Este debate reunirá ativistas de direitos humanos que conhecem de perto o drama dos venezuelanos e também servidores públicos brasileiros empenhados no esforço de acolhimento aos que chegam ao Brasil em busca de uma vida melhor. O desafio é crescente, à medida que a crise no país vizinho se aprofunda. MARIA BEATRIZ BONNA NOGUEIRA Chefe do escritório do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) em São Paulo. É mestre em Estudos de Migração Forçada pela Universidade de Oxford e em Direitos Humanos pela London School of Economics (LSE) e doutora em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília.

1. Venezuela
Tendências do deslocamento
Maria Beatriz Nogueira
Chefe do escritório l ACNUR São Paulo

2. Dados globais
Deslocamento forçado e populações atingidas

3. Relatório Tendências Globais (2017)

4. 85% dos refugiados estão nos países em desenvolvimento;
58% dos refugiados vivem em áreas urbanas;
53% da população deslocada globalmente são crianças;
Quase 2/3 das pessoas forçadas a se deslocar estão dentro de seus países.
Fatos x Mitos

5. Dados globais Países em
desenvolvimento
acolhem 85% dos
refugiados sob o
mandato do
ACNUR,
representando 16,9
milhões de
pessoas.
Os países menos
desenvolvidos
recebem um
crescente número
de refugiados, já
registrando 1/3 do
total global,
representando 6,7
milhões de pessoas.
Estimatima-se que 16,2
milhões de pessoas se
tornaram deslocadas de
forma forçada em 2017,
incluindo 11,8 milhões
de deslocados internos
e 4,4 milhões de
refugiados e solicitantes
de refúgio.
Em média, cerca de
44.400 pessoas
foram forçadas a se
deslocar de suas
casas a cada dia em
2017. Isso
representa uma
pessoa a cada dois
segundos.

6. Refugiados

7. Deslocamento de refugiados
Venezuelanos
compuseram a quarta maior nacionalidade de todos os novos
pedidos de refúgio em 2017, após Afeganistão, Síria e Iraque

8. Venezuelanos
. Crescente número de pessoas continuam
a deixar a Venezuela: mais de 2,2 milhões
de pessoas desde 2014;
. Colômbia recebe o maior número de
chegadas através de sua fronteira e Peru o
de novas solicitações de refúgio;
. Muitos venezuelanos estão optando por
continuar sua rota mais ao sul do
continente;
. A maioria dos venezuelanos que chegam
atualmente aos países vizinhos são famílias
nucleares com meninos e meninas, de faixa
etária economicamente ativa.
Contexto

9. Venezuelanos
Mais de 117.300 pedidos de
refúgio foram apresentados nos
primeiros seis meses de 2018, já
ultrapassando o total de 2017;
O Peru se tornou o país que mais
acolhe solicitantes na América
Latina, com 126.997 pedidos de
refúgio desde 2014. Mais de
350.00 entradas no total, segundo
autoridades;
O registro em massa do Governo
Colombiano de venezuelanos no
país (RAMV) quantificou 442.462
indivíduos (253.575 famílias);
Mais de 340.000 venezuelanos
entraram no Equador desde o
início de 2018 (187.000 chegadas
registradas em todo 2017).

10. Venezuelanos
Destinos
Fonte: Dados consolidados OIM

11. Venezuelanos
Dados - Solicitantes de refúgio (2014-2018 agosto)
Fonte: ACNUR www.data2.unhcr.org/en/situations/vensit
3.975
10.217
34.897
113.438
135.540

12. Venezuelanos
Dados - Solicitantes de refúgio (2014-2018 agosto)
Fonte: ACNUR www.data2.unhcr.org/en/situations/vensit
Fonte: ACNUR www.data2.unhcr.org/en/situations/vensit

13. Venezuelanos
Fonte: ACNUR www.data2.unhcr.org/en/situations/vensit
* Various inclui Alemanha, França, Guatemala, Italia, Paraguai e Portugal
Dados - Solicitantes de refúgio (2014-2018 agosto)

14. Venezuelanos
Dados – Outras formas de estadia*
* Vários países da região têm
acordos, fora do sistema de refúgio,
para os venezuelanos residirem por
um período prolongado (um a dois
anos), com acesso ao trabalho e aos
serviços sociais. Esses acordos
incluem permissões temporárias de
residência, vistos de migração de
trabalho, vistos humanitários e
acordos regionais de vistos, inclusive
o MERCOSUL e a UNASUL.
Fonte: ACNUR www.data2.unhcr.org/en/situations/vensit
Português

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