O besouro-bombardeiro produz jatos quentes e barulhentos quando ameaçado, através da mistura exotérmica de hidroquinona, peróxido de hidrogênio e enzimas em suas glândulas. Esta reação química libera calor suficiente para elevar a mistura à ebulição e repelir predadores. O besouro controla minuciosamente a reação para evitar explodir.
1. Reação exotérmica de
autodefesa do besouro
bombardeiro
O besouro-bombardeiro recebeu esse nome devido ao som
explosivo que emite quando é ameaçado, soltando até 50
rajadas químicas, quentes, azuladas e barulhentas.
2. Um mecanismo de defesa interessante utilizado pelo “besouro-bombardeiro” (Brachynus
crepitans) é um jato quente lançado quando duas glândulas se abrem ao exterior no final
do abdômen.
Cada glândula controla duas bolsas, uma com solução aquosa de hidroquinona e outra
com peróxido de hidrogênio.
Quando atacado os produtos químicos são misturados numa terceira câmara, revestida
com amianto, e junto enzimas aceleram a reação exotérmica:
O besouro pode direcionar o jato que é
expelido em pulsos com pequenas gotas.
3. O calor liberado é suficiente para elevar a temperatura da mistura até o
ponto de ebulição (100 C°).
Girando a extremidade do abdômen, o inseto dirige o material, na forma de
uma fina, nuvem, na direção ao predador.
Além do efeito térmico, a quinona é um repelente de insetos e animais.
Um besouro-bombardeiro possui carga suficiente em seu corpo para
produzir de 20 a 30 descargas em rápida sucessão.
4. Mas esta reação química não pode acontecer de forma completa e o besouro
explodiria pela reação que ele mesmo provocou.
Há minúsculas e precisas válvulas internas que controlam a quantidade de
substâncias químicas que são misturadas no ‘caldeirão’ (recipiente/bolsa de
amianto) e ejetadas para fora.
Com certeza dá trabalho explicar como tudo isso se desenvolveu.
5. Neste sistema não pode faltar uma das partes, daí não resultar duma evolução
faseada e gradual.
O besouro bombardeiro é um problema tão sério para a evolução aleatória que
alguns militantes evolucionistas contestaram até a ocorrência da explosão, mas o
fato observável é que esta bomba química deixa marcas na superfície para onde
está apontada.
O besouro bombardeiro é uma evidência clara de que as criaturas foram criadas
totalmente funcionais – e não são o resultado de processos aleatórios graduais.
6. Exercícios sobre Lei de Hess
Estes exercícios sobre Lei de Hess envolvem a determinação da variação de entalpia, tendo
em vista que ela depende apenas dos estados inicial e final.
(Fuvest-SP) O “besouro bombardeiro” espanta seus predadores expelindo uma solução
quente. Quando ameaçado, em seu organismo ocorre a mistura de soluções aquosas de
hidroquinona, peróxido de hidrogênio e enzimas, que promovem uma reação exotérmica,
representada por:
C6H4(OH)2(aq) + H2O2(aq) → C6H4O2(aq) + 2 H2O(l)
O calor envolvido nessa transformação pode ser calculado, considerando-se os processos:
C6H4(OH)2(aq) → C6H4O2(aq) + H2(g) ΔH = +177 kJ . mol-1
H2O(l) + ½ O2(g) → H2O2(aq) ΔH = +95 kJ . mol-1
H2O(l) → ½ O2(g) + H2(g) ΔH = +286 kJ . mol-1
Assim sendo, o calor envolvido na reação que ocorre no organismo do besouro é:
a) -558 kJ . mol-1
b) -204 kJ . mol-1
c) -177 kJ . mol-1
d) +558 kJ . mol-1
e) +585 kJ . mol-1