Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Formas e depositos_fluviais_na_gruta_do
1. IV Congresso Nacional de Geomorfologia 2008 – APGeom
Braga, 16 -18 Outubro de 2008
Eixo temático – E
Sessão oral - Resumo
FORMAS E DEPÓSITOS FLUVIAIS NA GRUTA DO SOPRADOR DO CARVALHO
(MACIÇO DE SICÓ - PORTUGAL): UMA PRIMEIRA ABORDAGEM
Lúcio CUNHA1,
Luca António DIMUCCIO2
e Cátia LEAL
3
1
Centro de Estudos Geográficos e Departamento de Ciências da Terra, Universidade de Coimbra (luca@ci.uc.pt).
2
Centro de Estudos Geográficos e Instituto de Estudos Geográficos, Universidade de Coimbra (luciogeo@ci.uc.pt).
3
Centro de Estudos Geográficos, Universidade de Coimbra (catia_sleal@hotmail.com)
Resumo
No sector Oriental do Maciço de Sicó (Portugal central), a cerca de 5 km a Sul da Vila de Penela,
desenvolve-se o maior sistema cársico subterrâneo até agora conhecido no maciço (Sistema do
Dueça). Com cerca de 6 km de desenvolvimento planimétrico já reconhecidos pelos grupos
espeleológicos locais, o sistema conta com um sumidouro (Algar da Várzea), duas exsurgências
temporárias (Gruta do Algarinho e Olhos de Água do Dueça) e duas cavidades de ligação (Soprador
do Carvalho e Brutiais). Deste conjunto de cavidades, a mais extensa e interessante do ponto de
vista espeleogenético é a Gruta do Soprador do Carvalho (Gruta Talismã ou Gruta das Taliscas) com
um desenvolvimento estimado em cera de 4000 m, funcionando hoje em regime vadoso e que
conta com um rio subterrâneo que, além de proporcionar uma espectacularidade inusitada, lhe
confere uma importância geomorfológica e sedimentológica particular.
Uma observação atenta da cavidade permite seguir alguns passos da sua evolução, nomeadamente
da passagem de regime freático para vadoso e, dentro deste último, de algumas fases de
estabilidade, marcadas por verdadeiros terraços fluviais subterrâneos, que podem ser considerados
como testemunhos de diferentes fases espleogenéticas. Por outro lado, o estudo dos sedimentos
fluviais permite, desde já, ter uma ideia da bacia de alimentação do escoamento que, além das
áreas carbonatadas sobra as quais a cavidade se desenvolve (calcários e calcários dolomíticos do
Jurássico inferior e médio) inclui, claramente, as vertentes xistosas e quartziticas do Maciço
Hespérico situadas a Este do sistema (Serra do Espinhal).
Palavras-chave: Sistema Espeleológico do Dueça, Espeleogénese, Terraços fluviais.