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DESENVOLVIMENTO REGIONAL - MIGRAÇÃO E
QUALIFICAÇÃO DE CHEFES DE FAMÍLIA- O CASO DO
OESTE DO PARANÁ DE 1950 A 2010
 Prof. Me., Dr., Pós Doutor
 Ricardo Rippel
 Universidade Estadual do Oeste do Paraná
 Graduação de Ciências Econômicas e
 Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional e Agronegócio
 Líder do GEPEC - Grupo de Pesquisa em Agronegócio e
 Desenvolvimento Regional - Unioeste / Cnpq –
 Diretor do CCSA
 Prof. Me., Dra. Valderice C. L. Rippel
 ISEPE – Marechal C. Rondon – PR
 Graduação em Direito e Pedagogia
 Professora e Pesquisadora

Faixa de
Fronteira
Brasil
Destaque
para o
Oeste do
Paraná
Faixa de Fronteira na América do Sul
País Faixa de Fronteira Instrumento Legal
Argentina Não tem Constituição de 1994
Bolívia 50 Km Constituição de 1967, reformada em 1994
Brasil 150 Km Constituição de 1988
Chile Não tem Constituição de 1980, reformada em 2001
Colômbia Não especifica largura Constituição de 1991, reformada em 1997
Equador Não especifica largura Constituição de 1998
Guiana Não tem Constituição de 1980, reformada em 1996
Guiana Francesa não tem não tem
Paraguai Não tem Constituição de 1992
Peru 50 Km Constituição de 1993
Suriname Não tem Constituição de 1987, reformada em 1992
Uruguai Não tem Constituição de 1997
Venezuela Não especifica largura Constituição de 1999
Fonte: Steiman (2002; 30)
Mesorregião Oeste do Paraná, Brasil.
Fonte: IBGE (2012).
Mesorregiões Paranaenses Afetadas pela Faixa de Fronteira Nacional
Mesorregião
Total de Municípios da
Mesorregião
Total Municípios na
Faixa de Fronteira
Centro - Ocidentral 25 10
Centro - Sul 29 13
Noroeste 61 29
Oeste 50 50
Sudoeste 37 37
Total 202 139
% no total de
Municípios do PR
50,62 34,84
Fonte; PDIFF - PR (Unioeste, 2012)
*Destaque para a mesorregião Oeste
Mapa 1 Faixa de Fronteira e mapa 2 Curitiba e Oeste do Paraná - 2013.
Bacia Tietê- Paraná e
Fronteiras do Oeste do
PR 2013
Rota Principal do Caminho do Peabiru
Caminho do Peabiru,
Povoados Espanhóis
e reduções
Jesuíticas no PR
Municípios no PR – 1940 e 1955 destaque para o Oeste
Algumas rotas de capitais e fluxos migratórios Oeste do PR final do séc. XIX e início do XX
Objetivo Central
Analisar o crescimento demográfico e
o desenvolvimento do Oeste paranense
a partir da inserção da economia
regional na base econômica do país.
Desde meados da década de 1940 até
2010, visando identificar a
participação e a importância da
migração no desenvolvimento da área.
Objetivos complementares:
a) apontar e analisar os processos
migratórios que marcaram a dinâmica
demográfica daquela área de fronteira ,
b) identificar os principais fatores influentes
no processo;
c) apontar se, e de que forma, as variações
nos tipos e nos níveis das migrações se
relacionam ou relacionaram com os ciclos
econômicos da região e do país.
d) Indicar quais as principais características
dos imigrantes na região.
Observação
 Quanto a abordagem dos migrantes, serão utilizados os
tipos de migrações que envolvem Unidade da Federação
(UF) atual,
 UF anterior e
 UF de nascimento,
 Assim como os que envolvem o município atual e
município anterior.
 Como serão utilizados os dados censitários, migrante é
definido como o indivíduo residente no local em que foi
recenseado, com menos de cinco anos de residência neste.
(até o censo de 1980 por última etapa, por aproximação,
e de 1991 em diante data fixa)
Taxas de Cresto Pop. Anuais - PR, Oeste do PR e BR - 1940-2010
Principaisáreasde atração populacional no Brasil segundo participação da Imigração
Líquida Estimada para o Período de 1
960-70 na variação Absoluta da População Total
Variação S
aldo Migratório
da População Estimado no 2 x1
00
Período 1
960 - Período 1
960 - 70 1
1 2
Grupo I: Áreasde Fortíssima
361(Distrito Federal/GO) 404.273 253.609 62,73
020 (Araguaia Paraense/PA) 28.030 1
7.387 63,03
333 (Alto Guaporá-Jauru/MT) 66.083 37.971 57,46
334 (Alto Paranguai/MT) 29.000 1
6.057 55,37
336 (Rondonópolis/MT) 75.647 43.509 57,52
285 (Norte Novíssimo de 404.451 21
7.971 53,89
286 (Campo Mourão/PR) 321
.497 1
68.085 52,28
288 (Extremo Oeste 621
.223 374.082 60,22
Fonte: IBGE(1
979, p. 1
9) adaptaçõesdo autor
MICRORREGIÃO
Microrregiões Homogêneas - PR - População Total em 1970 - Variação
Absoluta e Componente Migratório - Período 1960-1970
MICRORREGIÕES
HOMOGÊNEAS - PR
Curitiba 838.390 325.461 181.865 0,269
Litoral Paranaense 116.571 39.318 15.522 0,160
Alto Ribeira 30.003 4.153 -1.404 -0,050
Alto Rio Negro Paranaense 29.617 2.520 -2.258 -0,080
Campos da Lapa 78.799 10.227 -1.891 -0,026
Campos de Ponta Grossa 240.722 65.246 24.164 0,116
Campos de Jaguariaíva 41.360 9.073 1.458 0,040
São Mateus do Sul 41.252 5.354 -1.174 -0,030
Colonial do Irati 136.297 14.646 -5.847 -0,045
Alto Ivaí 92.325 33.555 13.611 0,180
Norte Velho de Venceslau Brás 201.603 53.348 12.753 0,073
Norte Velho de Jacarezinho 391.532 38.118 -27.486 -0,074
Algodoeira de Açaí 116.889 5.799 -13.887 -0,122
Norte Novo de Londrina 691.220 91.845 -23.775 -0,037
Norte Novo de Maringá 322.879 78.592 19.840 0,070
Norte Novíssimo de Paranavaí 338.548 24.264 -39.527 -0,121
Norte Novo de Apucarana 464.782 198.373 85.606 0,234
Norte Novíssimo de Umuarama 653.174 404.451 217.971 0,483
Campo Mourão 536.889 321.497 168.085 0,447
Pitanga 106.916 43.744 16.195 0,190
Extremo Oeste Paranaense 756.900 621.223 374.082 0,838
Sudoeste Paranaense 450.338 221.415 97.913 0,288
Campos de Guarapuava 191.085 58.051 16.246 0,100
Médio Iguaçu 129.591 31.034 5.547 0,049
Fonte Relatório IBGE(1979, pg. 76)
Taxa Decenal
de Migração
1960/70
População
em 1970
Var. Abs.
da Pop.
1960/70
Saldo
Migratório
Estimado
1960/70
Taxa Decenal de Migração de 1960 a 1970 das MRHS - PR
-0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
Microrregião
Extremo Oeste Paranaense
Norte Novíssimo de Umuarama
Campo Mourão
Sudoeste Paranaense
Curitiba
Norte Novo de Apucarana
Pitanga
Alto Ivaí
Litoral Paranaense
Campos de Ponta Grossa
Campos de Guarapuava
Norte Velho de Venceslau Bras
Norte Novo de Maringá
Médio Iguaçu
Campos de Jaguariaíva
Campos da Lapa
São Mateus do Sul
Norte Novo de Londrina
Colonial do Irati
Alto Ribeira
Norte Velho de Jacarezinho
Alto Rio Negro Paranaense
Norte Novíssimo de Paranavaí
Algodoeira de Açaí
População segundo domicílio - Oeste do Paraná - 1970/2010
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1 2 3 4 5
19.87
50.43
71.67
81.60
85.61
80.13
49.57
28.33
18.40
14.39
Pop. Urbana Pop.Rural
Urbano Rural Total
Distribuição Fundiária Oeste
do Paraná 1999 e Evolução da
produção decenal de soja no
Oeste do Paraná – 1970-2010
Arados, máquinas e tratores na região Oeste do
Paraná nos anos de 1975, 1980, 1985 e 1995
ANOS
Equipamentos 1975 1980
Var %
1975/80
1985
Var %
1980/85
1995
Var %
1985/95
Var %
1975/95
Arados (tração animal) 35.414 35.819 1,14 38.535 7,58 20.618 -46,5 -41,78
Arados (tração mecânica) 13.684 21.761 59,03 22.173 1,89 17.625 -20,51 28,8
Máquinas (plantio) 13.704 - 19.389 41,48 18.357 -5,32
Máquinas (colheita) 5.968 9.064 51,88 5.235 -42,24 4.801 -8,29 -19,55
Tratores 10.216 16.247 59,03 20.667 27,21 31.986 54,77 213,1
Fonte: SEAB - PR. (1995) e Rippel (2005)
Principais Estados brasileiros- Destino e Origem dos Fluxos Migratórios no Oeste do Paraná. 1975-2010
Qüinqüênios de 1975-80 (U.E.), 85-91, 95-2000 e 2005-10 (DF)
Estado
Imigração Interestadual Emigração Interestadual
no Oeste do Paraná do Oeste do Paraná
75-80 % 86-91 % 95-00 % 2005-10 % 75-80 % 86-91 % 95-00 % 2005-10 %
Rondônia 300 0,83 4480 11,84 1794 5,84 1406 4,19 27985 18,24 6526 9,6 2331 5 1422 2,84
Minas Gerais 3388 9,37 1195 3,16 940 3,06 1484 4,42 4945 3,22 1813 2,67 1714 3,68 1460 2,92
São Paulo 8658 23,95 6788 17,94 8062 26,23 7257 21,62 51142 33,34 17996 26,48 12026 25,81 5747 11,48
Santa Catarina 8047 22,26 5810 15,35 6592 21,45 5927 17,65 10452 6,81 11936 17,56 13645 29,28 22644 45,24
Rio G do Sul 11807 32,65 7021 18,55 6196 20,16 4236 12,62 4672 3,05 4820 7,09 5015 10,76 3661 7,31
Mato G. do Sul 2685 7,43 2989 7,9 3195 10,39 3504 10,44 20763 13,53 5672 8,35 3891 8,35 3554 7,10
Mato Grosso 504 1,39 9047 23,9 3940 12,82 4146 12,35 30631 19,97 15349 22,59 7921 17 5742 11,47
Total Parcial 35389 97,88 37330 98,64 30719 99,95 27960 83,2799 150590 98,16 64112 94,34 46543 99,88 44230 88,361
Outras Ufs 768 2,12 517 1,37 18 0,06 5613 16,72 2825 1,84 3845 5,66 60 0,13 5826 11,64
Total 36157 100,00 37847 100,00 30737 100,00 33573 100,00 153415 100,00 67957 100,00 46603 100,00 50056 100,00
Fonte: Rippel (2005, pg. 151) e IBGE - 2010
Imigração interestadual do Oeste PR – 1975-80, 1986-91 e 95-2000
Imigração interestadual do Oeste PR – 2005-2010
Emigração interestadual do Oeste PR– 1975-80, 1986-91 e 95-2000
Emigração interestadual do Oeste PR – 2005-2010
Migração Intra-Estadual - Oeste PR e principais Micro-
regiões paranaenses de origem e destino 1975-2010
75-80 % 86-91 % 95-00 % 005-10 % 75-80 % 86-91 % 95-00 % 005-10 %
Norte Novo de Londrina 6183 6,4 2646 5,59 2835 5,62 1148 5,45 4938 6,36 3821 7,95 5452 8,17 1260 4,50
Norte Novo de Maringá 4646 4,81 1365 2,88 1690 3,35 2134 10,13 4232 5,45 3877 8,07 3998 5,99 3412 12,20
Norte Novíssimo de 10978 11,4 5465 11,5 4500 8,92 2427 11,52 8130 10,5 3474 7,23 4278 6,41 2511 8,98
Campo Mourão 18141 18,8 6011 12,7 3941 7,81 1854 8,80 7581 9,77 3504 7,29 4297 6,44 1171 4,19
Sudoeste Paranaense 19548 20,2 14198 30 12283 24,4 3783 17,96 6686 8,62 6213 12,9 6029 9,04 4483 16,03
Campos de Guarapuava 6522 6,75 4921 10,4 4435 8,79 3714 17,63 6130 7,9 4349 9,05 4480 6,72 2842 10,16
Curitiba 5844 6,05 4246 8,97 7094 14,1 6008 28,52 27586 35,6 15361 31,96 25674 38,48 12290 43,94
Total Parcial 71862 74,36 38852 82,04 36778 72,91 21068 76,27 65283 84,12 40599 84,48 54208 81,25 27969 77,81
Diversas MRH no Paraná 24775 25,64 8504 17,96 13662 27,09 6554 23,73 12324 15,88 7460 15,52 12507 18,75 7976 22,19
Total 96637 100 47356 100 50440 100 27622 100 77607 100 48059 100 66715 100 35945 100
Fonte: Rippel (2005); Rippel (2013 tabulações Censos Demográficos 1980, 91, 2000 e 2010)
Região Estadual Anterior
Imigração no Oeste Emigração do Oeste
do Estado do Paraná do Estado do Paraná
Emigração Intra-Estadual do Oeste PR–1975-80, 1986-91 e 95-2000
Emigração Intra-Estadual do Oeste PR – 2005-2010
Imigração Intra-Estadual no Oeste-PR – 1975-80, 1986-91 e 95-2000.
Curitiba
Campo
Mourão
Campos de
Guarapuava
Sudoeste
Paranaense
Norte Novíssimo
de Umuarama
Norte Novo
de Maringá
Norte Novo
de Londrina
24.775
Extremo Oeste
5.844
6.522
Outras
Microrregiões
Imigração Intra-Estadual do Oeste PR – 2005-2010
Movimentos Migratórios Intra-Regionais do Oeste do Paraná Períodos de 1975-80, 1986-91, 1995-2000 e 2005-10
Valor % Valor % Valor % Valor % Valor % Valor % Valor % %
Assis Chateaubriand 8.398 7,91 2.932 4,25 3.111 5,95 1445 2,84 3.461 3,26 2.417 3,5 1.207 2,31 886 1,74
Cascavel 14.779 13,93 8.658 12,55 6.455 12,35 7138 14,00 20.284 19,11 13.709 19,86 12.090 23,13 10132 19,88
Foz do Iguaçú 5.846 5,51 5.434 7,87 5.934 11,35 7513 14,74 26.081 24,58 9.086 13,17 6.301 12,05 2907 5,70
MarechalCândido Rondon
4.738 4,46 3.429 4,97 1.573 3,01 2386 4,68 2.933 2,76 2.509 3,64 1.828 3,5 2280 4,47
Matelândia 6.360 5,99 2.924 4,24 1.415 2,71 1167 2,29 5.543 5,22 1.195 1,73 858 1,64 1243 2,44
Medianeira 6.755 6,37 3.300 4,78 2.332 4,46 1992 3,91 6.290 5,93 2.776 4,02 2.195 4,2 2719 5,33
Santa Helena 7.256 6,84 2.103 3,05 1.430 2,74 1518 2,98 2.615 2,46 1.412 2,05 714 1,37 1278 2,51
São Migueldo Iguaçú 8.542 8,05 2.283 3,31 1.291 2,47 2028 3,98 4.253 4,01 1.807 2,62 1.433 2,74 1148 2,25
Toledo 7.993 7,53 6.475 9,38 3.963 7,58 3220 6,32 7.824 7,37 7.683 11,13 5.921 11,33 6227 12,22
Subtotal 70.667 66,59 37.538 54,39 27.504 52,62 28.407 55,73 79.284 74,71 42.594 61,72 32.547 62,26 28.820 56,55
Outras 35.456 33,41 31.475 45,61 24.769 47,38 22.561 44,27 26.839 25,29 26.419 38,28 19.726 37,74 22.148 43,45
Total 106.123 100,00 69.013 100,00 52.273 100,00 50968 100,00 106.123 100,00 69.013 100,00 52.273 100,00 50968 100,00
Fonte:Rippel(2005, pg. 176) e Rippel(2013 - tabulações especiais Censos Demográfico IBGE 2010)
005-10
Município
Emigração Intra-Regional Imigração Intra-Regional
Última Etapa Data Fixa Última Etapa Data Fixa
1975-1980 1986-1991 1995-2000 005-10 1975-1980 1986-1991 1995-2000
Emigração Intra-Regional- Oeste- PR- 1975-80 e 1986-91 e 95-2000
MRHOeste Paraná
Municípios
0 50 100 150 Kilometers
N
E
W
S
1
2
3
4
5
6
7
1986/1991
7
6
5
4
3
2
1
1. Assis Chateaubriand
2. Cascavel
3. Foz do Iguaçú
4. Medianeira
5. Santa Helena
6. São Miguel do Iguaçú
7. Toledo
Municípios:
7
6
5
4
3
2
1
1975/1980
1995/2000
Emigração Intra-Regional - Oeste – PR - 2005-2010.
Imigração Intra-Regional – 1975-1980, 1986-1991 e 1995-2000.
7
6
5
4
3
2
1
0 50 100 150 Kilometers
1
2
3
4
5
6
7
Municípios:
1. Assis Chateaubriand
2. Cascavel
3. Foz do Iguaçú
4. Medianeira
5. Santa Helena
6. São Miguel do Iguaçú
7. Toledo
1995/2000
1986/1991
N
E
W
S
MRH Oeste Paraná
Municípios
1
2
3
4
5
6
7
1975/1980
Imigração Intra-Regional Oeste - Pr – 2005-2010.
Chefes de Família Imigrantes Interestaduais com Tempo de UF menor do que 10 anos,
Economicamente Ativos segundo Inserção Produtiva no Oeste do PR. 70/80; 81/91;
90/2000.
Condição de Ocupação 1980, 1991 e 2000
Total
1980
%
Total
1991
%
Total
2000
%
Trabalhador Agrícola Volante 743 2,53 955 3,53
Parceiro/Meeiro Empregado 217 0,74 433 1,6
Parceiro/Meeiro Autônomo/Conta Própria 416 1,42 585 2,16
Agricultura 1.347 4,59 354 1,31 1.058 5,31
Pecuária 267 0,91 338 1,25 909 4,57
Outros Agropecuários 81 0,28 132 0,49
Indústria 7.522 25,65 4.052 14,97 2.666 13,39
Indústria Extrativista 0 87 0,44
Comércio e Serviços 7.054 24,06 10.236 37,82 6.172 31
Construção 0 1.537 7,72
Outros Mal Definidos 70 0,24 145 0,54
Atividades Mal Especificadas 0 302 1,52
Autônomo/Conta Própria Agricultura 6.476 22,09 1.717 6,34 1.159 5,82
Autônomo/Conta Própria Pecuária 156 0,53 111 0,41 388 1,95
Autônomo/Conta Própria Outros Agropecuária 80 0,27 87 0,32
Autônomo/Contra Própria Indústria 812 2,77 1.785 6,6
Autônomo/Contra Própria Comércio/Serviços 2.762 9,42 3.442 12,72
Autônomo/Contra Própria Outros Mal Definidos 94 0,32 63 0,23
Funcionário Público 1.224 6,15
Empregador 1.107 3,78 1.802 6,66 1.428 7,17
Sem Remuneração 117 0,4 297 1,1
Trabalhador Doméstico Empregado 0 395 1,46 228 1,15
Trabalhador Doméstico Autônomo/Conta Própria 0 134 0,5 858 4,31
Não remunerado em ajuda a membro domicílio 0 0 0
Total Geral de Trabalhadores Captados 29.321 100 27.063 100 19.912 100
Fonte: Rippel (2005, pg. 200)
9,52
Educação, Saúde, Atividades Recreativas e
Associativas, Serviços Pessoais e Organismos
0 1.896
Oeste PR – PEA por Setor da Economia de 1970 a 2000, dados
censitários e taxas de crescimento anuais
PEA %sobre %sobre PEA %sobre %sobre Taxa de PEA %sobre %sobre Taxa de PEA %sobre %sobre Taxa de Taxa de
1970 Pop.Total PEA 1980 Pop.Total PEA C
rescto. 1991 Pop.Total PEA C
rescto. 2000 Pop.Total PEA C
rescto. C
rescto.
da região Regional da região Regional anual de da região Regional anual de da região Regional anual anual de
em 1970 em 1970 em 1980 em 1980 1971-80 em 1991 em 1991 1981-91 em 2000 em 2000 1991-00 1970-00
A
gricultura, pecuária,
silvicultura, ex
traçãovegetal,
caça e pesca
210.254 27,94 78,8 160.301 16,69 46,96 -2,68 123.604 12,17 30,23 -2,34 102693 9,02 20,76 -2,04 -2,36
Prestaçãode Serviço
s 12.144 1,61 4,55 47.535 4,95 13,93 14,62 87.634 8,63 21,44 5,72 47761 4,19 9,65 -6,52 4,67
Transpo
rtes, co
m
unicaçõ
es 4.861 0,65 1,82 11.642 1,21 3,41 9,13 15.215 1,5 3,72 2,46 30172 2,65 6,1 7,9 6,27
A
tividades Industriais 16.661 2,21 6,24 54.593 5,68 15,99 12,6 67.977 6,69 16,63 2,01 93004 8,17 18,8 3,54 5,9
C
o
m
érciode M
ercado
rias 10.170 1,35 3,81 36.397 3,79 10,66 13,6 64.860 6,38 15,86 5,39 120101 8,17 24,28 7,09 8,58
A
tividades So
ciais 4.637 0,62 1,74 15.254 1,59 4,47 12,65 27.403 2,7 6,7 5,47 29152 2,56 5,89 0,69 6,32
A
dm
inistraçãoPública 3.221 0,43 1,21 7.845 0,82 2,3 9,31 13.458 1,32 3,29 5,03 22787 2 4,61 6,03 6,74
O
utras A
tividades 4.876 0,65 1,83 7.769 0,81 2,28 4,77 8.680 0,85 2,12 1,01 49047 4,31 9,91 21,22 8
To
tal 266.824 35,46 100 341.336 35,53 100 408.831 40,24 100 494717 41,07 100
Fonte: Rippel (2005, pg. 132).
Setor de Atividade
Econômica
Chefes Imigrantes no Oeste PR Por Escolaridade de 1960 – 2000
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
60/70 70/80 81/91 90/00
Período
%
no
Total
SemInstrução Primário Incompleto Ginásio Incompleto 2o. Grau Incompleto 2o. Grau Completo ou mais
Quociente Locacional - QL
É utilizado para comparar a participação percentual da população de
um município com a participação percentual da região. O quociente
locacional pode ser analisado a partir de domicílios específicos ou
no seu conjunto. É expresso pela equação abaixo.
A importância do município no contexto regional, em relação ao domicílio
estudado, é demonstrada quando QL assume valores acima de 1.
Nesse caso (quando o QL for maior que 1) indica a representatividade
do domicílio em um município específico.
O contrário ocorre quando o QL for menor que 1. Dessa forma, a partir
da análise do QL, poder-se-á visualizar a concentração de cada setor em
cada um dos municípios.
QLs. - População Urb.- Municípios do Oeste Paranaense – 1970/2000
1970 1980
1991 2000
QL ? 1 / Forte
0,50 ? QL ? 0,99 / Médio
QL ? 0,49 / Fraco
Notas:
1
43
3
4
5
6 7
8
11 10 9
15
12 13
14
16
19
17
18
20
21
22
23
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32
33
30 29
26
27
28
34
35
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37
36
38
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39
2
44
48
46
47 49 50
25
24
1
3
4
5
6
8
10
15
12
14
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20
21
22
33
30 29
26
27
34
35
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36
40 41
42
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44
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46
49 50
25
24
1
3
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3
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2
44
48
25
0 100 km
QL População Urbana – 2010
QLs. - População Rur.- Municípios do Oeste Paranaense – 1970/2000
1970 1980
1991 2000
QL ≥ 1 / Forte
0,50 ≤ QL ≤ 0,99 / Médio
QL ≤ 0,49 / Fraco
Notas:
1
3
4
5
8
10
12
14 19
22
33
26
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40
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44
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25
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3
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5
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12
14 19
22
33
26
45
40
42
39
2
44
48
25
1
43
3
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5
6 7
8
11 10 9
15
12 13
14
16
19
17
18
20
21
22
23
31
32
33
30 29
26
27
28
34
35
45
37
36
38
40 41
42
39
2
44
48
46
47 49 50
25
24
1
3
4
5
6
8
10
15
12
14
16
19
20
21
22
33
30 29
26
27
34
35
45
36
40 41
42
39
2
44
48
46
49 50
25
24
0 100 km
QL População Rural – 2010
Fases e Fatores de Interferência na Ocupação
Migratória no Oeste do Paraná - 1946/2010
Fatores de
Interferência
I Fase (1946/1970)
Conquista e Ocupação do Espaço Regional
Econômicos Demográficos
Exógenos
Marcha para o Oeste
Propensão à migração por
parte de pequenos produtores
de outras áreas do país
Financiamento federal e
estadual
Famílias com elevado número
de componentes
Demarcação da fronteira
internacional
Altas taxas de fecundidade
Fonte: Rippel (2005, pg. 213 e pesquisa PD. 2013).
Fatores de
Interferência
II Fase (1970/1985)
Saturação e Ruptura Demográfica Regional
Econômicos Demográficos
Exógenos
Implementação da política nacional de
desenvolvimento do setor
agroexportador
Criação de novas áreas de fronteira com
capacidade de absorção migratória
Consolidação da “Revolução Verde” no
território nacional
Estabelecimento de novos fluxos em
direção à fronteira
Financiamento aos produtores a taxas de
juros abaixo da inflação
Fortalecimento dos fluxos em direção ao
núcleo motor do desenvolvimento
nacional “Sudeste”
Tecnificação acelerada da produção
agrícola com absorção de insumos
industrializados, via de regra, de origem
de empresas transnacionais
Fortalecimento do Complexo
Agroindustrial nacional
Consolidação de áreas intra-estaduais e
interestaduais com acelerada expansão
econômica (exemplo de São Paulo e da
região metropolitana de Curitiba).
Adoção do binômio soja e trigo como
carros-chefes da política agrícola do país
Crise econômica da década de 1980 no
país (“década perdida”)
Fatores de
Interferência
III Fase (1985-2010)
Ajuste e Acomodação Demográfica Regional
Econômicos Demográficos
Exógenos
Diminuição de novos e
expressivos locais nacionais
capazes de atraírem
investimentos
Quedas das taxas de
fecundidade nacionais
Estabilidade econômica nacional
Arrefecimento dos estímulos à
migração no país
Reduzido ritmo de crescimento
econômico do país
Fatores de
Interferência
I Fase (1946/1970)
Conquista e Ocupação do Espaço Regional
Econômicos Demográficos
Endógenos
Solo fértil Região praticamente despovoada
Terras a preços bem acessíveis
Grande capacidade de absorção
de migrantes
Clima propício
Baixo grau de exigência da
qualificação da mão-de-obra a
ser absorvida
Topografia altamente
favorável
Uso intensivo da mão-de-obra
familiar
Pouca necessidade de
tecnificação da produção
Ocupação extensiva do território
da região via pequenas
propriedades rurais
Financiamento privado pelas
colonizadoras da área
Fatores de
Interferência
II Fase (1970/1985)
Saturação e Ruptura Demográfica Regional
Econômico Demográfico
Endógenos
Redistribuição do uso do território
regional concomitante a existência
de um processo de concentração
fundiária (reconcentração)
Saturação da capacidade das
propriedades da região de manterem
todos os integrantes das famílias na
área
Intensificação tecnológica da
produção rural
Emigração notadamente de origem
rural para destinos diversos
Modernização e consolidação das
rotas de transporte da área
Êxodo rural
Ocorrência de um ciclo continuado
de geadas que culminaram na
“geada negra” de 1975
Grande capacidade inicial de
absorção de migrantes por parte das
áreas urbanas da região
Início e conclusão da construção da
Hidrelétrica de Itaipu
Uso intensivo do território da região
via propriedades rurais médias e
grandes
Fatores de
Interferência
III Fase (1985-2010)
Ajuste e Acomodação Demográfica Regional
Econômico Demográfico
Endógenos
Crescimento e consolidação do
complexo agroindustrial da região
Elevadas taxas de circularidade
migratória no entorno das cidades
de Cascavel, Foz do Iguaçu,
Toledo e Medianeira
Fortalecimento do setor de
serviços e de comércio das
principais cidades da região
Reduzidas taxas de fecundidade
na região. (aprox. 2,0)
Elevação da qualificação da mão-
de-obra regional
Queda da capacidade das áreas
urbanas dos municípios da região
de absorverem trabalhadores
mantendo qualidade de vida
Redução (saturamento) da
capacidade de assimilação de
indivíduos pelas áreas urbanas
Uso intensivo do território da
região via propriedades rurais
médias e grandes
Considerações Finais:
1) As transformações originadas da
reestruturação da produção modificaram os
quesitos de localização de atividades bem
como os da qualificação da força de trabalho
do país, e no caso do Oeste do Paraná
configuraram espacialmente, nas últimas
décadas, o aparecimento de distintos fluxos
migratórios.
Particularmente do ponto de vista da origem
e destino, bem como das etapas e volumes da
migração.
 2) Com a mudança do perfil produtivo da área,
mudou a intensidade e a direção dos movimentos
migratórios.
 Neste movimento a tecnificação da produção
agropecuária nem sempre foi o fator
preponderante no processo.
 Vez que ao conjunto das mudanças econômicas da
região, somaram-se fatores atrativos dos locais de
destino dos emigrantes da área.
3) O perfil da imigração na região foi
marcado inicialmente por uma mão-de-obra
com baixa qualificação, de reduzido nível
escolar que se inseriu produtivamente no
setor primário da região.
Porém com o passar do tempo dada a
modernização da produção rural e a
acelerada urbanização regional ocorreu
forte queda no volume de absorção de
migrantes na região, e a área passou a exigir
mais qualificação dos mesmos para se
inserirem.
4-) Assim os imigrantes passaram a
apresentar melhores níveis educacionais e
se inseriram de forma mais consistente nos
setores secundário e terciário da economia
regional.
De modo que a área deixou de ser um local
de forte atração de migração passando a
ser local de emigração, configurando-se
com região de circularidade migratória.

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Migração e desenvolvimento do Oeste do Paraná 1950-2010

  • 1. DESENVOLVIMENTO REGIONAL - MIGRAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE CHEFES DE FAMÍLIA- O CASO DO OESTE DO PARANÁ DE 1950 A 2010  Prof. Me., Dr., Pós Doutor  Ricardo Rippel  Universidade Estadual do Oeste do Paraná  Graduação de Ciências Econômicas e  Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional e Agronegócio  Líder do GEPEC - Grupo de Pesquisa em Agronegócio e  Desenvolvimento Regional - Unioeste / Cnpq –  Diretor do CCSA  Prof. Me., Dra. Valderice C. L. Rippel  ISEPE – Marechal C. Rondon – PR  Graduação em Direito e Pedagogia  Professora e Pesquisadora 
  • 3. Faixa de Fronteira na América do Sul País Faixa de Fronteira Instrumento Legal Argentina Não tem Constituição de 1994 Bolívia 50 Km Constituição de 1967, reformada em 1994 Brasil 150 Km Constituição de 1988 Chile Não tem Constituição de 1980, reformada em 2001 Colômbia Não especifica largura Constituição de 1991, reformada em 1997 Equador Não especifica largura Constituição de 1998 Guiana Não tem Constituição de 1980, reformada em 1996 Guiana Francesa não tem não tem Paraguai Não tem Constituição de 1992 Peru 50 Km Constituição de 1993 Suriname Não tem Constituição de 1987, reformada em 1992 Uruguai Não tem Constituição de 1997 Venezuela Não especifica largura Constituição de 1999 Fonte: Steiman (2002; 30)
  • 4. Mesorregião Oeste do Paraná, Brasil. Fonte: IBGE (2012).
  • 5. Mesorregiões Paranaenses Afetadas pela Faixa de Fronteira Nacional Mesorregião Total de Municípios da Mesorregião Total Municípios na Faixa de Fronteira Centro - Ocidentral 25 10 Centro - Sul 29 13 Noroeste 61 29 Oeste 50 50 Sudoeste 37 37 Total 202 139 % no total de Municípios do PR 50,62 34,84 Fonte; PDIFF - PR (Unioeste, 2012) *Destaque para a mesorregião Oeste
  • 6.
  • 7. Mapa 1 Faixa de Fronteira e mapa 2 Curitiba e Oeste do Paraná - 2013.
  • 8.
  • 9. Bacia Tietê- Paraná e Fronteiras do Oeste do PR 2013
  • 10. Rota Principal do Caminho do Peabiru
  • 11. Caminho do Peabiru, Povoados Espanhóis e reduções Jesuíticas no PR
  • 12. Municípios no PR – 1940 e 1955 destaque para o Oeste
  • 13. Algumas rotas de capitais e fluxos migratórios Oeste do PR final do séc. XIX e início do XX
  • 14.
  • 15. Objetivo Central Analisar o crescimento demográfico e o desenvolvimento do Oeste paranense a partir da inserção da economia regional na base econômica do país. Desde meados da década de 1940 até 2010, visando identificar a participação e a importância da migração no desenvolvimento da área.
  • 16. Objetivos complementares: a) apontar e analisar os processos migratórios que marcaram a dinâmica demográfica daquela área de fronteira , b) identificar os principais fatores influentes no processo; c) apontar se, e de que forma, as variações nos tipos e nos níveis das migrações se relacionam ou relacionaram com os ciclos econômicos da região e do país. d) Indicar quais as principais características dos imigrantes na região.
  • 17. Observação  Quanto a abordagem dos migrantes, serão utilizados os tipos de migrações que envolvem Unidade da Federação (UF) atual,  UF anterior e  UF de nascimento,  Assim como os que envolvem o município atual e município anterior.  Como serão utilizados os dados censitários, migrante é definido como o indivíduo residente no local em que foi recenseado, com menos de cinco anos de residência neste. (até o censo de 1980 por última etapa, por aproximação, e de 1991 em diante data fixa)
  • 18. Taxas de Cresto Pop. Anuais - PR, Oeste do PR e BR - 1940-2010
  • 19. Principaisáreasde atração populacional no Brasil segundo participação da Imigração Líquida Estimada para o Período de 1 960-70 na variação Absoluta da População Total Variação S aldo Migratório da População Estimado no 2 x1 00 Período 1 960 - Período 1 960 - 70 1 1 2 Grupo I: Áreasde Fortíssima 361(Distrito Federal/GO) 404.273 253.609 62,73 020 (Araguaia Paraense/PA) 28.030 1 7.387 63,03 333 (Alto Guaporá-Jauru/MT) 66.083 37.971 57,46 334 (Alto Paranguai/MT) 29.000 1 6.057 55,37 336 (Rondonópolis/MT) 75.647 43.509 57,52 285 (Norte Novíssimo de 404.451 21 7.971 53,89 286 (Campo Mourão/PR) 321 .497 1 68.085 52,28 288 (Extremo Oeste 621 .223 374.082 60,22 Fonte: IBGE(1 979, p. 1 9) adaptaçõesdo autor MICRORREGIÃO
  • 20. Microrregiões Homogêneas - PR - População Total em 1970 - Variação Absoluta e Componente Migratório - Período 1960-1970 MICRORREGIÕES HOMOGÊNEAS - PR Curitiba 838.390 325.461 181.865 0,269 Litoral Paranaense 116.571 39.318 15.522 0,160 Alto Ribeira 30.003 4.153 -1.404 -0,050 Alto Rio Negro Paranaense 29.617 2.520 -2.258 -0,080 Campos da Lapa 78.799 10.227 -1.891 -0,026 Campos de Ponta Grossa 240.722 65.246 24.164 0,116 Campos de Jaguariaíva 41.360 9.073 1.458 0,040 São Mateus do Sul 41.252 5.354 -1.174 -0,030 Colonial do Irati 136.297 14.646 -5.847 -0,045 Alto Ivaí 92.325 33.555 13.611 0,180 Norte Velho de Venceslau Brás 201.603 53.348 12.753 0,073 Norte Velho de Jacarezinho 391.532 38.118 -27.486 -0,074 Algodoeira de Açaí 116.889 5.799 -13.887 -0,122 Norte Novo de Londrina 691.220 91.845 -23.775 -0,037 Norte Novo de Maringá 322.879 78.592 19.840 0,070 Norte Novíssimo de Paranavaí 338.548 24.264 -39.527 -0,121 Norte Novo de Apucarana 464.782 198.373 85.606 0,234 Norte Novíssimo de Umuarama 653.174 404.451 217.971 0,483 Campo Mourão 536.889 321.497 168.085 0,447 Pitanga 106.916 43.744 16.195 0,190 Extremo Oeste Paranaense 756.900 621.223 374.082 0,838 Sudoeste Paranaense 450.338 221.415 97.913 0,288 Campos de Guarapuava 191.085 58.051 16.246 0,100 Médio Iguaçu 129.591 31.034 5.547 0,049 Fonte Relatório IBGE(1979, pg. 76) Taxa Decenal de Migração 1960/70 População em 1970 Var. Abs. da Pop. 1960/70 Saldo Migratório Estimado 1960/70
  • 21. Taxa Decenal de Migração de 1960 a 1970 das MRHS - PR -0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 Microrregião Extremo Oeste Paranaense Norte Novíssimo de Umuarama Campo Mourão Sudoeste Paranaense Curitiba Norte Novo de Apucarana Pitanga Alto Ivaí Litoral Paranaense Campos de Ponta Grossa Campos de Guarapuava Norte Velho de Venceslau Bras Norte Novo de Maringá Médio Iguaçu Campos de Jaguariaíva Campos da Lapa São Mateus do Sul Norte Novo de Londrina Colonial do Irati Alto Ribeira Norte Velho de Jacarezinho Alto Rio Negro Paranaense Norte Novíssimo de Paranavaí Algodoeira de Açaí
  • 22. População segundo domicílio - Oeste do Paraná - 1970/2010 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 2 3 4 5 19.87 50.43 71.67 81.60 85.61 80.13 49.57 28.33 18.40 14.39 Pop. Urbana Pop.Rural
  • 24.
  • 25.
  • 26. Distribuição Fundiária Oeste do Paraná 1999 e Evolução da produção decenal de soja no Oeste do Paraná – 1970-2010
  • 27. Arados, máquinas e tratores na região Oeste do Paraná nos anos de 1975, 1980, 1985 e 1995 ANOS Equipamentos 1975 1980 Var % 1975/80 1985 Var % 1980/85 1995 Var % 1985/95 Var % 1975/95 Arados (tração animal) 35.414 35.819 1,14 38.535 7,58 20.618 -46,5 -41,78 Arados (tração mecânica) 13.684 21.761 59,03 22.173 1,89 17.625 -20,51 28,8 Máquinas (plantio) 13.704 - 19.389 41,48 18.357 -5,32 Máquinas (colheita) 5.968 9.064 51,88 5.235 -42,24 4.801 -8,29 -19,55 Tratores 10.216 16.247 59,03 20.667 27,21 31.986 54,77 213,1 Fonte: SEAB - PR. (1995) e Rippel (2005)
  • 28. Principais Estados brasileiros- Destino e Origem dos Fluxos Migratórios no Oeste do Paraná. 1975-2010 Qüinqüênios de 1975-80 (U.E.), 85-91, 95-2000 e 2005-10 (DF) Estado Imigração Interestadual Emigração Interestadual no Oeste do Paraná do Oeste do Paraná 75-80 % 86-91 % 95-00 % 2005-10 % 75-80 % 86-91 % 95-00 % 2005-10 % Rondônia 300 0,83 4480 11,84 1794 5,84 1406 4,19 27985 18,24 6526 9,6 2331 5 1422 2,84 Minas Gerais 3388 9,37 1195 3,16 940 3,06 1484 4,42 4945 3,22 1813 2,67 1714 3,68 1460 2,92 São Paulo 8658 23,95 6788 17,94 8062 26,23 7257 21,62 51142 33,34 17996 26,48 12026 25,81 5747 11,48 Santa Catarina 8047 22,26 5810 15,35 6592 21,45 5927 17,65 10452 6,81 11936 17,56 13645 29,28 22644 45,24 Rio G do Sul 11807 32,65 7021 18,55 6196 20,16 4236 12,62 4672 3,05 4820 7,09 5015 10,76 3661 7,31 Mato G. do Sul 2685 7,43 2989 7,9 3195 10,39 3504 10,44 20763 13,53 5672 8,35 3891 8,35 3554 7,10 Mato Grosso 504 1,39 9047 23,9 3940 12,82 4146 12,35 30631 19,97 15349 22,59 7921 17 5742 11,47 Total Parcial 35389 97,88 37330 98,64 30719 99,95 27960 83,2799 150590 98,16 64112 94,34 46543 99,88 44230 88,361 Outras Ufs 768 2,12 517 1,37 18 0,06 5613 16,72 2825 1,84 3845 5,66 60 0,13 5826 11,64 Total 36157 100,00 37847 100,00 30737 100,00 33573 100,00 153415 100,00 67957 100,00 46603 100,00 50056 100,00 Fonte: Rippel (2005, pg. 151) e IBGE - 2010
  • 29. Imigração interestadual do Oeste PR – 1975-80, 1986-91 e 95-2000
  • 30. Imigração interestadual do Oeste PR – 2005-2010
  • 31. Emigração interestadual do Oeste PR– 1975-80, 1986-91 e 95-2000
  • 32. Emigração interestadual do Oeste PR – 2005-2010
  • 33. Migração Intra-Estadual - Oeste PR e principais Micro- regiões paranaenses de origem e destino 1975-2010 75-80 % 86-91 % 95-00 % 005-10 % 75-80 % 86-91 % 95-00 % 005-10 % Norte Novo de Londrina 6183 6,4 2646 5,59 2835 5,62 1148 5,45 4938 6,36 3821 7,95 5452 8,17 1260 4,50 Norte Novo de Maringá 4646 4,81 1365 2,88 1690 3,35 2134 10,13 4232 5,45 3877 8,07 3998 5,99 3412 12,20 Norte Novíssimo de 10978 11,4 5465 11,5 4500 8,92 2427 11,52 8130 10,5 3474 7,23 4278 6,41 2511 8,98 Campo Mourão 18141 18,8 6011 12,7 3941 7,81 1854 8,80 7581 9,77 3504 7,29 4297 6,44 1171 4,19 Sudoeste Paranaense 19548 20,2 14198 30 12283 24,4 3783 17,96 6686 8,62 6213 12,9 6029 9,04 4483 16,03 Campos de Guarapuava 6522 6,75 4921 10,4 4435 8,79 3714 17,63 6130 7,9 4349 9,05 4480 6,72 2842 10,16 Curitiba 5844 6,05 4246 8,97 7094 14,1 6008 28,52 27586 35,6 15361 31,96 25674 38,48 12290 43,94 Total Parcial 71862 74,36 38852 82,04 36778 72,91 21068 76,27 65283 84,12 40599 84,48 54208 81,25 27969 77,81 Diversas MRH no Paraná 24775 25,64 8504 17,96 13662 27,09 6554 23,73 12324 15,88 7460 15,52 12507 18,75 7976 22,19 Total 96637 100 47356 100 50440 100 27622 100 77607 100 48059 100 66715 100 35945 100 Fonte: Rippel (2005); Rippel (2013 tabulações Censos Demográficos 1980, 91, 2000 e 2010) Região Estadual Anterior Imigração no Oeste Emigração do Oeste do Estado do Paraná do Estado do Paraná
  • 34. Emigração Intra-Estadual do Oeste PR–1975-80, 1986-91 e 95-2000
  • 35. Emigração Intra-Estadual do Oeste PR – 2005-2010
  • 36. Imigração Intra-Estadual no Oeste-PR – 1975-80, 1986-91 e 95-2000. Curitiba Campo Mourão Campos de Guarapuava Sudoeste Paranaense Norte Novíssimo de Umuarama Norte Novo de Maringá Norte Novo de Londrina 24.775 Extremo Oeste 5.844 6.522 Outras Microrregiões
  • 37. Imigração Intra-Estadual do Oeste PR – 2005-2010
  • 38. Movimentos Migratórios Intra-Regionais do Oeste do Paraná Períodos de 1975-80, 1986-91, 1995-2000 e 2005-10 Valor % Valor % Valor % Valor % Valor % Valor % Valor % % Assis Chateaubriand 8.398 7,91 2.932 4,25 3.111 5,95 1445 2,84 3.461 3,26 2.417 3,5 1.207 2,31 886 1,74 Cascavel 14.779 13,93 8.658 12,55 6.455 12,35 7138 14,00 20.284 19,11 13.709 19,86 12.090 23,13 10132 19,88 Foz do Iguaçú 5.846 5,51 5.434 7,87 5.934 11,35 7513 14,74 26.081 24,58 9.086 13,17 6.301 12,05 2907 5,70 MarechalCândido Rondon 4.738 4,46 3.429 4,97 1.573 3,01 2386 4,68 2.933 2,76 2.509 3,64 1.828 3,5 2280 4,47 Matelândia 6.360 5,99 2.924 4,24 1.415 2,71 1167 2,29 5.543 5,22 1.195 1,73 858 1,64 1243 2,44 Medianeira 6.755 6,37 3.300 4,78 2.332 4,46 1992 3,91 6.290 5,93 2.776 4,02 2.195 4,2 2719 5,33 Santa Helena 7.256 6,84 2.103 3,05 1.430 2,74 1518 2,98 2.615 2,46 1.412 2,05 714 1,37 1278 2,51 São Migueldo Iguaçú 8.542 8,05 2.283 3,31 1.291 2,47 2028 3,98 4.253 4,01 1.807 2,62 1.433 2,74 1148 2,25 Toledo 7.993 7,53 6.475 9,38 3.963 7,58 3220 6,32 7.824 7,37 7.683 11,13 5.921 11,33 6227 12,22 Subtotal 70.667 66,59 37.538 54,39 27.504 52,62 28.407 55,73 79.284 74,71 42.594 61,72 32.547 62,26 28.820 56,55 Outras 35.456 33,41 31.475 45,61 24.769 47,38 22.561 44,27 26.839 25,29 26.419 38,28 19.726 37,74 22.148 43,45 Total 106.123 100,00 69.013 100,00 52.273 100,00 50968 100,00 106.123 100,00 69.013 100,00 52.273 100,00 50968 100,00 Fonte:Rippel(2005, pg. 176) e Rippel(2013 - tabulações especiais Censos Demográfico IBGE 2010) 005-10 Município Emigração Intra-Regional Imigração Intra-Regional Última Etapa Data Fixa Última Etapa Data Fixa 1975-1980 1986-1991 1995-2000 005-10 1975-1980 1986-1991 1995-2000
  • 39. Emigração Intra-Regional- Oeste- PR- 1975-80 e 1986-91 e 95-2000 MRHOeste Paraná Municípios 0 50 100 150 Kilometers N E W S 1 2 3 4 5 6 7 1986/1991 7 6 5 4 3 2 1 1. Assis Chateaubriand 2. Cascavel 3. Foz do Iguaçú 4. Medianeira 5. Santa Helena 6. São Miguel do Iguaçú 7. Toledo Municípios: 7 6 5 4 3 2 1 1975/1980 1995/2000
  • 40. Emigração Intra-Regional - Oeste – PR - 2005-2010.
  • 41. Imigração Intra-Regional – 1975-1980, 1986-1991 e 1995-2000. 7 6 5 4 3 2 1 0 50 100 150 Kilometers 1 2 3 4 5 6 7 Municípios: 1. Assis Chateaubriand 2. Cascavel 3. Foz do Iguaçú 4. Medianeira 5. Santa Helena 6. São Miguel do Iguaçú 7. Toledo 1995/2000 1986/1991 N E W S MRH Oeste Paraná Municípios 1 2 3 4 5 6 7 1975/1980
  • 42. Imigração Intra-Regional Oeste - Pr – 2005-2010.
  • 43. Chefes de Família Imigrantes Interestaduais com Tempo de UF menor do que 10 anos, Economicamente Ativos segundo Inserção Produtiva no Oeste do PR. 70/80; 81/91; 90/2000. Condição de Ocupação 1980, 1991 e 2000 Total 1980 % Total 1991 % Total 2000 % Trabalhador Agrícola Volante 743 2,53 955 3,53 Parceiro/Meeiro Empregado 217 0,74 433 1,6 Parceiro/Meeiro Autônomo/Conta Própria 416 1,42 585 2,16 Agricultura 1.347 4,59 354 1,31 1.058 5,31 Pecuária 267 0,91 338 1,25 909 4,57 Outros Agropecuários 81 0,28 132 0,49 Indústria 7.522 25,65 4.052 14,97 2.666 13,39 Indústria Extrativista 0 87 0,44 Comércio e Serviços 7.054 24,06 10.236 37,82 6.172 31 Construção 0 1.537 7,72 Outros Mal Definidos 70 0,24 145 0,54 Atividades Mal Especificadas 0 302 1,52 Autônomo/Conta Própria Agricultura 6.476 22,09 1.717 6,34 1.159 5,82 Autônomo/Conta Própria Pecuária 156 0,53 111 0,41 388 1,95 Autônomo/Conta Própria Outros Agropecuária 80 0,27 87 0,32 Autônomo/Contra Própria Indústria 812 2,77 1.785 6,6 Autônomo/Contra Própria Comércio/Serviços 2.762 9,42 3.442 12,72 Autônomo/Contra Própria Outros Mal Definidos 94 0,32 63 0,23 Funcionário Público 1.224 6,15 Empregador 1.107 3,78 1.802 6,66 1.428 7,17 Sem Remuneração 117 0,4 297 1,1 Trabalhador Doméstico Empregado 0 395 1,46 228 1,15 Trabalhador Doméstico Autônomo/Conta Própria 0 134 0,5 858 4,31 Não remunerado em ajuda a membro domicílio 0 0 0 Total Geral de Trabalhadores Captados 29.321 100 27.063 100 19.912 100 Fonte: Rippel (2005, pg. 200) 9,52 Educação, Saúde, Atividades Recreativas e Associativas, Serviços Pessoais e Organismos 0 1.896
  • 44. Oeste PR – PEA por Setor da Economia de 1970 a 2000, dados censitários e taxas de crescimento anuais PEA %sobre %sobre PEA %sobre %sobre Taxa de PEA %sobre %sobre Taxa de PEA %sobre %sobre Taxa de Taxa de 1970 Pop.Total PEA 1980 Pop.Total PEA C rescto. 1991 Pop.Total PEA C rescto. 2000 Pop.Total PEA C rescto. C rescto. da região Regional da região Regional anual de da região Regional anual de da região Regional anual anual de em 1970 em 1970 em 1980 em 1980 1971-80 em 1991 em 1991 1981-91 em 2000 em 2000 1991-00 1970-00 A gricultura, pecuária, silvicultura, ex traçãovegetal, caça e pesca 210.254 27,94 78,8 160.301 16,69 46,96 -2,68 123.604 12,17 30,23 -2,34 102693 9,02 20,76 -2,04 -2,36 Prestaçãode Serviço s 12.144 1,61 4,55 47.535 4,95 13,93 14,62 87.634 8,63 21,44 5,72 47761 4,19 9,65 -6,52 4,67 Transpo rtes, co m unicaçõ es 4.861 0,65 1,82 11.642 1,21 3,41 9,13 15.215 1,5 3,72 2,46 30172 2,65 6,1 7,9 6,27 A tividades Industriais 16.661 2,21 6,24 54.593 5,68 15,99 12,6 67.977 6,69 16,63 2,01 93004 8,17 18,8 3,54 5,9 C o m érciode M ercado rias 10.170 1,35 3,81 36.397 3,79 10,66 13,6 64.860 6,38 15,86 5,39 120101 8,17 24,28 7,09 8,58 A tividades So ciais 4.637 0,62 1,74 15.254 1,59 4,47 12,65 27.403 2,7 6,7 5,47 29152 2,56 5,89 0,69 6,32 A dm inistraçãoPública 3.221 0,43 1,21 7.845 0,82 2,3 9,31 13.458 1,32 3,29 5,03 22787 2 4,61 6,03 6,74 O utras A tividades 4.876 0,65 1,83 7.769 0,81 2,28 4,77 8.680 0,85 2,12 1,01 49047 4,31 9,91 21,22 8 To tal 266.824 35,46 100 341.336 35,53 100 408.831 40,24 100 494717 41,07 100 Fonte: Rippel (2005, pg. 132). Setor de Atividade Econômica
  • 45. Chefes Imigrantes no Oeste PR Por Escolaridade de 1960 – 2000 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 50,00 60/70 70/80 81/91 90/00 Período % no Total SemInstrução Primário Incompleto Ginásio Incompleto 2o. Grau Incompleto 2o. Grau Completo ou mais
  • 46. Quociente Locacional - QL É utilizado para comparar a participação percentual da população de um município com a participação percentual da região. O quociente locacional pode ser analisado a partir de domicílios específicos ou no seu conjunto. É expresso pela equação abaixo. A importância do município no contexto regional, em relação ao domicílio estudado, é demonstrada quando QL assume valores acima de 1. Nesse caso (quando o QL for maior que 1) indica a representatividade do domicílio em um município específico. O contrário ocorre quando o QL for menor que 1. Dessa forma, a partir da análise do QL, poder-se-á visualizar a concentração de cada setor em cada um dos municípios.
  • 47. QLs. - População Urb.- Municípios do Oeste Paranaense – 1970/2000 1970 1980 1991 2000 QL ? 1 / Forte 0,50 ? QL ? 0,99 / Médio QL ? 0,49 / Fraco Notas: 1 43 3 4 5 6 7 8 11 10 9 15 12 13 14 16 19 17 18 20 21 22 23 31 32 33 30 29 26 27 28 34 35 45 37 36 38 40 41 42 39 2 44 48 46 47 49 50 25 24 1 3 4 5 6 8 10 15 12 14 16 19 20 21 22 33 30 29 26 27 34 35 45 36 40 41 42 39 2 44 48 46 49 50 25 24 1 3 4 5 8 10 12 14 19 22 33 26 45 40 42 39 2 44 48 25 1 3 4 5 8 12 14 19 22 33 26 45 40 42 39 2 44 48 25 0 100 km
  • 49. QLs. - População Rur.- Municípios do Oeste Paranaense – 1970/2000 1970 1980 1991 2000 QL ≥ 1 / Forte 0,50 ≤ QL ≤ 0,99 / Médio QL ≤ 0,49 / Fraco Notas: 1 3 4 5 8 10 12 14 19 22 33 26 45 40 42 39 2 44 48 25 1 3 4 5 8 12 14 19 22 33 26 45 40 42 39 2 44 48 25 1 43 3 4 5 6 7 8 11 10 9 15 12 13 14 16 19 17 18 20 21 22 23 31 32 33 30 29 26 27 28 34 35 45 37 36 38 40 41 42 39 2 44 48 46 47 49 50 25 24 1 3 4 5 6 8 10 15 12 14 16 19 20 21 22 33 30 29 26 27 34 35 45 36 40 41 42 39 2 44 48 46 49 50 25 24 0 100 km
  • 51.
  • 52. Fases e Fatores de Interferência na Ocupação Migratória no Oeste do Paraná - 1946/2010 Fatores de Interferência I Fase (1946/1970) Conquista e Ocupação do Espaço Regional Econômicos Demográficos Exógenos Marcha para o Oeste Propensão à migração por parte de pequenos produtores de outras áreas do país Financiamento federal e estadual Famílias com elevado número de componentes Demarcação da fronteira internacional Altas taxas de fecundidade Fonte: Rippel (2005, pg. 213 e pesquisa PD. 2013).
  • 53. Fatores de Interferência II Fase (1970/1985) Saturação e Ruptura Demográfica Regional Econômicos Demográficos Exógenos Implementação da política nacional de desenvolvimento do setor agroexportador Criação de novas áreas de fronteira com capacidade de absorção migratória Consolidação da “Revolução Verde” no território nacional Estabelecimento de novos fluxos em direção à fronteira Financiamento aos produtores a taxas de juros abaixo da inflação Fortalecimento dos fluxos em direção ao núcleo motor do desenvolvimento nacional “Sudeste” Tecnificação acelerada da produção agrícola com absorção de insumos industrializados, via de regra, de origem de empresas transnacionais Fortalecimento do Complexo Agroindustrial nacional Consolidação de áreas intra-estaduais e interestaduais com acelerada expansão econômica (exemplo de São Paulo e da região metropolitana de Curitiba). Adoção do binômio soja e trigo como carros-chefes da política agrícola do país Crise econômica da década de 1980 no país (“década perdida”)
  • 54. Fatores de Interferência III Fase (1985-2010) Ajuste e Acomodação Demográfica Regional Econômicos Demográficos Exógenos Diminuição de novos e expressivos locais nacionais capazes de atraírem investimentos Quedas das taxas de fecundidade nacionais Estabilidade econômica nacional Arrefecimento dos estímulos à migração no país Reduzido ritmo de crescimento econômico do país
  • 55. Fatores de Interferência I Fase (1946/1970) Conquista e Ocupação do Espaço Regional Econômicos Demográficos Endógenos Solo fértil Região praticamente despovoada Terras a preços bem acessíveis Grande capacidade de absorção de migrantes Clima propício Baixo grau de exigência da qualificação da mão-de-obra a ser absorvida Topografia altamente favorável Uso intensivo da mão-de-obra familiar Pouca necessidade de tecnificação da produção Ocupação extensiva do território da região via pequenas propriedades rurais Financiamento privado pelas colonizadoras da área
  • 56. Fatores de Interferência II Fase (1970/1985) Saturação e Ruptura Demográfica Regional Econômico Demográfico Endógenos Redistribuição do uso do território regional concomitante a existência de um processo de concentração fundiária (reconcentração) Saturação da capacidade das propriedades da região de manterem todos os integrantes das famílias na área Intensificação tecnológica da produção rural Emigração notadamente de origem rural para destinos diversos Modernização e consolidação das rotas de transporte da área Êxodo rural Ocorrência de um ciclo continuado de geadas que culminaram na “geada negra” de 1975 Grande capacidade inicial de absorção de migrantes por parte das áreas urbanas da região Início e conclusão da construção da Hidrelétrica de Itaipu Uso intensivo do território da região via propriedades rurais médias e grandes
  • 57. Fatores de Interferência III Fase (1985-2010) Ajuste e Acomodação Demográfica Regional Econômico Demográfico Endógenos Crescimento e consolidação do complexo agroindustrial da região Elevadas taxas de circularidade migratória no entorno das cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo e Medianeira Fortalecimento do setor de serviços e de comércio das principais cidades da região Reduzidas taxas de fecundidade na região. (aprox. 2,0) Elevação da qualificação da mão- de-obra regional Queda da capacidade das áreas urbanas dos municípios da região de absorverem trabalhadores mantendo qualidade de vida Redução (saturamento) da capacidade de assimilação de indivíduos pelas áreas urbanas Uso intensivo do território da região via propriedades rurais médias e grandes
  • 58. Considerações Finais: 1) As transformações originadas da reestruturação da produção modificaram os quesitos de localização de atividades bem como os da qualificação da força de trabalho do país, e no caso do Oeste do Paraná configuraram espacialmente, nas últimas décadas, o aparecimento de distintos fluxos migratórios. Particularmente do ponto de vista da origem e destino, bem como das etapas e volumes da migração.
  • 59.  2) Com a mudança do perfil produtivo da área, mudou a intensidade e a direção dos movimentos migratórios.  Neste movimento a tecnificação da produção agropecuária nem sempre foi o fator preponderante no processo.  Vez que ao conjunto das mudanças econômicas da região, somaram-se fatores atrativos dos locais de destino dos emigrantes da área.
  • 60. 3) O perfil da imigração na região foi marcado inicialmente por uma mão-de-obra com baixa qualificação, de reduzido nível escolar que se inseriu produtivamente no setor primário da região. Porém com o passar do tempo dada a modernização da produção rural e a acelerada urbanização regional ocorreu forte queda no volume de absorção de migrantes na região, e a área passou a exigir mais qualificação dos mesmos para se inserirem.
  • 61. 4-) Assim os imigrantes passaram a apresentar melhores níveis educacionais e se inseriram de forma mais consistente nos setores secundário e terciário da economia regional. De modo que a área deixou de ser um local de forte atração de migração passando a ser local de emigração, configurando-se com região de circularidade migratória.