O documento apresenta o prólogo da Crónica de D. João I. O autor enfatiza que seu objetivo é relatar a verdade dos fatos, sem favorecimentos ou distorções, ao contrário de outros cronistas influenciados por afeições. Ele buscou diversas fontes para garantir a veracidade dos acontecimentos sobre o reinado de D. João I.
1) O documento descreve o Testamento de Moisés, no qual ele profetiza eventos futuros para as 12 tribos de Israel, incluindo o cativeiro na Babilônia e a divisão das tribos.
2) Moisés instrui Josué a levar as tribos à terra prometida e estabelecer reis e magistrados, mas prevê que as tribos serão divididas e algumas adorarão deuses estranhos.
3) Ele profetiza que um rei do leste conquistará a terra e levará as tribos cativas, inici
Este documento resume o capítulo 3 do livro de Daniel, que descreve como três judeus, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, se recusaram a adorar a estátua de ouro erguida por Nabucodonosor e, como resultado, foram lançados na fornalha ardente, mas foram protegidos por Deus e saíram ilesos. O documento também discute como Nabucodonosor louvou o Deus dos judeus após presenciar o milagre e proibiu blasfemar contra ele.
O documento é um resumo de trechos do Livro de Sofonias na Bíblia. Ele descreve a destruição que Deus trará aos pecadores, incluindo Judá e Jerusalém, mas também promete perdão e restauração para aqueles que se arrependerem.
1. Jesus conta a parábola do Festim das Bodas para ensinar que os judeus, os primeiros convidados, rejeitaram a mensagem de Deus e serão substituídos por outros povos.
2. A entrada no Reino dos Céus exige mais do que apenas se declarar cristão; requer vestir a túnica nupcial da caridade e seguir os ensinamentos de Jesus.
3. Muitos se declararão cristãos mas serão rejeitados no julgamento final por não viverem segundo os preceitos de Jesus.
Trabalho realizado por um formando do Curso EFA - B3 (2008/2009) da Escola E.B. 2,3 de Valongo, no âmbito do Tema de Vida 3 ("Somos Consumidores") e das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
E-book A ilha dos amores (Cantos IX e X de Os Lusíadas)Carla Crespo
1) A deusa Vénus planeja preparar uma ilha encantada no meio do oceano para dar descanso e prazer aos navegantes lusitanos após suas longas viagens e sofrimentos.
2) Vénus pede ao seu filho Cupido que fleche as nereidas com amor pelos lusitanos para que elas os recebam na ilha.
3) Cupido dispara suas flechas de ouro no mar e flecha todas as nereidas com amor, preparando-as para receber calorosamente os lusitanos na il
Este documento apresenta um resumo do poema épico "Os Lusíadas", de Luís de Camões. O poema narra as façanhas dos navegadores portugueses e a fundação do Império Português nos mares da Ásia e África. No Canto I, os deuses do Olimpo debatem sobre o destino da nação portuguesa e decidem ajudar os navegadores em sua jornada.
Este documento é uma dedicatória de uma obra sobre a "Arte de Furtar" endereçada ao Príncipe Teodósio de Portugal. O autor elogia as qualidades do Príncipe, destacando seu saber e poder para combater ladrões e emendar injustiças, comparando-o a Hércules que usava sua força e sabedoria para prender criminosos.
1) O documento descreve o Testamento de Moisés, no qual ele profetiza eventos futuros para as 12 tribos de Israel, incluindo o cativeiro na Babilônia e a divisão das tribos.
2) Moisés instrui Josué a levar as tribos à terra prometida e estabelecer reis e magistrados, mas prevê que as tribos serão divididas e algumas adorarão deuses estranhos.
3) Ele profetiza que um rei do leste conquistará a terra e levará as tribos cativas, inici
Este documento resume o capítulo 3 do livro de Daniel, que descreve como três judeus, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, se recusaram a adorar a estátua de ouro erguida por Nabucodonosor e, como resultado, foram lançados na fornalha ardente, mas foram protegidos por Deus e saíram ilesos. O documento também discute como Nabucodonosor louvou o Deus dos judeus após presenciar o milagre e proibiu blasfemar contra ele.
O documento é um resumo de trechos do Livro de Sofonias na Bíblia. Ele descreve a destruição que Deus trará aos pecadores, incluindo Judá e Jerusalém, mas também promete perdão e restauração para aqueles que se arrependerem.
1. Jesus conta a parábola do Festim das Bodas para ensinar que os judeus, os primeiros convidados, rejeitaram a mensagem de Deus e serão substituídos por outros povos.
2. A entrada no Reino dos Céus exige mais do que apenas se declarar cristão; requer vestir a túnica nupcial da caridade e seguir os ensinamentos de Jesus.
3. Muitos se declararão cristãos mas serão rejeitados no julgamento final por não viverem segundo os preceitos de Jesus.
Trabalho realizado por um formando do Curso EFA - B3 (2008/2009) da Escola E.B. 2,3 de Valongo, no âmbito do Tema de Vida 3 ("Somos Consumidores") e das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
E-book A ilha dos amores (Cantos IX e X de Os Lusíadas)Carla Crespo
1) A deusa Vénus planeja preparar uma ilha encantada no meio do oceano para dar descanso e prazer aos navegantes lusitanos após suas longas viagens e sofrimentos.
2) Vénus pede ao seu filho Cupido que fleche as nereidas com amor pelos lusitanos para que elas os recebam na ilha.
3) Cupido dispara suas flechas de ouro no mar e flecha todas as nereidas com amor, preparando-as para receber calorosamente os lusitanos na il
Este documento apresenta um resumo do poema épico "Os Lusíadas", de Luís de Camões. O poema narra as façanhas dos navegadores portugueses e a fundação do Império Português nos mares da Ásia e África. No Canto I, os deuses do Olimpo debatem sobre o destino da nação portuguesa e decidem ajudar os navegadores em sua jornada.
Este documento é uma dedicatória de uma obra sobre a "Arte de Furtar" endereçada ao Príncipe Teodósio de Portugal. O autor elogia as qualidades do Príncipe, destacando seu saber e poder para combater ladrões e emendar injustiças, comparando-o a Hércules que usava sua força e sabedoria para prender criminosos.
O capítulo 21 de Provérbios discute vários tópicos, incluindo: 1) Deus controla o coração do rei e julga os corações das pessoas; 2) Fazer o que é justo agrada a Deus mais do que sacrifícios; 3) Os desejos do preguiçoso acabam por matá-lo porque ele se recusa a trabalhar.
Este documento é um resumo do primeiro canto do épico Os Lusíadas de Luís de Camões. O canto introduz a jornada dos navegadores portugueses liderados por Vasco da Gama através do oceano Índico e descreve uma reunião dos deuses no Monte Olimpo discutindo o destino dos portugueses.
1) O documento apresenta o texto épico "Os Lusíadas", de Luís de Camões, que narra as façanhas dos portugueses;
2) No Olimpo, os deuses discutem sobre o destino dos portugueses que navegam em mares desconhecidos em direção à Índia;
3) Marte defende os portugueses em meio ao debate entre os deuses.
A peste assola Tebas e o povo suplica a Édipo que consulte o oráculo de Delfos. Creonte retorna com a resposta de que o assassino de Laio, o antigo rei, deve ser encontrado e punido para livrar a cidade da praga. Édipo jura descobrir e castigar o culpado.
Este resumo apresenta três frases ou menos sobre o documento:
1) O documento descreve visões apocalípticas, incluindo a vinda de um falso messias (o Anticristo) e grandes tribulações no Egito com assassinatos em massa.
2) Dois profetas, Enoch e Elias, descerão dos céus para confrontar o Anticristo e provar que ele não é o verdadeiro ungido de Deus.
3) Uma virgem chamada Tabitha perseguirá e amaldiçoará o Anticristo
1. Os Salmos de Salomão são uma coleção de 18 salmos atribuídos a Salomão, filho de Davi, que provavelmente foram escritos no século II ou I a.C. e refletem temas e estilos dos salmos bíblicos.
2. Os salmos falam de temas como justiça divina, livre-arbítrio, o destino de Jerusalém e a corrupção de seu povo, a vinda de um messias, e a distinção entre justos e pecadores no juízo final.
3. Os sal
Este documento descreve como o rei Nabucodonosor mandou construir uma estátua de ouro e ordenou que todos se prostrassem e a adorassem, sob pena de serem atirados na fornalha. Três judeus, Sadraque, Mesaque e Abednego se recusaram a desobedecer a Deus, enfrentando a fúria do rei, que os condenou à morte na fornalha.
As batalhas espirituais finais - parte 11Silvio Dutra
O documento discute a corrupção nos governos e palácios terrenos, comparando-os com João Batista e os crentes. Afirma que Deus julgará a iniquidade encontrada nas nações através de fogo, destruindo palácios e fortalezas. Também diz que a justiça mundana não agrada a Deus, e que a vitória espiritual não vem de reformas políticas, mas da santificação pessoal por meio da fé em Cristo.
O capítulo descreve a futura restauração de Israel e o juízo de Deus sobre as nações que oprimiram seu povo. Deus punirá essas nações pelo Vale de Josafá e restaurará Israel, prometendo habitar entre seu povo em Sião e derramar suas bênçãos sobre eles.
Invista em seu Relacionamento com DeusIBMemorialJC
O documento discute como investir no relacionamento com Deus, dizendo não à idolatria, temendo a Deus de todo coração e buscando intensamente a Ele. Josué insta o povo a servir somente ao Senhor, jogando fora os deuses pagãos.
Este documento fornece informações sobre dois importantes autores portugueses: Fernão Lopes e Gil Vicente. Resume que Fernão Lopes foi o primeiro grande prosador português e iniciador da historiografia portuguesa, tendo escrito crônicas sobre os reinados de D. Pedro I, D. Fernando e D. João I. Gil Vicente é considerado o pai do teatro português, tendo escrito várias peças teatrais que criticavam a sociedade da época através da sátira e da comédia.
1) O documento descreve a vida e obra do cronista português Fernão Lopes. Lopes escreveu crônicas dos reinados de D. Pedro, D. Fernando e D. João I, relatando detalhadamente eventos históricos e buscando a objetividade.
2) No entanto, Lopes reconhece que a afeição à terra natal e o sentimento de gratidão ao patrono podem comprometer a imparcialidade. Ele analisa criticamente múltiplas fontes para reduzir erros, embora admita que a certeza absol
Este documento é uma transcrição do foral manuelino de Ponte de Lima de 1511. Nele, D. Manuel concede um novo foral à vila, definindo os direitos reais que devem ser cobrados, incluindo impostos sobre produtos agrícolas, gado, penas por crimes e taxas alfandegárias. As normas de transcrição seguem padrões portugueses para documentos medievais.
1) Fernão Lopes aponta três erros cometidos por historiadores anteriores: parcialidade em favor da terra natal, influência da alimentação e da hereditariedade, e juízos enviesados.
2) Para evitar esses erros, Fernão Lopes propõe-se a buscar a verdade factual, baseando-se em múltiplas fontes e esforçando-se por relatar os acontecimentos da forma como ocorreram.
3) Apesar de admitir a possibilidade de erro, Fernão Lopes exige credibilidade
BIBLIA GATEWAY - ANTIGO TESTAMENTO COMENTADO - ISAIAS.docPrJulioCesarSoares
O capítulo descreve a rebelião de Israel contra Deus, seus pecados e idolatria. Deus promete punir severamente o povo com destruição e exílio, mas também oferece perdão caso eles se arrependam e voltem a obedecer aos mandamentos.
O documento é um resumo do primeiro canto de Os Lusíadas, épico poético de Luís de Camões. Nele, os deuses no Olimpo debatem sobre o destino dos navegantes portugueses que atravessaram oceanos desconhecidos em busca de novas terras. Marte defende que devem ser ajudados em sua jornada.
Este capítulo resume a segunda epístola de São Pedro. Ele enfatiza a importância de seguir as virtudes cristãs para evitar a corrupção, alerta sobre falsos doutores que podem levar as pessoas ao erro, e encoraja os cristãos a viver santamente em espera do retorno de Cristo.
O capítulo 21 de Provérbios discute vários tópicos, incluindo: 1) Deus controla o coração do rei e julga os corações das pessoas; 2) Fazer o que é justo agrada a Deus mais do que sacrifícios; 3) Os desejos do preguiçoso acabam por matá-lo porque ele se recusa a trabalhar.
Este documento é um resumo do primeiro canto do épico Os Lusíadas de Luís de Camões. O canto introduz a jornada dos navegadores portugueses liderados por Vasco da Gama através do oceano Índico e descreve uma reunião dos deuses no Monte Olimpo discutindo o destino dos portugueses.
1) O documento apresenta o texto épico "Os Lusíadas", de Luís de Camões, que narra as façanhas dos portugueses;
2) No Olimpo, os deuses discutem sobre o destino dos portugueses que navegam em mares desconhecidos em direção à Índia;
3) Marte defende os portugueses em meio ao debate entre os deuses.
A peste assola Tebas e o povo suplica a Édipo que consulte o oráculo de Delfos. Creonte retorna com a resposta de que o assassino de Laio, o antigo rei, deve ser encontrado e punido para livrar a cidade da praga. Édipo jura descobrir e castigar o culpado.
Este resumo apresenta três frases ou menos sobre o documento:
1) O documento descreve visões apocalípticas, incluindo a vinda de um falso messias (o Anticristo) e grandes tribulações no Egito com assassinatos em massa.
2) Dois profetas, Enoch e Elias, descerão dos céus para confrontar o Anticristo e provar que ele não é o verdadeiro ungido de Deus.
3) Uma virgem chamada Tabitha perseguirá e amaldiçoará o Anticristo
1. Os Salmos de Salomão são uma coleção de 18 salmos atribuídos a Salomão, filho de Davi, que provavelmente foram escritos no século II ou I a.C. e refletem temas e estilos dos salmos bíblicos.
2. Os salmos falam de temas como justiça divina, livre-arbítrio, o destino de Jerusalém e a corrupção de seu povo, a vinda de um messias, e a distinção entre justos e pecadores no juízo final.
3. Os sal
Este documento descreve como o rei Nabucodonosor mandou construir uma estátua de ouro e ordenou que todos se prostrassem e a adorassem, sob pena de serem atirados na fornalha. Três judeus, Sadraque, Mesaque e Abednego se recusaram a desobedecer a Deus, enfrentando a fúria do rei, que os condenou à morte na fornalha.
As batalhas espirituais finais - parte 11Silvio Dutra
O documento discute a corrupção nos governos e palácios terrenos, comparando-os com João Batista e os crentes. Afirma que Deus julgará a iniquidade encontrada nas nações através de fogo, destruindo palácios e fortalezas. Também diz que a justiça mundana não agrada a Deus, e que a vitória espiritual não vem de reformas políticas, mas da santificação pessoal por meio da fé em Cristo.
O capítulo descreve a futura restauração de Israel e o juízo de Deus sobre as nações que oprimiram seu povo. Deus punirá essas nações pelo Vale de Josafá e restaurará Israel, prometendo habitar entre seu povo em Sião e derramar suas bênçãos sobre eles.
Invista em seu Relacionamento com DeusIBMemorialJC
O documento discute como investir no relacionamento com Deus, dizendo não à idolatria, temendo a Deus de todo coração e buscando intensamente a Ele. Josué insta o povo a servir somente ao Senhor, jogando fora os deuses pagãos.
Este documento fornece informações sobre dois importantes autores portugueses: Fernão Lopes e Gil Vicente. Resume que Fernão Lopes foi o primeiro grande prosador português e iniciador da historiografia portuguesa, tendo escrito crônicas sobre os reinados de D. Pedro I, D. Fernando e D. João I. Gil Vicente é considerado o pai do teatro português, tendo escrito várias peças teatrais que criticavam a sociedade da época através da sátira e da comédia.
1) O documento descreve a vida e obra do cronista português Fernão Lopes. Lopes escreveu crônicas dos reinados de D. Pedro, D. Fernando e D. João I, relatando detalhadamente eventos históricos e buscando a objetividade.
2) No entanto, Lopes reconhece que a afeição à terra natal e o sentimento de gratidão ao patrono podem comprometer a imparcialidade. Ele analisa criticamente múltiplas fontes para reduzir erros, embora admita que a certeza absol
Este documento é uma transcrição do foral manuelino de Ponte de Lima de 1511. Nele, D. Manuel concede um novo foral à vila, definindo os direitos reais que devem ser cobrados, incluindo impostos sobre produtos agrícolas, gado, penas por crimes e taxas alfandegárias. As normas de transcrição seguem padrões portugueses para documentos medievais.
1) Fernão Lopes aponta três erros cometidos por historiadores anteriores: parcialidade em favor da terra natal, influência da alimentação e da hereditariedade, e juízos enviesados.
2) Para evitar esses erros, Fernão Lopes propõe-se a buscar a verdade factual, baseando-se em múltiplas fontes e esforçando-se por relatar os acontecimentos da forma como ocorreram.
3) Apesar de admitir a possibilidade de erro, Fernão Lopes exige credibilidade
BIBLIA GATEWAY - ANTIGO TESTAMENTO COMENTADO - ISAIAS.docPrJulioCesarSoares
O capítulo descreve a rebelião de Israel contra Deus, seus pecados e idolatria. Deus promete punir severamente o povo com destruição e exílio, mas também oferece perdão caso eles se arrependam e voltem a obedecer aos mandamentos.
O documento é um resumo do primeiro canto de Os Lusíadas, épico poético de Luís de Camões. Nele, os deuses no Olimpo debatem sobre o destino dos navegantes portugueses que atravessaram oceanos desconhecidos em busca de novas terras. Marte defende que devem ser ajudados em sua jornada.
Este capítulo resume a segunda epístola de São Pedro. Ele enfatiza a importância de seguir as virtudes cristãs para evitar a corrupção, alerta sobre falsos doutores que podem levar as pessoas ao erro, e encoraja os cristãos a viver santamente em espera do retorno de Cristo.
1. CRÓNICA DE D. FERNANDO
Como elRei Dom Fernamdo reçebeo de praça Dona Lionor por molher, e foi chamada
Rainha de Portugal.
Andou elRei per seu reino folgamdo, tragemdo comsigo Dona Lionor ataa que chegou
antre Doiro e Minho a huum moesteiro que chamam Leça, que he da hordem do espital, e
alli determinou elRei de a receber de praça; e em huum dia pera isto assiinado, foi a todos
preposto por sua parte dizemdo em esta guisa. «Amigos, bem sabees como a hordem do
casamento he huum dos nobres sacramentos, que Deos em este mundo hordenou, pera
nom soomente os Reis, mas aimda os outros homeens, viverem em estado de salvaçom, e
os Reis averem per lidema linhagem quem depos elles soçeda o reiino, e regimento real
que lhe Deos deu; porende elRei nosso senhor querendo viver em este estado, segumdo a
el perteeçe, e comsiiramdo como a mui nobre Dona Lionor, filha de Dom Martim Affonsso
Tello, e de Dona Aldomça de Vascomçellos, deçemde da linhagem dos Reis, des i como
todollos gramdes e moores fidallgos destes reinos tem com ella gramde divedo de
paremtesco, os quaaes reçebendo delRei homrra, como he aguisado sejam por ello mais
theu dos de o ajudar a defemder a terra; e oolhamdo outro si como a dita Dona Lionor he
molher mui comvinhavel pera elle, por as razoões sobre ditas: tem trautado com ella seu
casamento, e poremde a quer reçeber de praça per pallavras de presemte, como manda a
samta egreja; e lhe emtemde de dar taaes villas e logares de seu senhorio, por que ella
possa manteer homrroso estado de Rainha, como lhe perteemçe». Emtom a reçebeo elRei
peramte todos, e foi notificado pello reino como era sua molher, de que os gramdes e
pequenos ouverom mui gram pesar. E deu-lhe elRei logo Villa viçosa, e Avramtes, e
Almadaã, e Simtra, e Torres vedras, e Alamquer, e Aatouguia, e Oobidos, e Aaveiro, e os
regueemgos de Sacavem, e Freellas, e Unhos, e terra de Merlles em riba de Douro; e dalli
em deamte foi chamada Rainha de Portugal, e beijaromlhe a maão per mandado delRei
quamtos grandes no reino avia, assi homeens como molheres; reçebemdoa por senhora
todallas villas e çidades de seu senhorio, afora. o Iffante Dom Denis, posto que meor fosse
que o Iffamte Dom Joham, que numca lha quis beijar; por a qual razom elRei Dom
Femando lhe quisera dar com huuma daga, se nom fora Gil Vaasquez de Resende seu
ayo, e Airas Gomez da Silva ayo delRei Dom Femamdo, que desviarom elRei de o fazer;
dizemdo elRei sanhudamente contra elle: «Que nom avia ver gomça nenhuuma, beijarem
a maão aa Rainha sua molher o Iffamte Dom Joham, que era moor que elle, e isso
meesmo seu irmaão, e todollos outros fidallgos do reino, e el soomente dizer que lha nom
beijaria, mas que lha beijasse ella a elle». E desta guisa andava o Iffamte Dom Denis assi
como omeziado da corte, e o Iffamte Dom Joham ficou com elRei e com a Rainha muito
amado e bem quisto; por que seemdo o mayor no reino, se ofereçera de boom grado de
beijar a maão aa Rainha, e fora aazo e caminho a outros muitos de gramde estado: porem
todol los do reino de qual quer comdiçom que fossem, eram disto mui mal contentes.
Razoões desvairadas, que alguuns fallavam sobre o casamento delRei Dom
Fernamdo
Quamdo foi sabudo pello reino, como elRei reçebera de praça Dona Lionor por sua molher,
e lhe beijarom a maão todos por Rainha, foi o poboo de tal feito mui maravilhado, muito
mais que da primeira; por que ante desto nom enbargando que o alguuns sospeitassem,
por o gramde e honrroso geito que viiam a elRei teer com ella, nom eram porem çertos se
era sua molher ou nom; e muitos duvidamdo, cuidavom que se emfa daria elRei della, e
que depois casaria segundo perteemçia a seu real estado: e huuns e outros todos fallavam
desvairadas razõoes sobresto, maravilhamdose muito delRei nom emtemder quamto
desfazia em si, por se comtemtar de tal casamento. E delles diziam que melhor fezera
2. elRei teella por tempo, e des i casar com outra molher; mas que esto era cousa que mui
poucos ou ne nhuum, posto que emtemdessem que tal amor lhe era danoso, o leixavom
depois e desemparavom, moormente nos mançebos anos. E leixadas as fallas dalguuns
simprezes, que em favor delle razoavom, dizendo que nom era maravilha o que elRei
fezera, e que ja a outros acomteçera semelhavel erro, avemdo gramde amor a alguumas
molheres; dos ditos dos emtemdidos fundados em siso, alguuma cousa digamos em breve:
os quaaes fallamdo em esto o que pareçia, diziam que tal bem queremça era muito
demgeitar, moormente nos Reis e senhores, que mais que nenhuuns dos outros desfaziam
em si per liamça de taaes amores. Ca pois que os antiigos derom por doutrina, que ho Rei
na molher que ouvesse de tomar, principalmente devia desguar dar nobreza de geeraçom,
mais que outra alguuma cousa, que aquel que o comtrario desto fazia, nom lhe viinha de
boom siso, mas de samdiçe, salvo se husamça dos homeens em tal feito lhe emprestasse
nome de sesudo: e pois que elRei Dom Fernamdo leixava filhas de tam altos Reis; com
que lhe davom gramdes e homrrosos casamentos, e tomava Dona Lionor, que tantos com
trairos tiinha pera o nom ser, que bem devia seer posto no conto de taaes. Outros diziam,
que isto era assi como door da qual ao homem prazia e nom prazia, dizemdo que todollos
sabedores concordavom, que todo homem namorado tem huuma espeçia de samdiçe; e
esto por duas razoões, a primeira por que aquello que em alguuns he causa intrimseca das
outras maneiras de sam diçe, he em estes causa de taaes amores: a segunda por que a
virtude extimativa, que he emperatriz das outras potemçias da alma açerca das cousas
senssivees, he tam doemte em taaes homeens, que nom julga o ogeito da cousa que vee
tal qual elle he, mas tal qual a elle parece; ca el jullga a fea por fremosa, e aquella que traz
dampno seer a elle proveitosa; e por tanto todo juizo da razom he sovertido açerca de tal
ogeito, em tanto que qual quer outra cousa que lhe consselhem, podera bem reçeber; mas
quamto açena de tal molher a elle prazivel, cousa que lhe digam do boom comsselho nom
reçebe, se o consselho he que a leixe e nom cure delle, ante lhe faz huum acreçentamento
de door, que he fora de todo boom juizo; de guisa que se he tal pessoa o que comsselhou,
de que possa tomar vimgamça, tomaa assi como fez elRei Dom Fernamdo, que mandou
fazer justiça em alguuns do seu poboo, que o bem comsselhavom em semelhamte caso,
segundo ja teendes ouvido.
CRÓNICA DE D. JOÃO I
PRÓLOGO
Grande licença deu a afeiçom a muitos que teverom cárrego d'ordenar estorias,
moormente dos senhores em cuja mercee e terra viviam e u forom nados seus antigos
avoos, seendo-lhe muito favorávees no recontamento de seus feitos; e tal favoreza como
esta nace de mundanal afeiçom, a qual nom é salvo conformidade dalgüa cousa ao
entendimento do homem. Assi que a terra em que os homeés per longo costume e tempo
forom criados geera üa tal eonformidade antre o seu entendimento e ela que, avendo de
julgar algüa sua cousa, assim em louvor como per contrairo, nunca per eles é dereitamente
recontada; porque, louvando-a, dizem sempre mais daquelo que é; e, se doutro modo, nom
escrevem suas perdas tam minguadamente como acontecerom.
Outra cousa geera ainda esta conformidade e natural inclinaçom, segundo sentença
dalguüs, dizendo que o pregoeiro da vida, que é a fame, recebendo refeiçom pera o corpo,
o sangue e espritos geerados de taes virandas tem üa tal semelhança antre si que causa
esta conformidade. Alguüs outros teveron que esto decia na semente, no tempo da
geeraçom; a qual despõe per tal guisa aquelo que dela é geerado, que lhe fica esta
conformidade tam bem acerca da terra como de seus dívidos.
3. E assi parece que o sentio Túlio, quando veo a dizer: «Nós nom somos nados a nós
meesmos, porque üa parte de nós tem a terra e outra os parentes.» E porém o juizo do
homem, acena de tal terra ou pessoas, recontando seus feitos, sempre çopega.
Esta mundanal afeiçom fez a alguüs estoriadores que os feitos de Castela com os de
Portugal escreverom, posto que homeës de boa autoridade fossem, desviar da dereita
estrada e correr per semideiros escusos, por as mínguas das terras de que eram em certos
passos claramente nom seerem vistas; e espicialmente no grande desvairo que o mui
virtuoso Rei da boa memoria Dom Joam, cujo regimento e reinado se segue, ouve com o
nobre e poderoso Rei Dom Joam de Castela, poendo parte de seus boõs feitos fora do
louvor que mereciam, e ëadendo em alguãs outros da guisa que nom acontecerom,
atrevendo-se a pubricar esto em vida de taes que lhe forom companheiros, bem sabedores
de todo o contrairo.
Nós certamente levando outro modo, posta a de parte toda a afeiçom que por aazo das
ditas razões aver podiamos, nosso desejo foi em esta obra escrever verdade, sem outra
mestura, leixando nos boõs aqueecimentos todo fingido louvor, e nuamente mostrar ao
poboo quaesquer contrairas cousas, da guisa que aveerom.
E se o Senhor Deos a nós outorgasse o que a alguüs escrevendo nom negou, convem a
saber, em suas obras clara certidom da verdade, sem duvida nom soomente mentir do que
sabemos mas ainda errando, falso nom queriamos dizer; como assi seja que outra cousa
nom é errar salvo cuidar que é verdade aquelo que é falso. E nós, engando per ignorancia
de velhas escrituras e desvairados autores, bem podiamos ditando errar; porque,
escrevendo homem do que nom é certo, ou contará mais curto do que foi, ou falará mais
largo do que deve; mas mentira em este volume é muito afastada da nossa voontade. Ó!
com quanto cuidado e diligência vimos grandes volumes de livros de desvairadas
linguageës e terras! e isso meesmo púbricas escrituras de muitos cartários e outros
logares, nas quaes, depois de longas vegilias e grandes trabalhos mais certidom aver non
podemos da conteúda em esta obra. E seendo achado em alguüs livros o contrairo do que
ela fala, cuidae que nom sabedormente mas errando muito, disserom taes cousas.
Se outros per ventuira em esta cronica buscam fremosura e novidade de palavras, e nom a
certidom das estorias, desprazer-lhe-á de nosso razoado, muito ligeiro a eles d'ouvir e nom
sem gram trabalho a nós de ordenar. Mas nós, nom curando de seu juizo, leixados os
compostos e afeitados razoamentos, que muito deleitom aqueles que ouvem, ante poemos
a simprez verdade que a afremosentada falsidade. Nem entendaes que certificamos
cousa, salvo de muitos aprovada e per escrituras vestidas de fé; doutra guisa, ante nos
calariamos que escrever cousas falsas.
Que logar nos ficaria pera a fremosura e afeitamento das palavras, pois todo nosso
cuidado em isto despes nom basta pera ordenar a nua verdade? Porém, apegando-nos a
ela firme, os claros feitos, dignos de grande renembrança, do mui famoso Rei Dom Joan,
seendo Meestre, de que guisa matou o conde Joam Fernández, e como o poboo de Lisboa
o tomou primeiro por seu regedor e defensor, e depois outros alguüs do reino, e d'i em
deante como reinou e em que tempo, breve e sãamente contados, poemos em praça na
seguinte ordem.
Crónica de D. João I, Primeira Parte, Prólogo