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Reação exotérmica de
autodefesa do besouro
bombardeiro
O besouro-bombardeiro recebeu esse nome devido ao som
explosivo que emite quando é ameaçado, soltando até 50
rajadas químicas, quentes, azuladas e barulhentas.
Um mecanismo de defesa interessante utilizado pelo “besouro-bombardeiro” (Brachynus
crepitans) é um jato quente lançado quando duas glândulas se abrem ao exterior no final
do abdômen.
Cada glândula controla duas bolsas, uma com solução aquosa de hidroquinona e outra
com peróxido de hidrogênio.
Quando atacado os produtos químicos são misturados numa terceira câmara, revestida
com amianto, e junto enzimas aceleram a reação exotérmica:
O besouro pode direcionar o jato que é
expelido em pulsos com pequenas gotas.
O calor liberado é suficiente para elevar a temperatura da mistura até o
ponto de ebulição (100 C°).
Girando a extremidade do abdômen, o inseto dirige o material, na forma de
uma fina, nuvem, na direção ao predador.
Além do efeito térmico, a quinona é um repelente de insetos e animais.
Um besouro-bombardeiro possui carga suficiente em seu corpo para
produzir de 20 a 30 descargas em rápida sucessão.
Mas esta reação química não pode acontecer de forma completa e o besouro
explodiria pela reação que ele mesmo provocou.
Há minúsculas e precisas válvulas internas que controlam a quantidade de
substâncias químicas que são misturadas no ‘caldeirão’ (recipiente/bolsa de
amianto) e ejetadas para fora.
Com certeza dá trabalho explicar como tudo isso se desenvolveu.
Neste sistema não pode faltar uma das partes, daí não resultar duma evolução
faseada e gradual.
O besouro bombardeiro é um problema tão sério para a evolução aleatória que
alguns militantes evolucionistas contestaram até a ocorrência da explosão, mas o
fato observável é que esta bomba química deixa marcas na superfície para onde
está apontada.
O besouro bombardeiro é uma evidência clara de que as criaturas foram criadas
totalmente funcionais – e não são o resultado de processos aleatórios graduais.
Exercícios sobre Lei de Hess
Estes exercícios sobre Lei de Hess envolvem a determinação da variação de entalpia, tendo
em vista que ela depende apenas dos estados inicial e final.
(Fuvest-SP) O “besouro bombardeiro” espanta seus predadores expelindo uma solução
quente. Quando ameaçado, em seu organismo ocorre a mistura de soluções aquosas de
hidroquinona, peróxido de hidrogênio e enzimas, que promovem uma reação exotérmica,
representada por:
C6H4(OH)2(aq) + H2O2(aq) → C6H4O2(aq) + 2 H2O(l)
O calor envolvido nessa transformação pode ser calculado, considerando-se os processos:
C6H4(OH)2(aq) → C6H4O2(aq) + H2(g) ΔH = +177 kJ . mol-1
H2O(l) + ½ O2(g) → H2O2(aq) ΔH = +95 kJ . mol-1
H2O(l) → ½ O2(g) + H2(g) ΔH = +286 kJ . mol-1
Assim sendo, o calor envolvido na reação que ocorre no organismo do besouro é:
a) -558 kJ . mol-1
b) -204 kJ . mol-1
c) -177 kJ . mol-1
d) +558 kJ . mol-1
e) +585 kJ . mol-1

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Besouro bombardeiro

  • 1. Reação exotérmica de autodefesa do besouro bombardeiro O besouro-bombardeiro recebeu esse nome devido ao som explosivo que emite quando é ameaçado, soltando até 50 rajadas químicas, quentes, azuladas e barulhentas.
  • 2. Um mecanismo de defesa interessante utilizado pelo “besouro-bombardeiro” (Brachynus crepitans) é um jato quente lançado quando duas glândulas se abrem ao exterior no final do abdômen. Cada glândula controla duas bolsas, uma com solução aquosa de hidroquinona e outra com peróxido de hidrogênio. Quando atacado os produtos químicos são misturados numa terceira câmara, revestida com amianto, e junto enzimas aceleram a reação exotérmica: O besouro pode direcionar o jato que é expelido em pulsos com pequenas gotas.
  • 3. O calor liberado é suficiente para elevar a temperatura da mistura até o ponto de ebulição (100 C°). Girando a extremidade do abdômen, o inseto dirige o material, na forma de uma fina, nuvem, na direção ao predador. Além do efeito térmico, a quinona é um repelente de insetos e animais. Um besouro-bombardeiro possui carga suficiente em seu corpo para produzir de 20 a 30 descargas em rápida sucessão.
  • 4. Mas esta reação química não pode acontecer de forma completa e o besouro explodiria pela reação que ele mesmo provocou. Há minúsculas e precisas válvulas internas que controlam a quantidade de substâncias químicas que são misturadas no ‘caldeirão’ (recipiente/bolsa de amianto) e ejetadas para fora. Com certeza dá trabalho explicar como tudo isso se desenvolveu.
  • 5. Neste sistema não pode faltar uma das partes, daí não resultar duma evolução faseada e gradual. O besouro bombardeiro é um problema tão sério para a evolução aleatória que alguns militantes evolucionistas contestaram até a ocorrência da explosão, mas o fato observável é que esta bomba química deixa marcas na superfície para onde está apontada. O besouro bombardeiro é uma evidência clara de que as criaturas foram criadas totalmente funcionais – e não são o resultado de processos aleatórios graduais.
  • 6. Exercícios sobre Lei de Hess Estes exercícios sobre Lei de Hess envolvem a determinação da variação de entalpia, tendo em vista que ela depende apenas dos estados inicial e final. (Fuvest-SP) O “besouro bombardeiro” espanta seus predadores expelindo uma solução quente. Quando ameaçado, em seu organismo ocorre a mistura de soluções aquosas de hidroquinona, peróxido de hidrogênio e enzimas, que promovem uma reação exotérmica, representada por: C6H4(OH)2(aq) + H2O2(aq) → C6H4O2(aq) + 2 H2O(l) O calor envolvido nessa transformação pode ser calculado, considerando-se os processos: C6H4(OH)2(aq) → C6H4O2(aq) + H2(g) ΔH = +177 kJ . mol-1 H2O(l) + ½ O2(g) → H2O2(aq) ΔH = +95 kJ . mol-1 H2O(l) → ½ O2(g) + H2(g) ΔH = +286 kJ . mol-1 Assim sendo, o calor envolvido na reação que ocorre no organismo do besouro é: a) -558 kJ . mol-1 b) -204 kJ . mol-1 c) -177 kJ . mol-1 d) +558 kJ . mol-1 e) +585 kJ . mol-1