O documento descreve como a fotografia se desenvolveu como atividade comercial no século XIX, especialmente durante a Guerra do Paraguai entre 1864-1870. Fotógrafos itinerantes viajaram para a região para registrar retratos de soldados e cenas de guerra, que eram vendidos como cartões de visita. Esses registros fotográficos ajudaram a popularizar a fotografia e documentaram um importante conflito histórico.
O documento descreve a profissão de fotógrafo, incluindo exemplos como fotojornalismo e fotografia publicitária. Também discute as habilidades necessárias como discernimento, respeito pelo objeto fotografado, conhecimento e paciência. Finalmente, fornece detalhes sobre a carreira do fotógrafo de guerra James Nachtwey.
1) O estilista Christian Dior revoluciona a moda pós-guerra com seu estilo "New Look" em 1947, caracterizado por cinturas finas e saias longas.
2) Em 1948, o fotógrafo Erwin Blumenfeld começa a usar as novas câmeras Hasselblad em fotografias de moda, elevando os padrões da indústria.
3) Na década de 1950, a corrida espacial entre EUA e União Soviética inspira um estilo de moda futurista e baseado na ficção cientí
O documento descreve os principais acontecimentos da fotografia de moda no pós-guerra, incluindo o lançamento do estilo "New Look" de Christian Dior em 1947, o uso das primeiras câmeras Hasselblad por Erwin Blumenfeld em 1948 e o lançamento da primeira revista colorida do Reino Unido, The Sunday Times Magazine, em 1962.
Este documento fornece diretrizes sobre etiqueta profissional, incluindo pontualidade, reuniões, cumprimentos, uso de telefone e internet, e-mail, elevador, estacionamento, relacionamentos no trabalho e confraternização. O objetivo é contribuir para uma prestação de serviço de qualidade e uma boa imagem pessoal e profissional.
The document discusses the benefits of exercise for mental health. Regular physical activity can help reduce anxiety and depression and improve mood and cognitive function. Exercise causes chemical changes in the brain that may help protect against mental illness and improve symptoms.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, processador mais rápido e bateria de maior duração. O dispositivo também possui tela maior e armazenamento expansível. O lançamento está programado para o próximo mês com preço inicial sugerido abaixo do modelo anterior.
O documento discute a importância da fotografia para a historiografia, observando que seu uso por historiadores é muito recente e restrito, apesar de admitirem outras fontes documentais. A fotografia pode revelar dimensões visuais da sociedade e da experiência humana que não aparecem em fontes escritas. Historiadores precisam situar fotografias em seu contexto histórico e cultural para entendê-las como fontes para a construção do conhecimento histórico.
O documento descreve a profissão de fotógrafo, incluindo exemplos como fotojornalismo e fotografia publicitária. Também discute as habilidades necessárias como discernimento, respeito pelo objeto fotografado, conhecimento e paciência. Finalmente, fornece detalhes sobre a carreira do fotógrafo de guerra James Nachtwey.
1) O estilista Christian Dior revoluciona a moda pós-guerra com seu estilo "New Look" em 1947, caracterizado por cinturas finas e saias longas.
2) Em 1948, o fotógrafo Erwin Blumenfeld começa a usar as novas câmeras Hasselblad em fotografias de moda, elevando os padrões da indústria.
3) Na década de 1950, a corrida espacial entre EUA e União Soviética inspira um estilo de moda futurista e baseado na ficção cientí
O documento descreve os principais acontecimentos da fotografia de moda no pós-guerra, incluindo o lançamento do estilo "New Look" de Christian Dior em 1947, o uso das primeiras câmeras Hasselblad por Erwin Blumenfeld em 1948 e o lançamento da primeira revista colorida do Reino Unido, The Sunday Times Magazine, em 1962.
Este documento fornece diretrizes sobre etiqueta profissional, incluindo pontualidade, reuniões, cumprimentos, uso de telefone e internet, e-mail, elevador, estacionamento, relacionamentos no trabalho e confraternização. O objetivo é contribuir para uma prestação de serviço de qualidade e uma boa imagem pessoal e profissional.
The document discusses the benefits of exercise for mental health. Regular physical activity can help reduce anxiety and depression and improve mood and cognitive function. Exercise causes chemical changes in the brain that may help protect against mental illness and improve symptoms.
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O documento discute a importância da fotografia para a historiografia, observando que seu uso por historiadores é muito recente e restrito, apesar de admitirem outras fontes documentais. A fotografia pode revelar dimensões visuais da sociedade e da experiência humana que não aparecem em fontes escritas. Historiadores precisam situar fotografias em seu contexto histórico e cultural para entendê-las como fontes para a construção do conhecimento histórico.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui recursos adicionais de inteligência artificial e segurança de dados aprimorados. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
Este artigo discute a ética no fotojornalismo na era digital. Com a facilidade de manipulação de imagens proporcionada pela tecnologia digital, surgiu uma polêmica sobre a manipulação de fotos nos veículos de comunicação. Embora a manipulação não seja nova, a tecnologia digital tornou mais difícil detectá-la. A ética depende do profissional e não da ferramenta utilizada.
1) O documento discute a relação entre história e fotografia, argumentando que fotografias não são meras cópias da realidade e sim elaborações do vivido que refletem visões de mundo.
2) A fotografia surgiu no século XIX como forma de registrar a realidade, mas desde então tem sido usada de diferentes formas pelas ciências e artes e recebido interpretações variadas sobre seu caráter mimético.
3) Para compreender fotografias historicamente, é necessário analisá-las como produtos cultura
Estágios de desenvolvimento do fotojornalismo na internetFantoches de Luz
1) The document discusses the stages of development of photojournalism on the Internet, from its early beginnings using digital cameras and the digitization of photos, to the current era of widespread internet access and user-generated content.
2) It describes how technological advances like digital cameras and the internet have transformed photojournalism by allowing near-instantaneous transmission of photos and user participation.
3) The document analyzes how photojournalism has adapted to the internet by taking advantage of its lack of limitations on space and time for publishing photos.
Este documento apresenta uma introdução a um livro sobre a história crítica do fotojornalismo ocidental. O autor descreve o objetivo de contribuir para preencher uma lacuna no panorama editorial português sobre a história do fotojornalismo. Ele também discute a abordagem de encarar as fotografias jornalísticas como produtos de fatores pessoais, sociais, culturais, ideológicos e tecnológicos, e estrutura a história em torno de "revoluções" que impulsionaram a evolução da ativ
The document discusses the benefits of exercise for mental health. Regular physical activity can help reduce anxiety and depression and improve mood and cognitive functioning. Exercise causes chemical changes in the brain that may help protect against mental illness and improve symptoms.
1) O documento descreve o uso da fotografia na pesquisa em psicologia, identificando quatro funções principais: registro, modelo, feedback e autofotografia.
2) É realizado um levantamento histórico dos estudos que utilizaram fotografia na pesquisa psicológica desde o final do século XIX.
3) Detalha-se particularmente o método autofotográfico, onde os participantes tiram suas próprias fotos para responder uma questão de pesquisa.
The document discusses the benefits of exercise for mental health. Regular physical activity can help reduce anxiety and depression and improve mood and cognitive functioning. Exercise boosts blood flow, releases endorphins, and promotes changes in the brain which help enhance one's emotional well-being and mental clarity.
O documento descreve a exposição comemorativa dos 75 anos do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, destacando:
1) O Cristo Redentor continua sendo um importante símbolo do Rio de Janeiro e do espírito carioca depois de 75 anos.
2) Antes da construção do monumento, o morro do Corcovado parecia vazio, mas hoje o Cristo Redentor se integra perfeitamente à paisagem.
3) Embora tenha sido inaugurado em 1931, o projeto do Cristo Redentor foi idealizado para as comem
A empresa de tecnologia anunciou um novo produto, um smartphone com câmera de alta resolução e bateria de longa duração. O aparelho também possui armazenamento em nuvem e processador rápido. O lançamento está programado para o próximo mês com preço inicial abaixo da média do mercado.
A União Europeia está preocupada com o aumento da desinformação online e propôs novas regras para combater as notícias falsas. As regras exigiriam que as plataformas de mídia social monitorassem conteúdo enganoso e tomassem medidas para reduzir sua disseminação, como adicionar advertências ou removê-lo completamente. No entanto, alguns argumentam que essas regras podem limitar a liberdade de expressão na internet.
Arlindo Machado - A fotografia como expressão do conceitoFantoches de Luz
O documento discute a natureza da fotografia e argumenta que ela deve ser entendida como a expressão de conceitos, e não apenas como um registro indicial. A fotografia traduz teorias científicas em imagens de acordo com as propriedades dos materiais fotográficos. Experiências com diferentes filmes mostram que as cores fotografadas são interpretadas e padronizadas, não sendo índices das cores reais.
1) O documento discute a importância da fotografia jornalística na mídia impressa como forma de representação visual e construção de sentido.
2) Ele explora aspectos e características da linguagem fotojornalística e sua inserção no contexto midiático e social.
3) O texto argumenta que as fotografias nos jornais funcionam como uma ponte entre os acontecimentos e os leitores, permitindo a estes imaginarem os cenários e ações retratadas.
La Unión Europea ha acordado un paquete de sanciones contra Rusia por su invasión de Ucrania. Las sanciones incluyen restricciones a las transacciones con bancos rusos clave y la prohibición de la venta de aviones y equipos a Rusia. Los líderes de la UE esperan que las sanciones aumenten la presión económica sobre Rusia y la disuadan de continuar su agresión contra Ucrania.
Um novo livro questiona a localização e autenticidade da famosa foto "A morte de um miliciano" de Robert Capa da Guerra Civil Espanhola. O autor conclui que a foto foi tirada em Espejo, Córdoba, a 56km da frente de batalha, sugerindo que seja encenada. Especialistas consideram as novas evidências convincentes, mas ainda acreditam ser genuína devido à falta de provas conclusivas. A verdade por trás da foto continua obscura.
Diálogos e Conflitos entre fotografia artistica e fotojornalismoFantoches de Luz
1) O documento discute a relação entre fotografia artística e fotojornalismo, propondo que uma abordagem artística pode renovar a linguagem fotojornalística sem estetizar a tragédia.
2) A fotografia "Natureza Morta" registra peixes mortos em uma praia de Santa Catarina, ilustrando um texto sobre poluição marinha. Sua abordagem chocante visa denunciar o problema.
3) O trabalho defende que a união da fotografia artística com a
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui recursos adicionais de inteligência artificial e segurança de dados aprimorados. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
Este artigo discute a ética no fotojornalismo na era digital. Com a facilidade de manipulação de imagens proporcionada pela tecnologia digital, surgiu uma polêmica sobre a manipulação de fotos nos veículos de comunicação. Embora a manipulação não seja nova, a tecnologia digital tornou mais difícil detectá-la. A ética depende do profissional e não da ferramenta utilizada.
1) O documento discute a relação entre história e fotografia, argumentando que fotografias não são meras cópias da realidade e sim elaborações do vivido que refletem visões de mundo.
2) A fotografia surgiu no século XIX como forma de registrar a realidade, mas desde então tem sido usada de diferentes formas pelas ciências e artes e recebido interpretações variadas sobre seu caráter mimético.
3) Para compreender fotografias historicamente, é necessário analisá-las como produtos cultura
Estágios de desenvolvimento do fotojornalismo na internetFantoches de Luz
1) The document discusses the stages of development of photojournalism on the Internet, from its early beginnings using digital cameras and the digitization of photos, to the current era of widespread internet access and user-generated content.
2) It describes how technological advances like digital cameras and the internet have transformed photojournalism by allowing near-instantaneous transmission of photos and user participation.
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1) O documento descreve o uso da fotografia na pesquisa em psicologia, identificando quatro funções principais: registro, modelo, feedback e autofotografia.
2) É realizado um levantamento histórico dos estudos que utilizaram fotografia na pesquisa psicológica desde o final do século XIX.
3) Detalha-se particularmente o método autofotográfico, onde os participantes tiram suas próprias fotos para responder uma questão de pesquisa.
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3) Embora tenha sido inaugurado em 1931, o projeto do Cristo Redentor foi idealizado para as comem
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1) O documento discute a importância da fotografia jornalística na mídia impressa como forma de representação visual e construção de sentido.
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1) O documento discute a relação entre fotografia artística e fotojornalismo, propondo que uma abordagem artística pode renovar a linguagem fotojornalística sem estetizar a tragédia.
2) A fotografia "Natureza Morta" registra peixes mortos em uma praia de Santa Catarina, ilustrando um texto sobre poluição marinha. Sua abordagem chocante visa denunciar o problema.
3) O trabalho defende que a união da fotografia artística com a
LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
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Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Entre retratos e cadáveres - A fotografia na guerra do Paraguai
1. 283
Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 19, nº 38, p. 283-310. 1999
Entre retratos e cadáveres: a
fotografia na Guerra do Paraguai
AndréAmaraldeToral
Doutor em História Social pela FFLCH – USP
RESUMO
Oregistrofotográficodaguerrado
ParaguaicontraaTrípliceAliança
(1864-1870)foi,emtermosgerais,
umacontinuidadedotipodefoto-
grafiaquesefazianaépoca.Mas
foi, também, mais do que isso. A
cobertura in loco e a força do as-
suntotrouxerammaneirasinova-
dorasdeserepresentaroconflito,
oquecolaborouparaaconstitui-
çãodeumalinguagemfotográfica
comcaracterísticasprópriasemre-
laçãoàpinturaougravuradoperí-
ododedicadasàguerra.
Palavras-chave:GuerradaTríplice
Aliança;GuerradoParaguai;Fotogra-
fiadoséculoXIX;Foto-jornalismo.
ABSTRACT
Photographic registers of the
Triple Alliance War (1864-1870),
whichinvolvedBrazil,Argentina
and Uruguay against Paraguay,
were, in a general sense, part of
the same genre of commercial
photographyfromtheperiod.But
it were, also, more than this. The
work at the field, among armies
and corpses, brought new man-
nersofseeingthewaranddevelo-
ped the photography as autono-
mousvisuallanguage,withmany
differencescomparingwithpaint-
ingorengraving.
Keywords: Triple Alliance War;
Paraguay’sWar;XIXcenturypho-
tography;Photo-journalism.
A TRANSCENDÊNCIA AO ALCANCE DE TODOS
Apartirdainvençãododaguerreótipoem1839,impressãoda
imagememmetal,afotografiadeixoudeserapenasexperimenta-
çãoetornou-seatividadeprofissional.Jáapartirde1842,daguerreo-
tipistasnorte-americanosanunciavamseusserviçosnoBrasil;em
1847,oAlmanaqueLaemmertanuncioutrêsoficinasespecializadas
noRiodeJaneiro1
.
Odaguerreótipo,quesópermitiaumoriginalmontadocomo
jóiaemestojosespeciais,teve,noentanto,circulaçãorestrita.A
2. 284
técnica que permitiu a expansão da fotografia nas décadas de
1860 e 1870 foi a “dobradinha”, negativo de colódio úmido e
cópiasobrepapelalbuminado2
.Aelaboraçãodeumnegativoà
basedecolódiosobrechapasdevidrooumetaleapossibilidade
deproduçãodemúltiplasampliaçõessobrepapelagilizouapro-
duçãoereproduçãoderegistrosfotográficos,possibilitandoum
rentávelaproveitamentocomercial.
A reprodução de sua própria imagem, antes privilégio dos
quepodiamfazer-seretratarporumartista,amplia-separaum
públicomaisamplo.Apartirde1854,popularizam-sepequenos
retratos, chamados carte-de-visitepor terem o tamanho de um
cartãodevisita.Eramdestinadosaseremoferecidosaamigose
parentes com indefectíveis dedicatórias escritas no verso onde
apareciacomoprovadeamizade,despedida,saudaçãoousimples-
menteparamarcarumcompromisso.
O costume, comum nos dias de hoje, de se trocar retratos
compessoassignificativas,oudecolecioná-los,umavezquenão
haviapublicaçãodefotografias,formou-seexplosivamenteentre
1850 e 1870. A descoberta da disponibilidade da própria ima-
gem,paraumpúblicoquenuncatinhatidoacessoaumretrato,
eraumacoisaquasemágica,queiaalémdaquiloqueseconsidera-
vapossível.Porintermédiodafotografia,cadafamíliatinhapossibi-
lidade de construir uma crônica de si mesma, “coleção portátil
deimagensquetestemunhasuacoesão”3
.
BorisKossoyafirmaque“oretratoapresentadodessaforma
tornou-seamodamaispopularqueafotografiaassistiuemtodo
oséculopassado”.Seuamploconsumotrariaapadronizaçãodo
produtofotográficoedeseuconteúdo,estereotipandocenários
eposesdosretratados4
.
A troca de cartões e o problema de como acondicioná-los
dariainícioaosálbunsdefotografias,destinadosaostemasmais
diversoscomofamília,amigos,autoridadesepersonalidades,pai-
sagens,tiposhumanospitorescos,guerra,eróticoetc.
Comoresultadodapopularidadedoscarte-de-visite,multi-
plicavam-seosestúdiosnamaioriadascapitaiseuropéiase,princi-
palmente,nosEstadosUnidos.Paraseterumaidéiadarapidezdo
processo,nesseúltimopaís,ototaldefotógrafospassade938em
3. 285
1851 para 7.558 em 1870. Em Londres, os 66 fotógrafos de 1855
aumentarampara284em1866.EmParis,em1861,33milpessoas
viviamdaproduçãodefotografias5
.Chegandoaumtalgraude
desenvolvimentodomercadoprodutordefotografias,eradese
esperarquepelomenosumapartedessegrandenúmerodeprofis-
sionaissevoltasseàexploraçãodemercadosaindanãosaturados.
TodasascapitaisdospaísesenvolvidosnaguerradoParaguai,
eboapartedesuasprovíncias,receberamavisitadessesprofissio-
nais itinerantes vindos da Europa e dos Estados Unidos, que se
anunciavampelaimprensaepartiamdepoisde“fazerapraça”.
Aomesmotempoqueexecutavamseusretratos,procuravamregis-
trarcostumesoulugares,paraaproveitamentofuturo,comoma-
terial de gênero pitoresco, vendidas em álbuns ou foto por foto,
no seu retorno aos seus países de origem.
O Rio de Janeiro, embora em parâmetros mais modestos,
tambémexperimentouumcrescimentonoseunúmerodefotógra-
fos: 11 em 1857 e 30 em 18646
.Em1869,oprimeirocensonacio-
naldaArgentinaregistrou190fotógrafosnopaís,130dosquais
concentradosemBuenosAires7
.Montevideo,quelucravacomos
fornecimentosparaaguerra,tambématraiuumbomnúmerode
fotógrafosentre1863e1870.OParaguai,maisisolado,recebeu,
entre 1846 e 1870, cerca de sete fotógrafos itinerantes: norte-
americanos,franceses,italianoseingleses.Apenasumdeles,Pedro
Bernadet, ao que se sabe, chegou a estabelecer estúdio em
Asunción, entre 1865 e 708
.
DosmuitosestúdiosatuantesnoBrasilnasegundametade
doséculopassado,valedestacar,utilizando-seoslevantamentos
deBórisKossoy,emSãoPaulo,odeMilitãoAugustodeAzevedo,
Renouleau,CarlosHoenen;noRio,capitaldafotografianoImpé-
rio,osdeJoséFerreiraGuimarães,JoaquimInsleyPacheco,Car-
neiro&Gaspar,AlbertoHenschel&Cia.;emSalvador,Lindemann,
Wilhelm Gaensly, João Goston; no Recife, Augusto Stahl, João
FerreiraVillela,Labadie;emPortoAlegre,LuizTerragno,Virgílio
Calegari,entreoutros9
.
Movendo-se entre as capitais de províncias do Brasil e da
Argentina,essesfotógrafos,cujotrabalhoemboapartepermane-
ceanônimo,produziramconsiderávelquantidadederetratosde
4. 286
autoridades,tiposhumanosutilizadosparafotografiasdegênero
pitoresco(muitopróximasdaspinturasedesenhosdemesmogê-
nero) como índios e negros, soldados e principalmente de ho-
mensemulheresdeclassesmédiasurbanas.NaArgentina,noUru-
guaienoBrasil,osestúdiosencontravam-se,emsuamaioria,nas
mãosdeestrangeiros,principalmentenorte-americanos,alemães,
portuguesesefranceses.
Além dos retratos, no mundo inteiro, um outro gênero de
fotografiasdepaisagensurbanasedanatureza,panoramas,tipose
lugarespitorescos,vendidasunitariamenteouemtiragensmonta-
dascomoálbunstambémtiveramgrandeaceitação.Seuformato
podiaserodecarte-de-visiteouocabinetsize,umpoucomaior.
Afotografiadesenvolveu-secomoatividadecomercialparticu-
lar, sendo muito poucos os casos em que foi subvencionada por
governantes.Oúnicotrabalhoquerecebeuapoiooficial,embora
nenhumasubvenção,foinoUruguai,ondeumafirmanorte-ame-
ricanateveapoioparadocumentaçãodaguerradoParaguai.
Surpreendentemente, mesmo no Brasil, onde o imperador
erafotógrafoamadorecolecionador,afotografiarecebeupouco
apoiooficial.D.PedroIIconheciaostrabalhosdosprofissionais
mais renomados estabelecidos no Rio de Janeiro ou que visita-
vam a cidade. Fez-se retratar por boa parte deles. Concedeu o
título “fotógrafo da Casa Imperial” a mais de duas dezenas de
fotógrafosentre1851e188910
.Todasuacoleçãoparticular,inti-
tulada Coleção Teresa Cristina, com mais de vinte mil fotos, foi
doada,apósaproclamaçãodaRepúblicaeoexílio,àBiblioteca
NacionaleaoMuseuNacionalprincipalmente.
Fala-se muito no “mecenato” do Imperador11
mas, além de
colecionador e entusiasta conhece-se apenas um fotógrafo que
D. Pedro II teria apoiado efetivamente como “mecenas”. Entre
1857 e 1862, gastou cerca de 12 contos e 27 mil réis por um
trabalhodeVictorFrond,umfrancêsquetinhaoprojetodefoto-
grafar os “cantos mais longínquos do Império”. Até hoje, não se
conhecenenhumoriginaldotrabalho,apenasaslitografiasfeitas
apartirdasfotosqueseencontramnoálbum“BrasilPittoresco”,
impressoemParis.
5. 287
O CARTE-DE-VISITE VAI À GUERRA
Énessequadrodecrescimentodaimportânciacomercialda
fotografiaquesedeveserbuscarasorigensdotipodecobertura
dadaàguerradoParaguai.Comosededuzfacilmente,amaior
partedadocumentaçãofotográficadaguerraérepresentadape-
losmilharesdecarte-de-visitedesoldadosageneraisfeitosentre
1864e1870.Asmelhorescoleçõesdematerialfotográficosobre
aguerrasãoosálbuns,formadosdecarte-de-visitededicadosao
tema,quesesalvaramnotempo.
Denovembrode1864atéofinaldoanoseguinte,asdeclara-
ções de guerra do Paraguai, seguidas de invasões ao Brasil e à
Argentina,causaramumaondadeindignaçãonaopiniãopública
dessesdoispaíses.Exigia-seumarespostamilitar.MitreeD.Pedro
IIexperimentaramumefêmeromomentodegrandepopularida-
de, como defensores de seus respectivos países, ameaçados por
umataque“traiçoeiro”,emboraperfeitamenteesperado.
Osfotógrafosaproveitavamesseclimadepatriotismoinicial
que imperava nas capitais dos países que formariam a Tríplice
Aliança.Empraticamentetodasascidadeshaviamuitaprocura
deretratosdossoldadosquepartiamparaaguerraouquejáse
encontravamemcampanha.
Diversos estúdios ofereciam retratos dos governantes que
formavamaAliança,oucarte-de-visitedepersonagenspolíticos
oucomandantesmilitares,vendidosseparadamente.Nosjornais
doBrasiledaArgentina,anunciavam-sedescontosespeciaispara
retratosdesoldados.
Esse clima contagiou até o severo D. Pedro II que, como
muitosoutrossoldados,fez-seretrataremtrajesmilitares,“unifor-
me de gala e traje de campanha”, em dois carte-de-visite feitos
porLuizTerragno,em1865,provavelmenteemPortoAlegre.Pro-
curandodaroexemplocomo“primeirovoluntáriodapátria”,o
imperador brasileiro tentava se identificar com o cotidiano de
soldados e oficiais, ao menos nos seus sinais exteriores, como
vestiruniformeetirarfotografias.
Aguerra,evidentemente,eraumgrandenegócioparaosfotó-
grafos.Enaquelemomento,eraamelhorcoisaaparecidadesdea
invenção do carte-de-visite.Oconflitoinaugurou umacompeti-
6. 288
çãoferoz12
entre os fotógrafos que disputavam o enorme merca-
do, representado pelos milhares de soldados. Durante todo o
períododemobilizaçãodetropas,essesprofissionaisfizeramex-
celentes negócios, fotografando os jovens soldados em seus fla-
mantesuniformes.
Aquantidadedecarte-de-visiteretratandomilitaresnomun-
dointeiro,apartirde1860,foitãograndequechegouamarcar,
segundoalgunsautores,osurgimentodafotografiamilitar.Nes-
seaspecto,aguerradoParaguaifoiamaisfotografadadaAméri-
ca,deformasimilaràguerradaSecessãonosEstadosUnidos13
.
Aguerra,deresto,jáserviacomotemaàfotografiahábastante
tempo. A produção de retratos e de paisagens, cenas do front e
outrostemasmilitaresiniciou-seprovavelmentecomosdaguer-
reótipos sobre a guerra entre México e Estados Unidos (1846-
48),prosseguindodepoiscomasguerrasSikh(1848-49)naÍndia
inglesa,guerradaBirmânia(1852),guerradaCriméia(1854-56),
ondeInglaterra,FrançaeTurquialutaramcontraaRússia,rebelião
dosCipaiosouIndianMutinynaÍndiainglesa(1857-59)efinal-
mente,aguerracivilnorte-americana(1860-65)14
.Corresponden-
tesfotográficosdoTheTimesedoIllustratedLondonNewsacom-
panharaminlocoasoperaçõesmilitaresdaguerradaCriméia,que
teveamaiorquantidadedeimagens.Osretratos,dadaaimpossibi-
lidadetécnicadeseremreproduzidospelaimprensanaépoca,eram
copiadosatravésdelitografiasepublicados.
Ointeressenaproduçãoedivulgaçãodematerialsobreguer-
ra,emgeral,foidescobertopelosfotógrafosepelaimprensailus-
tradanoBrasilemfunçãodoconflitocomoParaguai.Terminadaa
guerra,osjornaiscomeçaram,imediatamente,adivulgarimagens
sobreoconflitofranco-prussianoqueentãoseiniciava.Emtermos
deimagens,comoseverámelhornapartededicadaàimprensa
ilustrada,havianecessidadedeumaguerra,qualqueruma.
OregistrodaguerradoParaguaifoidepequenointeressepara
oswarcorresponsalseuropeusenorte-americanos.Apenasuma
firmanorte-americanasediadaemMontevideomandoucorres-
pondentespararegistraraguerra,enãosóparatirarretratoscomo
todososoutrosfotografosquefizeramacampanhadoParaguai.
Issonãoquerdizerquenãohaviainteresseemimagensdoconfli-
7. 289
tonaEuropa.Aocontrário.Revistasfrancesas,comoL’Illustration,
TourdeMonde,entreoutras,reproduziramemlitografias,entre
1864e1870,abundantematerialapartirdefotossobreaguerra.A
imprensainglesaenorte-americanapublicava,desigualeespora-
dicamente,litografiasfeitassobrefotos.
EM TENDAS E BARRACOS: OS FOTÓGRAFOS NO “TEATRO DE OPERAÇÕES”
Osfotógrafosseguiramosexércitosaliadospelosseisanosque
durouoconflito,de1864e1870,noBrasil,naArgentinaeinterior
doParaguai.Durantetodoessetempo,fotógrafosqueestiveramno
“teatrodeoperações”militaresatuaramapartirdeUruguaiana,
CorrienteseRosário,nafaseinicialdaguerra;depois,noextremo
suldoterritórioparaguaio,Tuiuti,PasodaPátriaeTuiu-cuê,acampan-
dojuntoaosexércitosaliados;estiveramemHumaitásitiadaeocupa-
dae,finalmente,emAsunciónnaúltimafase.
Devidoàitinerânciadosfotógrafoseàsdificuldadesdere-
gistrodesuaspassagens,nuncasesaberáaocertoquantosequais
profissionaisestiveramnaguerradoParaguai.Aidentificaçãodo
materialquechegouaosnossosdiastambéméproblemática.Uma
boapartedos carte-de-visitepermanececomautoriaanônima.
Autoresdosmaisconhecidos,comoEstebanGarciaesuaequipe
enviadosporBate&Cia.,têmdiversasatribuiçõesduvidosas.
Enquantoaguerradesenrolou-senoRioGrandedoSul,até
arendiçãodacolunainvasoradeEstigarríbiaemUruguaiana,em
setembrode1865,muitosfotógrafosgaúchoseuruguaiosforam
favorecidos pela proximidade com o front. É o caso, entre ou-
tros,deLuizTerragnoqueretratouoimperadoremPortoAlegre;
e, em Montevideo, de Saturnino Masoni, que editou uma série
de cópias com a imagem do Gal. Venancio Flores, presidente e
comandantedoexércitouruguaio.
Montevideo,comoportodepassagem,recebeumilharesde
soldadosdaAliançadurantetodaaguerra.OsestúdiosdeDesiderio
Jouant,Chutte&BrookseBate&Ciarealizaramcentenasderetra-
tos15
.Alémdisso,forammencionadosoutrosprofissionaisquetra-
balharamcomoretratistasnacapitalorientalduranteaguerra,como
Alfredo Vigouroux, Anselmo Fleurquin, Enrique Schikendantz,
MartínezyBidart,GeorgeBateeJuanWanderWeyde.
8. 290
Osfotógrafosargentinos,ouqueapartirdaArgentinafaziam
seusnegócios,tambémforamfavorecidospelaproximidadecom
seusestúdiosnaprimeirafasedaguerra.Éocaso,dentreoutros,
emRosário,doalemãoJorgeEnriqueAlfed,eemCorrientes,de
PedroBernadet16
.
DepoisdarendiçãodacolunadeEstigarríbia,algunsprisionei-
rosparaguaiosforamlevadosaPortoAlegreefotografadospela
iniciativa de um oficial brasileiro, cujo nome se perdeu. O fotó-
grafotambémédesconhecido.Umadasfotostrazalegenda:“Sol-
dadoparaguaioAntonioGomes,prisioneiroemUruguaiana.Tem
21anosdeidade.NaturaldaviladeJaguarão,noParaguai.Man-
dei tirar este retrato em Porto Alegre, em 27 de abril de 1867”.
Comoarendiçãoparaguaiaocorreuem18desetembrode1865,
este e os outros que compõem uma série de aproximadamente
seisretratosdeprisioneiros,atualmentenaBibliotecaNacional
noRiodeJaneiro,esperaramsetemesesparaseremfeitos.
Oretratodeprisioneirosparaguaiosparecetersetornado
práticacomumentreosretratistasqueatuaramaoladodastro-
pasdaaliança.Diversosprofissionais,todosanônimos,retrata-
vamoficiaisesoldadosparaguaios,vendendoasfotosemforma-
to carte-de-visite.
ApósaderrotadosaliadosemCurupaití,emsetembrode1866,
aguerrasofreuumaparada,emqueosaliadostrocaramseusco-
mandantesereorganizaramseuexército.Asoperaçõesmilitares
decisivassóseriamretomadasapartirdesetembrode1867.Esse
período,emqueosaliadospermaneceramestacionadosemTuiutí,
representouumaverdadeirabençãoparaosfotógrafos:erammi-
lharesdepotenciaisclientesacantonados.Foigrandeaprodução
nesseperíodo.Centenasdecarte-de-visite retratamossoldados
aliados,comoacampamentocomofundo.Ocotidianodogrande
exércitoimobilizadofoiregistradopordiversosfotógrafosanôni-
mos:aruadocomércio,umaprocissãonoacampamento,aguar-
dadogeneralCaxias,soldadosaoredordofogoetc.
Outrasfotos,comoaquelevaalegenda“officiaesbrasileiros,
devoltadeumadescoberta”,apesardeevidentementearranjadas,
sãoumatentativadesechegarpertodaaçãonofront,aoretratar
homensqueretornamdeumapatrulhajuntoàslinhasinimigas.
9. 291
Após a conquista de Humaitá, em julho de 1868, a guerra
mudouseu curso:umasériedevitóriasaliadasfoi oprenúncio
dofimdoconflito.CarlosCesar,fotógrafodoRiodeJaneiro,esteve
emHumaitáocupadanesseano,fazendoretratosdeexteriore
interiordaigrejadestruídanaantigafortalezaparaguaiaenoacam-
pamentobrasileiroemTuiu-cuê,fotografandooficiaisbrasileiros
emsuasbarracaseranchos.
Ascriançasparaguaias,quedisfarçadasdesoldadoscombar-
bapostiçaeriflesdemadeiralutaramnaúltimafasedaguerra,
também foram retratadas. No Museu Histórico de Buenos Aires
conservam-seasduasfotografiasemformatocarte-de-visiteque
mostramcorposlaceradosdemeninos,aoquetudoindicainfan-
tessobreviventesdasbatalhasdeLomasValentinaseAcostañu.
Cuarterolo afirmaquesetratadoúnicoexemploque sobrevive
dousodaimagemcomo“instrumentopolítico”duranteaguerra
doParaguai17
.Issodevidoaoempregoquefoidadoaosretratos,
utilizados como “prova” de que o regime de López não tinha o
menorescrúpuloemsacrificarqualquerhabitantedoParaguai
parasemanternopoder.
Nofinal,numaAsunciónocupada,apareceuuminglêsradica-
doemMontevideo,JohnFitzpatrick,querealizoufotografiasda
cidade,dosprisioneirosetc.Numerosasvistasdacidadeforam
tambémproduzidasporfotógrafosanônimos,mostrandoaesta-
çãodetrens,acatedraletc.
Apartirde1869eaté1870,apareceumasériedefotostoma-
dasnoParaguai,deautoriaanônima,quemostravaopaísderrota-
do e os sinais do afastamento de López do poder: o palácio de
Lópezocupadopelainfantariabrasileiraecomumatorreamenos,
efeitodosbombardeiosdaesquadraimperial,apropriedaderural
demadameLynchemPatiño-Cuecercadadetendasdoexército
brasileiro,festasecomemoraçõesdemilitares,trincheirasaliadas
etropasbrasileirasemmanobraspróximasàcapitalparaguaia.
OfrancêsPedroBernadet,quetambémtrabalhouemCorrientes,
realizou,emAsunción,umasériedefotosdomarechalLópez,de
seufilhoPanchito,demadameLyncheoutrospersonagensentre
1865e187018
.UmaconhecidafotodeFranciscoLópez,taciturno,
poucotempoantesdesuamorte,tambémfoidesuaautoria.
10. 292
ESTEBAN GARCIA: FOTÓGRAFO DE BATE & CIA.
AdocumentaçãofotográficadaguerradoParaguai,apesardo
volumederetratosproduzidos,ficoumarcadapelainiciativado
estúdioefirmaBate&Cia.deMontevideo,quemandouEsteban
Garcia,umtécnicouruguaio,paraproduzirumasériedefotografias
sobreoconflitoentreabrilesetembrode1866.
ChegadosaoPrataem1859,osnorte-americanosBateestabe-
leceram-se como fotógrafos em Montevideo em junho de 1861.
O estúdio era de propriedade de George Thomas Bate e seu ir-
mão,doqualnãoseconheceoprenome.Aempresatinhasucur-
saisemLondreseemLaHavana,aoquetudoindicaacargodo
irmãodeGeorgeBate,queretornouàInglaterraem186119
.
No final de 1864 e início do ano seguinte, os fotógrafos de
Bate&Cia.registraramobombardeiodePaisandu,cidadeuru-
guaiaqueresistiaàsforçasdeFlores,apoiadoporbrasileirose
argentinos.Seisimagensforameditadascomotítulo“Paysandú,
2 de enero de 1865” e postas à venda. O “Álbum de Paysandú”,
noArquivoHistóricodelaArmadaArgentina,trazestasfotografi-
aseoutrasreferentesaoepisódio20
.
Alémdessaexperiência,certamenteosirmãosBateconheci-
amotrabalhodosfotógrafosbritânicosnaguerradaCriméiae
deMathewBradyesuaequipenaguerradeSecessão.Em1865,
Wander Weyde passou a ser o proprietário de Bate & Cia., que
continuoumantendoonomedosantigosproprietários.
FoiWanderWeyde,umquímicobelga,quemrealizouasges-
tõesjuntoaogovernouruguaioparaobtençãodesalvo-conduto
a fim de que seus fotógrafos pudessem presenciar as operações
dosudesteparaguaio.Apesardenãotercaráteroficial,aexpedi-
çãocontoucomauxíliodetransportedasautoridades,obtendo,
inclusive,aexclusividadedecomercializaçãodasfotosatéseis
mesesdepoisdefinalizadaaguerra.
Emboraaempresafosse,naépoca,propriedadedeWeyde,foi
inegávelaparticipaçãodosBatenoprojetodefazerumregistroda
guerra.EstebanGarcia,omaishábilprofissionaldafirma,chefiava
ostrabalhos,realizadosentremaioesetembrode1866,dezesseis
mesesdepoisdePaisandu21
.Naverdade,operíodoemqueGarcia
estevenaguerraéalgonebuloso.Diversasfotografiasquelhefo-
11. 293
ramatribuídastêmdatasposterioresaesseperíodo.Éocasoda
foto que registra a saída do comboio do Marquês de Caxias de
Tuiu-cuê,ondeosaliadossóchegariamemjulhode1867.
Garciadeixouregistradaacruezadavidadetrincheira:ossol-
dadoseoficiaisuruguaios,brasileiroseargentinos,hospitaise
missas,prisioneirosparaguaios,bateriasdeartilharia,ofrontcom
aslinhasinimigasaofundo,cadáveresparaguaiosabandonados
etc.ValemençãoespecialumafotodaLegiãoparaguaia,formada
porFloreseintegradaporparaguaiosadversáriosdeLópez.
Também dedicou atenção especial às paisagens que servi-
ram de palco para os combates, como as ruínas da tomada de
Itapiru(18deabrilde1866)oudabatalhadoSauce,ouBoqueirão
(18 de julho de 1866).
Garciaconseguiutambémoprimeiro“instantâneo”daguer-
ra,aoretratarocoroneluruguaioLeónPallejanoexatoinstante
que,feridomortalmentenabatalhadoBoqueirão,foilevadonuma
macaparaaretaguarda.Soldadosnegrosdobatalhãouruguaio
Floridaapresentamarmasaorespeitadooficial,umdosmelho-
rescronistasdaprimeirafasedaguerra.
Mas a foto mais impressionante do conjunto, e de toda a
guerratalvez,éaqueseintitula“montóndecadáveresparaguayos”
equeretratouprecisamentecorposressecadosdesoldadosmal
cobertosporpanos,provavelmentevítimasinsepultasdoscomba-
tes de 24 de maio de 1866. Esta foto e a que mostra as crianças
paraguaias sobreviventes dos combates de Lomas Valentinas e
Acosta-ñu, de autoria desconhecida, são, sem dúvida, os regis-
trosfotográficosmaisdramáticosdaviolênciadaguerra.
Garciatrabalhavacomgrandesnegativosdecolódioúmido
sobreplacadevidrode20por14cm,emprecárioslaboratórios
montadosemtendasdecampanha.Acampavajuntoàstropasuru-
guaias.Aocontráriodeseuscolegas,nãoparecetertiradoretratos
desoldados,dedicando-seexclusivamenteàs“vistasdaguerra”.
Nofinalde1866,aprimeirasériededezfotografiasfoiposta
àvenda,emcópiasnotamanhooriginaldonegativo.Aoquetudo
indica, o empreendimento não teve muito êxito. Depois de
Curupaiti (22 de setembro de 1866) e da morte de milhares de
jovensnastrincheirasparaguaias,“aguerraseconverteuemum
12. 294
assuntoimpopularparaasociedaderioplatense”22
.Seasfotosnão
venderamcomooesperado,pelomenospareceteremsidorepro-
duzidasemvolumeconsiderável,inclusiveemformatocarte-de-
visite,atémuitotempodepoisdavendadoestúdio.
Rarascoleçõesparticularesdaépocanãotrazempelomenos
uma das fotos tiradas por Bate & Cia. As coleções pessoais de
Mitre e de D. D. Pedro II, por exemplo, não são exceções. A últi-
mapossuioálbum“LaguerracontraelParaguay.Bate&Cia.W,
Montevideo”, com 12 fotos.
Em fevereiro de 1867, Weyde anunciou a venda do estúdio.
O novo proprietário, de posse dos negativos do Paraguai e
Paisandu,anunciouumanovacoleçãode21vistasdaguerra.Os
atoresmudavam,osnegóciosprosseguem.
O FOTÓGRAFO NO ACAMPAMENTO
Anovidadeparaosfotógrafositinerantesenvolvidosnacober-
turadaguerra,era,digamos,asituaçãodecampo.Acostumados
àscondiçõesdevidaemcidades,tiveramquesetransportareao
seuequipamentoemcarrosdeboipormilharesdequilômetros
atéosacampamentosdastropas,ondeseacomodavamcomopo-
diamemtendasouemdesmanteladosbarracosdepalha,meio
cobertosporlonas.Umalitografia,feitasobrefotografia,epubli-
cada na Vida Fluminense em 1866, dá uma imagem das duras
condiçõesdevidadosfotógrafosnopobreranchodescritocomo
“EstabelecimentodeErdmann&Catermole”,nailhaSerrito.
Osprofissionaisdoscarte-de-visiteestabeleciam-sepróximos
às“ruasdoComércio”,existentenosacampamentosdastropasda
Aliançadurantequasetodaaguerra.Recebiamaclientelaemseus
precáriosestúdiosouindoatésuastendasebarracas.Àsfotosfei-
tasemestúdio,comcortinascomdesenhos geométricosgregas,
colunasebalaustradasgreco-romanas,agorasesomavamaquelas
feitascomfundonaturaledeinspiraçãoguerreira:tendas,foguei-
ras,sarilhos,espadaspenduradas,enfim,oacampamentoesuas
rústicascondições.Outrosfotógrafos,comoosenviadosporBate
& Cia. de Montevideo em 1866, montaram sua tenda em pleno
acampamentodetropasemTuiuti,juntoaumpostodeobserva-
çãoelevado,mangrullo.
14. 296
Astentativas,aindaquehojenospareçamprecárias,desecap-
tar a ação nas linhas de combate são significativas. As fotos de
“officiaesbrasileiros,devoltadeumadescoberta”,deumoficial
argentino,pretensamenteemcombateearmadodesabreerevól-
ver,ouoretratodamortedocoronelPallejasãotentativasdefazer
oregistrofotográficoganharagilidade,escapandodaprevisibilidade
eimobilidadedoestúdio.
Osfotógrafosabandonaramumacertarigideznacomposição
dasfotosemambientesfechadosepassaram,dadasascondições,a
fazerretratosemcampoaberto,emmeioatendas,bateriasdeca-
nhões,cadáveres,barracasesoldados.Muitasfotos,infelizmente
anônimas,fizeramdocotidianodoacampamentoguerreirooseu
fundo. Temos fotos que, ao contrário do que era feito na época,
cultivavamumarealidadesemretoques,comospersonagensem
situaçõesapresentadascomoespontâneas,nãoemposesrígidas.
Paraafotografiadaépoca,cujoenquadramentoecomposi-
çãoeramregidospelalógicadecomposiçãodapinturaacadêmi-
ca,aquiloeraumamudança.Nãoeraumaalteraçãonopanora-
mainternacionaldafotografia,umavezquetrabalhoscomoode
MathewBradysobreaguerracivilnorte-americanajátraziammui-
tasdessas“novidades”.Eraumainovação,noentanto,notipode
fotografiaquesefazianoconesulnasdécadasde1850e60.
Emtermosformais,aguerradoParaguaiarejouascomposi-
çõesdasfotosmasoassuntotornou-asmaispesadas,mais“históri-
cas”.Dequalquerforma,osprofissionaisenvolvidos,pelascondi-
çõesepeloassunto,foramforçadosaadotarsoluçõesoriginais
paraumasituaçãonova,queamaioriadelesnuncahaviafotografa-
do: retratar civis em trajes domingueiros num estúdio era bem
diferentederetratarsoldadosnocampodebatalha.
Asparticularidadesdoacompanhamentodaguerrafaziam
osfotógrafos,principalmenteosqueatuavampróximosaofront,
arepensaremalgunsdosfundamentosdoofício:comotrabalhar
comoinstávelcolódionocaloreumidade,comofazeracomposi-
çãodasfotosforadoestúdio,comofazerretratos“naturais”de
soldados e paisagens, como fotografar novas poses e assuntos
pedidos pelos próprios soldados etc.
15. 297
Mesmoossimplesretratosganhavamdramaticidade.Muitos
dosretratados,amaioriaoficiaisquepodiampagarparaterem
suaimagemimortalizada,morriampoucotempodepoisemcom-
bate ou por doenças. A imprensa ilustrada, principalmente no
BrasilemenosnaArgentinaenoUruguai,reproduzialitografias
dosbravosquemorriambaseadosemcópiasdecarte-de-visite.
Os heróis agora tinham um rosto e os mortos deixavam de ser
anônimos.Aindividualizaçãodasvítimasdaguerrafaziaseuscus-
toshumanospareceremmaiores.
Afotoganhavaimportância,enfim,comoúltimaimagemdos
muitosquenãovoltaram.Oscarte-de-visitetransformaram-seem
testemunhos de que aquelas pessoas, tão comuns, conviveram,
no entanto, com algo extraordinário. Seu valor como objeto de
afetoedocumentohistóricomuda,secomparadoaosrealizados
em tempo de paz.
Osretratostransformaram-seemalgonovo.Asfotosdeprisio-
neirosparaguaios,feitasemPortoAlegreemencionadasatrás,são
umexemplodisso.Avisãodo“inimigo”,subitamentetransforma-
doemserhumano,tocavaatéosmaisdurosdefensoresdaguerra.
Ocarte-de-visitetransforma-seemdocumentohistórico,emteste-
munhoedenúncia.Comonestecaso,muitosdosoutrosregistros,
deretratosapaisagens,feitosporevidenteinteressecomercial,
tornaram-se,involuntariamente,documentosdecríticadaguerra.
Isso porque, ao mesmo tempo que registravam o heroísmo
doscombatentes,registravamtambémoacampamentomambem-
be, a precariedade dos exércitos, os homens desmazelados, os
milhares de mortos, a miséria, enfim, de todos os contendores.
Avisãocríticatrazidapelosregistrosfotográficoseaimpopu-
laridade do conflito devido ao número de baixas, ausência de
vitóriaseoiníciodosrecrutamentoscompulsórios,jáapartirde
setembrode1865,ajudamaexplicaropoucosucessodeedições
defotosexclusivamentededicadasàguerra,comodeBate&Cia.
Jábastavamasnotíciastextuaisdoconflitointerminável.
Asimagensdaguerranãopermitiamufanismo,mesmoasde
sua fase inicial. Vendo o inimigo prisioneiro, ou em pilhas de
cadáveres, só se conseguia sentir pena. Longe de emularem os
espíritosguerreiros,asfotosfaziamdesejarapaz.
17. 299
nicas,afotografiaealitografia,quepossibilitariamsuacontinuida-
de.Apintura,apesardasaltastaxasdevisitaçãodasexposições,
estevelongedepoderacompanhararapidezcomqueseproduziam
imagensemestúdiosfotográficosouemredaçõesdejornais.Tor-
nava-seimpossível,aosgovernos,evitara“subversãoimagística”
trazidapelafotografiaepelaimprensailustrada.Agora,asocieda-
detinhaoutrasimagensparacontraporàiconografia“oficial”.
Diante da massa desordenada de informações e de novos
assuntostrazidospelafotografia,aspinturasacadêmicastransfor-
maram-seemalegoriasdestinadasaprédioserepartiçõespúbli-
cas.Nãoestiveramaoalcancedopúblicoduranteaguerraanão
seremexposiçõesnacorteeemfeirasinternacionais.
Talvezamaiorherançadeixadaporessa“febredeimagens”
do período foi, primeiramente, esta possibilidade do seu uso
jornalístico,ocorridasimultaneamentecomumacerta“laicização”,
nosentidodasuamaiorindependênciaemrelaçãoàsrepresenta-
çõesquaseoficiaisdapátria.Nãoeramsóosgovernos,afinal,os
responsáveispelaformulaçãodoqueseriamascaracterísticasna-
cionaisdessespaíses.
ApinturaacadêmicasubvencionadapeloEstadoperdeusua
hegemoniadeumaformabrusca,comoformaderepresentação
danação.Extratosmédiosdapopulaçãourbana,tecnicamente
qualificadosepoliticamenteexcluídos,buscavam,comonocaso
brasileiro,formasderepresentatividadeecidadanianumpaísreal,
longedasidealizaçõesclassicistasouromânticas.O“realismo”
pretendidopelafotografiacombinavacomatarefadelevantar,
cientificamente,osproblemasnacionaisaquepretendiaopensa-
mentoprogressistadaépoca.
NOTAS
1
KOSSOY,Bóris.OrigenseexpansãodafotografianoBrasil.SéculoXIX.Funarte,
Rio de Janeiro, 1980, p. 29.
2
VASQUEZ,Pedro.D.D.PedroIIeaFotografia.RiodeJaneiro,FundaçãoRoberto
MarinhoeCompanhiaInternacionaldeSeguros/EditoraIndexImprinta,Rio
de Janeiro, 1986, p. 19. VASQUEZ, Pedro. “A Fotografia no Brasil do século
dezenove-doParáaSãoPaulo”.InAFotografianoBrasildoséculoXIX.São
Paulo,PinacotecadoEstadodeSãoPaulo,1993.
18. 300
3
SONTAG, Susan Apud Amaral, Aracy Abreu. “Aspectos da comunicação visual
numacoleçãoderetratos”.InMOURA,CarlosEugênioMarcondesde(org.).
Retratos quase inocentes. São Paulo, Ed. Nobel, 1983, p.118.
4
KOSSOY. op. cit. p. 42.
5
Idem. p. 38 e VASQUEZ. op. cit., p. 20.
6
KOSSOY. op. cit., p. 38 e VASQUEZ. op. cit., p. 20.
7
Cuarterolo,MiguelAngel.“UnaGuerraenelLienzo-Lafotografiaysuinfluenciaen
laiconografíadelaGuerradelParaguay”.InElArteentreloPúblicoyloPrivado.
VIJornadasdeTeoríaeHistoriadelasArtes.BuenosAires,1995,p.95.CASABALIE,
AmadoBecquereCUARTEROLO,MiguelAngel.ImágenesdelriodelaPlata.
Crónicadelafotografiarioplatense.EditorialdelFotografo,BuenosAires,1985.
8
GESUALDO, Vicente. Historia de la Fotografia en America. Desde Alaska hasta
Tierra del Fuego en siglo XIX. Cap. Paraguay. Buenos Aires, Editorial Sui
Generis, 1990, p. 234.
9
KOSSOY. op. cit.
10
FERREIRADEANDRADE,JoaquimMarçal.“AColeçãodoImperador”.InBiblio-
teca Nacional, AColeçãodoImperador:fotografiabrasileiraeestrangeira
no século XIX (catálogo). Biblioteca Nacional e Centro Cultural Banco do
Brasil,RiodeJaneiro,1997,p.02.
11
Idem e VASQUEZ, op. cit.
12
CUARTEROLO. op. cit., p. 98.
13
LUQUI-LAGLEYZE,JulioM.“Uniformologíayfotografiaantigua:unafelizalianza
recíproca”.InIIo.CongresodeHistoriadelaFotografia.OrganizadoporelComite
EjecutivoPermanentedeCongresosdeHistoriadelaFotografiaenlaArgentina
conelauspiciodelaFederacionArgentinadeFotografiaF.A.F.yelCirculoMedi-
codeVicenteLopez.Ed.MundoTécnicoS.R.L.,BuenosAires,1994,p.150.
14
LUQUI-LAGLEYZE. op. cit., p. 150.
15
CUARTEROLO, Miguel Angel. “Iconografía de Guerra- Fotografías de la Triple
Alianza 1865- 1870”. In Memoria Io. Congreso de Historia de la Fotografia.
23-24mayo1992.Florida-Pcia.BuenosAires,p.57.
16
CUATEROLO. op. cit., p. 95.
17
CUARTEROLO. op. cit., p. 58.
18
GESUALDO. op. cit., p. 234.
19
CUARTEROLO. op. cit., p. 55.
20
LUQUI-LAGLEYZE, Julio M. e LUX-WURM, Mirta S. Larrandart de.El álbun del
bombardeodePaysandúdelacoleccióndelComodoroD.JoséMurature(1864-
1865),CongresodeHistoriadelaFotografia.OrganizadoporelComiteEjecutivo
PermanentedeCongresosdeHistoriadelaFotografiaenlaArgentinaconel
auspiciodelaFederacionArgentinadeFotografiaF.A.F.yelCirculoMedicode
Vicente Lopez. Ed. Mundo Técnico S.R.L., Buenos Aires, 1994, p.129.
21
CUARTEROLO. op. cit., p. 55.
22
CUARTEROLO. op. cit., p. 97.
23
LUQUI-LAGLEYZE. El álbun..., Uniformologia..., op. cit., p. 150.
24
Idem.
Artigo recebido em 08/98 e aprovado em 06/99.
27. 309
11.Esteban Garcia
(1866): tenda da
equipe de fotógra-
fos de Bate & Cia.
Junto a um posto
deobservaçãomili-
tar.BibliotecaNaci-
onalMontevideo.