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ARQUITETURA DE SISTEMA DE SUPORTE
AO ENSINO USANDO O MODELO RM-ODP
FILIPE AVELINO CORRÊA
INTRODUÇÃO
MOTIVAÇÃO
▸ INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira)
▸ Sistema de avaliação da educação básica
▸ Avaliação nacional do rendimento escolar (Prova Brasil)
3
INEP
INTRODUÇÃO
DISTRIBUIÇÃO DE ALUNOS DO 5º ANO POR NÍVEL DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 NÍVEL 4 NÍVEL 5 NÍVEL 6 NÍVEL 7 NÍVEL 8 NÍVEL 9
2%2%
8%
13%
16%
19%
16%
11%
14%
41%
ADEQUADO
25%
CRÍTICO
Fonte: INEP (2013)
4
INEP
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Especificar a arquitetura de um sistema, usando o RM-ODP
como referência, que automatize o cálculo de índices de
legibilidade de um texto e auxilie no processo de seleção e
categorização de obras acadêmicas contemporâneas para
um determinado nível de escolaridade.
5
INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
▸ Klare (1974-1975) cita diversas pesquisas que apontam
uma alta correlação entre os índices de legibilidade e o
grau de compreensão textual;
▸ Martins et al. (1996) discutem sobre a adaptação das
formulas e a aplicação de indices de legibilidade para
textos em português do Brasil;
6
INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
▸ O MEC sugere textos para serem trabalhados em sala de aula, porém,
não disponibiliza aos educadores nenhuma ferramenta que auxilie no
processo de validação de outras obras;
▸ O readability-score.com e o hemingwayapp.com realizam testes de
legibilidade em para textos em inglês, porém, até a presente data, não
foram encontradas ferramentas que façam esta análise para textos em
português do Brasil;
▸ A especificação da arquitetura desta ferramenta, utilizando um modelo
de referência baseado em padrões internacionais, permite uma
definição melhor estruturada do sistema e faz com que o trabalho
possa ser adequado para outros contextos.
7
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
1. Definição do problema e elaboração da proposta;
2. Revisão bibliográfica;
3. Definição e descrição da arquitetura do sistema
utilizando a referência RM-ODP;
4. Avaliação da arquitetura através do método ATAM.
8
Referências numéricas utilizadas para representar a
facilidade de ler e compreender um determinado texto.
REFERENCIAL TEÓRICO
ÍNDICES DE LEGIBILIDADE
‣ Teste de facilidade de leitura de Flesh:
206,835 - 84,6 * (SÍLABAS / PALAVRAS) - 1,015 * (PALAVRAS / FRASES)
Fonte: Adaptado de Flesh (1948)
9
REFERENCIAL TEÓRICO
NÍVEIS DE LEGIBILIDADE PARA A FÓRMULA DE FLESH
10
Índice de Flesh Dificuldade Classificação
75 a 100 Muito fácil 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental
50 a 75 Fácil 5º ao 8º ano do Ensino Fundamental
25 a 50 Pouco difícil
9º ano do Ensino Fundamental ao 3º
ano do Ensino Médio
Abaixo de 25 Muito difícil Textos acadêmicos do Ensino Superior
Fonte: Baseado em Martins et al. (1996)
REFERENCIAL TEÓRICO
NÍVEIS DE LEGIBILIDADE
▸ Capitães da Areia (Jorge Amado)
▸ Os Maias (Eça de Queirós)
11
Índice de Flesh Dificuldade Classificação
53 Fácil 5º ao 8º ano do Ensino Fundamental
Índice de Flesh Dificuldade Classificação
47 Pouco difícil
9º ano do Ensino Fundamental ao 3º
ano do Ensino Médio
REFERENCIAL TEÓRICO
RM-ODP (REFERENCE MODEL OF OPEN DISTRIBUTED PROCESSING)
Modelo de referência que utiliza o conceito de visões para
abordar os diferentes pontos de vista do sistema:
▸ Visão empresarial;
▸ Visão da informação;
▸ Visão computacional;
▸ Visão de engenharia;
▸ Visão tecnológica.
TÁTICAS ARQUITETURAIS
12
REFERENCIAL TEÓRICO
ATAM (ARCHITECTURE TRADEOFF ANALYSIS METHOD)
Método para avaliar a arquitetura de software através dos
seus atributos de qualidade, expondo riscos arquitetônicos
que potencialmente inibem o cumprimento de objetivos de
negócio.
13
ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL
VISÃO EMPRESARIAL
Direcionadores de negócio:
▸ Alta disponibilidade;
▸ Baixo tempo de resposta;
▸ Relevância das informações apresentadas aos professores;
▸ Usabilidade da ferramenta.
15
ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL
VISÃO DA INFORMAÇÃO
PONTO DE VARIABILIDADE
16
ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL
VISÃO DA INFORMAÇÃO
17
DATA DE VISUALIZAÇÃO
UTILIZAÇÃO
AVALIAÇÃO
ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL
VISÃO COMPUTACIONAL
Funções do sistema:
▸ Analisar texto;
▸ Buscar textos;
▸ Avaliar texto.
18
ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL
VISÃO COMPUTACIONAL
19
ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL
VISÃO DE ENGENHARIA
Direcionador de negócio Requisito
Importância para atingir o
direcionador
Alta disponibilidade
Disponibilidade Alta
Segurança Média
Baixo tempo de resposta
Desempenho Alta
Segurança Média
Relevância
Modificabilidade Alta
Segurança Média
Usabilidade
Usabilidade Alta
Performance Média
20
ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL
VISÃO DE ENGENHARIA
21
ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL
VISÃO TECNOLÓGICA
Tipo Tecnologia Justificativa
Plataforma
IBM
Bluemix
Baixo custo de contratação, alta escalabilidade e
DevOps integrado.
Servidor Linux
Baixo custo de contratação, bom gerenciamento de
processos simultâneos e maior segurança contra
vírus e invasões.
Aplicação Node.js
Orientado a eventos de E/S através do uso de
threads não-bloqueantes.
Banco de
dados
CouchDB
Orientado a documentos, facilita o
desenvolvimento e ajuste de escala. Armazena
objetos JavaScript nativamente.
22
1. Apresentação do ATAM;
2. Apresentação dos direcionadores de negócio;
3. Apresentação da arquitetura;
4. Identificação dos mecanismos arquiteturais;
5. Geração da árvore de atributos de qualidade;
6. Análise dos mecanismos arquiteturais;
7. Priorização de cenários;
8. Análise dos mecanismos arquiteturais priorizados;
9. Apresentação de resultados.
1. Apresentação do ATAM;
2. Apresentação dos direcionadores de negócio;
3. Apresentação da arquitetura;
4. Identificação dos mecanismos arquiteturais;
5. Geração da árvore de atributos de qualidade;
6. Análise dos mecanismos arquiteturais;
7. Priorização de cenários;
8. Análise dos mecanismos arquiteturais priorizados;
9. Apresentação de resultados.
AVALIAÇÃO DA ARQUITETURA
ATAM (ARCHITECTURE TRADEOFF ANALYSIS METHOD)
VISÃO EMPRESARIAL
VISÕES DO RM-ODP + DIAGRAMA DE CLASSES
TÁTICAS ARQUITETURAIS
RISCOS, NÃO RISCOS, PONTOS DE SENSIBILIDADE E TRADE-OFFS
ÁRVORE DE ATRIBUTOS DE QUALIDADE
ANÁLISE ARQUITETURAL DOS CENÁRIOS
23
AVALIAÇÃO DA ARQUITETURA
ÁRVORE DE ATRIBUTOS DE QUALIDADE
Atributo de
qualidade
Código do
cenário
Descrição do cenário Prioridade
Segurança C1
Um atacante tenta alterar o índice de legibilidade
de um texto.
Alta
Disponibilidade C2
Um dos servidores do fica indisponível e o
sistema deverá continuar funcional.
Alta
Desempenho C3
Um usuário deseja buscar um texto e o sistema
deverá mostrar uma lista de textos em até 250
milissegundos.
Média
Modificabilidade C4
Um desenvolvedor deseja incluir uma nova
fórmula para o relatório de legibilidade e o
sistema deve aceitar esta mudança sem afetar
outros módulos.
Baixa
Usabilidade C5
Um usuário deseja analisar um texto e o sistema
deverá mostrar o relatório de legibilidade
enquanto o texto está sendo digitado.
Baixa
24
AVALIAÇÃO DA ARQUITETURA
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
Risco:
▸ O uso de trilhas de auditoria, sem o controle de arquivamento
ou remoção de logs antigos poderá expor riscos ao
desempenho e à disponibilidade da ferramenta.
Trade-off:
▸ Para se alcançar uma melhor disponibilidade e desempenho do
sistema e implementar as trilhas de auditorias que contribuirão
na segurança do sistema será necessário um aumento no custo
de manutenção e operação.
25
CONCLUSÕES
OBJETIVO ATINGIDO E CONTRIBUIÇÕES
▸ Especificar a arquitetura de um sistema que apoiará
professores de todo o Brasil durante a seleção de textos
para serem utilizados em sala de aula;
▸ Avaliar a arquitetura proposta através do método ATAM,
identificando atributos de qualidade que foram
protegidos através da aplicação de táticas arquiteturais;
▸ Desenvolver um protótipo do sistema que realiza a análise
de legibilidade de um texto.
26
CONCLUSÕES
DIFICULDADES ENCONTRADAS
▸ Abordar um tema fora da minha área de atuação;
▸ Entender uma parte do processo educacional e definir a
melhor forma de representar as suas regras de negócio
através das diferentes visões do RM-ODP.
27
CONCLUSÕES
TRABALHOS FUTUROS
▸ Elaborar e inserir algoritmos que realizem as análises
morfológica, sintática e semântica do texto;
▸ Incluir funcionalidades que permitam aos professores criarem
exercícios para alunos e acompanhar o desempenho da turma
em um determinado texto;
▸ Especificar a arquitetura de projeto para que o sistema funcione
como um aplicativo para dispositivos móveis;
▸ Aprimorar o protótipo do sistema para a inclusão das
funcionalidades de busca e avaliação de textos.
28
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
▸ BASS, L.; CLEMENTS, P.; KAZMAN, R. Software Architecture in Practice. Boston: Addison-Wesley, 2003.
▸ BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. <Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm> Acesso em: 18 nov. 2015.
▸ FLESH, R. F. A New Readability Yardstick. Journal of Applied Psychology 32.3, 1948. p. 221 a 233.
▸ GONÇALVES, S. Aprender a ler e compreensão do texto: processos cognitivos e estratégias de ensino.
Revista Iberoamericana de educación 46, 2008. p. 135 a 154.
▸ INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira. Prova Brasil: Avaliação do rendimento escolar
2013. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br>. Acesso em: 20 jun. 2015.
▸ INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira. Senso Escolar da Educação Básica 2013:
Resumo técnico. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br>. Acesso em: 20 jun. 2015.
▸ ISO. International Organisation for Standardisation. ISO/IEC 10746-1: Information Technology Open
Distributed Processing Reference Model: Overview. Genebra, 1998.
▸ ______. ISO/IEC 10746-2: Information Technology Open Distributed Processing Reference Model:
Foundations. Genebra, 1998.
29
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
▸ ______. ISO/IEC 10746-3: Information Technology Open Distributed Processing Reference Model:
Architecture. Genebra, 1998.
▸ ______. ISO/IEC 10746-4: Information Technology Open Distributed Processing Reference Model:
Architectural Semantics. Genebra, 1998.
▸ KINCAID, J. P.; DELIONBACH, L. J. Validation of the Automated Readability Index: A Follow-Up. Human
Factors: The Journal of the Human Factors and Ergonomics Society 15.1, 1973. p. 17 a 20.
▸ KLARE, F. R. Assessing readability. Reading Research Quarterly, 1974-1975. p. 62 a 102.
▸ MARTINS, T. B. F. et al. Readability Formulas Applied to Textbooks in Brazilian Portuguese. São Carlos:
Universidade de São Paulo, 1996.
▸ MCCALLUM, D. R.; PETERSON, J. L. Computer-based readability indexes. Austin: The University of Texas,
1982.
▸ RAYMOND, K. Reference Model of Open Distributed Processing (RM-ODP): Introduction. Brisbane:
University of Queensland, 1995.
▸ SEI. Software Engineering Institute. ATAM: Method for Architecture Evaluation. Pittsburgh, 2000.
30
APÊNDICE
PROJETO LEIA
31

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Arquitetura de sistema de suporte ao ensino usando o modelo rm odp

  • 1. ARQUITETURA DE SISTEMA DE SUPORTE AO ENSINO USANDO O MODELO RM-ODP FILIPE AVELINO CORRÊA
  • 2.
  • 3. INTRODUÇÃO MOTIVAÇÃO ▸ INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) ▸ Sistema de avaliação da educação básica ▸ Avaliação nacional do rendimento escolar (Prova Brasil) 3 INEP
  • 4. INTRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO DE ALUNOS DO 5º ANO POR NÍVEL DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 NÍVEL 4 NÍVEL 5 NÍVEL 6 NÍVEL 7 NÍVEL 8 NÍVEL 9 2%2% 8% 13% 16% 19% 16% 11% 14% 41% ADEQUADO 25% CRÍTICO Fonte: INEP (2013) 4 INEP
  • 5. INTRODUÇÃO OBJETIVO Especificar a arquitetura de um sistema, usando o RM-ODP como referência, que automatize o cálculo de índices de legibilidade de um texto e auxilie no processo de seleção e categorização de obras acadêmicas contemporâneas para um determinado nível de escolaridade. 5
  • 6. INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA ▸ Klare (1974-1975) cita diversas pesquisas que apontam uma alta correlação entre os índices de legibilidade e o grau de compreensão textual; ▸ Martins et al. (1996) discutem sobre a adaptação das formulas e a aplicação de indices de legibilidade para textos em português do Brasil; 6
  • 7. INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA ▸ O MEC sugere textos para serem trabalhados em sala de aula, porém, não disponibiliza aos educadores nenhuma ferramenta que auxilie no processo de validação de outras obras; ▸ O readability-score.com e o hemingwayapp.com realizam testes de legibilidade em para textos em inglês, porém, até a presente data, não foram encontradas ferramentas que façam esta análise para textos em português do Brasil; ▸ A especificação da arquitetura desta ferramenta, utilizando um modelo de referência baseado em padrões internacionais, permite uma definição melhor estruturada do sistema e faz com que o trabalho possa ser adequado para outros contextos. 7
  • 8. INTRODUÇÃO METODOLOGIA 1. Definição do problema e elaboração da proposta; 2. Revisão bibliográfica; 3. Definição e descrição da arquitetura do sistema utilizando a referência RM-ODP; 4. Avaliação da arquitetura através do método ATAM. 8
  • 9. Referências numéricas utilizadas para representar a facilidade de ler e compreender um determinado texto. REFERENCIAL TEÓRICO ÍNDICES DE LEGIBILIDADE ‣ Teste de facilidade de leitura de Flesh: 206,835 - 84,6 * (SÍLABAS / PALAVRAS) - 1,015 * (PALAVRAS / FRASES) Fonte: Adaptado de Flesh (1948) 9
  • 10. REFERENCIAL TEÓRICO NÍVEIS DE LEGIBILIDADE PARA A FÓRMULA DE FLESH 10 Índice de Flesh Dificuldade Classificação 75 a 100 Muito fácil 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental 50 a 75 Fácil 5º ao 8º ano do Ensino Fundamental 25 a 50 Pouco difícil 9º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio Abaixo de 25 Muito difícil Textos acadêmicos do Ensino Superior Fonte: Baseado em Martins et al. (1996)
  • 11. REFERENCIAL TEÓRICO NÍVEIS DE LEGIBILIDADE ▸ Capitães da Areia (Jorge Amado) ▸ Os Maias (Eça de Queirós) 11 Índice de Flesh Dificuldade Classificação 53 Fácil 5º ao 8º ano do Ensino Fundamental Índice de Flesh Dificuldade Classificação 47 Pouco difícil 9º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio
  • 12. REFERENCIAL TEÓRICO RM-ODP (REFERENCE MODEL OF OPEN DISTRIBUTED PROCESSING) Modelo de referência que utiliza o conceito de visões para abordar os diferentes pontos de vista do sistema: ▸ Visão empresarial; ▸ Visão da informação; ▸ Visão computacional; ▸ Visão de engenharia; ▸ Visão tecnológica. TÁTICAS ARQUITETURAIS 12
  • 13. REFERENCIAL TEÓRICO ATAM (ARCHITECTURE TRADEOFF ANALYSIS METHOD) Método para avaliar a arquitetura de software através dos seus atributos de qualidade, expondo riscos arquitetônicos que potencialmente inibem o cumprimento de objetivos de negócio. 13
  • 14.
  • 15. ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL VISÃO EMPRESARIAL Direcionadores de negócio: ▸ Alta disponibilidade; ▸ Baixo tempo de resposta; ▸ Relevância das informações apresentadas aos professores; ▸ Usabilidade da ferramenta. 15
  • 16. ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL VISÃO DA INFORMAÇÃO PONTO DE VARIABILIDADE 16
  • 17. ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL VISÃO DA INFORMAÇÃO 17 DATA DE VISUALIZAÇÃO UTILIZAÇÃO AVALIAÇÃO
  • 18. ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL VISÃO COMPUTACIONAL Funções do sistema: ▸ Analisar texto; ▸ Buscar textos; ▸ Avaliar texto. 18
  • 19. ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL VISÃO COMPUTACIONAL 19
  • 20. ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL VISÃO DE ENGENHARIA Direcionador de negócio Requisito Importância para atingir o direcionador Alta disponibilidade Disponibilidade Alta Segurança Média Baixo tempo de resposta Desempenho Alta Segurança Média Relevância Modificabilidade Alta Segurança Média Usabilidade Usabilidade Alta Performance Média 20
  • 21. ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL VISÃO DE ENGENHARIA 21
  • 22. ARQUITETURA DE UM SISTEMA DE ANÁLISE E SUGESTÃO TEXTUAL VISÃO TECNOLÓGICA Tipo Tecnologia Justificativa Plataforma IBM Bluemix Baixo custo de contratação, alta escalabilidade e DevOps integrado. Servidor Linux Baixo custo de contratação, bom gerenciamento de processos simultâneos e maior segurança contra vírus e invasões. Aplicação Node.js Orientado a eventos de E/S através do uso de threads não-bloqueantes. Banco de dados CouchDB Orientado a documentos, facilita o desenvolvimento e ajuste de escala. Armazena objetos JavaScript nativamente. 22
  • 23. 1. Apresentação do ATAM; 2. Apresentação dos direcionadores de negócio; 3. Apresentação da arquitetura; 4. Identificação dos mecanismos arquiteturais; 5. Geração da árvore de atributos de qualidade; 6. Análise dos mecanismos arquiteturais; 7. Priorização de cenários; 8. Análise dos mecanismos arquiteturais priorizados; 9. Apresentação de resultados. 1. Apresentação do ATAM; 2. Apresentação dos direcionadores de negócio; 3. Apresentação da arquitetura; 4. Identificação dos mecanismos arquiteturais; 5. Geração da árvore de atributos de qualidade; 6. Análise dos mecanismos arquiteturais; 7. Priorização de cenários; 8. Análise dos mecanismos arquiteturais priorizados; 9. Apresentação de resultados. AVALIAÇÃO DA ARQUITETURA ATAM (ARCHITECTURE TRADEOFF ANALYSIS METHOD) VISÃO EMPRESARIAL VISÕES DO RM-ODP + DIAGRAMA DE CLASSES TÁTICAS ARQUITETURAIS RISCOS, NÃO RISCOS, PONTOS DE SENSIBILIDADE E TRADE-OFFS ÁRVORE DE ATRIBUTOS DE QUALIDADE ANÁLISE ARQUITETURAL DOS CENÁRIOS 23
  • 24. AVALIAÇÃO DA ARQUITETURA ÁRVORE DE ATRIBUTOS DE QUALIDADE Atributo de qualidade Código do cenário Descrição do cenário Prioridade Segurança C1 Um atacante tenta alterar o índice de legibilidade de um texto. Alta Disponibilidade C2 Um dos servidores do fica indisponível e o sistema deverá continuar funcional. Alta Desempenho C3 Um usuário deseja buscar um texto e o sistema deverá mostrar uma lista de textos em até 250 milissegundos. Média Modificabilidade C4 Um desenvolvedor deseja incluir uma nova fórmula para o relatório de legibilidade e o sistema deve aceitar esta mudança sem afetar outros módulos. Baixa Usabilidade C5 Um usuário deseja analisar um texto e o sistema deverá mostrar o relatório de legibilidade enquanto o texto está sendo digitado. Baixa 24
  • 25. AVALIAÇÃO DA ARQUITETURA APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS Risco: ▸ O uso de trilhas de auditoria, sem o controle de arquivamento ou remoção de logs antigos poderá expor riscos ao desempenho e à disponibilidade da ferramenta. Trade-off: ▸ Para se alcançar uma melhor disponibilidade e desempenho do sistema e implementar as trilhas de auditorias que contribuirão na segurança do sistema será necessário um aumento no custo de manutenção e operação. 25
  • 26. CONCLUSÕES OBJETIVO ATINGIDO E CONTRIBUIÇÕES ▸ Especificar a arquitetura de um sistema que apoiará professores de todo o Brasil durante a seleção de textos para serem utilizados em sala de aula; ▸ Avaliar a arquitetura proposta através do método ATAM, identificando atributos de qualidade que foram protegidos através da aplicação de táticas arquiteturais; ▸ Desenvolver um protótipo do sistema que realiza a análise de legibilidade de um texto. 26
  • 27. CONCLUSÕES DIFICULDADES ENCONTRADAS ▸ Abordar um tema fora da minha área de atuação; ▸ Entender uma parte do processo educacional e definir a melhor forma de representar as suas regras de negócio através das diferentes visões do RM-ODP. 27
  • 28. CONCLUSÕES TRABALHOS FUTUROS ▸ Elaborar e inserir algoritmos que realizem as análises morfológica, sintática e semântica do texto; ▸ Incluir funcionalidades que permitam aos professores criarem exercícios para alunos e acompanhar o desempenho da turma em um determinado texto; ▸ Especificar a arquitetura de projeto para que o sistema funcione como um aplicativo para dispositivos móveis; ▸ Aprimorar o protótipo do sistema para a inclusão das funcionalidades de busca e avaliação de textos. 28
  • 29. REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS ▸ BASS, L.; CLEMENTS, P.; KAZMAN, R. Software Architecture in Practice. Boston: Addison-Wesley, 2003. ▸ BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. <Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm> Acesso em: 18 nov. 2015. ▸ FLESH, R. F. A New Readability Yardstick. Journal of Applied Psychology 32.3, 1948. p. 221 a 233. ▸ GONÇALVES, S. Aprender a ler e compreensão do texto: processos cognitivos e estratégias de ensino. Revista Iberoamericana de educación 46, 2008. p. 135 a 154. ▸ INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira. Prova Brasil: Avaliação do rendimento escolar 2013. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br>. Acesso em: 20 jun. 2015. ▸ INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira. Senso Escolar da Educação Básica 2013: Resumo técnico. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br>. Acesso em: 20 jun. 2015. ▸ ISO. International Organisation for Standardisation. ISO/IEC 10746-1: Information Technology Open Distributed Processing Reference Model: Overview. Genebra, 1998. ▸ ______. ISO/IEC 10746-2: Information Technology Open Distributed Processing Reference Model: Foundations. Genebra, 1998. 29
  • 30. REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS ▸ ______. ISO/IEC 10746-3: Information Technology Open Distributed Processing Reference Model: Architecture. Genebra, 1998. ▸ ______. ISO/IEC 10746-4: Information Technology Open Distributed Processing Reference Model: Architectural Semantics. Genebra, 1998. ▸ KINCAID, J. P.; DELIONBACH, L. J. Validation of the Automated Readability Index: A Follow-Up. Human Factors: The Journal of the Human Factors and Ergonomics Society 15.1, 1973. p. 17 a 20. ▸ KLARE, F. R. Assessing readability. Reading Research Quarterly, 1974-1975. p. 62 a 102. ▸ MARTINS, T. B. F. et al. Readability Formulas Applied to Textbooks in Brazilian Portuguese. São Carlos: Universidade de São Paulo, 1996. ▸ MCCALLUM, D. R.; PETERSON, J. L. Computer-based readability indexes. Austin: The University of Texas, 1982. ▸ RAYMOND, K. Reference Model of Open Distributed Processing (RM-ODP): Introduction. Brisbane: University of Queensland, 1995. ▸ SEI. Software Engineering Institute. ATAM: Method for Architecture Evaluation. Pittsburgh, 2000. 30