O documento define ecossistema como o conjunto de comunidades bióticas e abióticas de uma área, e descreve os principais ecossistemas brasileiros como a Floresta Amazônica, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampas. Além disso, explica que um ecossistema requer autótrofos, heterótrofos, decompositores e fatores abióticos interagindo para criar um ciclo de energia.
1. ECOSSISTEMAS
Denomina-se ecossistema o conjunto das comunidades de uma área específica, levando
em consideração os fatores ambientais que constitui um biótopo (local onde vive uma
comunidade), como: tipo de solo, intensidade luminosa (temperatura), índice
pluviométrico (quantidade de chuva), umidade, salinidade, acidez, turbidez, bem como
todas as características próprias de uma localidade.
Os ambientes são diversos, sem limite espacial predeterminado, podendo ser um micro
ou um macroecossistema, no entanto, sempre respeitando as relações entre as
populações e o comportamento físico-químico do meio.
Isso significa dizer que tanto a população de artrópodes, anelídeos, moluscos e fungos,
viventes sob uma folhagem caída no solo de uma floresta (a serrapilheira), submetidos
às condições de temperatura e umidade de um micro-ambiente, constituem um
microecossistema. Assim como todo o intercâmbio trófico entre as espécies dessa
floresta: as bactérias, os fungos, os invertebrados e os vertebrados típicos desse
ambiente, também formam um ecossistema, com escala espacial mais abrangente.
As comunidades da fauna marinha e lacustre, da mesma foram integram ecossistemas
aquáticos, por exemplo: o conjunto de protozoários, algas, caramujos e peixes de um
lago.
No Brasil, os principais ecossistemas são:
A Floresta Amazônica → situada na região norte do país, considerada a maior floresta
do planeta. Possui clima equatorial úmido e uma variedade de fisionomias vegetais.
A Caatinga → característica da região nordeste do território brasileiro. Possui baixa
biodiversidade decorrente do clima semi-árido muito severo com elevado período de seca.
O Cerrado → típico da região central do país, apresenta estações climáticas bem definidas
(verão chuvoso e inverno seco). Devido a sua localidade, zona de transição (mescla) de outros
ecossistemas, o cerrado é considerado um ecótono, principalmente pelos variados tipos
fisionômicos: cerradão, campos limpos, campos sujos, veredas.
A Mata Atlântica → chamada de floresta estacionária semi-decidual devido à alta de amplitude
térmica (mínima e máxima) do clima, influencia a abscisão foliar (queda das folhas).
Atualmente é um ecossistema muito devastado pela ação humana, restando
aproximadamente 45% da cobertura original.
O Pantanal Mato–Grossense → a maior planície de inundação do planeta, abrigo de uma vasta
diversidade biológica, comunica-se com o cerrado e a floresta amazônica.
Além de outras formações: Os Pampas (campos do Sul), Mata de Araucária e os ecossistemas
costeiros ou insulares.
2. O ecossistema é a unidade principal de estudo da ecologia e pode ser definido como um
sistema composto pelos seres vivos (meio biótico) e o local onde eles vivem (meio
abiótico, onde estão inseridos todos os componentes não vivos do ecossistema como os
minerais, as pedras, o clima, a própria luz solar, e etc.) e todas as relações destes com o
meio e entre si.
Para que se possa delimitar um “sistema ecológico” ou ecossistema é necessário que
haja quatro componentes principais: fatores abióticos, que são os componentes básicos
do ecossistema; os seres autótrofos, geralmente as plantas verdes, capazes de produzir
seu próprio alimento através da síntese de substâncias inorgânicas simples; os
consumidores, heterotróficos – que não são capazes de produzir seu próprio alimento,
ou seja, os animais que se alimentam das plantas ou de outros animais; e os
decompositores, também heterotróficos, mas que se alimentam de matéria morta.
A totalidade destes organismos interagindo em um determinado local de forma a criar
um ciclo de energia (do meio abiótico para os seres autótrofos, destes para os
heterótrofos e destes para o meio abiótico novamente) caracterizando os níveis tróficos
da cadeia alimentar constitui um sistema ecológico ou ecossistema, independentemente
da dimensão do local onde ocorrem essas relações.
As dimensões de um ecossistema podem variar consideravelmente desde uma poça de
água até a totalidade do planeta terra que pode ser considerado como um imenso
ecossistema composto por todos os ecossistemas existentes (ecosfera).
Mas não se deve confundir “ecossistema” com “bioma”. O bioma é geograficamente
mais abrangente e é predominantemente definido de acordo com um conjunto de
vegetações com características semelhantes além de outros requisitos (como a Mata
Atlântica).
Entretanto, como o ecossistema pode ser considerado em grande escala, as definições
ficam um pouco confusas. Mas, geralmente para grandes extensões de território (de
dimensões regionais) usa-se a denominação “bioma”.
Os ecossistemas são classificados de duas formas: em ecossistemas terrestres e
ecossistemas aquáticos. Ambos possuem o funcionamento parecido com apenas a
diferença óbvia da quantidade de água entre um e outro o que faz com que comportem
formas de vida completamente diferentes embora algumas possam compartilhar ou
migrar de um meio para o outro. Aos locais onde os dois tipos de ecossistemas se
encontram dá-se o nome de “wetlands”, no termo em inglês, que podemos chamar de
“terras alagadas”. São regiões como o Pantanal Matogrossense e as regiões alagadas da
Amazônia.
Espécies lacustres do Pantanal.