O poema descreve uma pessoa que deixou para trás a criança que era no passado e agora quer reencontrar essa parte de si mesma, mas não sabe como. Ele deseja subir um monte alto para conseguir ver de longe e lembrar quem costumava ser.
2. A criança que fui chora na estrada. Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
3. Mas hoje, vendo que o que sou é nada, Quero ir buscar quem fui onde ficou.
4. Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou? A vinda tem a regressão errada.
5. Já não sei de onde vim nem onde estou. De o não saber, minha alma está parada.
6. Se ao menos atingir neste lugar Um alto monte, de onde possa enfim O que esqueci, olhando-o, relembrar,
7. Na ausência, ao menos, saberei de mim, E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar Em mim um pouco de quando era assim.
8. Série Minutos de AutoEstima http://www.modestiaaparte.blog.br “ Que possas ter olhos de ver e coração de sentir o imenso Amor que existe em você.” Site dedicado ao desenvolvimento da AutoEstima, contendo artigos, dicas, testes e apresentações que visam o autoconhecimento, a autoaceitação e o autoamor. Poesia de Fernando Pessoa – A criança que fui chora na estrada Fotos: http://olhares.aeiou.pt