Agronegócio
Líder do GEPEC - Grupo de Pesquisa em Agronegócio e
Desenvolvimento Regional - Unioeste / Cnpq –
Diretor do CCSA
Prof. Me., Dra. Valderice C. L. Rippel
ISEPE – Marechal C. Rondon – PR
Graduação em Direito e Pedagogia
Professora e Pesquisadora
3. Faixa de Fronteira na América do Sul
País Faixa de Fronteira Instrumento Legal
Argentina Não tem Constituição de 1994
Bolívia 50 Km Constituição de 1967, reformada em 1994
Brasil 150 Km Constituição de 1988
Chile Não tem Constituição de 1980, reformada em 2001
Colômbia Não especifica largura Constituição de 1991, reformada em 1997
Equador Não especifica largura Constituição de 1998
Guiana Não tem Constituição de 1980, reformada em 1996
Guiana Francesa não tem não tem
Paraguai Não tem Constituição de 1992
Peru 50 Km Constituição de 1993
Suriname Não tem Constituição de 1987, reformada em 1992
Uruguai Não tem Constituição de 1997
Venezuela Não especifica largura Constituição de 1999
Fonte: Steiman (2002; 30)
5. Mesorregiões Paranaenses Afetadas pela Faixa de Fronteira Nacional
Mesorregião
Total de Municípios da
Mesorregião
Total Municípios na
Faixa de Fronteira
Centro - Ocidentral 25 10
Centro - Sul 29 13
Noroeste 61 29
Oeste 50 50
Sudoeste 37 37
Total 202 139
% no total de
Municípios do PR
50,62 34,84
Fonte; PDIFF - PR (Unioeste, 2012)
*Destaque para a mesorregião Oeste
6.
7. Mapa 1 Faixa de Fronteira e mapa 2 Curitiba e Oeste do Paraná - 2013.
13. Algumas rotas de capitais e fluxos migratórios Oeste do PR final do séc. XIX e início do XX
14.
15. Objetivo Central
Analisar o crescimento demográfico e
o desenvolvimento do Oeste paranense
a partir da inserção da economia
regional na base econômica do país.
Desde meados da década de 1940 até
2010, visando identificar a
participação e a importância da
migração no desenvolvimento da área.
16. Objetivos complementares:
a) apontar e analisar os processos
migratórios que marcaram a dinâmica
demográfica daquela área de fronteira ,
b) identificar os principais fatores influentes
no processo;
c) apontar se, e de que forma, as variações
nos tipos e nos níveis das migrações se
relacionam ou relacionaram com os ciclos
econômicos da região e do país.
d) Indicar quais as principais características
dos imigrantes na região.
17. Observação
Quanto a abordagem dos migrantes, serão utilizados os
tipos de migrações que envolvem Unidade da Federação
(UF) atual,
UF anterior e
UF de nascimento,
Assim como os que envolvem o município atual e
município anterior.
Como serão utilizados os dados censitários, migrante é
definido como o indivíduo residente no local em que foi
recenseado, com menos de cinco anos de residência neste.
(até o censo de 1980 por última etapa, por aproximação,
e de 1991 em diante data fixa)
18. Taxas de Cresto Pop. Anuais - PR, Oeste do PR e BR - 1940-2010
19. Principaisáreasde atração populacional no Brasil segundo participação da Imigração
Líquida Estimada para o Período de 1
960-70 na variação Absoluta da População Total
Variação S
aldo Migratório
da População Estimado no 2 x1
00
Período 1
960 - Período 1
960 - 70 1
1 2
Grupo I: Áreasde Fortíssima
361(Distrito Federal/GO) 404.273 253.609 62,73
020 (Araguaia Paraense/PA) 28.030 1
7.387 63,03
333 (Alto Guaporá-Jauru/MT) 66.083 37.971 57,46
334 (Alto Paranguai/MT) 29.000 1
6.057 55,37
336 (Rondonópolis/MT) 75.647 43.509 57,52
285 (Norte Novíssimo de 404.451 21
7.971 53,89
286 (Campo Mourão/PR) 321
.497 1
68.085 52,28
288 (Extremo Oeste 621
.223 374.082 60,22
Fonte: IBGE(1
979, p. 1
9) adaptaçõesdo autor
MICRORREGIÃO
20. Microrregiões Homogêneas - PR - População Total em 1970 - Variação
Absoluta e Componente Migratório - Período 1960-1970
MICRORREGIÕES
HOMOGÊNEAS - PR
Curitiba 838.390 325.461 181.865 0,269
Litoral Paranaense 116.571 39.318 15.522 0,160
Alto Ribeira 30.003 4.153 -1.404 -0,050
Alto Rio Negro Paranaense 29.617 2.520 -2.258 -0,080
Campos da Lapa 78.799 10.227 -1.891 -0,026
Campos de Ponta Grossa 240.722 65.246 24.164 0,116
Campos de Jaguariaíva 41.360 9.073 1.458 0,040
São Mateus do Sul 41.252 5.354 -1.174 -0,030
Colonial do Irati 136.297 14.646 -5.847 -0,045
Alto Ivaí 92.325 33.555 13.611 0,180
Norte Velho de Venceslau Brás 201.603 53.348 12.753 0,073
Norte Velho de Jacarezinho 391.532 38.118 -27.486 -0,074
Algodoeira de Açaí 116.889 5.799 -13.887 -0,122
Norte Novo de Londrina 691.220 91.845 -23.775 -0,037
Norte Novo de Maringá 322.879 78.592 19.840 0,070
Norte Novíssimo de Paranavaí 338.548 24.264 -39.527 -0,121
Norte Novo de Apucarana 464.782 198.373 85.606 0,234
Norte Novíssimo de Umuarama 653.174 404.451 217.971 0,483
Campo Mourão 536.889 321.497 168.085 0,447
Pitanga 106.916 43.744 16.195 0,190
Extremo Oeste Paranaense 756.900 621.223 374.082 0,838
Sudoeste Paranaense 450.338 221.415 97.913 0,288
Campos de Guarapuava 191.085 58.051 16.246 0,100
Médio Iguaçu 129.591 31.034 5.547 0,049
Fonte Relatório IBGE(1979, pg. 76)
Taxa Decenal
de Migração
1960/70
População
em 1970
Var. Abs.
da Pop.
1960/70
Saldo
Migratório
Estimado
1960/70
21. Taxa Decenal de Migração de 1960 a 1970 das MRHS - PR
-0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
Microrregião
Extremo Oeste Paranaense
Norte Novíssimo de Umuarama
Campo Mourão
Sudoeste Paranaense
Curitiba
Norte Novo de Apucarana
Pitanga
Alto Ivaí
Litoral Paranaense
Campos de Ponta Grossa
Campos de Guarapuava
Norte Velho de Venceslau Bras
Norte Novo de Maringá
Médio Iguaçu
Campos de Jaguariaíva
Campos da Lapa
São Mateus do Sul
Norte Novo de Londrina
Colonial do Irati
Alto Ribeira
Norte Velho de Jacarezinho
Alto Rio Negro Paranaense
Norte Novíssimo de Paranavaí
Algodoeira de Açaí
22. População segundo domicílio - Oeste do Paraná - 1970/2010
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1 2 3 4 5
19.87
50.43
71.67
81.60
85.61
80.13
49.57
28.33
18.40
14.39
Pop. Urbana Pop.Rural
36. Imigração Intra-Estadual no Oeste-PR – 1975-80, 1986-91 e 95-2000.
Curitiba
Campo
Mourão
Campos de
Guarapuava
Sudoeste
Paranaense
Norte Novíssimo
de Umuarama
Norte Novo
de Maringá
Norte Novo
de Londrina
24.775
Extremo Oeste
5.844
6.522
Outras
Microrregiões
43. Chefes de Família Imigrantes Interestaduais com Tempo de UF menor do que 10 anos,
Economicamente Ativos segundo Inserção Produtiva no Oeste do PR. 70/80; 81/91;
90/2000.
Condição de Ocupação 1980, 1991 e 2000
Total
1980
%
Total
1991
%
Total
2000
%
Trabalhador Agrícola Volante 743 2,53 955 3,53
Parceiro/Meeiro Empregado 217 0,74 433 1,6
Parceiro/Meeiro Autônomo/Conta Própria 416 1,42 585 2,16
Agricultura 1.347 4,59 354 1,31 1.058 5,31
Pecuária 267 0,91 338 1,25 909 4,57
Outros Agropecuários 81 0,28 132 0,49
Indústria 7.522 25,65 4.052 14,97 2.666 13,39
Indústria Extrativista 0 87 0,44
Comércio e Serviços 7.054 24,06 10.236 37,82 6.172 31
Construção 0 1.537 7,72
Outros Mal Definidos 70 0,24 145 0,54
Atividades Mal Especificadas 0 302 1,52
Autônomo/Conta Própria Agricultura 6.476 22,09 1.717 6,34 1.159 5,82
Autônomo/Conta Própria Pecuária 156 0,53 111 0,41 388 1,95
Autônomo/Conta Própria Outros Agropecuária 80 0,27 87 0,32
Autônomo/Contra Própria Indústria 812 2,77 1.785 6,6
Autônomo/Contra Própria Comércio/Serviços 2.762 9,42 3.442 12,72
Autônomo/Contra Própria Outros Mal Definidos 94 0,32 63 0,23
Funcionário Público 1.224 6,15
Empregador 1.107 3,78 1.802 6,66 1.428 7,17
Sem Remuneração 117 0,4 297 1,1
Trabalhador Doméstico Empregado 0 395 1,46 228 1,15
Trabalhador Doméstico Autônomo/Conta Própria 0 134 0,5 858 4,31
Não remunerado em ajuda a membro domicílio 0 0 0
Total Geral de Trabalhadores Captados 29.321 100 27.063 100 19.912 100
Fonte: Rippel (2005, pg. 200)
9,52
Educação, Saúde, Atividades Recreativas e
Associativas, Serviços Pessoais e Organismos
0 1.896
44. Oeste PR – PEA por Setor da Economia de 1970 a 2000, dados
censitários e taxas de crescimento anuais
PEA %sobre %sobre PEA %sobre %sobre Taxa de PEA %sobre %sobre Taxa de PEA %sobre %sobre Taxa de Taxa de
1970 Pop.Total PEA 1980 Pop.Total PEA C
rescto. 1991 Pop.Total PEA C
rescto. 2000 Pop.Total PEA C
rescto. C
rescto.
da região Regional da região Regional anual de da região Regional anual de da região Regional anual anual de
em 1970 em 1970 em 1980 em 1980 1971-80 em 1991 em 1991 1981-91 em 2000 em 2000 1991-00 1970-00
A
gricultura, pecuária,
silvicultura, ex
traçãovegetal,
caça e pesca
210.254 27,94 78,8 160.301 16,69 46,96 -2,68 123.604 12,17 30,23 -2,34 102693 9,02 20,76 -2,04 -2,36
Prestaçãode Serviço
s 12.144 1,61 4,55 47.535 4,95 13,93 14,62 87.634 8,63 21,44 5,72 47761 4,19 9,65 -6,52 4,67
Transpo
rtes, co
m
unicaçõ
es 4.861 0,65 1,82 11.642 1,21 3,41 9,13 15.215 1,5 3,72 2,46 30172 2,65 6,1 7,9 6,27
A
tividades Industriais 16.661 2,21 6,24 54.593 5,68 15,99 12,6 67.977 6,69 16,63 2,01 93004 8,17 18,8 3,54 5,9
C
o
m
érciode M
ercado
rias 10.170 1,35 3,81 36.397 3,79 10,66 13,6 64.860 6,38 15,86 5,39 120101 8,17 24,28 7,09 8,58
A
tividades So
ciais 4.637 0,62 1,74 15.254 1,59 4,47 12,65 27.403 2,7 6,7 5,47 29152 2,56 5,89 0,69 6,32
A
dm
inistraçãoPública 3.221 0,43 1,21 7.845 0,82 2,3 9,31 13.458 1,32 3,29 5,03 22787 2 4,61 6,03 6,74
O
utras A
tividades 4.876 0,65 1,83 7.769 0,81 2,28 4,77 8.680 0,85 2,12 1,01 49047 4,31 9,91 21,22 8
To
tal 266.824 35,46 100 341.336 35,53 100 408.831 40,24 100 494717 41,07 100
Fonte: Rippel (2005, pg. 132).
Setor de Atividade
Econômica
45. Chefes Imigrantes no Oeste PR Por Escolaridade de 1960 – 2000
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
60/70 70/80 81/91 90/00
Período
%
no
Total
SemInstrução Primário Incompleto Ginásio Incompleto 2o. Grau Incompleto 2o. Grau Completo ou mais
46. Quociente Locacional - QL
É utilizado para comparar a participação percentual da população de
um município com a participação percentual da região. O quociente
locacional pode ser analisado a partir de domicílios específicos ou
no seu conjunto. É expresso pela equação abaixo.
A importância do município no contexto regional, em relação ao domicílio
estudado, é demonstrada quando QL assume valores acima de 1.
Nesse caso (quando o QL for maior que 1) indica a representatividade
do domicílio em um município específico.
O contrário ocorre quando o QL for menor que 1. Dessa forma, a partir
da análise do QL, poder-se-á visualizar a concentração de cada setor em
cada um dos municípios.
52. Fases e Fatores de Interferência na Ocupação
Migratória no Oeste do Paraná - 1946/2010
Fatores de
Interferência
I Fase (1946/1970)
Conquista e Ocupação do Espaço Regional
Econômicos Demográficos
Exógenos
Marcha para o Oeste
Propensão à migração por
parte de pequenos produtores
de outras áreas do país
Financiamento federal e
estadual
Famílias com elevado número
de componentes
Demarcação da fronteira
internacional
Altas taxas de fecundidade
Fonte: Rippel (2005, pg. 213 e pesquisa PD. 2013).
53. Fatores de
Interferência
II Fase (1970/1985)
Saturação e Ruptura Demográfica Regional
Econômicos Demográficos
Exógenos
Implementação da política nacional de
desenvolvimento do setor
agroexportador
Criação de novas áreas de fronteira com
capacidade de absorção migratória
Consolidação da “Revolução Verde” no
território nacional
Estabelecimento de novos fluxos em
direção à fronteira
Financiamento aos produtores a taxas de
juros abaixo da inflação
Fortalecimento dos fluxos em direção ao
núcleo motor do desenvolvimento
nacional “Sudeste”
Tecnificação acelerada da produção
agrícola com absorção de insumos
industrializados, via de regra, de origem
de empresas transnacionais
Fortalecimento do Complexo
Agroindustrial nacional
Consolidação de áreas intra-estaduais e
interestaduais com acelerada expansão
econômica (exemplo de São Paulo e da
região metropolitana de Curitiba).
Adoção do binômio soja e trigo como
carros-chefes da política agrícola do país
Crise econômica da década de 1980 no
país (“década perdida”)
54. Fatores de
Interferência
III Fase (1985-2010)
Ajuste e Acomodação Demográfica Regional
Econômicos Demográficos
Exógenos
Diminuição de novos e
expressivos locais nacionais
capazes de atraírem
investimentos
Quedas das taxas de
fecundidade nacionais
Estabilidade econômica nacional
Arrefecimento dos estímulos à
migração no país
Reduzido ritmo de crescimento
econômico do país
55. Fatores de
Interferência
I Fase (1946/1970)
Conquista e Ocupação do Espaço Regional
Econômicos Demográficos
Endógenos
Solo fértil Região praticamente despovoada
Terras a preços bem acessíveis
Grande capacidade de absorção
de migrantes
Clima propício
Baixo grau de exigência da
qualificação da mão-de-obra a
ser absorvida
Topografia altamente
favorável
Uso intensivo da mão-de-obra
familiar
Pouca necessidade de
tecnificação da produção
Ocupação extensiva do território
da região via pequenas
propriedades rurais
Financiamento privado pelas
colonizadoras da área
56. Fatores de
Interferência
II Fase (1970/1985)
Saturação e Ruptura Demográfica Regional
Econômico Demográfico
Endógenos
Redistribuição do uso do território
regional concomitante a existência
de um processo de concentração
fundiária (reconcentração)
Saturação da capacidade das
propriedades da região de manterem
todos os integrantes das famílias na
área
Intensificação tecnológica da
produção rural
Emigração notadamente de origem
rural para destinos diversos
Modernização e consolidação das
rotas de transporte da área
Êxodo rural
Ocorrência de um ciclo continuado
de geadas que culminaram na
“geada negra” de 1975
Grande capacidade inicial de
absorção de migrantes por parte das
áreas urbanas da região
Início e conclusão da construção da
Hidrelétrica de Itaipu
Uso intensivo do território da região
via propriedades rurais médias e
grandes
57. Fatores de
Interferência
III Fase (1985-2010)
Ajuste e Acomodação Demográfica Regional
Econômico Demográfico
Endógenos
Crescimento e consolidação do
complexo agroindustrial da região
Elevadas taxas de circularidade
migratória no entorno das cidades
de Cascavel, Foz do Iguaçu,
Toledo e Medianeira
Fortalecimento do setor de
serviços e de comércio das
principais cidades da região
Reduzidas taxas de fecundidade
na região. (aprox. 2,0)
Elevação da qualificação da mão-
de-obra regional
Queda da capacidade das áreas
urbanas dos municípios da região
de absorverem trabalhadores
mantendo qualidade de vida
Redução (saturamento) da
capacidade de assimilação de
indivíduos pelas áreas urbanas
Uso intensivo do território da
região via propriedades rurais
médias e grandes
58. Considerações Finais:
1) As transformações originadas da
reestruturação da produção modificaram os
quesitos de localização de atividades bem
como os da qualificação da força de trabalho
do país, e no caso do Oeste do Paraná
configuraram espacialmente, nas últimas
décadas, o aparecimento de distintos fluxos
migratórios.
Particularmente do ponto de vista da origem
e destino, bem como das etapas e volumes da
migração.
59. 2) Com a mudança do perfil produtivo da área,
mudou a intensidade e a direção dos movimentos
migratórios.
Neste movimento a tecnificação da produção
agropecuária nem sempre foi o fator
preponderante no processo.
Vez que ao conjunto das mudanças econômicas da
região, somaram-se fatores atrativos dos locais de
destino dos emigrantes da área.
60. 3) O perfil da imigração na região foi
marcado inicialmente por uma mão-de-obra
com baixa qualificação, de reduzido nível
escolar que se inseriu produtivamente no
setor primário da região.
Porém com o passar do tempo dada a
modernização da produção rural e a
acelerada urbanização regional ocorreu
forte queda no volume de absorção de
migrantes na região, e a área passou a exigir
mais qualificação dos mesmos para se
inserirem.
61. 4-) Assim os imigrantes passaram a
apresentar melhores níveis educacionais e
se inseriram de forma mais consistente nos
setores secundário e terciário da economia
regional.
De modo que a área deixou de ser um local
de forte atração de migração passando a
ser local de emigração, configurando-se
com região de circularidade migratória.