SlideShare uma empresa Scribd logo
PREVENÇÃO E CONTROLE
DE RISCOS, APLICAÇÃO NR
10 E NR 12 - MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA
Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito de
Oliveira
Pró-reitor:
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional:
Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim
Mariana Tait Romancini
Produção Audiovisual:
Heber Acuña Berger
Leonardo Mateus Gusmão Lopes
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão da Produção:
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos:
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
	 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
	 Primeiramente, deixo uma frase de
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios
não vale a pena ser vivida.”
	 Cada um de nós tem uma grande
responsabilidade sobre as escolhas que
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida
acadêmicaeprofissional,refletindodiretamente
em nossa vida pessoal e em nossas relações
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade
é exigente e busca por tecnologia, informação
e conhecimento advindos de profissionais que
possuam novas habilidades para liderança e
sobrevivência no mercado de trabalho.
	 De fato, a tecnologia e a comunicação
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas,
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e
nos proporcionando momentos inesquecíveis.
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a
Distância,aproporcionarumensinodequalidade,
capaz de formar cidadãos integrantes de uma
sociedade justa, preparados para o mercado de
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
	 Que esta nova caminhada lhes traga
muita experiência, conhecimento e sucesso.
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
3
3
WWW.UNINGA.BR
U N I D A D E
01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES ........................................................................................................................ 5
2 - NORMA REGULAMENTADORA NR 10 ................................................................................................................ 6
3 - MEDIDAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL ....................................................... 8
3.1. MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA ................................................................................................................. 11
3.2. MEDIDAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .......................................................................... 12
4 - LEGISLAÇÃO E NORMAS RELATIVAS À PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS ................................ 16
5 - CONCLUSÃO ........................................................................................................................................................ 17
NR10SEGURANÇAEMINSTALAÇÕES
E SERVIÇO EM ELETRICIDADE
PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO
NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
4
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Desde a invenção do primeiro gerador de energia por Nikola Tesla e da invenção da
Lâmpada por Tomas Edson, a busca por distribuição de energia teve um crescimento exponencial
nas cidades, a fim de propagar, principalmente, a iluminação pública. Mais tarde, com a invenção
dos motores elétricos de indução, a energia demandava industrias. Pouco se conhecia sobre
energia elétrica, porém, com a demanda por novas redes de distribuição, a mão-de-obra para a
implantação desse sistema possuía um alto índice de mortalidade. Estima-se que, naquela época,
seis em cada dez trabalhadores, na área de linhas de distribuição, morriam, ou seja, era ao menos
o dobro da quantidade de mortes do que em qualquer profissão.
Quando à energia elétrica chegou ao Brasil, em 1879, para a implantação de iluminação
pública, há haviam normas. Posteriormente, foi inaugurada a primeira usina hidroelétricas, em
1883, na Diamantina; havia bondes elétricos no Rio de Janeiro, em 1892; sistema de iluminação
pública em Belo Horizonte , em 1897; porém, somente em 1914, a fim de controlar o alto índice
de acidentes fatais, é que foi lançado o primeiro código de instalações elétricas, pela antiga e
extinta Inspetoria Geral de Iluminação, localizada no Rio de Janeiro. Somente em 1977, a ABNT
(Associação Brasileira de normas Técnicas) publicou a NB-3 (Norma brasileira – 3) Baseada
na NFPA-70 (National Eletrical Code), norma internacional vinda dos Estados Unidos. No
Brasil, a norma regulamentadora número 10, tópico de estudo dessa apostila, somente surgiu
após a consolidação das leis trabalhistas no ano de 1978, juntamente com outras 28 normas
regulamentadores no trabalho.
O princípio das NR10 sempre teve como essência controlar os riscos dos trabalhos que
interajam diretamente ou indiretamente as instalações elétricas, para reduzir para zero os índices
de acidentes no trabalho no uso da eletricidade em todas as etapas, ou seja, geração, transmissão,
distribuição e consumo de energia elétrica.
5
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES
Para a interpretação e compreensão de normas, principalmente a NR10, temos que deixar
claro algumas definições, que podem contribuir para um melhor aprendizado.
• Extra baixa tensão ou tensão de segurança: Os valores de extra baixa tensão são claros
em norma: Tensão inferior à 50 V corrente alternada ou 120 V corrente continua. O termo tensão
de segurança, sendo sinônimo de extra baixa tensão na NR10, é devido pois a passagem de uma
corrente elétrica somente irá ser sentido no corpo humano acima desses valores de tensão.
• Baixa tensão BT: Baixa tensão são valores acima de 60 V em corrente alternada e 120 V
em corrente continua à 1.000 V corrente alternada e 1.500 V corrente contínua, sendo a faixa de
tensão que fica entre a Extra baixa tensão e a alta tensão.
• Alta Tensão (AT): A definição de alta tensão, segundo a NR10, é um pouco divergente,
pois segundo a ABNT consideraríamos alta tensão instalações elétricas acima de 36.000 V, logo
valores entre 1.000 V e acima de 36.000 V seria média tensão conforme estabelece a NBR14039
– Instalações elétricas de média tensão MT. Porém, conforme descrito na NR10, alta tensão é
instalação elétrica acima de 1.000 V em corrente alternada e 1.500 V em corrente contínua. Já
para efeitos de padronização construtiva, projeto e dimensionamento das instalações temos que
tomar como referência, projetos e parâmetros técnicos da ABNT, já quando os assuntos são
procedimentos de trabalho e controle de risco, consideramos os valores de tensão especificado
na NR10 para AT.
• Área classificada e atmosfera explosiva: As duas palavras por mais que parecidas são
itens diferentes e específicos, onde uma área classificada se diz o local no qual pode haver uma
atmosfera explosiva. Por exemplo: Uma plataforma de armazenamento de botijões de gás é uma
área classificada, porem ela somente irá se tornar uma atmosfera explosiva caso do vazamento de
gás, onde a mistura do mesmo com o ar, a ignição propagasse a combustão.
• Direito de recusa: O direito de recusa é um instrumento no qual podemos classificar
como medida de controle de risco, no qual o executor de uma determinada atividade, no qual o
exponha a risco eminente de si próprio ou de terceiros, tem de recusar de forma assegurada por
lei para evitar quaisquer maiores riscos. Exemplo: A recusa para uma manutenção em um poste
de distribuição de energia, pois começou a chover e os isolamento de proteção irão se perder por
umidade, colocando-o em risco eminente de acidente.
• Energia incidente: É a energia dissipada no momento de uma falha nas instalações
elétricas por circunstancia acidentais, podendo variar seu potencial e tempo de falha de caso a
caso. Para um equipamento interligado a instalações elétricas, quanto maior seu potencial de
consumo e demanda de energia maior será a sua energia incidente, a qual sua unidade é expressa
em Quilo Joules por centímetro cúbico (kJ/cm³).
• SEP: Sistema elétrico de potência é o conjunto de equipamentos elétricos com finalidade
de geração, transmissão e distribuição de energia com valores de demanda de energia elevado
e mais robusto, geralmente em AT. São exemplos de SEP, redes de distribuição de energia,
transformadores trifásicos de potência, medições indiretas de energia, cabine de medição de
energia, entre outros.
6
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
Nesse material iremos discutir sobre a norma regulamentadora nº 10 e
não necessariamente citaremos todos os itens da norma, nesses moldes é
recomendável para qualidade cognitiva desse conteúdo que se leia a norma nesse
módulo na integra, assim acesse o site do ministério do trabalho para um acesso
a norma atualizada. Site ministério do trabalho Disponível em: <<http://trabalho.
gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR10.pdf>. Acesso em: 15 jun. 18.
2 - NORMA REGULAMENTADORA NR 10
Para melhor compreensão da NR10, devemos inicialmente compreender que ela
pretende atingir objetivamente a segurança em instalações e serviços em cima de todas etapas
que se utilize energia elétrica com valores de tensão superiores a 50 Volts corrente alternada e 120
V corrente contínua, sendo aplicáveis em etapas e fases de Geração de energia elétrica (Usinas
hidroelétricas, fotovoltaicas, biomassa, fotovoltaicas, outros), transmissão de energia (130 kV até
700 kV), Distribuição de energia (Usualmente utilizada no Brasil em 13,8 kV, 34,5kV e 69kV),
incluindo, também, etapas de projetos elétricos, montagem e operação de sistema elétricos e
manutenção de instalações, maquinas e equipamentos elétricos. A NR 10 se aplica a pessoas que
trabalham diretamente e/ou indiretamente com instalações elétricas, desde a montagem de um
quadro elétrico até a utilização do sistema por pessoa não advertida, na simples ação de ligar e
desligar um interruptor de luz ou meramente quem trabalhe em proximidade de eletricidade
mais não necessariamente com energia elétrica, por exemplo: Profissional no qual lança cabos
de fibra óptica em um poste, mesmo que fibra óptica não seja um meio ou equipamento no qual
se trabalha energizado mas se tratando de uma atividade em proximidade de sistemas elétricos
temos riscos a ser avaliados. A NR10 determina condições mínimas de segurança, ou seja, tudo
que é descrito na norma é obrigatório seu comprimento, porem como forma de medidas de
controle, pode ser implementado por medidas adicionais.
Para que um trabalhador possa desenvolver suas atividades nas instalações elétricas, é
importante que tenha em seu currículo o treinamento básico (segurança em instalações e serviços
com eletricidade) de carga horária mínima de 40 horas, que a NR 10 no Anexo II especifica uma
programação mínima dos conteúdos mais relevantes. Para que os trabalhadores tenham contato
com as instalações elétricas em alta tensão, é necessário que seja feito o curso complementar
(segurança no sistema elétrico de potência SEP e em suas proximidades), além do curso básico,
que é pré-requisito. Além do(s) curso(s), faz-se necessário para o trabalhador poder realizar suas
atividades nas instalações elétricas, e que cumpra as exigências ditas pelo item 10.8 (Habilitação,
Qualificação, Capacitação e Autorização dos trabalhadores) da NR 10, que especifica todos os
outros requisitos, em questões de conhecimento técnico e autorizações.
Para que os serviços em instalações elétricas sejam feitos de forma eficaz e mais segura
possível, é importante que seja seguido um procedimento de trabalho de desenergização.
Instalações elétricas são consideradas desenergizadas apenas mediantes a uma sequência de
procedimentos apropriados. Como uma forma de proteção coletiva dos riscos elétricos, a NR 10
determinou essa sequência de procedimentos:
7
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
a) Seccionamento;
b) Impedimento de reenergização;
c) Constatação da ausência de tensão;
d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos
circuitos;
e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada;
f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.
Após todo o serviço ser realizado e haver a verificação de que não há quaisquer problemas,
deve-se seguir alguns passos para a reenergização da instalação elétrica. Esse processo de
reenergização deve sempre ser realizado por um profissional capacitado para tal trabalho, como
especifica o item 10.8 da NR 10. A sequência dos procedimentos de reenergização, segundo a NR
10, é:
a) Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;
b) Retirada da zona controlada de todos os trabalhos não envolvidos no processo de
reenergização;
c)Remoçãodoaterramentotemporário,daequipotencializaçãoedasproteçõesadicionais;
d) Remoção da sinalização de impedimento de reenergização;
e) Destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.
Como exemplo dos procedimentos de trabalho, observe a Tabela da sequência para a
substituição de uma lâmpada fluorescente tubular:
a) Seccionamento;
Verificar se o circuito está identificado conforme o
esquema unifilar e somente depois desligar o disjuntor
no quadro de distribuição e assim como o interruptor da
lâmpada.
b) Impedimento de
reenergização;
Fazer bloqueio de religamento do disjuntor de forma que
não possa ser violado facilmente. Esse bloqueio pode ser
realizado colocando um cadeado no quadro elétrico que
possui o dispositivo.
c) Constatação da
ausência de tensão;
Utilizar um multímetro ou equipamento similar para
constar que realmente aquele circuito foi desligado.
d) Instalação de
aterramento temporário;
Não aplicável pelo baixo nível de risco.
e) Proteção dos
elementos energizados
existentes na zona
controlada;
Proteção dos elementos energizados que possa estar na
mesma caixa de passagem.
8
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
f) Instalação da
sinalização de
impedimento de
reenergização.
Instalação de sinalização no quadro elétrico o qual o
circuito foi desligado.
Tabela 1 - obstáculos de proteção coletiva. Fonte: Seton (s/d).
3 - MEDIDAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA E INDIVIDUAL
Que todas as intervenções em instalações devem ser providas de cuidados todos nós
sabemos, porém, de que forma deve ser submetidos esses cuidados de acordo com a NR10?
Utilizando uma análise de risco mediante a técnicas apropriadas e verificando não somente riscos
elétricos, mas também os riscos adicionais.
Os riscos adicionais são aqueles que não estão relacionados diretamente com energia
elétrica, porém no emprego dessas atividades ou até mesmo por outros efeitos o trabalhador
estará exposto, como trabalho em altura, confinamento, atmosfera explosiva, poeira, umidade e
até campos elétricos e magnéticos. Os riscos adicionais estão presentes em quaisquer atividades,
principalmente, as que demandam conhecimento técnico fazendo com que dentro da análise seja
criteriosamente avaliada. Por exemplo, considerando um trabalhador que irá fazer a manutenção
em uma luminária que está instalada com um pé direito de cinco metros de altura e o reator da
lâmpada encontra-se dentro do forro de gesso, ou seja, precisará remover toda a luminária do
forro para manutenção, todavia, temos uma análise sobre os riscos risco adicionais: O Trabalho
em altura deve ser avaliado a forma de acesso até a luminária utilizando-se escada ou andaime, não
podendo deixar de lado a utilização do cinto de segurança, ancoragem do cinto, boas condições
das sapatas, treinamento de trabalho de altura em dia (NR35), trabalho sempre realizado em duas
pessoas; A poeira acumulada internamente no forro, utilização de luvas apropriadas, e inspeção
visual a fim de verificar a presença de riscos do gênero (A luminária e equipamento elétricos com
acumulo de poeira e associados a eletricidade pode haver falhas e descargas de energia); Fauna
considerando que pode haver animais peçonhentos como aranha, escorpião, entre outros.
Em uma análise prévia, podemos verificar vários outros aspectos de risco adicionais, os
quais não estão ligados diretamente a energia elétrica e podem gerar acidente no trabalho. As
medidas de controle também estão associadas a informações sobre as instalações elétricas de
forma em geral. Para intervenções, é necessário saber como são as metodologias de segurança a
serem empregadas e de que forma os dispositivos elétricos estão ligado e associados, como suas
proteções foram dimensionadas, quais os ferramentais adequados para o seu uso, comprovação
de que o sistema de aterramento e SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas)
estão bem dimensionados, entre outras informações no qual devem ser descritas no PIE
(Prontuário de Instalações Elétricas). Antes de discutirmos sobre o PIE, é válido colocar que
os esquemas unifilares das instalações são obrigatórios a toda e qualquer empresa, e deve ser
mantido atualizado. Os esquemas unifilares devem conter:
- Valor de corrente nominal das proteções e parâmetro a serem ajustados;
- Especificação da marca e do modelo de equipamento utilizado;
- Dimensões de cabos e barramento elétricos;
- Descrição do sistema de aterramento;
- Denominação e identificação dos circuitos, de sua origem e destino;
9
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
O Prontuário de instalações elétricas é um conjunto de informações em que a empresa
que possua carga instalada acima de 75 kW deve constituir e mantê-lo atualizado. O PIE deve
conter todas as informações referentes a instalações elétricas e procedimentos segurança no
trabalho, contendo no mínimo os subitens abaixo, conforme descrito no item 10.2.4:
a)Conjuntodeprocedimentoseinstruçõestécnicaseadministrativasdesegurançaesaúde,
implantadas e relacionadas a NR 10 e descrição das medidas de controle existentes: O Conjunto
de procedimentos é um manual técnico no qual cada empresa deve elaborar o seu conforme
disposições gerais e a peculiaridade, contendo informações de como são todos os procedimentos
para intervenções em instalações elétricas, recomendações de segurança no trabalho para
intervenções em instalações elétricas, descrição dos EPIs e EPCs, plano de emergência em casos
de acidente. Para a empresa de concessionária de energia elétrica, é essencial que cada atividade
se tenha um manual de procedimentos, como por exemplo: Procedimentos para subir em escada,
procedimento para poda de árvore, entre outros.
b) Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas e aterramentos elétricos: Toda empresa, desde a sua concepção, deve haver ensaios
periódicos com medição e inspeção do sistema de aterramento elétrico e SPDA (Sistema de
Proteção contra Descargas Atmosféricas). As recomendações de ensaios em instalações de
baixa tensão estão expressas pela NBR 5410 - “Instalações elétricas em baixa tensão” onde a sua
periodicidade pode variar de caso para caso, mas, em geral a recomendação é anualmente ou
seguindo as recomendações do fabricante. As medições de resistência de aterramento devem ser
realizadas por um equipamento denominado terrometro, com procedimentos específicos e com
laudos técnicos assinado por um engenheiro eletricista, obrigatoriamente. Já inspeções referentes
ao SPDA está constante na NBR 5419 – “Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas”.
Em 2018 existe recomendações para as instalações de SPDA internos e externos, ou seja, não é
mais somente aquele sistema externo provido de captores da Franklin ou Gaiola de Faraday, mais
sim um sistema interno de proteção dos equipamentos elétricos, telecomunicações, dados, sinal
e até mesmo das pessoas que interajam de algum forma com as instalações elétricas, adotando
dispositivos de proteção contra surto elétricos. A medição da resistência de aterramento não
é mais obrigatória em norma por questões técnicas, justificada em norma, porém o ensaio de
continuidade elétrica do sistema, a fim de garantir a continuidade do sistema captor com a malha
de aterramento, deve ser procedida periodicamente para cada caso, mas em tese, anualmente.
c) Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental,
aplicáveis conforme determina a NR 10: Para cada empresa temos riscos diferentes e análises de
risco diferentes, dessa forma teremos equipamentos de proteção coletivos e individuais diferentes,
onde dentro do PIE deve haver sua especificação e justificativa para sua obrigatoriedade de uso.
Nessa parte do prontuário, é recomendado juntar todos os CAs (Certificado de Aprovação) de
EPIs e EPCs, assim como a ficha de entrada de EPIs aos colaboradores.
d) Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização
dos trabalhadores e dos treinamentos realizados: Dentro do prontuário deve ter todos os
certificados dos colaboradores de acordo com a exigência e a necessidade de cada empresa, como:
Curso de NR 10, NR 35 - Trabalho em altura, NR 33 - Espaço confinado, certificado de conclusão
de curso técnico, tecnólogo, engenharia, entre outros cursos de qualificação.
10
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
e) Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção
individual e coletiva: Equipamentos e ferramentais de instalações elétricas, quando providos
de isolação, devem ser ensaiados periodicamente conforme recomendações do fabricante ou
anualmente, quando não especificado. Os ensaios de tensão aplicada devem ser feitos por um
laboratório especializado e creditado pelo órgão competente (Inmetro), visando garantir a
segurança e certificar a sua utilização em trabalho, logo seus certificados de ensaio, contendo
número de série de cada equipamento, deve estar junto ao PIE.
f) Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas: Quaisquer
equipamentos ou instalações, as quais rodem em uma atmosfera explosiva sendo área classificada,
devem possuir certificação especifica de que a mesma foi projetada para ser instalada em
condições originalmente preconizadas, ou seja, desde um quadro elétrico, tubulação elétrica para
área classificada, deve possuir certificação especifica.
g) RTI - Relatório técnico de inspeção atualizado, com recomendações, cronogramas
de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”: Nesse ponto é necessário manter e
constituir atualizado o RTI – Relatório técnicos de inspeção, no qual é uma forma de narrativa
técnica das instalações elétricas em geral, apontando todos os pontos de conformidade e não
conformidade, desde a entrada de energia, quadros de distribuição elétrica, ferramentais, EPIs,
EPCs, procedimentos de trabalho em geral, etc. Esse documento serve como forma de referência
para apontar possíveis falhas de segurança em instalações elétricas assim como certifica-las de
que a mesma está sendo empregada. É válido lembrar que esse documento deve ser elaborado
por um engenheiro eletricista, obrigatoriamente, e as não conformidades deve ser apresentada
um plano de ação para corrigi-las.
Para empresas que não possuem carga instaladas acima de 75 kW, porém, os trabalhos
são realizados em proximidade do SEP (Sistema Elétrico de Potência) deve possuir os itens “a”,
“c”, “d” e “e”. Empresas que realizam instalação, ou operam SEP, devem possuir:
- Descrição dos procedimentos para emergência;
- Certificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual;
O PIE e RTI deve estar à disposição dos trabalhos serem elaborados por profissionais
legalmente habilitados e ser mantido pela empresa ou profissional designado
11
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
3.1. Medidas de proteção coletiva
Medidas de proteção coletiva são ações realizadas por um profissional que controla os
riscos de suas atividades de forma prioritária, para, assim, controlar os possíveis riscos que as
pessoas podem sofrer, seja por meio de sinalização, restrição de acesso, ou procedimento técnico
especifico. Essas ações podem ser:
- Isolação das partes vivas: Utilizando-se de materiais isolantes normalmente na cor
alaranjada, isola-se partes vivas (Energizadas) das instalações;
- Obstáculos: Elemento no qual delimita o acesso a partes vivas da instalação mas que não
impede a ação se for de forma intencional (Ex: Cavaletes, cones e fitas zebradas).
Figura 1 - obstáculos de proteção coletiva. Fonte: Seton (s/d).
- Barreiras: Elemento ou dispositivo no qual impede o contato com partes vivas da
instalação mesmo que haja uma tentativa intencional (Ex: policarbonato e cercas);
Figura 2 - barreira de proteção coletiva. Fonte: Seton (s/d).
- Sinalização: Sinalização seja com alerta, risco perigo ou até mesmo orientativa de forma
a alertar pessoas advertidas ou não.
12
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 3 - sinalizações de risco. Fonte: Seton (s/d).
- Sistema de seccionamento automático de alimentação e bloqueio do religamento
automático: Redes de distribuição de energia elétrica possuem um dispositivo a fim de manter
o contínuo fornecimento de energia que quando ocorre o desligamento de um circuito por
qualquer meio ou azar, o sistema religa duas vezes a rede automaticamente. Esse dispositivo em
casos de manutenção deve ser desligado e bloqueado.
Uma outra medida de controle de riscos coletivo é realizar a desenergização de forma
prioritária para realização de suas atividades, ou seja, é essencial que na intervenção somente seja
manipulado circuitos energizados utilizando-se ainda de técnicas especificas em casos realmente
essenciais, evitando assim acidentes e um melhor controle dos riscos coletivo.
3.2. Medidas e equipamentos de proteção individual
Medidas de proteções individuais devem ser tomadas por si só quando as medidas de
proteções coletivas não foram tecnicamente viáveis e suficientes para controlar os riscos, onde
depende de uma análise criteriosa e procedimentos específicos para utilização.
A escolha das vestimentas para utilizar em instalações elétricas deve ser criteriosa e levar
em considerações técnicas contemplando a condutibilidade uma vez que não pode haver fivelas
metálicas, rebites ou similares expostos, inflamabilidade de acordo com o potencial de energia
que pode ser dissipada no local no momento de uma falha elétrica, assim como as interferências
eletromagnéticas que possam haver.
Para determinação da vestimenta, o cálculo de energia incidente de cada ponto deve
possuir as informações sobre qual classe de roupa utilizar. O cálculo de energia incidente deve
ser realizado por um profissional qualificado e habilitado, baseado na norma NFPA 70 E, onde o
resultado pode-se classificar o tipo de vestimenta conforme a tabela a seguir.
Como forma de entender algumas das normas regulamentadoras, veja a NR 6,
disposta no site do ministério do trabalho,
disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf.
13
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
Faixa de
energia
incidente
calculada (Cal/
cm²)
Classe
da
roupa
Descrição da roupa
Gramatura total
g/m²
0 – 3,99 Cal/
cm²
0 Algodão não Tratado 153 – 237 g/m²
4 – 6,99 Cal/
cm²
1
Calça e camisa ou macacão
confeccionado com uma camada de
tecido resistente a chamas
153 – 271 g/m²
7 – 23,99 Cal/
cm²
2
Roupa interna de algodão + calça e
camisa ou macacão confeccionado
com uma camada de tecido resistente a
chamas
305 – 407 g/m²
24 – 38,99 Cal/
cm²
3
Roupa interna de algodão + calça e
camisa ou macacão ou calça e capa
confeccionado com duas camadas de
tecido resistente a chamas.
542 -678 g/m²
Acima 39 Cal/
cm²
4
Roupa interna de algodão + calça e
camisa ou macacão ou calça e capa
confeccionado com três camadas de
tecido resistente a chamas.
813 – 1107 g/m²
Tabela 2 - Vestimenta conforme cálculo de energia incidente. Fonte: o autor.
É claro que por norma, assim como de forma sensitiva que o uso de EPIs e EPCs fazem
um controle de risco e se eleva o nível de segurança nas atividades, porém temos de haver o
senso de equilíbrio sobre qual tipo especifico usar, qual aplicação em cada atividade e até mesmo
para não haver o excesso e limitar os andamentos das atividades. Na NR 10 pede-se para usar
ferramentas e EPIs compatíveis com a atividade e valores de tensão empregados, porém não se
tem mais outras recomendações especificas sobre qual utilizar, excetos algumas recomendações,
também superficiais, na NR 6 (Equipamento de proteção individual). Tanto a NR 6 quanto a NR
10 deixa muito em aberto quais EPIs específicos utilizar, onde fica a critério de análise de risco
caso a caso, conforme a presença de risco não controlado.
A classe de tensão é determinada pelos valores de tensão onde possui um valor máximo
de trabalho, valor de ensaio e cor padrão de isolação dados pela tabela:
Classe
Corrente alternada
Cor da etiqueta
Tensão de ensaio
(Volts)
Tensão máxima de
uso (Volts)
00 2.500 500 Bege
0 5.000 1.000 Vermelho
1 10.000 7.500 Branco
2 20.000 17.000 Amarelo
3 30.000 26.500 Verde
4 40.000 36.000 Laranja
Tabela 3 - Classificação de nível de tensão de trabalho. Fonte: o autor.
14
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
Como forma de orientar preceitos básicos, criamos uma listagem básica de equipamentos
de proteção coletiva e individual mediante a uma situação generalista. Um eletricista mantenedor
industrial no qual é autorizado a realizar atividades em baixa tensão podendo ser energizadas ou
não é obrigatório os seguintes EPIs:
- Botina de segurança sem biqueira ou acessório de material condutor, com solado isolante
14 kV conforme NBR 12576. Normalmente a biqueira é em PVC ou resina isolante.
Figura 4 - botina de segurança. Fonte: bracol.
- Calça e blusa com proteção para arco elétrico e fogo repentino (Antichamas) classe II
ATPV na faixa de 7 à 23,99 Cal/cm³, onde o tecido deve haver uma gramatura entre 305 – 407 g/
m². (Obs: Esse risco dependendo do potencial de energia do quadro elétrico pode ser necessário
um roupa de classe maior, aqui estamos considerando como medida de segurança e de forma
didática um quadro de 63 A na proteção geral e uma distância de trabalho superior à 60 cm do
ponto energizado).
- Capacete de isolação Classe B para eletricista com protetor jugular com Viseira de
proteção facial contra arco voltaico em policarbonato risco 2 ATPV de 18,0 cal/cm² NFPA 70E.
Figura 5 - Capacete com protetor jugular e viseira de proteção facial. Fonte: msa.
- Luva de isolação de borracha classe 00 ou 0 revestida com luva raspa de couro em
conformidade com a NBR 10622.
15
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 6 - Luva de isolação de borracha. Fonte: orion.
- Cinto de segurança tipo paraquedista com talabarte.
Figura 7 - Cinto de segurança tipo paraquedista com talabarte. Fonte: msa.
Para entender um pouco mais sobre EPIs, veja as informações disposta no site do
Guia trabalhista em: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm
16
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
4 - LEGISLAÇÃO E NORMAS RELATIVAS À PROTEÇÃO
CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
O maior risco que o trabalhador corre ao trabalhar com instalações elétricas é o risco de
choque elétrico. Quando falamos em segurança em instalações elétricas, isso nos remete sempre
a execução ou manutenção de instalações existente. Só que temos uma forte referência e essencial
da NR 10, porém é necessário seguir as exigências de outras Normas Brasileiras para uma devida
proteção contra choques elétricos e outros riscos possíveis, como a NBR 5410 – “instalações
elétricas de baixa tensão”.
É importante apontar, também, que a NR 10 cita várias outras normas que devem ser
seguidas para que possa ter uma instalação elétrica segura em conformidade. A NR 10 utiliza
normas para sua elaboração, como:
- NR 1 – Disposições gerais
- NR 3 – Embargo ou interdição
- NR 4 – Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho
- NR 7 – Programa de controle médico de saúde ocupacional
- NR 17 - Ergonomia
- NR 23 – Proteção contra incêndios
- NR 26 – Sinalização de segurança
- NR 33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados
- NR 35 – Trabalho em altura
- IEC 61010 – Safety requeriments for electrical equipamento for measuremente control,
and laboratory use.
Podemos citar também uma norma de grande importância quando o assunto é o choque
elétrico, a IEC de n° 479-1 – Effects of current on human beings and livestock, utilizada, inclusive,
pela NBR 5410, nas partes relacionadas à proteção das pessoas e de animais domésticos contra
os choques elétricos.
O choque elétrico pode trazer consequências aos seres humanos diretamente (contrações
musculares, fibrilação ventricular, parada cardíaca, queimaduras, asfixia, etc.) ou indiretamente
(queda de níveis elevados, batidas, fraturas, traumatismos, perda de membros, etc.)
Uma parte importante da NR 10 são os procedimentos de trabalho que devem
ser seguidos. E quando nós tratamos de atividades em instalações elétricas
desenergizadas, existe uma sequência de procedimentos para que se garanta
essa desenergização, para entender melhor sobre esses procedimentos assista o
vídeo do YouTube do Canal Mundo da Elétrica.
Mundo da Elétrica. Desenergização elétrica e NR 10. Está mesmo seguro? Mundo
da elétrica. 2015.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1Wppot4ttzM&t=447s>.
Acesso em: 15 jun. 2018.
17
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
1
ENSINO A DISTÂNCIA
Emtodamudançadeculturaemquaisquercircunstâncias,gera-seumconturbação,
desconforto e resistência as mudança, podendo ser a meramente a alteração de
uma regra no procedimentos de trabalho, mudança de política da empresa, ou até
mesmo a obrigatoriedade do uso de um novo EPI. Exemplificando, em meados de
1994, quando o código de transito era desatualizado e não havia restrições mais
severas quanto a utilização de sinto de segurança em automóveis e capacete
por motociclistas, logo passou a ser obrigatória oi que antes não havia regra e
organização. A alteração dessa legislação passou a causar um grande dessabor
aos motoristas, resistência ao cumprimento, porem anos passaram e as regas
passaram a ser vistas como necessária em geral. Refletindo conforme colocado
no exemplo, verificamos que a mudança de padrão de norma muitas vezes não
aprovada muitas vezes por comodidade ou meramente resistência, porém é de
suma importância o seu comprimento e a mudanças geradas podem mudar
índices e elevar os níveis de segurança. Tratando-se de normas de trabalho reflita
de que forma positiva a alteração de uma referência normativa positivamente
possa trazer benefícios na implantação da mesma.
5 - CONCLUSÃO
Um dos maiores problemas quando o assunto é eletricidade, é o risco que há envolvido
durante os processos. Grande parte dos acidentes envolvendo eletricidade é causado por falta de
atenção dos trabalhadores, e até mesmo pela falta de conhecimento dos riscos e consequência de
um choque elétrico. Assim, a NR 10 tem como objetivo regulamentar questões sobre segurança
em instalações e serviços em eletricidade.
O foco da NR 10 é sempre manter o trabalhador seguro, reduzindo o máximo possível o
riscodeacidentes,equandonóstratamosdemanutençõeseminstalaçõeselétricas(desenergizadas,
energizadas, energizadas em alta tensão) sempre teremos um risco mais elevado. Por isso, a NR
10 nos traz todas as medidas cabíveis para a redução de qualquer risco possível durante alguma
atividade, sendo que em cada caso deve ser adotada uma medida diferente.
18
18
WWW.UNINGA.BR
U N I D A D E
02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 19
1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 20
2 - ELETRICIDADE ESTÁTICA ................................................................................................................................. 20
3 - AMBIENTES ESPECIAIS .................................................................................................................................... 21
3.1. ÍNDICE DE PROTEÇÃO ...................................................................................................................................... 23
4 - ATERRAMENTO ELÉTRICO ............................................................................................................................... 26
4.1. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ...................................................................................................................... 26
5 - ÁREA DE UTILIDADES	....................................................................................................................................... 30
6 - CONCLUSÃO	....................................................................................................................................................... 32
AMBIENTES ESPECIAIS, ÍNDICE DE PROTEÇÃO,
ELETRICIDADE ESTÁTICA, ATERRAMENTO E
ÉREAS DE UTILIDADES
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO
NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA
19
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
A indústria representa 21% do PIB do Brasil, mas responde por 51% das exportações,
por 68% da pesquisa e desenvolvimento do setor privado e por 32% dos tributos federais (exceto
receitasprevidenciárias),segundooPortaldaIndustria(2018).AsindústriasnoBrasilapresentam
uma grande variedade de produção de produtos e serviços, desde a indústria de farmoquímicos
e farmacêuticos até a indústria têxtil. Muitas dessas indústrias apresentam locais de trabalho com
riscos mais elevados do que um ambiente comum, causados por diversos fatores, como riscos de
explosão, ambientes com meios corrosivos, entre outros. Com isso, deve ser feita uma proteção
extra, e devem ser adotadas medidas e procedimentos diferente nesses “Ambientes especiais”.
Existem procedimentos e normas a serem seguidas que tem como objetivo garantir a
segurança dentro dos mais diversos ambientes de trabalho, não apenas em ambientes especiais.
Nessa unidade, iremos estudar sobre esses ambientes especiais, o que os torna especiais e as
medidas de segurança que devem ser adotadas, além de algumas formas de proteção e meios e
normas que garantem a segurança do trabalhador em questões do ambiente de trabalho.
20
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES
Para que possamos entender o conteúdo desse Módulo II, é necessário que se conheça
algumas definições:
- áreas classificadas, são ambientes de alto risco os quais existe a possibilidade de
vazamento de gases inflamáveis em situação normal de funcionamento.
- Ignição é o processo ou meio que inflama um material combustível.
- Equipotencialização tem como objetivo eliminar as diferenças de potencial entre os
sistemas elétricos e seus componentes metálicos.
- Risco é uma ameaça ou perigo de determinada ocorrência.
- Sobretensão é quando a rede ou qualquer outra fonte de eletricidade excede o seu valor
nominal.
- Sobrecorrente é quando o valor de uma corrente excede o seu valor nominal.
- Ergonomia é o conjunto de disciplinas que estuda a organização do trabalho no qual
existe interações entre seres humanos e máquinas.
2 - ELETRICIDADE ESTÁTICA
A eletricidade estática é o fenômeno de acumulo de cargas elétricas em alguns materiais,
causado pelo atrito e separação entre os materiais. O resultado disso é que um dos materiais fica
positivo (falta de elétrons) e o outro negativo (excesso de elétrons), e como o é ar seco (umidade
relativa do ar baixa), este é um ótimo isolante. Assim, essas cargas permanecem acumuladas
nesses materiais por um bom tempo.
Muitas vezes, esse fenômeno é inofensivo, porém, quando tratamos de áreas classificadas,
ele pode trazer grande perigo e risco. Qualquer faísca causada por uma descarga eletroestática
podeviracausarumaigniçãonomaterialdeumaáreaclassificada,porissodeveserfeiaaproteção
e aplicação das medidas de segurança e dissipação segura das descargas elétricas acumuladas,
fazendo a equipotencialização das superfícies e o controle da umidade do ar, além de fazer a
redução das velocidades de passagem dos materiais, etc. Com isso, o subitem 10.9.3 da NR 10,
que exige uma proteção específica para todos os processos e/ou equipamentos que possam gerar
ou acumular eletricidade estática.
Para que possa entender melhor sobre Atmosferas Explosivas, recomenda-se a
leitura do material da WEG sobre esse assunto, disponibilizado em seu site.
Disponível em: <http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-cartilha-de-
atmosferas-explosivas-50039055-catalogo-portugues-br.pdf>.
Acesso em 18 jun. 18.
21
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
Um exemplo da ocorrência da eletricidade estática é em fabricas de papel, pois ocorre o
atrito dos enrolamentos de papel com as partes metálicas da máquina, e assim surgindo cargas
elétricas que podem produzir faíscas quando o trabalhador manuseia um material metálicas em
proximidade, e podendo ocorrer casos de incêndio. Uma forma de evitar esse tipo de acidente
em locais com essas características, é manter esses locais fechados e com sua umidade controlada.
3 - AMBIENTES ESPECIAIS
Nasindustrias,podemosveráreasdestinadasaomanuseioouarmazenamentodeprodutos
que podem vir a causa acidentes, sendo um risco em potencial. Um exemplo desse caso são as
áreas classificadas, que são ambientes de alto risco em que existe a possibilidade de vazamento
de gases inflamáveis em situação de funcionamento normal, estando sujeito a existência de uma
atmosfera explosiva.
Atmosfera explosiva é aquela que quando a proporção de gás, vapor ou pó no ar é tal
que uma faísca proveniente de um circuito elétrico ou o aquecimento de um aparelho provoca
a explosão. Um local onde pode se formar uma atmosfera explosiva em concentrações que que
exijam a utilização de medidas de prevenção especiais é chamado de área perigosa. As áreas
perigosas são dívidas em zonas e para essa definição, deve se fazer uma avaliação dos riscos de
explosão, considerando os seguintes aspectos:
- Probabilidade de ocorrência de atmosfera explosiva e sua duração;
- Probabilidade da presença de fontes de ignição e a possibilidade delas se tornarem ativas;
- As descargas eletroestáticas vindas dos trabalhadores ou ambiente de trabalho;
- As instalações, substâncias, e os processos utilizados nos ambientes de trabalho;
- A amplitude das consequências previstas.
Para que se entenda melhor sobre eletricidade estática, leia o artigo disponibilizado
no site do Instituto Newton Braga sobre o assunto,
disponível em: http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/artigos/49-
curiosidades/361-eletricidade-estatica.html
22
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
As zonas são:
Zonas de área classificada
Zonas de área classificada
Zona 0
Local onde a formação de atmosfera explosiva é contínua e
existe por longos períodos.
Zona 1
Local onde a formação de atmosfera explosiva é provável
de acontecer em condições normais de operação do
equipamento de processo.
Zona 2
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva é pouco
provável de acontecer, e se acontecer, é por curtos períodos,
estando ainda associada à operação anormal do equipamento
de processo.
Zona 20
Áreas onde a presença de atmosfera explosiva é
permanente, por tempo prolongado ou frequente.
Zona 21
Áreas onde a presença da atmosfera explosiva pode ocorrer
ocasionalmente.
Zona 22
Áreas onde a formação da atmosfera explosiva devido ao
levantamento de poeira acumulada é improvável, se ocorrer é
por pouco tempo.
Tabela 4 - Zonas de áreas classificadas. Fonte: o autor.
As zonas são divididas, também, de acordo com a natureza do risco, onde:
- Zonas 0, 1, e 2 são para atmosferas potencialmente explosivas formadas por gases
ou vapores;
- Zonas 20, 21 e 22 são para atmosferas potencialmente explosivas formadas por
poeiras.
Como mais uma forma de proteção, em áreas classificadas, deve ser adotada medidas
e dispositivos, como alarmes e seccionamento automático, para a prevenção de sobretensões,
sobrecorrentes, falhas de isolamentos ou outras condições anormais de operação. Essas
medidas são obrigatórias em áreas classificadas para prevenir a ocorrência de incêndio e/ou
explosão.Todasasinstalaçõeselétricasnessasáreasclassificadasdevemestaremconformidade
com as Normas Brasileiras aplicáveis nessa situação, elas são:
- NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão;
- NBR 14.639 – Posto de Serviço – Instalações elétricas;
- NBR IEC 60s079-14 – Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e montagem
de instalações elétricas.
23
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
O subitem 10.5 da NR 10 estabelece os princípios de desenergização das
instalações elétricas para manutenção e intervenção, nos casos de áreas
classificadas as manutenções e intervenções são permitidas, apenas, seguindo
os processos de desenergização ou com a supressão do agente causador de
risco que determina a classificação da área.
Uma forma de complementar o controle de riscos nessas áreas, é a utilização de sinalização
de segurança (item 10.10 da NR 10). A Sinalização de segurança pode ser utilizada como forma
de restrição e impedimento de acesso, para que não haja a permanência de pessoas sem devido
treinamento e desinformadas em uma área de risco.
Figura 8 - Sinalização de segurança. Fonte: seton.
3.1. Índice de proteção
Ao fazer um dimensionamento de qualquer de componentes das instalações elétricas é
necessário levar em consideração o ambiente no qual será instalado de acordo com cada condição.
Os principais agentes no qual o uma instalação pode ser exposta são quando à líquidos e sólidos,
ou seja, proteção do equipamento contra o ingresso de água em seu interior e sólidos onde é uma
proteção contra contato direto com partes energizadas ou até mesmo impedir acesso de partes
móveis e corpos estranhos. Esse grau de proteção é denominado como IP (Index of Protection –
Índice de proteção) é definido pela NBR6.146 – Invólucros de equipamentos elétricos e NBR9884
– Máquinas Elétricas Girantes – Graus de proteção proporcionado pelos invólucros.
A penetração de líquidos em componentes de uma instalação elétrica pode causar dos
mais diversos danos irreversíveis as instalações, pois a presença de liquido pode mudar a rigidez
dielétrica da instalação, oxidação, corrosão, condução de energia, queima de equipamentos, fuga
de energia, choques elétricos, entre demais outros fatores de risco a segurança das instalações ou
de pessoas na qual podem estar expostas.
24
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
A penetração de corpos sólidos pode variar desde o contato direto de uma pessoa com as
instalações elétricas energizadas até o acumulo de sólidos podendo causar danos a instalações e
variações nas condições de segurança.
O índice de proteção (IP) é definido por dois dígitos no qual o primeiro digito varia de
0 a 6, em que define o grau de proteção contra sólidos e o segundo de 0 a 8 define para líquidos,
dado pela tabela:
Primeiro Dígito – Grau de proteção contra corpo sólidos
Dígito Descrição. Proteção Dada.
0 Não protegido. Sem proteção especial.
1
Protegido contra objetos
sólidos maiores que 50mm..
Grandes superfícies do
corpo humano. A passagem
da mão é dificultada, porém
a inserção deliberada do
dedo é efetiva.
2
Protegido contra objetos
sólidos maiores que 12mm
Superfícies diâmetro menor
que 12 mm e comprimento
maior que 80 mm de
comprimento. A inserção
a inserção dos dedos
deliberadamente porem é
limitado ao comprimento
do membro. Uma chave de
fenda com cabo longo pode
alcançar o ponto de risco.
3
Protegido contra objetos
sólidos maiores que 2,5mm.
O acesso do dedo não é
possível porem alguma
ferramenta ou fio elétrico
podem acessara, ou seja,
Objetos com dimensão
superior a 2,5 mm.
4
Protegido contra objetos
sólidos maiores que 1,0
mm.
Objetos como ferramentas
e fios bem finos, onde suas
dimensões seja maior que
1,0 mm.
5
Proteção relativa contra
poeira e contato a partes
internas ao invólucro.
Possível penetração
de poeira sem que
seja prejudicial ao
funcionamento do
equipamento.
6
Totalmente protegido
contra penetração de
poeira e contato a partes
internas ao invólucro.
Não é esperada nenhuma
penetração de poeira no interior
do invólucro.
	 Tabela 5 - grau de proteção contra corpo sólidos. Fonte: o autor.
25
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
Segundo Dígito – Grau de proteção contra líquidos
Dígito Descrição Proteção Dada
0 Não protegido Sem proteção.
1
Protegido contra queda de água
vertical.
Quedas de gostas provenientes
de condensação.
2
Protegido contra queda de água
com inclinação de 15º com a
vertical.
Quedas d’agua com ângulo não
superior a 15º.
3 Protegido contra água aspergida. Chuva com inclinação até 60º.
4
Protegido contra projeções de
água.
Projeção de agua em qualquer
direção.
5 Protegido contra jatos d’agua
Projeção de agua em qualquer
direção como mangueira de
incêndio.
6 Protegido contra ondas do mar.
Projeção de água em qualquer
direção como água do mar.
7
Protegidos contra os efeitos de
imersão.
Imersão do objeto a no máximo
1 metro de profundidade com
tempo limitado à 15cm / min.
8
Protegidos contra
submersão.
Imersão prolongada sob pressão.
	 Tabela 6 - grau de proteção contra líquidos. Fonte: o autor.
O grau de proteção de equipamentos elétricos deve ser analisado de forma bem criteriosa
e especificada em projeto considerando as atividades desenvolvidas no local, por exemplo:
- Quadro elétrico interno residencial: Um quadro elétrico, se instalado internamente em
uma residência, não deve-se admitir o acesso de dedo de uma pessoa a parte energizada mesmo
se aberta a tampa na qual dá acesso aos disjuntores, porém é plausível o acumulo de poeira na
forma a qual é exposto, já a proteção de líquidos, não tem proteção por considerar, podendo ser
IP 30.
- Quadros elétrico bomba piscina: Nesse caso o quadro também não se aceita acesso
a partes vivas da instalação, como o caso anterior, porem o ambiente no qual é instalado o
equipamento é passível de umidade e projeção de água em qualquer direção, sendo necessário
um quadro IP 34, no mínimo.
Conforme exemplificado, para cada caso um projetista deve levar em consideração não
somente níveis de segurança visando o contato direto com instalações elétricas energizadas, mas
sim sobre demais condições adversas no qual possam expor a umidade excessiva e interferir
no pleno funcionamento e segurança de um equipamento. A umidade e poeira são riscos
adicionais nas instalações elétrica assim como não se pode esquecer das vedações de tubulações
internas na qual pode possibilitar o acesso animais como, roedores, cobras, aranhas, etc. Aqui
não consideramos os dimensionamentos para atmosfera explosiva na qual possui normas e
certificações específicas.
26
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
Para compreender melhor o assunto “índice de proteção”, leia o artigo escrito por
Joelmir Zafalon sobre o assunto,
disponível em: http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/artigos/grau_
de_protecao_ip.pdf
4 - ATERRAMENTO ELÉTRICO
O aterramento das instalações elétricas deve ser considerado de forma prioritária nos
projetos uma vez que é a principal ferramenta proteção e segurança nas instalações elétricas.
Temos dois tipos principais de aterramento:
• Aterramento funcional: Aterramento no qual tem por finalidade repassar a referência
de 0 (zero) Volts para o neutro, ou seja, normalmente encontramos na entrada das instalações em
um medidor de energia, quando equipotencializarmos o neutro e terra na entrada do medidos.
• Aterramento de proteção: Aterramento elétrico com finalidade de guiar uma corrente
de falha de um equipamento, máquinas ou dispositivos de forma segura para a terra. Quando um
motor, por exemplo, apresenta falha por qualquer meio ou razão e a carcaça metálica do motor
fica energizada acidentalmente, a função do aterramento de proteção é guiar esse potencial
de energia para a terra, evitando-se um acidente por choque elétrico caso alguém toque essa
mesma carcaça. É válido lembrar que a corrente elétrica procura o caminho mais curto, logo o
aterramento das instalações elétricas deve possuir uma resistência elétrica sempre inferior a 10
Ohms e ser menor que a resistência elétrica do corpo humano no qual pode variar de 1,000 a
150.000 Ohms, dependendo das condições dos corpos humano.
4.1. Esquemas de aterramento
Temos basicamente 5 metodologias (TN-C, TN-S, TN-C-S, TT e IT) de esquema de
aterramento elétrico, onde pode ser aplicado e empregado tanto em AT (Alta tensão) ou BT (Baixa
tensão). A diferenciação de um para ou outro é a forma e metodologia na qual vai ser realizado o
aterramento de terra e neutro. Para cada metodologia tem uma determinada aplicação e deve ser
considerado critérios de segurança, ambiente de instalação e aplicabilidade.
As siglas da classificação dos esquemas de aterramento são dadas pela primeira letra no
qual determina a situação da alimentação em relação a terra, a segunda letra a situação da massa
dos equipamento e dispositivos em relação à terra e uma eventual terceira letra a disposição do
condutor neutro e do condutor terra, onde seu significado a seguir são determinados pela NBR-
5410:
27
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
• Primeira Letra:
• T – Um ponto diretamente aterrado;
• I – Isolação de todas as partes vivas em relação à terra de um ponto por mio de
impedância.
• Segunda letra:
• T – Massa interligada diretamente a terra;
• N – Massa ligada ao ponto de alimentação no qual está aterrado.
• Terceira letra.
• S – Neutro e terra são condutores separados.
• C – Neutro e terra são os mesmos condutores.
O esquema TN, pode haver o condutor neutro e terra sendo comum, separados ou ambos,
assim temos:
• TN-S: Utilizado na maioria das instalações elétricas (Residenciais e industriais em BT),
sua entrada de alimentação possui a equipotencialização de neutro de terra e posteriormente o
condutor neutro e terra são cabos separado.
Figura 9 - esquema de aterramento TN-S. Fonte: NBR 5410.
• TN-C: Utilizado nas redes de distribuição em BT, o cabo neutro e terra não os mesmos.
28
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 10 - esquema de aterramento TN-C. Fonte: NBR 5410.
• TN-C-S: Sistema misto entre TN-C e TN-S, onde horas o condutor neutro e terra são
os mesmo e horas são separados.
Figura 11 - esquema de aterramento TN-C-S. Fonte: NBR 5410.
• TT: Temos o esquema de aterramento TT mais utilizados em AT, onde o ponto de
alimentação possui neutro aterrado e a massa um outro ponto de terra aterrados distinto da
alimentação
29
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 12 - esquema de aterramento TT. Fonte: NBR 5410.
• IT: Utilizado em subestações de AT é similar ao TT, porem possui um aterramento
realizado por meio de impedância para reduzir os níveis de sobre tensão. Partes metálicas da
instalação possuem aterramento separado não necessariamente são equipotencializadas.
Figura 13 - esquema de aterramento IT. Fonte: NBR 5410.
30
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 14 - esquema de aterramento IT. Fonte: NBR 5410.
5 - ÁREA DE UTILIDADES
Utilidades são mecanismos e/ou dispositivos construtivos que nos permite criar, manter
e garantir a segurança dentro do ambiente de trabalho. Essas utilidades podem ser desde limpeza
do ambiente de trabalho até mesmo as instalações de combate a incêndio.
A limpeza, arrumação e organização são fatores de indispensáveis para a prevenção
de acidentes nos locais de trabalho, por isso os trabalhadores devem ter em seu dia a dia um
momento destinado a essa tarefa. A NR 17, que é quanto à Ergonomia, informa que a organização
do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza
do trabalho a ser executado.
A NR 10 nos traz diversas formas de complementar o controle de riscos e uma delas é a
utilização da Sinalização de Segurança. Essa medida de proteção tem como função promover a
identificação, orientação e advertências nos locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca
dos riscos existentes. Toda sinalização de segurança deve atender as exigências ditas na NR 26
– “sinalização de segurança” e as cores utilizadas nos locais de trabalho para a identificação e
advertir contra os riscos, devem atender ao disposto na NBR 7195 – “Cores para Segurança”.
Um das questões essenciais para a segurança dos trabalhadores é a prevenção de casos
de incêndio e explosão, pois esse risco pode vir a causar graves acidentes e até mesmo levar o
trabalhador a óbito, por isso o item 10.9 da NR 10 nos traz medidas de combate a incêndio e
nos remete a NR 23 – “Proteção contra incêndios”, a qual especifica que todas as áreas onde
houverem instalações elétricas e/ou equipamentos elétricos devam ser dotadas de medidas de
proteção contra incêndio e explosão.
31
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
A iluminação é considerada um tipo de utilidade, pois sua presença é de extrema
importância para ergonomia e a segurança durante realização do trabalho. A NR 17 diz que
em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou
suplementar, apropriada à natureza da atividade, onde os níveis mínimos de iluminamento a
serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR
5413 – “Iluminância de interiores”, norma brasileira registrada no INMETRO (Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Um sistema de ventilação adequado ao local de trabalho é fundamental para manter o ar
do ambiente controlado e livre de contaminantes e partículas nocivas à saúde dos colaboradores
e visitantes. A falta desse sistema poderá fazer com que se tenha um aumento significativo da
ocorrência de acidentes de trabalho.
A NR 24 – “Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho” tem como objetivo
principal garantir um ambiente higiênico e com boas condições de trabalho para promover a
saúde do trabalhador, onde ela aborda assuntos sobre: instalações sanitárias; vestiários; refeitórios;
cozinhas; alojamento; condições de higiene e conforto por ocasião das refeições; e disposições
gerais.
Como forma de se entender melhor o tópico “Aterramento Elétrico”, recomenda-se
que se assista o vídeo disponibilizado no site “Mundo da Elétrica”.
Site Mundo da elétrica.
disponível em: <https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-aterramento-
eletrico/>. Acesso em 18 jun. 18.
O risco de incêndio causado por instalações elétricas, nem sempre são em áreas
classificadas, ele existe em qualquer instalação.
SegundoaAbracopel(AssociaçãoBrasileiradeConscientizaçãoparaosperigosda
Eletricidade), entre os anos de 2013 e 2016, foram contabilizados 4821 acidentes
com causa elétrica (choque elétrico, incêndios por curto circuito e descargas
atmosféricas, onde apenas em 2016 foram registrados 1319 acidentes, sendo
662 acidentes fatais. A Abracopel também nos apresenta uma estatística de
que em 2015 ocorreram 441 casos de incêndio, sendo que 33 deles foram fatais.
Acidentes com casos de incêndio podem ser causados por diversos motivos,
como: distração do trabalhador; ausência de manutenção; sobrecarga nos
circuitos elétricos; materiais de má qualidade; e até mesmo falta de treinamento
técnico do trabalhador.
A partir das estatísticas sobre acidentes em instalações elétricas envolvendo
incêndios, da Abracopel, quais medidas podem ser tomadas para que se tenho
uma diminuição desse número, tanto por parte dos trabalhadores, quanto parte
da empresa?
32
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
2
ENSINO A DISTÂNCIA
6 - CONCLUSÃO
Nessa Unidade II, podemos entender sobre o risco que alguns ambientes de trabalho
contêm. Além dos riscos aos trabalhadores, esses ambientes são prejudiciais aos materiais
presentes neles, às instalações elétricas, entre outros. Para que seja feita uma devida proteção
dos materiais e das instalações elétricas, deve ser feito um estudo para saber qual o IP (Índice de
Proteção) necessário para atender as necessidades de proteção do ambiente em questão.
Outra forma de proteção, não apenas para ambientes especiais, é o aterramento elétrico.
Especificamente quando tratamos de áreas classificadas com atmosfera explosiva, o aterramento
elétricoédeextremaimportância,poiscasoocorraalgumafalhaoufugadecorrente,aeletricidade
irá percorrendo o sistema de aterramento e será conduzida para a terra, assim diminuindo as
chances de qualquer faísca no interior desse ambiente de alto risco.
33
33
WWW.UNINGA.BR
U N I D A D E
03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 35
1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 36
1.1. PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO E INDIRETO .................................................................................... 36
1.2. INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL ...................................................................................................... 36
2 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS ...................................................................................................... 37
2.1. SINALIZAÇÕES DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS ....................................... 38
2.2. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS AÉREAS E SUBTERRÂNEA PROVISÓRIA ......................................................... 39
2.3. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS EM CANTEIRO DE OBRAS .......................................................................... 41
2.4. ILUMINAÇÃO PROVISÓRIA ............................................................................................................................. 42
3 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS	.................... 43
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS:
PREVENÇÃO E CONTROLE DE MÁQUINAS,
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO
NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA
34
WWW.UNINGA.BR
3.1. ARRANJOS FÍSICOS .......................................................................................................................................... 43
3.2. EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS	........................................................................................... 44
3.2.1. CABOS ELÉTRICOS	........................................................................................................................................ 44
3.2.2. QUADROS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .......................................................................................... 44
3.2.3. DISPOSITIVOS ELÉTRICOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA .................................................... 45
3.2.4. DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA. .......................................................................................... 46
3.3. TRANSPORTADORES DE MATERIAIS.	........................................................................................................... 46
3.4. MANUAIS E INVENTÁRIO ................................................................................................................................ 47
4 - RISCOS NA ELETRIFICAÇÃO RURAL ................................................................................................................ 47
4.1. ACIDENTES COM CERCAS ENERGIZADAS ..................................................................................................... 48
5 - CONCLUSÃO 	...................................................................................................................................................... 49
35
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Normas de segurança no trabalho estão constantemente em atualização de forma a
garantir uma melhoria contínua no controle de riscos. Nessa unidade, estaremos falando sobre
instalações elétricas provisórias principalmente em canteiro de obra e sobre prevenção de riscos
em controle de máquinas e equipamentos, assim como uma breve síntese sobre eletrificação rural.
Acidentes em obras, principalmente de origem elétrica com instalações provisórias,
possuem um alto índice assim como uma mistificação de que por se tratar de instalações elétricas
provisórias, podem ser realizadas com sinais de improvisos e “gambiarras”. Toda instalação
elétrica seja por improvisos ou não, deve ser mantida constantemente segura e com a manutenção
preventiva em dia.
Máquinas e equipamentos sejam utilizados em industrias ou não, devem possuir medidas
de controle do risco elétrico, tipos de acionamento específicos, botoeiras de emergência, módulos
de segurança com embasamento em análise de riscos de choque elétrico, de forma a garantir que
possa ser utilizado de forma segura sem exposição de riscos. Essas informações estão dispostas na
NR 12 de forma a deixar claro quais os critérios mínimos em relação as instalações elétricas que
devem ser adotados para a escolha mais assertiva na implantação de um sistema de automação
para proteção e monitoramento de sistemas elétricos, tornando em conformidade e sem riscos
aos trabalhadores nos empregos diários de suas atividades.
36
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES
Para interpretação e compreensão desse capítulo a seguir segue algumas terminologias e
definições:
• Barreira: Barreira podemos colocar como deificação a instalação de um dispositivo
que por qualquer meio impeça o acesso ou circulação de pessoas, como um tapume, grade,
policarbonato.
• Obstáculos: Similar a barreira porem ele não impede o acesso mais sim dificulta como
por exemplo: Cavalete, fita zebrada, outros.
1.1. Proteção contra contato direto e indireto
Existe o contato direto e indireto, onde conforme o próprio nome determina o contato
direto acontece quando uma pessoa ou animal tem contato direto com a parte viva das instalações
(Exemplo: Barramento, cabo de cobre, outros), já o contato indireto se deve quando uma parte
metálicas da instalações não projetada para condução de energia elétrica, está energizada de
forma acidental por qualquer meio ou razão.
Um choque por contato direto se deve mais quando pessoas advertidas ou não
manipulam quadros elétricos em mau estado construtivo, sem terminais elétricos apropriados,
ao utilizar extensões elétricas com isolação rompida e mal estado de conservação. Como medida
de controle de risco contra contato direto, se deve pela utilização de equipamentos elétricos em
boas condições de segurança, bem elaborados, isolações elétricas conservadas, colocação de
fora de alcance, barreiras, invólucros elétricos e dispositivos de proteção contra choque elétrico,
Interruptor diferencial residual (DR).
Contato indireto se deve pelo mal funcionamento de um equipamento e principalmente
pela ausência de aterramento elétrico, logo para controle dos riscos é essencial um sistema de
aterramento efetivo das partes metálicas não projetadas para condução de energia elétrica e
também a utilização de DR para desarmar em caso de fuga de energia elétrica.
1.2. Interruptor diferencial residual
Odispositivointerruptordiferencialresidualéumequipamentonoqualtemporfinalidade
detectar correntes de fuga de energia e desenergizar um circuito elétrico. O DR consegue detectar
corrente de fuga a partir de 30 mA (Miliampéres - 0,03 Amperes) e atuar desligando o sistema
em 30 ms (Milissegundos). Esses parâmetros de operação do DR são essenciais, pois os choques
elétricos a partir de 30 mA, onde o indivíduo fique conectado a energia por um tempo superior
à 30 ms, são extremamente danosos ao corpo humano, causando paralisia do centro nervoso,
parada cardíaca, queimaduras etc.
O princípio de funcionamento do DR é simples, esse dispositivo faz uma comparação
da corrente elétrica que vai para carga com a corrente que retorna, onde caso haja diferencial de
corrente o DR desarma, pois verifica-se que houve fuga de energia no circuito.
O DR é obrigatório em circuito úmidos e molhados (Exemplo: Tomadas externas,
banheiro, cozinha, piscina, bomba d’agua, outros) e é essencial principalmente na construção
civil para proteção de eventuais choques elétricos.
37
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
É essencial colocar que o DR desarma não somente por choque elétrico mais sim também
por qualquer falha na qual gere fuga de energia, como umidade na instalações e emenda malfeitas
por exemplo.
2 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS
Instalações elétricas provisórias devem ser projetadas e executadas nos mesmos moldes de
segurança de que aa instalações elétricas definitivas, devem haver padrões construtivos, isolações
de partes vivas, diagramas elétricos, dimensionamento de carga. A NBR 5410 – Instalações
elétricas de baixa tensão deixa bem claro sobre não haver diferenciação entre instalações elétricas
provisória e definitivas, logo, na prática a maioria das instalações elétricas em canteiro de obras
são elaboradas na “gambiarra” e normalmente sem proteção contra choque elétrico, sem isolação
e sem proteção contra sobrecargas entre outras demais irregularidades.
Para conhecer mais sobre proteção contra correntes de fuga à terra em instalações
elétricas, leia o catálogo disponibilizado pela Siemens, onde mostra alguns de
seus dispositivos e funções,
disponível em: https://w3.siemens.com.br/automation/br/pt/downloads-
bt/Documents/Dispositivos%20DR/Cat%C3%A1lago/Cat%C3%A1logo%20
DR_2016_PT.pdf.
O ministério do trabalho disponibiliza no site do FUNDACENTRO, uma RTP
(recomendações técnicas de procedimento) de número 5, para compreender a
fundo o assunto sobre instalações elétricas provisórias em canteiros de obras,
faça a leitura dessa RTP 05,
disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-
de-procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-05-instalacoes-eletricas-
temporarias-em-canteiros-de-obras.
38
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
2.1. Sinalizações de segurança em instalações elétricas
provisórias
As sinalizações em canteiro de obras são ferramentas essenciais para medidas preventivas
de controle de riscos elétricos. Os canteiros de obras possuem uma grande diversidade e
especialidadesenvolvidasnaconstrução,ondeemsuamaiorianãotemconhecimentosespecíficos
sobre o risco decorrente do emprego da energia elétrica, fazendo com que o uso da sinalização
dos riscos seja essencialmente umas das principais medidas para controlar o risco elétrico. As
sinalizações devem estar dispostas de forma que as pessoas possam ser orientadas sobre os riscos
mesmo que não tenha conhecimento especifico nenhum, adotando-se de ilustrações e cores nas
quais chame a tensão sobre os riscos.
A sinalização das instalações elétricas não é somente o que diz respeito a risco de choque
elétrico para pessoas não advertidas, mas também para pessoal técnico adotando alguma
premissas básicas:
- Restrição de acesso;
- Risco de choque elétrico e instalação energizada;
- Sinalização cabeamento enterrado;
- Identificação dos quadros elétrico;
- Identificação dos circuitos elétricos de sua origem e destino;
- Recomendações de procedimentos de trabalho;
- Restrições de manobras e operação;
- Energia incidente para determinação das vestimentas de trabalho;
- Sinalização da condição operativa energizado/desenergizado;
- Sequência de fase;
A Instrumentação indicativa de parâmetros das instalações, como valores de tensão e
corrente, é uma forma de sinalização. Todos os quadros de distribuição dentro do canteiro de
obra, sejam eles fixos ou móveis devem haver sinalizações das instalações elétricas externamente
fixadas frente ao quadro de energia. É essencial que externamente exista sinalização luminosa
indicando a condição operativa do quadro se o mesmo está energizado ou não.
39
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
Para conhecer mais sobre proteção contra correntes de fuga à terra em instalações
elétricas, leia o catálogo disponibilizado pela Siemens, onde mostra alguns de
seus dispositivos e funções,
disponível em: https://w3.siemens.com.br/automation/br/pt/downloads-
bt/Documents/Dispositivos%20DR/Cat%C3%A1lago/Cat%C3%A1logo%20
DR_2016_PT.pdf.
2.2. Instalações elétricas aéreas e subterrânea provisória
Instalações elétricas aéreas são as mais utilizadas em canteiro de obras pois é mais prática
a sua instalação e remoção, possibilitando uma boa mobilidade, que um canteiro de obras
necessita. Instalações subterrâneas podem ser empregadas, porém necessitam de metodologias
especificas para abrigar e sinalizar, uma vez que é comum escavações em canteiro de obras.
Os cabeamentos elétricos nas instalações elétricas aéreas, assim como as subterrâneas,
devem possuir isolação elétrica reforçada de 1,0 kV em EPR/XLPE para a proteção mecânica e
sempre serem fixadas por meio de isoladores na distribuição e colocados fora de alcance.
Figura 15 - barreiras e invólucros. Fonte: RTP 05, fundacentro.
Instalações elétricas subterrâneas, sendo provisórias ou não, é necessário que seja feita a
sinalização evitando que escavações feitas por máquinas possam romper um condutor energizado
enterrado. Os cabos além de serem enterrado abaixo de 100 cm de profundidade, devem estar
abrigados em condutores elétricos e deve haver fita de sinalização enterrada e posteriormente
sinalização externa alertando que existem cabos enterrados e que não deve ser feita escavações
em proximidade.
40
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 16 - instalação elétrica subterrânea. Fonte: RTP 05, fundacentro.
Figura 17 - sinalização de instalação elétrica subterrânea. Fonte: RTP 05, fundacentro.
41
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 18 - banco de dutos enterrados. Fonte: NTC 903100.
2.3. Máquinas e equipamentos em canteiro de obras
Máquinas e equipamentos em canteiro de obras estão sempre passiveis de estar em locais
úmidos e molhados agravando as consequências de choque elétrico de forma geral. Não pode
esquecer de se utilizar equipamentos para fornecimento de energia com índice de proteção (IP)
contra líquidos e sólidos, compatível com cada local já citado no módulo 2 (Item 2.1).
Para fornecimento de energia elétrica, deve ser disposto em canteiro de obras os
denominados “Robôs”, que são quadros de energia elétrica, fixos ou moveis, com vários pontos
de tomadas elétricas. Os quadros de tomadas devem possuir os mesmos padrões construtivos
adotados em instalações elétricas definitivas, barreiras, invólucros, sinalizações, proteções
elétricas e demais medidas de controle do risco.
Figura 19 - robôs de tomadas. Fonte: RTP 05, fundacentro.
42
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
Os condutores de energia devem possui cabo Terra ao longo de toda sua instalação elétrica
e estar devidamente aterrado. Os plugues para conexões de máquinas, devem ser compatíveis
com as tensões, assim, existe um padrão construtivo de cores a serem empregadas conforme a
tabela abaixo:
Tabela 7 - padrão construtivo de cores. Fonte: o autor.
2.4. Iluminação provisória
Os sistemas de iluminação de energia elétrica em instalações em canteiro de obras
devem ser avaliados conforme critérios da NBR ISO 8995/2013 - “Iluminação de ambientes de
trabalho”, em que prevê as iluminâncias mínimas do ambiente. É essencial que assim como para
os quadros elétricos que sejam considerados os índices de proteção contra líquidos e sólidos, as
luminárias e principalmente um fator de perda na iluminância pelo acúmulo de poeira externa,
que dependendo do tipo do ambiente pode haver uma perda de até 50% reduzindo os valores
projetado e preconizado inicialmente.
As luminárias devem ser fixadas a 2,5 metros de altura no mínimo, possibilitando um
melhorfluxodepessoas,máquinaseequipamentoevitandoimpactocomosistemadeiluminação.
Mesmo sendo em instalações provisória, circuitos de iluminação devem estar expressamente
instalados em disjuntor de proteção especifico, não estando misturados com circuitos de tomadas
ou com finalidades diferentes. Deve haver circuito elétrico separado para a proteção do sistema
de iluminação.
Sistemas de iluminação portáteis devem possuir proteção reforçadas por meio de grades,
possuir isolação elétricas contra líquidos, estar com a isolação dos cabo e extensões em boas
condições e possuir plugues específicos compatíveis com o ambiente de trabalho.
Não se pode esquecer da obrigatoriedade de iluminação de emergência nos canteiros de
obra de forma a garantir uma rota de fuga e segura. A iluminação interna dos quadros elétricos e
de emergência externamente é essencial para manutenção e situações de emergência.
43
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
A seguir uma tabela resumida de ambientes e iluminâncias mínimas médias.
Ambiente Iluminância (lux)
Áreas de circulação e corredores 100
Escadas, escadas rolantes e esteiras rolantes 150
Refeitório/Cantinas 200
Vestiários, banheiros, lavados. 200
Quadros de distribuição 500
Enfermaria 500
Depósitos, estoque e câmara fria 100 – 200*
Expedição 300
Escritórios (Digitação, leitura, projeto em computadores), salas
de reunião.
500
Tabela 8 - iluminâncias mínimas médias. Fonte: o autor.
3 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS,
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Máquinas e instalações elétricas estão diretamente vinculadas a NR12 – “Segurança em
máquinas e equipamentos elétricos”, descrevendo de que forma deve haver as proteções elétricas,
mecânicas e demais medidas para o controle de riscos. As máquinas e equipamentos elétricos
devem possuir arranjos físicos evitando contatos diretos com as partes que possam causar
acidentes, seja de riscos mecânicos, químicos, térmicos e elétricos.
3.1. Arranjos físicos
Os locais de instalação de máquinas e equipamentos devem ser demarcados claramente
com delimitações de espaço de segurança, possuir um piso abrasivo antiderrapante, as circulações
em torno do local estarem livre do acesso de pessoas e demais equipamentos que possa fazer parte
do processo produtivo. As distâncias mínimas e espaçamentos devem ser avaliadas caso a caso,
considerando critérios de segurança onde possa ser possível, manutenção, limpeza, ajustes em
geral. Quando falamos de arranjos físicos voltados às instalações elétricas é essencial que locais
energizados possuam um espaço seguro internamente, para instalação e operação de dispositivos
elétricos, e que todo o arranjo físico no qual projetado em materiais condutores possam estar
devidamente aterrados para proteção de choque elétrico.
Existemproteçõesfixasemóveis,emqueasduastemporfinalidadesercomoumabarreira
para se evitar o acesso às partes perigosas, porém a grande diferença na qual denomina uma ou
outra é o tipo de fixação. A Proteção fixa é instalada de forma que se precisa de ferramental
especifico para remoção, como chave estrela, fenda, outros. Já as proteções móveis são como
portas no qual podem ser abertas manualmente sem auxílio de ferramentais. É válido lembrar
que as proteções moveis devem ser monitoradas por dispositivos elétricos de segurança do estado
de abertura, parada de emergência e até bloqueio eletromecânico para se evitar o acesso a áreas
de risco.
44
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
3.2.	 Equipamentos e dispositivos elétricos
Osníveisdesegurançaquandofalamosdeinstalaçõeselétricasatémesmoparaimplantação
da NR 12 é bem claro, que deve-se seguir a NR 10, logo, aquelas premissas básicas descrita na
unidade I e II devem ser seguidas em geral na implantação de dispositivos elétricos em máquinas
e ser acrescentado mais algumas informações especificas para implantação de segurança em
máquinas e equipamentos, como: botoeiras de emergência, sensores, bloqueios eletromecânicos,
módulos de segurança e monitoramento, entre outros. Nesse momento especificaremos os
quesitos sobre dispositivos que devem ser empregados.
3.2.1.	Cabos elétricos
Os cabos elétricos de alimentação ou comandos elétricos, principalmente em máquinas,
devem ser considerados principalmente o ambiente no qual vão ser instalados, considerando
oferecerresistênciamecânicaeestaremabrigadosemlocalespecifico,resistênciacontraelementos
químicos e abrasivos, evitarem que os mesmos fiquem em contato com cantos vivos (Exemplo:
Quinas, objetos pontiagudos, outros), não atrapalharem ou dificultarem o transito e a circulação
de pessoas, máquinas e equipamentos e claro como bem especificado na NBR 5410 não propagar
fogo ou até mesmo fumaça toxica.
3.2.2. Quadros de máquinas e equipamentos
Os quadros elétricos de máquinas e equipamentos na medida do possível, devem ser
metálicos, para oferecerem melhor resistência física nas instalações em relação ao quadro de
PVC rígido que pode ser facilmente quebrado em ambientes industriais. Partes metálicas não
projetadas para condução de eletricidade, seja fixa ou móvel, como a porta do quadro, devem
possuir aterramento elétrico das instalações conforme especificados em norma. Os quadros
elétricos devem possuir sinalização externa se está energizado ou não, restrições de advertências
sobre o risco elétrico, procedimentos de trabalho e níveis de energia incidente a fins de poder
avaliar quais vestimentas utilizar.
Todas as portas que dão acesso aos quadros elétricos diretamente as instalações devem
ser mantidas terminantemente fechadas, onde a abertura seja somente por chaves ou ferramentas
especificas. Internamente os quadros devem ser mantidos organizados e limpos e serem mantidos
livres de objetos nos quais não estão sendo utilizados para sua operação, como por exemplo,
fusíveis reservas ou alicates. Deve ser verificado também o índice de proteção, aterramento,
identificação e sinalização como qualquer instalação elétrica em geral.
	 Barramento elétricos, terminais elétricos e partes vivas das instalações em geral
não podem estar expostas de forma intencional, isso significa que mesmo que com o quadro
aberto, não pode haver partes vivas das instalações expostas. Quadros elétricos em geral devem
ser mantidos organizados com dispositivos fixados e permanentemente limpos sem acumulo de
poeiras nas instalações de forma a evitar falhas elétricas de fuga de energia.
45
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
3.2.3. Dispositivos elétricos de partida, acionamento e
parada
A alimentação e fornecimento de energia que venha externamente, no momento de
alimentação deve possuir dispositivo de proteção contra sobrecargas, dimensionado conforme
característica de funcionamento da carga.
Máquinas e equipamentos elétricos devem possuir um sistema de automação para seu
acionamento, monitoramento e segurança das instalações elétricas, possuindo critérios de seleção
de componentes extremamente criteriosos. É expressamente proibido a utilização de chave
geral de energização do equipamento como chave geral. Exemplificando, um motor elétrico de
partida elétrica direta, deve possui um disjuntor geral de proteção para o motor e um quadro de
automação para partida e parada do equipamento.
Os botões de acionamento de operação de máquinas não podem estar dispostos de forma
a acontecer o acionamento de forma acidental ou oferecer riscos por um acionamento indevido
e/ou esbarrão, assim como é proibida a utilização de alavancas mecânicas para acionamentos,
seja ela elétrica, mecânica ou pneumática. As Botoeiras de acionamento devem estar dispostas
de forma acessível onde seja possível o desligamento por outra pessoa que não seja o operador
em situações de risco. Acionamentos elétricos não podem ser burlados e sobrepostos por
“gambiarras” para utilização.
Inicialmente em última atualização da NR 12, havia sido implementado uma medida de
controle de rico, onde exigia-se que todos os acionamentos de máquinas e equipamento deveriam
ser em extra baixa tensão, no qual tornava extremamente complicado a sua implementação
uma vez que todos os sistemas de automação deveriam ser substituídos de forma integral sem a
possibilidade de um retrofit do quadro. Essa medida foi removida da normal pois a utilização de
botoeiras de materiais isolantes tem como forma de controlar o risco efetivamente assim como
para efeito de redução de custo de implantação da NR 12 facilitando as adequações em geral de
máquinas e equipamentos.
Comando bimanuais devem ser utilizados em casos onde se deve garantir que o operador
da máquina e equipamento disponha das duas mãos em locais de segurança e longe de áreas de
ricos quando acessíveis com a máquina em operação. Dispositivos bimanuais devem possuir
interface de segurança a fins de garantir a segurança contra falha, ou seja, para cada acionamento
é confirmado se realmente os dois dispositivos estão efetivamente acionados e em caso de falha
de um dos dispositivos possui um monitoramento de falha e não possibilita a operação, assim
como indica a falha.
Acionamentos de máquinas e equipamentos quando verificado que a sua operação em
situações de parada que possam causar riscos, devem possuir acionamento em redundância e
monitoramento por interface. Exemplificando, considerando uma talha elétrica com guincho,
quando um operador aciona o botão para recolher o cabo e após um momento ele solta o botão
para a parada do equipamento, caso ocorra a continuidade dessa operação é passível de um
risco elevado, dessa forma deve ser realizado a interligação em redundância, ou seja, no guincho
elétrico deve possuir duas contatoras ligadas em série em redundância de forma a garantir
que se uma delas falhar a outra garantira o seu desligamento. O monitoramento por interface
possui um contato positivamente guiado no qual em caso de falha de uma dessas contatoras de
acionamento simultâneo o dispositivo estará impossibilitado a sua operação até que se corrija a
falha no equipamento.
46
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
Seleção sistemas de segurança principalmente no acionamento de máquinas e
equipamentos devem estar de acordo com a categoria da máquina e equipamento por análise de
risco prévia, possuir um profissional legalmente habilitado, possuir integração entre sistemas,
estar sobre vigilância constante por interface de segurança e estar acima de todos os dispositivos
em caso de parada de emergência. É válido colocar que deve possuir botão de “reset” dos
dispositivos após a parada de emergência.
3.2.4. Dispositivos de parada de emergência.
Todas as máquinas e equipamentos que não são autoproporias, devem dispor de
dispositivo de parada de emergência e ele estar disposto em local visível onde possa ser acionado
pelo operador ou pessoa não advertida em caso emergência. Os dispositivos de parada devem ser
selecionados criteriosamente a sua metodologia para cada tipo de máquina, podendo ser botão
tipo cogumelo, sensores e barreiras luminosas, cordão de parada de emergência etc.
Quando acionado o dispositivo de parada de emergência, ele deve-se sobrepor a todos os
equipamentos, parando todo o sistema por completo, disparando sinais luminosos e visuais. O
sinal de parada de emergência deve disposta de botoeira de reset no qual deve ficar no quadro de
operação e possibilitar a reativação do equipamento após o seu acionamento. Quando acionada
a botoeira de parada de emergência, os demais dispositivos de segurança devem se manter
operantes como sensores, cortinas de luz, assim como não se pode gerar riscos adicionar com
o seu emprego. A quantidade de paradas de emergência deve estar disposta de forma que cada
análise de risco foi inicialmente desenvolvida.
3.3. Transportadores de materiais.
A movimentação e transporte de materiais dentro de um ambiente industrial ou
construção civil apresenta grandes níveis de riscos de acidentes das mais variadas proporções.
Os transportes de materiais podem ser realizados por máquinas e equipamentos móveis nas
quais tem referências e padrões de operação especifica em movimentação de carga, porém na
grande maioria, os transportadores contínuos devem atender a requisitos e condições mínimas
de proteção conforme a NR12.
A NR 12 especifica as exigências mínimas sobre os dispositivos de parada de
emergência, para que se conheça essas exigências, leia sobre o assunto no site
do “trabalho seguro”,
disponível em: http://www.trabalhoseguro.com/NR/NR12/Dispositivos_parada_
emergencia.html
47
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
Partes em movimentos devem ser protegidas e sinalizadas de seus movimentos evitando
esmagamentos, agarramentos e aprisionamentos. Os pontos de principais riscos nesses casos
são a exposição de correias, roletes, roldanas, engrenagens, cremalheiras, correntes, entre outros
demais inúmeros pontos de riscos.
Os transportadores instalados com altura superior a 2,70 não precisam de proteções
físicas desde que não haja circulação ou ocupação continua de pessoas, pois é um equipamento
de estar fora do alcance.
A fim de realizar inspeção nos transportadores, é permitido o uso de uma passarela de
um único lado ao longo dos equipamentos, desde que sejam mantidos proteções fixas ou móveis
intertravadas, assim como em toda sua extensão deve haver botoeira de para de emergência.
Para áreas de cargas suspensas o local deve ser delimitado e impedir o acesso de pessoas
sob o local do levantamento da carga.
3.4. Manuais e inventário
Toda máquinas e equipamento deve dispor de manuais contendo todas as informações
relativas segurança, quais risco apresentam o equipamento, capacidade de cargas e restrições de
operação, indicação de medidas de controle de risco existente, periodicidade de manutenção e
conservação.
Na ausência, inexistências ou extravio do manual, deve ser elaborado um manual de
máquinas por um profissional legalmente habilitado especificando todos os itens de segurança
operação e recomendações.
	 A empresa deve constituir e manter atualizado um inventário de máquina
especificando além de uma análise de risco em geral dos equipamentos, complementar
informações sobre tipo, capacidade, sistema de segurança empregados e obrigatoriamente deve
ser elaborado por um profissional legalmente qualificado e habilitado.
4 - RISCOS NA ELETRIFICAÇÃO RURAL
Asredesdedistribuiçãoruralsãoprojetadasparaofornecimentodeenergiaemáreasmais
distante de centro urbanos no qual normalmente possui grandes trechos de rede de distribuição
e poucas unidades consumidoras em agrupamento. É necessário um grande investimento no
lançamento de postes e linhas de alimentação para atendimento de um único consumidor e que
normalmentecompoucoconsumoe/ouvoltadosamanterumsistemadeirrigação,bombasd’agua
entre outros. As redes rurais também possuem uma característica de que estão permanentemente
poucos expostas a intemperes de proximidade continua, como passagem de pedestre, edificações,
máquinas etc.
As redes rurais são mais simplificadas e são lançadas por meio de um único cabo
alimentador em alguns casos, sem condutores Neutro ou Terra na distribuição, para redução
de custos na distribuição. O Sistema de aterramento é realizado apenas no ponto de derivação e
fornecimento de energia. Podemos afirmar que o sistema de eletrificação rural é menos seguro
do que os tradicionais, onde se permite ser realizado dessa forma, uma vez que os riscos são
expostos a uma menor quantidade de pessoas e também para viabilizar o fornecimento em áreas
mais distante com a redução do custo.
48
WWW.UNINGA.BR
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
RISCOS,
APLICAÇÃO
NR
10
E
NR
12
-
MÁQUINAS
E
EQUIPAMENTOS
|
UNIDADE
3
ENSINO A DISTÂNCIA
4.1. Acidentes com cercas energizadas
A transposição de redes rurais sobre cercas elétricas ou não, devem ser extremamente
cuidadosas, uma vez que cerceamento é constituído de cabos metálicos contínuos e a sua
energização pode ser acidental, com isso podem acontecer acidente graves, mesmo estando a uma
distância do ponto de falha. Cerca elétrica em proximidade com rede elétrica, deve ser rompida
e instalada um ponto de aterramento elétrico para se evitar que em caso de desenergização à 50
metros da área de servidão.
Existem casos de acidentes de energia elétrica que se utilizou cabos das cercas de gado
como guia para fixar cabos de energia, causando acidentes com morte, como foi o caso à seguir
onde morreram três irmão de 4, 6 e 14 anos ao tocarem em uma cerca na qual estava eletrificada
acidentalmente, na cidade de Petrolina no estado de Santa Catarina em 7 de Novembro de 2014.
Figura 20 - cerca eletrizada responsável pelo acidente. Fonte: G1.
Para informações complementares sobre aterramentos elétricos de cercas,
assista sobre um fabricante a seguir. Aterramento na cerca elétrica rural. 2018.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wGaoLOGY4SY>.
Acesso em: 18 Jun. 2018.
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12
Apost  2 10 12

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mte nr10 comentada
Mte   nr10 comentadaMte   nr10 comentada
Mte nr10 comentada
EvandroPFonseca
 
Nr 10
Nr 10Nr 10
Vestimentas conforme nr10 basico
Vestimentas conforme nr10 basicoVestimentas conforme nr10 basico
Vestimentas conforme nr10 basico
Neto Afonso
 
Normas NR-10
Normas NR-10Normas NR-10
Normas NR-10
Claudio Arkan
 
Curso nr10 básico
Curso nr10 básicoCurso nr10 básico
Curso nr10 básico
Sergio Roberto Silva
 
Curso de segurança com eletricidade pela NR 10
Curso de segurança com eletricidade pela NR 10Curso de segurança com eletricidade pela NR 10
Curso de segurança com eletricidade pela NR 10
Edgar Arana
 
Apresentação nr10 senac
Apresentação   nr10   senacApresentação   nr10   senac
Apresentação nr10 senac
Fernando Mendes
 
130936645 apostila-nr10-sep
130936645 apostila-nr10-sep130936645 apostila-nr10-sep
130936645 apostila-nr10-sep
Diego Sampaio
 
NR10 - Riscos Elétricos
NR10 - Riscos ElétricosNR10 - Riscos Elétricos
NR10 - Riscos Elétricos
Iago Mendes
 
Aula nr 10
Aula   nr 10Aula   nr 10
Aula nr 10
everTomandrade
 
Diego pavan tomazi
Diego pavan tomaziDiego pavan tomazi
Diego pavan tomazi
Cristiano Ortega
 
SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade Mod I
SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade     Mod ISegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade     Mod I
SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade Mod I
Santos de Castro
 
Curso nr10
Curso nr10Curso nr10
Curso nr10
Guita Carvalho
 
NR-10
NR-10NR-10
NR-10
luizgraf
 
(1º)nr 10 – segurança em instalações e
(1º)nr  10 – segurança em instalações e(1º)nr  10 – segurança em instalações e
(1º)nr 10 – segurança em instalações e
Marcelo Moraes
 
MóDulo I Nr 10 SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade
MóDulo I Nr 10  SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com EletricidadeMóDulo I Nr 10  SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade
MóDulo I Nr 10 SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade
Santos de Castro
 
Apostila nr 10 atualizada (2)
Apostila nr 10 atualizada (2)Apostila nr 10 atualizada (2)
Apostila nr 10 atualizada (2)
Sergio Luiz Sousa Nazario
 
Aula IV - Nr 10 - Parte I
Aula IV - Nr 10   - Parte I Aula IV - Nr 10   - Parte I
Aula IV - Nr 10 - Parte I
Jonatas Rodrigues
 

Mais procurados (18)

Mte nr10 comentada
Mte   nr10 comentadaMte   nr10 comentada
Mte nr10 comentada
 
Nr 10
Nr 10Nr 10
Nr 10
 
Vestimentas conforme nr10 basico
Vestimentas conforme nr10 basicoVestimentas conforme nr10 basico
Vestimentas conforme nr10 basico
 
Normas NR-10
Normas NR-10Normas NR-10
Normas NR-10
 
Curso nr10 básico
Curso nr10 básicoCurso nr10 básico
Curso nr10 básico
 
Curso de segurança com eletricidade pela NR 10
Curso de segurança com eletricidade pela NR 10Curso de segurança com eletricidade pela NR 10
Curso de segurança com eletricidade pela NR 10
 
Apresentação nr10 senac
Apresentação   nr10   senacApresentação   nr10   senac
Apresentação nr10 senac
 
130936645 apostila-nr10-sep
130936645 apostila-nr10-sep130936645 apostila-nr10-sep
130936645 apostila-nr10-sep
 
NR10 - Riscos Elétricos
NR10 - Riscos ElétricosNR10 - Riscos Elétricos
NR10 - Riscos Elétricos
 
Aula nr 10
Aula   nr 10Aula   nr 10
Aula nr 10
 
Diego pavan tomazi
Diego pavan tomaziDiego pavan tomazi
Diego pavan tomazi
 
SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade Mod I
SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade     Mod ISegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade     Mod I
SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade Mod I
 
Curso nr10
Curso nr10Curso nr10
Curso nr10
 
NR-10
NR-10NR-10
NR-10
 
(1º)nr 10 – segurança em instalações e
(1º)nr  10 – segurança em instalações e(1º)nr  10 – segurança em instalações e
(1º)nr 10 – segurança em instalações e
 
MóDulo I Nr 10 SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade
MóDulo I Nr 10  SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com EletricidadeMóDulo I Nr 10  SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade
MóDulo I Nr 10 SegurançA Em InstalaçõEs E ServiçOs Com Eletricidade
 
Apostila nr 10 atualizada (2)
Apostila nr 10 atualizada (2)Apostila nr 10 atualizada (2)
Apostila nr 10 atualizada (2)
 
Aula IV - Nr 10 - Parte I
Aula IV - Nr 10   - Parte I Aula IV - Nr 10   - Parte I
Aula IV - Nr 10 - Parte I
 

Semelhante a Apost 2 10 12

Nr10 aula 1 TRMAR
Nr10 aula 1 TRMARNr10 aula 1 TRMAR
Nr10 aula 1 TRMAR
Marcos Alves
 
NR10-curso_para_atuar_no_sistema_elétrico_de_potência
NR10-curso_para_atuar_no_sistema_elétrico_de_potênciaNR10-curso_para_atuar_no_sistema_elétrico_de_potência
NR10-curso_para_atuar_no_sistema_elétrico_de_potência
IuryLudeMeloPereira
 
Nr 10 comentada
Nr 10 comentadaNr 10 comentada
Nr 10 comentada
Emac Engenharia
 
Nr 10 comentada
Nr 10 comentadaNr 10 comentada
Nr 10 comentada
stoc3214
 
NR - 10 Comentada
NR - 10 ComentadaNR - 10 Comentada
NR - 10 Comentada
prevencaonline
 
00 - NR 10 Rev_02- 01.01.2021.
00 - NR 10 Rev_02- 01.01.2021.00 - NR 10 Rev_02- 01.01.2021.
00 - NR 10 Rev_02- 01.01.2021.
NewAge16
 
Nr 10 comentada
Nr 10 comentadaNr 10 comentada
Nr 10 comentada
luisim_11
 
Manual nr 10
Manual nr 10Manual nr 10
Manual nr 10
Helanyo Anizio
 
NR10 BASICO - Introdução à segurança com eletricidade
NR10 BASICO - Introdução à segurança com eletricidadeNR10 BASICO - Introdução à segurança com eletricidade
NR10 BASICO - Introdução à segurança com eletricidade
EduardoRobertodeCicc
 
Manual nr 10
Manual nr 10Manual nr 10
Manual nr 10
Gleuciane Rocha
 
Manual nr 10
Manual nr 10Manual nr 10
Manual nr 10
Rodrigo Cardoso
 
Manual nr 10
Manual nr 10Manual nr 10
Manual nr 10
Marcelo Covos
 
Apostila cosso nr10
Apostila  cosso nr10Apostila  cosso nr10
Apostila cosso nr10
estaladora rg rg
 
Modulo 12 - Material dos Tópicos Completo.pdf
Modulo 12 - Material dos Tópicos Completo.pdfModulo 12 - Material dos Tópicos Completo.pdf
Modulo 12 - Material dos Tópicos Completo.pdf
EduardoRobertodeCicc
 
NR 10 Comentada
NR 10 ComentadaNR 10 Comentada
NR 10 Comentada
prevencaonline
 
NR10
NR10NR10
Nr 10
Nr 10Nr 10
NR 10 - Eletricidade (Noções Básicas).pptx
NR 10 - Eletricidade (Noções Básicas).pptxNR 10 - Eletricidade (Noções Básicas).pptx
NR 10 - Eletricidade (Noções Básicas).pptx
JeffersonMonteiro46
 
Cpn sp nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-opt
Cpn sp   nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-optCpn sp   nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-opt
Cpn sp nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-opt
EvandroPFonseca
 
Manual nr 10
Manual nr 10Manual nr 10
Manual nr 10
Rene Graminhani
 

Semelhante a Apost 2 10 12 (20)

Nr10 aula 1 TRMAR
Nr10 aula 1 TRMARNr10 aula 1 TRMAR
Nr10 aula 1 TRMAR
 
NR10-curso_para_atuar_no_sistema_elétrico_de_potência
NR10-curso_para_atuar_no_sistema_elétrico_de_potênciaNR10-curso_para_atuar_no_sistema_elétrico_de_potência
NR10-curso_para_atuar_no_sistema_elétrico_de_potência
 
Nr 10 comentada
Nr 10 comentadaNr 10 comentada
Nr 10 comentada
 
Nr 10 comentada
Nr 10 comentadaNr 10 comentada
Nr 10 comentada
 
NR - 10 Comentada
NR - 10 ComentadaNR - 10 Comentada
NR - 10 Comentada
 
00 - NR 10 Rev_02- 01.01.2021.
00 - NR 10 Rev_02- 01.01.2021.00 - NR 10 Rev_02- 01.01.2021.
00 - NR 10 Rev_02- 01.01.2021.
 
Nr 10 comentada
Nr 10 comentadaNr 10 comentada
Nr 10 comentada
 
Manual nr 10
Manual nr 10Manual nr 10
Manual nr 10
 
NR10 BASICO - Introdução à segurança com eletricidade
NR10 BASICO - Introdução à segurança com eletricidadeNR10 BASICO - Introdução à segurança com eletricidade
NR10 BASICO - Introdução à segurança com eletricidade
 
Manual nr 10
Manual nr 10Manual nr 10
Manual nr 10
 
Manual nr 10
Manual nr 10Manual nr 10
Manual nr 10
 
Manual nr 10
Manual nr 10Manual nr 10
Manual nr 10
 
Apostila cosso nr10
Apostila  cosso nr10Apostila  cosso nr10
Apostila cosso nr10
 
Modulo 12 - Material dos Tópicos Completo.pdf
Modulo 12 - Material dos Tópicos Completo.pdfModulo 12 - Material dos Tópicos Completo.pdf
Modulo 12 - Material dos Tópicos Completo.pdf
 
NR 10 Comentada
NR 10 ComentadaNR 10 Comentada
NR 10 Comentada
 
NR10
NR10NR10
NR10
 
Nr 10
Nr 10Nr 10
Nr 10
 
NR 10 - Eletricidade (Noções Básicas).pptx
NR 10 - Eletricidade (Noções Básicas).pptxNR 10 - Eletricidade (Noções Básicas).pptx
NR 10 - Eletricidade (Noções Básicas).pptx
 
Cpn sp nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-opt
Cpn sp   nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-optCpn sp   nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-opt
Cpn sp nr-10 (segurança e serv. em eletricidade)-opt
 
Manual nr 10
Manual nr 10Manual nr 10
Manual nr 10
 

Último

Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60AManual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Tronicline Automatismos
 
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenhariaAula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
JosAtila
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
Consultoria Acadêmica
 
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
carlos silva Rotersan
 
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptxMAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
Vilson Stollmeier
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
Consultoria Acadêmica
 
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
Consultoria Acadêmica
 

Último (7)

Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60AManual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
 
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenhariaAula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
 
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
 
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptxMAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
 
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
 

Apost 2 10 12

  • 1. PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA
  • 2. Reitor: Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira Pró-reitor: Prof. Me. Ney Stival Gestão Educacional: Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa PRODUÇÃO DE MATERIAIS Diagramação: Alan Michel Bariani Thiago Bruno Peraro Revisão Textual: Gabriela de Castro Pereira Letícia Toniete Izeppe Bisconcim Mariana Tait Romancini Produção Audiovisual: Heber Acuña Berger Leonardo Mateus Gusmão Lopes Márcio Alexandre Júnior Lara Gestão da Produção: Kamila Ayumi Costa Yoshimura Fotos: Shutterstock © Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo (a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá. Primeiramente, deixo uma frase de Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida.” Cada um de nós tem uma grande responsabilidade sobre as escolhas que fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida acadêmicaeprofissional,refletindodiretamente em nossa vida pessoal e em nossas relações com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente e busca por tecnologia, informação e conhecimento advindos de profissionais que possuam novas habilidades para liderança e sobrevivência no mercado de trabalho. De fato, a tecnologia e a comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e nos proporcionando momentos inesquecíveis. Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a Distância,aproporcionarumensinodequalidade, capaz de formar cidadãos integrantes de uma sociedade justa, preparados para o mercado de trabalho, como planejadores e líderes atuantes. Que esta nova caminhada lhes traga muita experiência, conhecimento e sucesso. Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira REITOR
  • 3. 3 3 WWW.UNINGA.BR U N I D A D E 01 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4 1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES ........................................................................................................................ 5 2 - NORMA REGULAMENTADORA NR 10 ................................................................................................................ 6 3 - MEDIDAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL ....................................................... 8 3.1. MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA ................................................................................................................. 11 3.2. MEDIDAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .......................................................................... 12 4 - LEGISLAÇÃO E NORMAS RELATIVAS À PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS ................................ 16 5 - CONCLUSÃO ........................................................................................................................................................ 17 NR10SEGURANÇAEMINSTALAÇÕES E SERVIÇO EM ELETRICIDADE PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
  • 4. 4 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Desde a invenção do primeiro gerador de energia por Nikola Tesla e da invenção da Lâmpada por Tomas Edson, a busca por distribuição de energia teve um crescimento exponencial nas cidades, a fim de propagar, principalmente, a iluminação pública. Mais tarde, com a invenção dos motores elétricos de indução, a energia demandava industrias. Pouco se conhecia sobre energia elétrica, porém, com a demanda por novas redes de distribuição, a mão-de-obra para a implantação desse sistema possuía um alto índice de mortalidade. Estima-se que, naquela época, seis em cada dez trabalhadores, na área de linhas de distribuição, morriam, ou seja, era ao menos o dobro da quantidade de mortes do que em qualquer profissão. Quando à energia elétrica chegou ao Brasil, em 1879, para a implantação de iluminação pública, há haviam normas. Posteriormente, foi inaugurada a primeira usina hidroelétricas, em 1883, na Diamantina; havia bondes elétricos no Rio de Janeiro, em 1892; sistema de iluminação pública em Belo Horizonte , em 1897; porém, somente em 1914, a fim de controlar o alto índice de acidentes fatais, é que foi lançado o primeiro código de instalações elétricas, pela antiga e extinta Inspetoria Geral de Iluminação, localizada no Rio de Janeiro. Somente em 1977, a ABNT (Associação Brasileira de normas Técnicas) publicou a NB-3 (Norma brasileira – 3) Baseada na NFPA-70 (National Eletrical Code), norma internacional vinda dos Estados Unidos. No Brasil, a norma regulamentadora número 10, tópico de estudo dessa apostila, somente surgiu após a consolidação das leis trabalhistas no ano de 1978, juntamente com outras 28 normas regulamentadores no trabalho. O princípio das NR10 sempre teve como essência controlar os riscos dos trabalhos que interajam diretamente ou indiretamente as instalações elétricas, para reduzir para zero os índices de acidentes no trabalho no uso da eletricidade em todas as etapas, ou seja, geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica.
  • 5. 5 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES Para a interpretação e compreensão de normas, principalmente a NR10, temos que deixar claro algumas definições, que podem contribuir para um melhor aprendizado. • Extra baixa tensão ou tensão de segurança: Os valores de extra baixa tensão são claros em norma: Tensão inferior à 50 V corrente alternada ou 120 V corrente continua. O termo tensão de segurança, sendo sinônimo de extra baixa tensão na NR10, é devido pois a passagem de uma corrente elétrica somente irá ser sentido no corpo humano acima desses valores de tensão. • Baixa tensão BT: Baixa tensão são valores acima de 60 V em corrente alternada e 120 V em corrente continua à 1.000 V corrente alternada e 1.500 V corrente contínua, sendo a faixa de tensão que fica entre a Extra baixa tensão e a alta tensão. • Alta Tensão (AT): A definição de alta tensão, segundo a NR10, é um pouco divergente, pois segundo a ABNT consideraríamos alta tensão instalações elétricas acima de 36.000 V, logo valores entre 1.000 V e acima de 36.000 V seria média tensão conforme estabelece a NBR14039 – Instalações elétricas de média tensão MT. Porém, conforme descrito na NR10, alta tensão é instalação elétrica acima de 1.000 V em corrente alternada e 1.500 V em corrente contínua. Já para efeitos de padronização construtiva, projeto e dimensionamento das instalações temos que tomar como referência, projetos e parâmetros técnicos da ABNT, já quando os assuntos são procedimentos de trabalho e controle de risco, consideramos os valores de tensão especificado na NR10 para AT. • Área classificada e atmosfera explosiva: As duas palavras por mais que parecidas são itens diferentes e específicos, onde uma área classificada se diz o local no qual pode haver uma atmosfera explosiva. Por exemplo: Uma plataforma de armazenamento de botijões de gás é uma área classificada, porem ela somente irá se tornar uma atmosfera explosiva caso do vazamento de gás, onde a mistura do mesmo com o ar, a ignição propagasse a combustão. • Direito de recusa: O direito de recusa é um instrumento no qual podemos classificar como medida de controle de risco, no qual o executor de uma determinada atividade, no qual o exponha a risco eminente de si próprio ou de terceiros, tem de recusar de forma assegurada por lei para evitar quaisquer maiores riscos. Exemplo: A recusa para uma manutenção em um poste de distribuição de energia, pois começou a chover e os isolamento de proteção irão se perder por umidade, colocando-o em risco eminente de acidente. • Energia incidente: É a energia dissipada no momento de uma falha nas instalações elétricas por circunstancia acidentais, podendo variar seu potencial e tempo de falha de caso a caso. Para um equipamento interligado a instalações elétricas, quanto maior seu potencial de consumo e demanda de energia maior será a sua energia incidente, a qual sua unidade é expressa em Quilo Joules por centímetro cúbico (kJ/cm³). • SEP: Sistema elétrico de potência é o conjunto de equipamentos elétricos com finalidade de geração, transmissão e distribuição de energia com valores de demanda de energia elevado e mais robusto, geralmente em AT. São exemplos de SEP, redes de distribuição de energia, transformadores trifásicos de potência, medições indiretas de energia, cabine de medição de energia, entre outros.
  • 6. 6 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Nesse material iremos discutir sobre a norma regulamentadora nº 10 e não necessariamente citaremos todos os itens da norma, nesses moldes é recomendável para qualidade cognitiva desse conteúdo que se leia a norma nesse módulo na integra, assim acesse o site do ministério do trabalho para um acesso a norma atualizada. Site ministério do trabalho Disponível em: <<http://trabalho. gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR10.pdf>. Acesso em: 15 jun. 18. 2 - NORMA REGULAMENTADORA NR 10 Para melhor compreensão da NR10, devemos inicialmente compreender que ela pretende atingir objetivamente a segurança em instalações e serviços em cima de todas etapas que se utilize energia elétrica com valores de tensão superiores a 50 Volts corrente alternada e 120 V corrente contínua, sendo aplicáveis em etapas e fases de Geração de energia elétrica (Usinas hidroelétricas, fotovoltaicas, biomassa, fotovoltaicas, outros), transmissão de energia (130 kV até 700 kV), Distribuição de energia (Usualmente utilizada no Brasil em 13,8 kV, 34,5kV e 69kV), incluindo, também, etapas de projetos elétricos, montagem e operação de sistema elétricos e manutenção de instalações, maquinas e equipamentos elétricos. A NR 10 se aplica a pessoas que trabalham diretamente e/ou indiretamente com instalações elétricas, desde a montagem de um quadro elétrico até a utilização do sistema por pessoa não advertida, na simples ação de ligar e desligar um interruptor de luz ou meramente quem trabalhe em proximidade de eletricidade mais não necessariamente com energia elétrica, por exemplo: Profissional no qual lança cabos de fibra óptica em um poste, mesmo que fibra óptica não seja um meio ou equipamento no qual se trabalha energizado mas se tratando de uma atividade em proximidade de sistemas elétricos temos riscos a ser avaliados. A NR10 determina condições mínimas de segurança, ou seja, tudo que é descrito na norma é obrigatório seu comprimento, porem como forma de medidas de controle, pode ser implementado por medidas adicionais. Para que um trabalhador possa desenvolver suas atividades nas instalações elétricas, é importante que tenha em seu currículo o treinamento básico (segurança em instalações e serviços com eletricidade) de carga horária mínima de 40 horas, que a NR 10 no Anexo II especifica uma programação mínima dos conteúdos mais relevantes. Para que os trabalhadores tenham contato com as instalações elétricas em alta tensão, é necessário que seja feito o curso complementar (segurança no sistema elétrico de potência SEP e em suas proximidades), além do curso básico, que é pré-requisito. Além do(s) curso(s), faz-se necessário para o trabalhador poder realizar suas atividades nas instalações elétricas, e que cumpra as exigências ditas pelo item 10.8 (Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos trabalhadores) da NR 10, que especifica todos os outros requisitos, em questões de conhecimento técnico e autorizações. Para que os serviços em instalações elétricas sejam feitos de forma eficaz e mais segura possível, é importante que seja seguido um procedimento de trabalho de desenergização. Instalações elétricas são consideradas desenergizadas apenas mediantes a uma sequência de procedimentos apropriados. Como uma forma de proteção coletiva dos riscos elétricos, a NR 10 determinou essa sequência de procedimentos:
  • 7. 7 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA a) Seccionamento; b) Impedimento de reenergização; c) Constatação da ausência de tensão; d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada; f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização. Após todo o serviço ser realizado e haver a verificação de que não há quaisquer problemas, deve-se seguir alguns passos para a reenergização da instalação elétrica. Esse processo de reenergização deve sempre ser realizado por um profissional capacitado para tal trabalho, como especifica o item 10.8 da NR 10. A sequência dos procedimentos de reenergização, segundo a NR 10, é: a) Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos; b) Retirada da zona controlada de todos os trabalhos não envolvidos no processo de reenergização; c)Remoçãodoaterramentotemporário,daequipotencializaçãoedasproteçõesadicionais; d) Remoção da sinalização de impedimento de reenergização; e) Destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento. Como exemplo dos procedimentos de trabalho, observe a Tabela da sequência para a substituição de uma lâmpada fluorescente tubular: a) Seccionamento; Verificar se o circuito está identificado conforme o esquema unifilar e somente depois desligar o disjuntor no quadro de distribuição e assim como o interruptor da lâmpada. b) Impedimento de reenergização; Fazer bloqueio de religamento do disjuntor de forma que não possa ser violado facilmente. Esse bloqueio pode ser realizado colocando um cadeado no quadro elétrico que possui o dispositivo. c) Constatação da ausência de tensão; Utilizar um multímetro ou equipamento similar para constar que realmente aquele circuito foi desligado. d) Instalação de aterramento temporário; Não aplicável pelo baixo nível de risco. e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada; Proteção dos elementos energizados que possa estar na mesma caixa de passagem.
  • 8. 8 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização. Instalação de sinalização no quadro elétrico o qual o circuito foi desligado. Tabela 1 - obstáculos de proteção coletiva. Fonte: Seton (s/d). 3 - MEDIDAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL Que todas as intervenções em instalações devem ser providas de cuidados todos nós sabemos, porém, de que forma deve ser submetidos esses cuidados de acordo com a NR10? Utilizando uma análise de risco mediante a técnicas apropriadas e verificando não somente riscos elétricos, mas também os riscos adicionais. Os riscos adicionais são aqueles que não estão relacionados diretamente com energia elétrica, porém no emprego dessas atividades ou até mesmo por outros efeitos o trabalhador estará exposto, como trabalho em altura, confinamento, atmosfera explosiva, poeira, umidade e até campos elétricos e magnéticos. Os riscos adicionais estão presentes em quaisquer atividades, principalmente, as que demandam conhecimento técnico fazendo com que dentro da análise seja criteriosamente avaliada. Por exemplo, considerando um trabalhador que irá fazer a manutenção em uma luminária que está instalada com um pé direito de cinco metros de altura e o reator da lâmpada encontra-se dentro do forro de gesso, ou seja, precisará remover toda a luminária do forro para manutenção, todavia, temos uma análise sobre os riscos risco adicionais: O Trabalho em altura deve ser avaliado a forma de acesso até a luminária utilizando-se escada ou andaime, não podendo deixar de lado a utilização do cinto de segurança, ancoragem do cinto, boas condições das sapatas, treinamento de trabalho de altura em dia (NR35), trabalho sempre realizado em duas pessoas; A poeira acumulada internamente no forro, utilização de luvas apropriadas, e inspeção visual a fim de verificar a presença de riscos do gênero (A luminária e equipamento elétricos com acumulo de poeira e associados a eletricidade pode haver falhas e descargas de energia); Fauna considerando que pode haver animais peçonhentos como aranha, escorpião, entre outros. Em uma análise prévia, podemos verificar vários outros aspectos de risco adicionais, os quais não estão ligados diretamente a energia elétrica e podem gerar acidente no trabalho. As medidas de controle também estão associadas a informações sobre as instalações elétricas de forma em geral. Para intervenções, é necessário saber como são as metodologias de segurança a serem empregadas e de que forma os dispositivos elétricos estão ligado e associados, como suas proteções foram dimensionadas, quais os ferramentais adequados para o seu uso, comprovação de que o sistema de aterramento e SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) estão bem dimensionados, entre outras informações no qual devem ser descritas no PIE (Prontuário de Instalações Elétricas). Antes de discutirmos sobre o PIE, é válido colocar que os esquemas unifilares das instalações são obrigatórios a toda e qualquer empresa, e deve ser mantido atualizado. Os esquemas unifilares devem conter: - Valor de corrente nominal das proteções e parâmetro a serem ajustados; - Especificação da marca e do modelo de equipamento utilizado; - Dimensões de cabos e barramento elétricos; - Descrição do sistema de aterramento; - Denominação e identificação dos circuitos, de sua origem e destino;
  • 9. 9 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA O Prontuário de instalações elétricas é um conjunto de informações em que a empresa que possua carga instalada acima de 75 kW deve constituir e mantê-lo atualizado. O PIE deve conter todas as informações referentes a instalações elétricas e procedimentos segurança no trabalho, contendo no mínimo os subitens abaixo, conforme descrito no item 10.2.4: a)Conjuntodeprocedimentoseinstruçõestécnicaseadministrativasdesegurançaesaúde, implantadas e relacionadas a NR 10 e descrição das medidas de controle existentes: O Conjunto de procedimentos é um manual técnico no qual cada empresa deve elaborar o seu conforme disposições gerais e a peculiaridade, contendo informações de como são todos os procedimentos para intervenções em instalações elétricas, recomendações de segurança no trabalho para intervenções em instalações elétricas, descrição dos EPIs e EPCs, plano de emergência em casos de acidente. Para a empresa de concessionária de energia elétrica, é essencial que cada atividade se tenha um manual de procedimentos, como por exemplo: Procedimentos para subir em escada, procedimento para poda de árvore, entre outros. b) Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos: Toda empresa, desde a sua concepção, deve haver ensaios periódicos com medição e inspeção do sistema de aterramento elétrico e SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas). As recomendações de ensaios em instalações de baixa tensão estão expressas pela NBR 5410 - “Instalações elétricas em baixa tensão” onde a sua periodicidade pode variar de caso para caso, mas, em geral a recomendação é anualmente ou seguindo as recomendações do fabricante. As medições de resistência de aterramento devem ser realizadas por um equipamento denominado terrometro, com procedimentos específicos e com laudos técnicos assinado por um engenheiro eletricista, obrigatoriamente. Já inspeções referentes ao SPDA está constante na NBR 5419 – “Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas”. Em 2018 existe recomendações para as instalações de SPDA internos e externos, ou seja, não é mais somente aquele sistema externo provido de captores da Franklin ou Gaiola de Faraday, mais sim um sistema interno de proteção dos equipamentos elétricos, telecomunicações, dados, sinal e até mesmo das pessoas que interajam de algum forma com as instalações elétricas, adotando dispositivos de proteção contra surto elétricos. A medição da resistência de aterramento não é mais obrigatória em norma por questões técnicas, justificada em norma, porém o ensaio de continuidade elétrica do sistema, a fim de garantir a continuidade do sistema captor com a malha de aterramento, deve ser procedida periodicamente para cada caso, mas em tese, anualmente. c) Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina a NR 10: Para cada empresa temos riscos diferentes e análises de risco diferentes, dessa forma teremos equipamentos de proteção coletivos e individuais diferentes, onde dentro do PIE deve haver sua especificação e justificativa para sua obrigatoriedade de uso. Nessa parte do prontuário, é recomendado juntar todos os CAs (Certificado de Aprovação) de EPIs e EPCs, assim como a ficha de entrada de EPIs aos colaboradores. d) Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados: Dentro do prontuário deve ter todos os certificados dos colaboradores de acordo com a exigência e a necessidade de cada empresa, como: Curso de NR 10, NR 35 - Trabalho em altura, NR 33 - Espaço confinado, certificado de conclusão de curso técnico, tecnólogo, engenharia, entre outros cursos de qualificação.
  • 10. 10 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA e) Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva: Equipamentos e ferramentais de instalações elétricas, quando providos de isolação, devem ser ensaiados periodicamente conforme recomendações do fabricante ou anualmente, quando não especificado. Os ensaios de tensão aplicada devem ser feitos por um laboratório especializado e creditado pelo órgão competente (Inmetro), visando garantir a segurança e certificar a sua utilização em trabalho, logo seus certificados de ensaio, contendo número de série de cada equipamento, deve estar junto ao PIE. f) Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas: Quaisquer equipamentos ou instalações, as quais rodem em uma atmosfera explosiva sendo área classificada, devem possuir certificação especifica de que a mesma foi projetada para ser instalada em condições originalmente preconizadas, ou seja, desde um quadro elétrico, tubulação elétrica para área classificada, deve possuir certificação especifica. g) RTI - Relatório técnico de inspeção atualizado, com recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”: Nesse ponto é necessário manter e constituir atualizado o RTI – Relatório técnicos de inspeção, no qual é uma forma de narrativa técnica das instalações elétricas em geral, apontando todos os pontos de conformidade e não conformidade, desde a entrada de energia, quadros de distribuição elétrica, ferramentais, EPIs, EPCs, procedimentos de trabalho em geral, etc. Esse documento serve como forma de referência para apontar possíveis falhas de segurança em instalações elétricas assim como certifica-las de que a mesma está sendo empregada. É válido lembrar que esse documento deve ser elaborado por um engenheiro eletricista, obrigatoriamente, e as não conformidades deve ser apresentada um plano de ação para corrigi-las. Para empresas que não possuem carga instaladas acima de 75 kW, porém, os trabalhos são realizados em proximidade do SEP (Sistema Elétrico de Potência) deve possuir os itens “a”, “c”, “d” e “e”. Empresas que realizam instalação, ou operam SEP, devem possuir: - Descrição dos procedimentos para emergência; - Certificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual; O PIE e RTI deve estar à disposição dos trabalhos serem elaborados por profissionais legalmente habilitados e ser mantido pela empresa ou profissional designado
  • 11. 11 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 3.1. Medidas de proteção coletiva Medidas de proteção coletiva são ações realizadas por um profissional que controla os riscos de suas atividades de forma prioritária, para, assim, controlar os possíveis riscos que as pessoas podem sofrer, seja por meio de sinalização, restrição de acesso, ou procedimento técnico especifico. Essas ações podem ser: - Isolação das partes vivas: Utilizando-se de materiais isolantes normalmente na cor alaranjada, isola-se partes vivas (Energizadas) das instalações; - Obstáculos: Elemento no qual delimita o acesso a partes vivas da instalação mas que não impede a ação se for de forma intencional (Ex: Cavaletes, cones e fitas zebradas). Figura 1 - obstáculos de proteção coletiva. Fonte: Seton (s/d). - Barreiras: Elemento ou dispositivo no qual impede o contato com partes vivas da instalação mesmo que haja uma tentativa intencional (Ex: policarbonato e cercas); Figura 2 - barreira de proteção coletiva. Fonte: Seton (s/d). - Sinalização: Sinalização seja com alerta, risco perigo ou até mesmo orientativa de forma a alertar pessoas advertidas ou não.
  • 12. 12 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 3 - sinalizações de risco. Fonte: Seton (s/d). - Sistema de seccionamento automático de alimentação e bloqueio do religamento automático: Redes de distribuição de energia elétrica possuem um dispositivo a fim de manter o contínuo fornecimento de energia que quando ocorre o desligamento de um circuito por qualquer meio ou azar, o sistema religa duas vezes a rede automaticamente. Esse dispositivo em casos de manutenção deve ser desligado e bloqueado. Uma outra medida de controle de riscos coletivo é realizar a desenergização de forma prioritária para realização de suas atividades, ou seja, é essencial que na intervenção somente seja manipulado circuitos energizados utilizando-se ainda de técnicas especificas em casos realmente essenciais, evitando assim acidentes e um melhor controle dos riscos coletivo. 3.2. Medidas e equipamentos de proteção individual Medidas de proteções individuais devem ser tomadas por si só quando as medidas de proteções coletivas não foram tecnicamente viáveis e suficientes para controlar os riscos, onde depende de uma análise criteriosa e procedimentos específicos para utilização. A escolha das vestimentas para utilizar em instalações elétricas deve ser criteriosa e levar em considerações técnicas contemplando a condutibilidade uma vez que não pode haver fivelas metálicas, rebites ou similares expostos, inflamabilidade de acordo com o potencial de energia que pode ser dissipada no local no momento de uma falha elétrica, assim como as interferências eletromagnéticas que possam haver. Para determinação da vestimenta, o cálculo de energia incidente de cada ponto deve possuir as informações sobre qual classe de roupa utilizar. O cálculo de energia incidente deve ser realizado por um profissional qualificado e habilitado, baseado na norma NFPA 70 E, onde o resultado pode-se classificar o tipo de vestimenta conforme a tabela a seguir. Como forma de entender algumas das normas regulamentadoras, veja a NR 6, disposta no site do ministério do trabalho, disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf.
  • 13. 13 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Faixa de energia incidente calculada (Cal/ cm²) Classe da roupa Descrição da roupa Gramatura total g/m² 0 – 3,99 Cal/ cm² 0 Algodão não Tratado 153 – 237 g/m² 4 – 6,99 Cal/ cm² 1 Calça e camisa ou macacão confeccionado com uma camada de tecido resistente a chamas 153 – 271 g/m² 7 – 23,99 Cal/ cm² 2 Roupa interna de algodão + calça e camisa ou macacão confeccionado com uma camada de tecido resistente a chamas 305 – 407 g/m² 24 – 38,99 Cal/ cm² 3 Roupa interna de algodão + calça e camisa ou macacão ou calça e capa confeccionado com duas camadas de tecido resistente a chamas. 542 -678 g/m² Acima 39 Cal/ cm² 4 Roupa interna de algodão + calça e camisa ou macacão ou calça e capa confeccionado com três camadas de tecido resistente a chamas. 813 – 1107 g/m² Tabela 2 - Vestimenta conforme cálculo de energia incidente. Fonte: o autor. É claro que por norma, assim como de forma sensitiva que o uso de EPIs e EPCs fazem um controle de risco e se eleva o nível de segurança nas atividades, porém temos de haver o senso de equilíbrio sobre qual tipo especifico usar, qual aplicação em cada atividade e até mesmo para não haver o excesso e limitar os andamentos das atividades. Na NR 10 pede-se para usar ferramentas e EPIs compatíveis com a atividade e valores de tensão empregados, porém não se tem mais outras recomendações especificas sobre qual utilizar, excetos algumas recomendações, também superficiais, na NR 6 (Equipamento de proteção individual). Tanto a NR 6 quanto a NR 10 deixa muito em aberto quais EPIs específicos utilizar, onde fica a critério de análise de risco caso a caso, conforme a presença de risco não controlado. A classe de tensão é determinada pelos valores de tensão onde possui um valor máximo de trabalho, valor de ensaio e cor padrão de isolação dados pela tabela: Classe Corrente alternada Cor da etiqueta Tensão de ensaio (Volts) Tensão máxima de uso (Volts) 00 2.500 500 Bege 0 5.000 1.000 Vermelho 1 10.000 7.500 Branco 2 20.000 17.000 Amarelo 3 30.000 26.500 Verde 4 40.000 36.000 Laranja Tabela 3 - Classificação de nível de tensão de trabalho. Fonte: o autor.
  • 14. 14 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Como forma de orientar preceitos básicos, criamos uma listagem básica de equipamentos de proteção coletiva e individual mediante a uma situação generalista. Um eletricista mantenedor industrial no qual é autorizado a realizar atividades em baixa tensão podendo ser energizadas ou não é obrigatório os seguintes EPIs: - Botina de segurança sem biqueira ou acessório de material condutor, com solado isolante 14 kV conforme NBR 12576. Normalmente a biqueira é em PVC ou resina isolante. Figura 4 - botina de segurança. Fonte: bracol. - Calça e blusa com proteção para arco elétrico e fogo repentino (Antichamas) classe II ATPV na faixa de 7 à 23,99 Cal/cm³, onde o tecido deve haver uma gramatura entre 305 – 407 g/ m². (Obs: Esse risco dependendo do potencial de energia do quadro elétrico pode ser necessário um roupa de classe maior, aqui estamos considerando como medida de segurança e de forma didática um quadro de 63 A na proteção geral e uma distância de trabalho superior à 60 cm do ponto energizado). - Capacete de isolação Classe B para eletricista com protetor jugular com Viseira de proteção facial contra arco voltaico em policarbonato risco 2 ATPV de 18,0 cal/cm² NFPA 70E. Figura 5 - Capacete com protetor jugular e viseira de proteção facial. Fonte: msa. - Luva de isolação de borracha classe 00 ou 0 revestida com luva raspa de couro em conformidade com a NBR 10622.
  • 15. 15 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 6 - Luva de isolação de borracha. Fonte: orion. - Cinto de segurança tipo paraquedista com talabarte. Figura 7 - Cinto de segurança tipo paraquedista com talabarte. Fonte: msa. Para entender um pouco mais sobre EPIs, veja as informações disposta no site do Guia trabalhista em: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm
  • 16. 16 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 4 - LEGISLAÇÃO E NORMAS RELATIVAS À PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS O maior risco que o trabalhador corre ao trabalhar com instalações elétricas é o risco de choque elétrico. Quando falamos em segurança em instalações elétricas, isso nos remete sempre a execução ou manutenção de instalações existente. Só que temos uma forte referência e essencial da NR 10, porém é necessário seguir as exigências de outras Normas Brasileiras para uma devida proteção contra choques elétricos e outros riscos possíveis, como a NBR 5410 – “instalações elétricas de baixa tensão”. É importante apontar, também, que a NR 10 cita várias outras normas que devem ser seguidas para que possa ter uma instalação elétrica segura em conformidade. A NR 10 utiliza normas para sua elaboração, como: - NR 1 – Disposições gerais - NR 3 – Embargo ou interdição - NR 4 – Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho - NR 7 – Programa de controle médico de saúde ocupacional - NR 17 - Ergonomia - NR 23 – Proteção contra incêndios - NR 26 – Sinalização de segurança - NR 33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados - NR 35 – Trabalho em altura - IEC 61010 – Safety requeriments for electrical equipamento for measuremente control, and laboratory use. Podemos citar também uma norma de grande importância quando o assunto é o choque elétrico, a IEC de n° 479-1 – Effects of current on human beings and livestock, utilizada, inclusive, pela NBR 5410, nas partes relacionadas à proteção das pessoas e de animais domésticos contra os choques elétricos. O choque elétrico pode trazer consequências aos seres humanos diretamente (contrações musculares, fibrilação ventricular, parada cardíaca, queimaduras, asfixia, etc.) ou indiretamente (queda de níveis elevados, batidas, fraturas, traumatismos, perda de membros, etc.) Uma parte importante da NR 10 são os procedimentos de trabalho que devem ser seguidos. E quando nós tratamos de atividades em instalações elétricas desenergizadas, existe uma sequência de procedimentos para que se garanta essa desenergização, para entender melhor sobre esses procedimentos assista o vídeo do YouTube do Canal Mundo da Elétrica. Mundo da Elétrica. Desenergização elétrica e NR 10. Está mesmo seguro? Mundo da elétrica. 2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1Wppot4ttzM&t=447s>. Acesso em: 15 jun. 2018.
  • 17. 17 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Emtodamudançadeculturaemquaisquercircunstâncias,gera-seumconturbação, desconforto e resistência as mudança, podendo ser a meramente a alteração de uma regra no procedimentos de trabalho, mudança de política da empresa, ou até mesmo a obrigatoriedade do uso de um novo EPI. Exemplificando, em meados de 1994, quando o código de transito era desatualizado e não havia restrições mais severas quanto a utilização de sinto de segurança em automóveis e capacete por motociclistas, logo passou a ser obrigatória oi que antes não havia regra e organização. A alteração dessa legislação passou a causar um grande dessabor aos motoristas, resistência ao cumprimento, porem anos passaram e as regas passaram a ser vistas como necessária em geral. Refletindo conforme colocado no exemplo, verificamos que a mudança de padrão de norma muitas vezes não aprovada muitas vezes por comodidade ou meramente resistência, porém é de suma importância o seu comprimento e a mudanças geradas podem mudar índices e elevar os níveis de segurança. Tratando-se de normas de trabalho reflita de que forma positiva a alteração de uma referência normativa positivamente possa trazer benefícios na implantação da mesma. 5 - CONCLUSÃO Um dos maiores problemas quando o assunto é eletricidade, é o risco que há envolvido durante os processos. Grande parte dos acidentes envolvendo eletricidade é causado por falta de atenção dos trabalhadores, e até mesmo pela falta de conhecimento dos riscos e consequência de um choque elétrico. Assim, a NR 10 tem como objetivo regulamentar questões sobre segurança em instalações e serviços em eletricidade. O foco da NR 10 é sempre manter o trabalhador seguro, reduzindo o máximo possível o riscodeacidentes,equandonóstratamosdemanutençõeseminstalaçõeselétricas(desenergizadas, energizadas, energizadas em alta tensão) sempre teremos um risco mais elevado. Por isso, a NR 10 nos traz todas as medidas cabíveis para a redução de qualquer risco possível durante alguma atividade, sendo que em cada caso deve ser adotada uma medida diferente.
  • 18. 18 18 WWW.UNINGA.BR U N I D A D E 02 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 19 1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 20 2 - ELETRICIDADE ESTÁTICA ................................................................................................................................. 20 3 - AMBIENTES ESPECIAIS .................................................................................................................................... 21 3.1. ÍNDICE DE PROTEÇÃO ...................................................................................................................................... 23 4 - ATERRAMENTO ELÉTRICO ............................................................................................................................... 26 4.1. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ...................................................................................................................... 26 5 - ÁREA DE UTILIDADES ....................................................................................................................................... 30 6 - CONCLUSÃO ....................................................................................................................................................... 32 AMBIENTES ESPECIAIS, ÍNDICE DE PROTEÇÃO, ELETRICIDADE ESTÁTICA, ATERRAMENTO E ÉREAS DE UTILIDADES ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA
  • 19. 19 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO A indústria representa 21% do PIB do Brasil, mas responde por 51% das exportações, por 68% da pesquisa e desenvolvimento do setor privado e por 32% dos tributos federais (exceto receitasprevidenciárias),segundooPortaldaIndustria(2018).AsindústriasnoBrasilapresentam uma grande variedade de produção de produtos e serviços, desde a indústria de farmoquímicos e farmacêuticos até a indústria têxtil. Muitas dessas indústrias apresentam locais de trabalho com riscos mais elevados do que um ambiente comum, causados por diversos fatores, como riscos de explosão, ambientes com meios corrosivos, entre outros. Com isso, deve ser feita uma proteção extra, e devem ser adotadas medidas e procedimentos diferente nesses “Ambientes especiais”. Existem procedimentos e normas a serem seguidas que tem como objetivo garantir a segurança dentro dos mais diversos ambientes de trabalho, não apenas em ambientes especiais. Nessa unidade, iremos estudar sobre esses ambientes especiais, o que os torna especiais e as medidas de segurança que devem ser adotadas, além de algumas formas de proteção e meios e normas que garantem a segurança do trabalhador em questões do ambiente de trabalho.
  • 20. 20 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES Para que possamos entender o conteúdo desse Módulo II, é necessário que se conheça algumas definições: - áreas classificadas, são ambientes de alto risco os quais existe a possibilidade de vazamento de gases inflamáveis em situação normal de funcionamento. - Ignição é o processo ou meio que inflama um material combustível. - Equipotencialização tem como objetivo eliminar as diferenças de potencial entre os sistemas elétricos e seus componentes metálicos. - Risco é uma ameaça ou perigo de determinada ocorrência. - Sobretensão é quando a rede ou qualquer outra fonte de eletricidade excede o seu valor nominal. - Sobrecorrente é quando o valor de uma corrente excede o seu valor nominal. - Ergonomia é o conjunto de disciplinas que estuda a organização do trabalho no qual existe interações entre seres humanos e máquinas. 2 - ELETRICIDADE ESTÁTICA A eletricidade estática é o fenômeno de acumulo de cargas elétricas em alguns materiais, causado pelo atrito e separação entre os materiais. O resultado disso é que um dos materiais fica positivo (falta de elétrons) e o outro negativo (excesso de elétrons), e como o é ar seco (umidade relativa do ar baixa), este é um ótimo isolante. Assim, essas cargas permanecem acumuladas nesses materiais por um bom tempo. Muitas vezes, esse fenômeno é inofensivo, porém, quando tratamos de áreas classificadas, ele pode trazer grande perigo e risco. Qualquer faísca causada por uma descarga eletroestática podeviracausarumaigniçãonomaterialdeumaáreaclassificada,porissodeveserfeiaaproteção e aplicação das medidas de segurança e dissipação segura das descargas elétricas acumuladas, fazendo a equipotencialização das superfícies e o controle da umidade do ar, além de fazer a redução das velocidades de passagem dos materiais, etc. Com isso, o subitem 10.9.3 da NR 10, que exige uma proteção específica para todos os processos e/ou equipamentos que possam gerar ou acumular eletricidade estática. Para que possa entender melhor sobre Atmosferas Explosivas, recomenda-se a leitura do material da WEG sobre esse assunto, disponibilizado em seu site. Disponível em: <http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-cartilha-de- atmosferas-explosivas-50039055-catalogo-portugues-br.pdf>. Acesso em 18 jun. 18.
  • 21. 21 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Um exemplo da ocorrência da eletricidade estática é em fabricas de papel, pois ocorre o atrito dos enrolamentos de papel com as partes metálicas da máquina, e assim surgindo cargas elétricas que podem produzir faíscas quando o trabalhador manuseia um material metálicas em proximidade, e podendo ocorrer casos de incêndio. Uma forma de evitar esse tipo de acidente em locais com essas características, é manter esses locais fechados e com sua umidade controlada. 3 - AMBIENTES ESPECIAIS Nasindustrias,podemosveráreasdestinadasaomanuseioouarmazenamentodeprodutos que podem vir a causa acidentes, sendo um risco em potencial. Um exemplo desse caso são as áreas classificadas, que são ambientes de alto risco em que existe a possibilidade de vazamento de gases inflamáveis em situação de funcionamento normal, estando sujeito a existência de uma atmosfera explosiva. Atmosfera explosiva é aquela que quando a proporção de gás, vapor ou pó no ar é tal que uma faísca proveniente de um circuito elétrico ou o aquecimento de um aparelho provoca a explosão. Um local onde pode se formar uma atmosfera explosiva em concentrações que que exijam a utilização de medidas de prevenção especiais é chamado de área perigosa. As áreas perigosas são dívidas em zonas e para essa definição, deve se fazer uma avaliação dos riscos de explosão, considerando os seguintes aspectos: - Probabilidade de ocorrência de atmosfera explosiva e sua duração; - Probabilidade da presença de fontes de ignição e a possibilidade delas se tornarem ativas; - As descargas eletroestáticas vindas dos trabalhadores ou ambiente de trabalho; - As instalações, substâncias, e os processos utilizados nos ambientes de trabalho; - A amplitude das consequências previstas. Para que se entenda melhor sobre eletricidade estática, leia o artigo disponibilizado no site do Instituto Newton Braga sobre o assunto, disponível em: http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/artigos/49- curiosidades/361-eletricidade-estatica.html
  • 22. 22 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA As zonas são: Zonas de área classificada Zonas de área classificada Zona 0 Local onde a formação de atmosfera explosiva é contínua e existe por longos períodos. Zona 1 Local onde a formação de atmosfera explosiva é provável de acontecer em condições normais de operação do equipamento de processo. Zona 2 Local onde a formação de uma atmosfera explosiva é pouco provável de acontecer, e se acontecer, é por curtos períodos, estando ainda associada à operação anormal do equipamento de processo. Zona 20 Áreas onde a presença de atmosfera explosiva é permanente, por tempo prolongado ou frequente. Zona 21 Áreas onde a presença da atmosfera explosiva pode ocorrer ocasionalmente. Zona 22 Áreas onde a formação da atmosfera explosiva devido ao levantamento de poeira acumulada é improvável, se ocorrer é por pouco tempo. Tabela 4 - Zonas de áreas classificadas. Fonte: o autor. As zonas são divididas, também, de acordo com a natureza do risco, onde: - Zonas 0, 1, e 2 são para atmosferas potencialmente explosivas formadas por gases ou vapores; - Zonas 20, 21 e 22 são para atmosferas potencialmente explosivas formadas por poeiras. Como mais uma forma de proteção, em áreas classificadas, deve ser adotada medidas e dispositivos, como alarmes e seccionamento automático, para a prevenção de sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamentos ou outras condições anormais de operação. Essas medidas são obrigatórias em áreas classificadas para prevenir a ocorrência de incêndio e/ou explosão.Todasasinstalaçõeselétricasnessasáreasclassificadasdevemestaremconformidade com as Normas Brasileiras aplicáveis nessa situação, elas são: - NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão; - NBR 14.639 – Posto de Serviço – Instalações elétricas; - NBR IEC 60s079-14 – Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas.
  • 23. 23 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA O subitem 10.5 da NR 10 estabelece os princípios de desenergização das instalações elétricas para manutenção e intervenção, nos casos de áreas classificadas as manutenções e intervenções são permitidas, apenas, seguindo os processos de desenergização ou com a supressão do agente causador de risco que determina a classificação da área. Uma forma de complementar o controle de riscos nessas áreas, é a utilização de sinalização de segurança (item 10.10 da NR 10). A Sinalização de segurança pode ser utilizada como forma de restrição e impedimento de acesso, para que não haja a permanência de pessoas sem devido treinamento e desinformadas em uma área de risco. Figura 8 - Sinalização de segurança. Fonte: seton. 3.1. Índice de proteção Ao fazer um dimensionamento de qualquer de componentes das instalações elétricas é necessário levar em consideração o ambiente no qual será instalado de acordo com cada condição. Os principais agentes no qual o uma instalação pode ser exposta são quando à líquidos e sólidos, ou seja, proteção do equipamento contra o ingresso de água em seu interior e sólidos onde é uma proteção contra contato direto com partes energizadas ou até mesmo impedir acesso de partes móveis e corpos estranhos. Esse grau de proteção é denominado como IP (Index of Protection – Índice de proteção) é definido pela NBR6.146 – Invólucros de equipamentos elétricos e NBR9884 – Máquinas Elétricas Girantes – Graus de proteção proporcionado pelos invólucros. A penetração de líquidos em componentes de uma instalação elétrica pode causar dos mais diversos danos irreversíveis as instalações, pois a presença de liquido pode mudar a rigidez dielétrica da instalação, oxidação, corrosão, condução de energia, queima de equipamentos, fuga de energia, choques elétricos, entre demais outros fatores de risco a segurança das instalações ou de pessoas na qual podem estar expostas.
  • 24. 24 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA A penetração de corpos sólidos pode variar desde o contato direto de uma pessoa com as instalações elétricas energizadas até o acumulo de sólidos podendo causar danos a instalações e variações nas condições de segurança. O índice de proteção (IP) é definido por dois dígitos no qual o primeiro digito varia de 0 a 6, em que define o grau de proteção contra sólidos e o segundo de 0 a 8 define para líquidos, dado pela tabela: Primeiro Dígito – Grau de proteção contra corpo sólidos Dígito Descrição. Proteção Dada. 0 Não protegido. Sem proteção especial. 1 Protegido contra objetos sólidos maiores que 50mm.. Grandes superfícies do corpo humano. A passagem da mão é dificultada, porém a inserção deliberada do dedo é efetiva. 2 Protegido contra objetos sólidos maiores que 12mm Superfícies diâmetro menor que 12 mm e comprimento maior que 80 mm de comprimento. A inserção a inserção dos dedos deliberadamente porem é limitado ao comprimento do membro. Uma chave de fenda com cabo longo pode alcançar o ponto de risco. 3 Protegido contra objetos sólidos maiores que 2,5mm. O acesso do dedo não é possível porem alguma ferramenta ou fio elétrico podem acessara, ou seja, Objetos com dimensão superior a 2,5 mm. 4 Protegido contra objetos sólidos maiores que 1,0 mm. Objetos como ferramentas e fios bem finos, onde suas dimensões seja maior que 1,0 mm. 5 Proteção relativa contra poeira e contato a partes internas ao invólucro. Possível penetração de poeira sem que seja prejudicial ao funcionamento do equipamento. 6 Totalmente protegido contra penetração de poeira e contato a partes internas ao invólucro. Não é esperada nenhuma penetração de poeira no interior do invólucro. Tabela 5 - grau de proteção contra corpo sólidos. Fonte: o autor.
  • 25. 25 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Segundo Dígito – Grau de proteção contra líquidos Dígito Descrição Proteção Dada 0 Não protegido Sem proteção. 1 Protegido contra queda de água vertical. Quedas de gostas provenientes de condensação. 2 Protegido contra queda de água com inclinação de 15º com a vertical. Quedas d’agua com ângulo não superior a 15º. 3 Protegido contra água aspergida. Chuva com inclinação até 60º. 4 Protegido contra projeções de água. Projeção de agua em qualquer direção. 5 Protegido contra jatos d’agua Projeção de agua em qualquer direção como mangueira de incêndio. 6 Protegido contra ondas do mar. Projeção de água em qualquer direção como água do mar. 7 Protegidos contra os efeitos de imersão. Imersão do objeto a no máximo 1 metro de profundidade com tempo limitado à 15cm / min. 8 Protegidos contra submersão. Imersão prolongada sob pressão. Tabela 6 - grau de proteção contra líquidos. Fonte: o autor. O grau de proteção de equipamentos elétricos deve ser analisado de forma bem criteriosa e especificada em projeto considerando as atividades desenvolvidas no local, por exemplo: - Quadro elétrico interno residencial: Um quadro elétrico, se instalado internamente em uma residência, não deve-se admitir o acesso de dedo de uma pessoa a parte energizada mesmo se aberta a tampa na qual dá acesso aos disjuntores, porém é plausível o acumulo de poeira na forma a qual é exposto, já a proteção de líquidos, não tem proteção por considerar, podendo ser IP 30. - Quadros elétrico bomba piscina: Nesse caso o quadro também não se aceita acesso a partes vivas da instalação, como o caso anterior, porem o ambiente no qual é instalado o equipamento é passível de umidade e projeção de água em qualquer direção, sendo necessário um quadro IP 34, no mínimo. Conforme exemplificado, para cada caso um projetista deve levar em consideração não somente níveis de segurança visando o contato direto com instalações elétricas energizadas, mas sim sobre demais condições adversas no qual possam expor a umidade excessiva e interferir no pleno funcionamento e segurança de um equipamento. A umidade e poeira são riscos adicionais nas instalações elétrica assim como não se pode esquecer das vedações de tubulações internas na qual pode possibilitar o acesso animais como, roedores, cobras, aranhas, etc. Aqui não consideramos os dimensionamentos para atmosfera explosiva na qual possui normas e certificações específicas.
  • 26. 26 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Para compreender melhor o assunto “índice de proteção”, leia o artigo escrito por Joelmir Zafalon sobre o assunto, disponível em: http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/artigos/grau_ de_protecao_ip.pdf 4 - ATERRAMENTO ELÉTRICO O aterramento das instalações elétricas deve ser considerado de forma prioritária nos projetos uma vez que é a principal ferramenta proteção e segurança nas instalações elétricas. Temos dois tipos principais de aterramento: • Aterramento funcional: Aterramento no qual tem por finalidade repassar a referência de 0 (zero) Volts para o neutro, ou seja, normalmente encontramos na entrada das instalações em um medidor de energia, quando equipotencializarmos o neutro e terra na entrada do medidos. • Aterramento de proteção: Aterramento elétrico com finalidade de guiar uma corrente de falha de um equipamento, máquinas ou dispositivos de forma segura para a terra. Quando um motor, por exemplo, apresenta falha por qualquer meio ou razão e a carcaça metálica do motor fica energizada acidentalmente, a função do aterramento de proteção é guiar esse potencial de energia para a terra, evitando-se um acidente por choque elétrico caso alguém toque essa mesma carcaça. É válido lembrar que a corrente elétrica procura o caminho mais curto, logo o aterramento das instalações elétricas deve possuir uma resistência elétrica sempre inferior a 10 Ohms e ser menor que a resistência elétrica do corpo humano no qual pode variar de 1,000 a 150.000 Ohms, dependendo das condições dos corpos humano. 4.1. Esquemas de aterramento Temos basicamente 5 metodologias (TN-C, TN-S, TN-C-S, TT e IT) de esquema de aterramento elétrico, onde pode ser aplicado e empregado tanto em AT (Alta tensão) ou BT (Baixa tensão). A diferenciação de um para ou outro é a forma e metodologia na qual vai ser realizado o aterramento de terra e neutro. Para cada metodologia tem uma determinada aplicação e deve ser considerado critérios de segurança, ambiente de instalação e aplicabilidade. As siglas da classificação dos esquemas de aterramento são dadas pela primeira letra no qual determina a situação da alimentação em relação a terra, a segunda letra a situação da massa dos equipamento e dispositivos em relação à terra e uma eventual terceira letra a disposição do condutor neutro e do condutor terra, onde seu significado a seguir são determinados pela NBR- 5410:
  • 27. 27 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA • Primeira Letra: • T – Um ponto diretamente aterrado; • I – Isolação de todas as partes vivas em relação à terra de um ponto por mio de impedância. • Segunda letra: • T – Massa interligada diretamente a terra; • N – Massa ligada ao ponto de alimentação no qual está aterrado. • Terceira letra. • S – Neutro e terra são condutores separados. • C – Neutro e terra são os mesmos condutores. O esquema TN, pode haver o condutor neutro e terra sendo comum, separados ou ambos, assim temos: • TN-S: Utilizado na maioria das instalações elétricas (Residenciais e industriais em BT), sua entrada de alimentação possui a equipotencialização de neutro de terra e posteriormente o condutor neutro e terra são cabos separado. Figura 9 - esquema de aterramento TN-S. Fonte: NBR 5410. • TN-C: Utilizado nas redes de distribuição em BT, o cabo neutro e terra não os mesmos.
  • 28. 28 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 10 - esquema de aterramento TN-C. Fonte: NBR 5410. • TN-C-S: Sistema misto entre TN-C e TN-S, onde horas o condutor neutro e terra são os mesmo e horas são separados. Figura 11 - esquema de aterramento TN-C-S. Fonte: NBR 5410. • TT: Temos o esquema de aterramento TT mais utilizados em AT, onde o ponto de alimentação possui neutro aterrado e a massa um outro ponto de terra aterrados distinto da alimentação
  • 29. 29 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 12 - esquema de aterramento TT. Fonte: NBR 5410. • IT: Utilizado em subestações de AT é similar ao TT, porem possui um aterramento realizado por meio de impedância para reduzir os níveis de sobre tensão. Partes metálicas da instalação possuem aterramento separado não necessariamente são equipotencializadas. Figura 13 - esquema de aterramento IT. Fonte: NBR 5410.
  • 30. 30 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 14 - esquema de aterramento IT. Fonte: NBR 5410. 5 - ÁREA DE UTILIDADES Utilidades são mecanismos e/ou dispositivos construtivos que nos permite criar, manter e garantir a segurança dentro do ambiente de trabalho. Essas utilidades podem ser desde limpeza do ambiente de trabalho até mesmo as instalações de combate a incêndio. A limpeza, arrumação e organização são fatores de indispensáveis para a prevenção de acidentes nos locais de trabalho, por isso os trabalhadores devem ter em seu dia a dia um momento destinado a essa tarefa. A NR 17, que é quanto à Ergonomia, informa que a organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. A NR 10 nos traz diversas formas de complementar o controle de riscos e uma delas é a utilização da Sinalização de Segurança. Essa medida de proteção tem como função promover a identificação, orientação e advertências nos locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. Toda sinalização de segurança deve atender as exigências ditas na NR 26 – “sinalização de segurança” e as cores utilizadas nos locais de trabalho para a identificação e advertir contra os riscos, devem atender ao disposto na NBR 7195 – “Cores para Segurança”. Um das questões essenciais para a segurança dos trabalhadores é a prevenção de casos de incêndio e explosão, pois esse risco pode vir a causar graves acidentes e até mesmo levar o trabalhador a óbito, por isso o item 10.9 da NR 10 nos traz medidas de combate a incêndio e nos remete a NR 23 – “Proteção contra incêndios”, a qual especifica que todas as áreas onde houverem instalações elétricas e/ou equipamentos elétricos devam ser dotadas de medidas de proteção contra incêndio e explosão.
  • 31. 31 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA A iluminação é considerada um tipo de utilidade, pois sua presença é de extrema importância para ergonomia e a segurança durante realização do trabalho. A NR 17 diz que em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade, onde os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413 – “Iluminância de interiores”, norma brasileira registrada no INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Um sistema de ventilação adequado ao local de trabalho é fundamental para manter o ar do ambiente controlado e livre de contaminantes e partículas nocivas à saúde dos colaboradores e visitantes. A falta desse sistema poderá fazer com que se tenha um aumento significativo da ocorrência de acidentes de trabalho. A NR 24 – “Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho” tem como objetivo principal garantir um ambiente higiênico e com boas condições de trabalho para promover a saúde do trabalhador, onde ela aborda assuntos sobre: instalações sanitárias; vestiários; refeitórios; cozinhas; alojamento; condições de higiene e conforto por ocasião das refeições; e disposições gerais. Como forma de se entender melhor o tópico “Aterramento Elétrico”, recomenda-se que se assista o vídeo disponibilizado no site “Mundo da Elétrica”. Site Mundo da elétrica. disponível em: <https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-aterramento- eletrico/>. Acesso em 18 jun. 18. O risco de incêndio causado por instalações elétricas, nem sempre são em áreas classificadas, ele existe em qualquer instalação. SegundoaAbracopel(AssociaçãoBrasileiradeConscientizaçãoparaosperigosda Eletricidade), entre os anos de 2013 e 2016, foram contabilizados 4821 acidentes com causa elétrica (choque elétrico, incêndios por curto circuito e descargas atmosféricas, onde apenas em 2016 foram registrados 1319 acidentes, sendo 662 acidentes fatais. A Abracopel também nos apresenta uma estatística de que em 2015 ocorreram 441 casos de incêndio, sendo que 33 deles foram fatais. Acidentes com casos de incêndio podem ser causados por diversos motivos, como: distração do trabalhador; ausência de manutenção; sobrecarga nos circuitos elétricos; materiais de má qualidade; e até mesmo falta de treinamento técnico do trabalhador. A partir das estatísticas sobre acidentes em instalações elétricas envolvendo incêndios, da Abracopel, quais medidas podem ser tomadas para que se tenho uma diminuição desse número, tanto por parte dos trabalhadores, quanto parte da empresa?
  • 32. 32 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 6 - CONCLUSÃO Nessa Unidade II, podemos entender sobre o risco que alguns ambientes de trabalho contêm. Além dos riscos aos trabalhadores, esses ambientes são prejudiciais aos materiais presentes neles, às instalações elétricas, entre outros. Para que seja feita uma devida proteção dos materiais e das instalações elétricas, deve ser feito um estudo para saber qual o IP (Índice de Proteção) necessário para atender as necessidades de proteção do ambiente em questão. Outra forma de proteção, não apenas para ambientes especiais, é o aterramento elétrico. Especificamente quando tratamos de áreas classificadas com atmosfera explosiva, o aterramento elétricoédeextremaimportância,poiscasoocorraalgumafalhaoufugadecorrente,aeletricidade irá percorrendo o sistema de aterramento e será conduzida para a terra, assim diminuindo as chances de qualquer faísca no interior desse ambiente de alto risco.
  • 33. 33 33 WWW.UNINGA.BR U N I D A D E 03 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 35 1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 36 1.1. PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO E INDIRETO .................................................................................... 36 1.2. INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL ...................................................................................................... 36 2 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS ...................................................................................................... 37 2.1. SINALIZAÇÕES DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS ....................................... 38 2.2. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS AÉREAS E SUBTERRÂNEA PROVISÓRIA ......................................................... 39 2.3. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS EM CANTEIRO DE OBRAS .......................................................................... 41 2.4. ILUMINAÇÃO PROVISÓRIA ............................................................................................................................. 42 3 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .................... 43 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS: PREVENÇÃO E CONTROLE DE MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA
  • 34. 34 WWW.UNINGA.BR 3.1. ARRANJOS FÍSICOS .......................................................................................................................................... 43 3.2. EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS ........................................................................................... 44 3.2.1. CABOS ELÉTRICOS ........................................................................................................................................ 44 3.2.2. QUADROS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .......................................................................................... 44 3.2.3. DISPOSITIVOS ELÉTRICOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA .................................................... 45 3.2.4. DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA. .......................................................................................... 46 3.3. TRANSPORTADORES DE MATERIAIS. ........................................................................................................... 46 3.4. MANUAIS E INVENTÁRIO ................................................................................................................................ 47 4 - RISCOS NA ELETRIFICAÇÃO RURAL ................................................................................................................ 47 4.1. ACIDENTES COM CERCAS ENERGIZADAS ..................................................................................................... 48 5 - CONCLUSÃO ...................................................................................................................................................... 49
  • 35. 35 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Normas de segurança no trabalho estão constantemente em atualização de forma a garantir uma melhoria contínua no controle de riscos. Nessa unidade, estaremos falando sobre instalações elétricas provisórias principalmente em canteiro de obra e sobre prevenção de riscos em controle de máquinas e equipamentos, assim como uma breve síntese sobre eletrificação rural. Acidentes em obras, principalmente de origem elétrica com instalações provisórias, possuem um alto índice assim como uma mistificação de que por se tratar de instalações elétricas provisórias, podem ser realizadas com sinais de improvisos e “gambiarras”. Toda instalação elétrica seja por improvisos ou não, deve ser mantida constantemente segura e com a manutenção preventiva em dia. Máquinas e equipamentos sejam utilizados em industrias ou não, devem possuir medidas de controle do risco elétrico, tipos de acionamento específicos, botoeiras de emergência, módulos de segurança com embasamento em análise de riscos de choque elétrico, de forma a garantir que possa ser utilizado de forma segura sem exposição de riscos. Essas informações estão dispostas na NR 12 de forma a deixar claro quais os critérios mínimos em relação as instalações elétricas que devem ser adotados para a escolha mais assertiva na implantação de um sistema de automação para proteção e monitoramento de sistemas elétricos, tornando em conformidade e sem riscos aos trabalhadores nos empregos diários de suas atividades.
  • 36. 36 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA 1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES Para interpretação e compreensão desse capítulo a seguir segue algumas terminologias e definições: • Barreira: Barreira podemos colocar como deificação a instalação de um dispositivo que por qualquer meio impeça o acesso ou circulação de pessoas, como um tapume, grade, policarbonato. • Obstáculos: Similar a barreira porem ele não impede o acesso mais sim dificulta como por exemplo: Cavalete, fita zebrada, outros. 1.1. Proteção contra contato direto e indireto Existe o contato direto e indireto, onde conforme o próprio nome determina o contato direto acontece quando uma pessoa ou animal tem contato direto com a parte viva das instalações (Exemplo: Barramento, cabo de cobre, outros), já o contato indireto se deve quando uma parte metálicas da instalações não projetada para condução de energia elétrica, está energizada de forma acidental por qualquer meio ou razão. Um choque por contato direto se deve mais quando pessoas advertidas ou não manipulam quadros elétricos em mau estado construtivo, sem terminais elétricos apropriados, ao utilizar extensões elétricas com isolação rompida e mal estado de conservação. Como medida de controle de risco contra contato direto, se deve pela utilização de equipamentos elétricos em boas condições de segurança, bem elaborados, isolações elétricas conservadas, colocação de fora de alcance, barreiras, invólucros elétricos e dispositivos de proteção contra choque elétrico, Interruptor diferencial residual (DR). Contato indireto se deve pelo mal funcionamento de um equipamento e principalmente pela ausência de aterramento elétrico, logo para controle dos riscos é essencial um sistema de aterramento efetivo das partes metálicas não projetadas para condução de energia elétrica e também a utilização de DR para desarmar em caso de fuga de energia elétrica. 1.2. Interruptor diferencial residual Odispositivointerruptordiferencialresidualéumequipamentonoqualtemporfinalidade detectar correntes de fuga de energia e desenergizar um circuito elétrico. O DR consegue detectar corrente de fuga a partir de 30 mA (Miliampéres - 0,03 Amperes) e atuar desligando o sistema em 30 ms (Milissegundos). Esses parâmetros de operação do DR são essenciais, pois os choques elétricos a partir de 30 mA, onde o indivíduo fique conectado a energia por um tempo superior à 30 ms, são extremamente danosos ao corpo humano, causando paralisia do centro nervoso, parada cardíaca, queimaduras etc. O princípio de funcionamento do DR é simples, esse dispositivo faz uma comparação da corrente elétrica que vai para carga com a corrente que retorna, onde caso haja diferencial de corrente o DR desarma, pois verifica-se que houve fuga de energia no circuito. O DR é obrigatório em circuito úmidos e molhados (Exemplo: Tomadas externas, banheiro, cozinha, piscina, bomba d’agua, outros) e é essencial principalmente na construção civil para proteção de eventuais choques elétricos.
  • 37. 37 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA É essencial colocar que o DR desarma não somente por choque elétrico mais sim também por qualquer falha na qual gere fuga de energia, como umidade na instalações e emenda malfeitas por exemplo. 2 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS Instalações elétricas provisórias devem ser projetadas e executadas nos mesmos moldes de segurança de que aa instalações elétricas definitivas, devem haver padrões construtivos, isolações de partes vivas, diagramas elétricos, dimensionamento de carga. A NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão deixa bem claro sobre não haver diferenciação entre instalações elétricas provisória e definitivas, logo, na prática a maioria das instalações elétricas em canteiro de obras são elaboradas na “gambiarra” e normalmente sem proteção contra choque elétrico, sem isolação e sem proteção contra sobrecargas entre outras demais irregularidades. Para conhecer mais sobre proteção contra correntes de fuga à terra em instalações elétricas, leia o catálogo disponibilizado pela Siemens, onde mostra alguns de seus dispositivos e funções, disponível em: https://w3.siemens.com.br/automation/br/pt/downloads- bt/Documents/Dispositivos%20DR/Cat%C3%A1lago/Cat%C3%A1logo%20 DR_2016_PT.pdf. O ministério do trabalho disponibiliza no site do FUNDACENTRO, uma RTP (recomendações técnicas de procedimento) de número 5, para compreender a fundo o assunto sobre instalações elétricas provisórias em canteiros de obras, faça a leitura dessa RTP 05, disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica- de-procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-05-instalacoes-eletricas- temporarias-em-canteiros-de-obras.
  • 38. 38 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA 2.1. Sinalizações de segurança em instalações elétricas provisórias As sinalizações em canteiro de obras são ferramentas essenciais para medidas preventivas de controle de riscos elétricos. Os canteiros de obras possuem uma grande diversidade e especialidadesenvolvidasnaconstrução,ondeemsuamaiorianãotemconhecimentosespecíficos sobre o risco decorrente do emprego da energia elétrica, fazendo com que o uso da sinalização dos riscos seja essencialmente umas das principais medidas para controlar o risco elétrico. As sinalizações devem estar dispostas de forma que as pessoas possam ser orientadas sobre os riscos mesmo que não tenha conhecimento especifico nenhum, adotando-se de ilustrações e cores nas quais chame a tensão sobre os riscos. A sinalização das instalações elétricas não é somente o que diz respeito a risco de choque elétrico para pessoas não advertidas, mas também para pessoal técnico adotando alguma premissas básicas: - Restrição de acesso; - Risco de choque elétrico e instalação energizada; - Sinalização cabeamento enterrado; - Identificação dos quadros elétrico; - Identificação dos circuitos elétricos de sua origem e destino; - Recomendações de procedimentos de trabalho; - Restrições de manobras e operação; - Energia incidente para determinação das vestimentas de trabalho; - Sinalização da condição operativa energizado/desenergizado; - Sequência de fase; A Instrumentação indicativa de parâmetros das instalações, como valores de tensão e corrente, é uma forma de sinalização. Todos os quadros de distribuição dentro do canteiro de obra, sejam eles fixos ou móveis devem haver sinalizações das instalações elétricas externamente fixadas frente ao quadro de energia. É essencial que externamente exista sinalização luminosa indicando a condição operativa do quadro se o mesmo está energizado ou não.
  • 39. 39 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA Para conhecer mais sobre proteção contra correntes de fuga à terra em instalações elétricas, leia o catálogo disponibilizado pela Siemens, onde mostra alguns de seus dispositivos e funções, disponível em: https://w3.siemens.com.br/automation/br/pt/downloads- bt/Documents/Dispositivos%20DR/Cat%C3%A1lago/Cat%C3%A1logo%20 DR_2016_PT.pdf. 2.2. Instalações elétricas aéreas e subterrânea provisória Instalações elétricas aéreas são as mais utilizadas em canteiro de obras pois é mais prática a sua instalação e remoção, possibilitando uma boa mobilidade, que um canteiro de obras necessita. Instalações subterrâneas podem ser empregadas, porém necessitam de metodologias especificas para abrigar e sinalizar, uma vez que é comum escavações em canteiro de obras. Os cabeamentos elétricos nas instalações elétricas aéreas, assim como as subterrâneas, devem possuir isolação elétrica reforçada de 1,0 kV em EPR/XLPE para a proteção mecânica e sempre serem fixadas por meio de isoladores na distribuição e colocados fora de alcance. Figura 15 - barreiras e invólucros. Fonte: RTP 05, fundacentro. Instalações elétricas subterrâneas, sendo provisórias ou não, é necessário que seja feita a sinalização evitando que escavações feitas por máquinas possam romper um condutor energizado enterrado. Os cabos além de serem enterrado abaixo de 100 cm de profundidade, devem estar abrigados em condutores elétricos e deve haver fita de sinalização enterrada e posteriormente sinalização externa alertando que existem cabos enterrados e que não deve ser feita escavações em proximidade.
  • 40. 40 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 16 - instalação elétrica subterrânea. Fonte: RTP 05, fundacentro. Figura 17 - sinalização de instalação elétrica subterrânea. Fonte: RTP 05, fundacentro.
  • 41. 41 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 18 - banco de dutos enterrados. Fonte: NTC 903100. 2.3. Máquinas e equipamentos em canteiro de obras Máquinas e equipamentos em canteiro de obras estão sempre passiveis de estar em locais úmidos e molhados agravando as consequências de choque elétrico de forma geral. Não pode esquecer de se utilizar equipamentos para fornecimento de energia com índice de proteção (IP) contra líquidos e sólidos, compatível com cada local já citado no módulo 2 (Item 2.1). Para fornecimento de energia elétrica, deve ser disposto em canteiro de obras os denominados “Robôs”, que são quadros de energia elétrica, fixos ou moveis, com vários pontos de tomadas elétricas. Os quadros de tomadas devem possuir os mesmos padrões construtivos adotados em instalações elétricas definitivas, barreiras, invólucros, sinalizações, proteções elétricas e demais medidas de controle do risco. Figura 19 - robôs de tomadas. Fonte: RTP 05, fundacentro.
  • 42. 42 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA Os condutores de energia devem possui cabo Terra ao longo de toda sua instalação elétrica e estar devidamente aterrado. Os plugues para conexões de máquinas, devem ser compatíveis com as tensões, assim, existe um padrão construtivo de cores a serem empregadas conforme a tabela abaixo: Tabela 7 - padrão construtivo de cores. Fonte: o autor. 2.4. Iluminação provisória Os sistemas de iluminação de energia elétrica em instalações em canteiro de obras devem ser avaliados conforme critérios da NBR ISO 8995/2013 - “Iluminação de ambientes de trabalho”, em que prevê as iluminâncias mínimas do ambiente. É essencial que assim como para os quadros elétricos que sejam considerados os índices de proteção contra líquidos e sólidos, as luminárias e principalmente um fator de perda na iluminância pelo acúmulo de poeira externa, que dependendo do tipo do ambiente pode haver uma perda de até 50% reduzindo os valores projetado e preconizado inicialmente. As luminárias devem ser fixadas a 2,5 metros de altura no mínimo, possibilitando um melhorfluxodepessoas,máquinaseequipamentoevitandoimpactocomosistemadeiluminação. Mesmo sendo em instalações provisória, circuitos de iluminação devem estar expressamente instalados em disjuntor de proteção especifico, não estando misturados com circuitos de tomadas ou com finalidades diferentes. Deve haver circuito elétrico separado para a proteção do sistema de iluminação. Sistemas de iluminação portáteis devem possuir proteção reforçadas por meio de grades, possuir isolação elétricas contra líquidos, estar com a isolação dos cabo e extensões em boas condições e possuir plugues específicos compatíveis com o ambiente de trabalho. Não se pode esquecer da obrigatoriedade de iluminação de emergência nos canteiros de obra de forma a garantir uma rota de fuga e segura. A iluminação interna dos quadros elétricos e de emergência externamente é essencial para manutenção e situações de emergência.
  • 43. 43 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA A seguir uma tabela resumida de ambientes e iluminâncias mínimas médias. Ambiente Iluminância (lux) Áreas de circulação e corredores 100 Escadas, escadas rolantes e esteiras rolantes 150 Refeitório/Cantinas 200 Vestiários, banheiros, lavados. 200 Quadros de distribuição 500 Enfermaria 500 Depósitos, estoque e câmara fria 100 – 200* Expedição 300 Escritórios (Digitação, leitura, projeto em computadores), salas de reunião. 500 Tabela 8 - iluminâncias mínimas médias. Fonte: o autor. 3 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Máquinas e instalações elétricas estão diretamente vinculadas a NR12 – “Segurança em máquinas e equipamentos elétricos”, descrevendo de que forma deve haver as proteções elétricas, mecânicas e demais medidas para o controle de riscos. As máquinas e equipamentos elétricos devem possuir arranjos físicos evitando contatos diretos com as partes que possam causar acidentes, seja de riscos mecânicos, químicos, térmicos e elétricos. 3.1. Arranjos físicos Os locais de instalação de máquinas e equipamentos devem ser demarcados claramente com delimitações de espaço de segurança, possuir um piso abrasivo antiderrapante, as circulações em torno do local estarem livre do acesso de pessoas e demais equipamentos que possa fazer parte do processo produtivo. As distâncias mínimas e espaçamentos devem ser avaliadas caso a caso, considerando critérios de segurança onde possa ser possível, manutenção, limpeza, ajustes em geral. Quando falamos de arranjos físicos voltados às instalações elétricas é essencial que locais energizados possuam um espaço seguro internamente, para instalação e operação de dispositivos elétricos, e que todo o arranjo físico no qual projetado em materiais condutores possam estar devidamente aterrados para proteção de choque elétrico. Existemproteçõesfixasemóveis,emqueasduastemporfinalidadesercomoumabarreira para se evitar o acesso às partes perigosas, porém a grande diferença na qual denomina uma ou outra é o tipo de fixação. A Proteção fixa é instalada de forma que se precisa de ferramental especifico para remoção, como chave estrela, fenda, outros. Já as proteções móveis são como portas no qual podem ser abertas manualmente sem auxílio de ferramentais. É válido lembrar que as proteções moveis devem ser monitoradas por dispositivos elétricos de segurança do estado de abertura, parada de emergência e até bloqueio eletromecânico para se evitar o acesso a áreas de risco.
  • 44. 44 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA 3.2. Equipamentos e dispositivos elétricos Osníveisdesegurançaquandofalamosdeinstalaçõeselétricasatémesmoparaimplantação da NR 12 é bem claro, que deve-se seguir a NR 10, logo, aquelas premissas básicas descrita na unidade I e II devem ser seguidas em geral na implantação de dispositivos elétricos em máquinas e ser acrescentado mais algumas informações especificas para implantação de segurança em máquinas e equipamentos, como: botoeiras de emergência, sensores, bloqueios eletromecânicos, módulos de segurança e monitoramento, entre outros. Nesse momento especificaremos os quesitos sobre dispositivos que devem ser empregados. 3.2.1. Cabos elétricos Os cabos elétricos de alimentação ou comandos elétricos, principalmente em máquinas, devem ser considerados principalmente o ambiente no qual vão ser instalados, considerando oferecerresistênciamecânicaeestaremabrigadosemlocalespecifico,resistênciacontraelementos químicos e abrasivos, evitarem que os mesmos fiquem em contato com cantos vivos (Exemplo: Quinas, objetos pontiagudos, outros), não atrapalharem ou dificultarem o transito e a circulação de pessoas, máquinas e equipamentos e claro como bem especificado na NBR 5410 não propagar fogo ou até mesmo fumaça toxica. 3.2.2. Quadros de máquinas e equipamentos Os quadros elétricos de máquinas e equipamentos na medida do possível, devem ser metálicos, para oferecerem melhor resistência física nas instalações em relação ao quadro de PVC rígido que pode ser facilmente quebrado em ambientes industriais. Partes metálicas não projetadas para condução de eletricidade, seja fixa ou móvel, como a porta do quadro, devem possuir aterramento elétrico das instalações conforme especificados em norma. Os quadros elétricos devem possuir sinalização externa se está energizado ou não, restrições de advertências sobre o risco elétrico, procedimentos de trabalho e níveis de energia incidente a fins de poder avaliar quais vestimentas utilizar. Todas as portas que dão acesso aos quadros elétricos diretamente as instalações devem ser mantidas terminantemente fechadas, onde a abertura seja somente por chaves ou ferramentas especificas. Internamente os quadros devem ser mantidos organizados e limpos e serem mantidos livres de objetos nos quais não estão sendo utilizados para sua operação, como por exemplo, fusíveis reservas ou alicates. Deve ser verificado também o índice de proteção, aterramento, identificação e sinalização como qualquer instalação elétrica em geral. Barramento elétricos, terminais elétricos e partes vivas das instalações em geral não podem estar expostas de forma intencional, isso significa que mesmo que com o quadro aberto, não pode haver partes vivas das instalações expostas. Quadros elétricos em geral devem ser mantidos organizados com dispositivos fixados e permanentemente limpos sem acumulo de poeiras nas instalações de forma a evitar falhas elétricas de fuga de energia.
  • 45. 45 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA 3.2.3. Dispositivos elétricos de partida, acionamento e parada A alimentação e fornecimento de energia que venha externamente, no momento de alimentação deve possuir dispositivo de proteção contra sobrecargas, dimensionado conforme característica de funcionamento da carga. Máquinas e equipamentos elétricos devem possuir um sistema de automação para seu acionamento, monitoramento e segurança das instalações elétricas, possuindo critérios de seleção de componentes extremamente criteriosos. É expressamente proibido a utilização de chave geral de energização do equipamento como chave geral. Exemplificando, um motor elétrico de partida elétrica direta, deve possui um disjuntor geral de proteção para o motor e um quadro de automação para partida e parada do equipamento. Os botões de acionamento de operação de máquinas não podem estar dispostos de forma a acontecer o acionamento de forma acidental ou oferecer riscos por um acionamento indevido e/ou esbarrão, assim como é proibida a utilização de alavancas mecânicas para acionamentos, seja ela elétrica, mecânica ou pneumática. As Botoeiras de acionamento devem estar dispostas de forma acessível onde seja possível o desligamento por outra pessoa que não seja o operador em situações de risco. Acionamentos elétricos não podem ser burlados e sobrepostos por “gambiarras” para utilização. Inicialmente em última atualização da NR 12, havia sido implementado uma medida de controle de rico, onde exigia-se que todos os acionamentos de máquinas e equipamento deveriam ser em extra baixa tensão, no qual tornava extremamente complicado a sua implementação uma vez que todos os sistemas de automação deveriam ser substituídos de forma integral sem a possibilidade de um retrofit do quadro. Essa medida foi removida da normal pois a utilização de botoeiras de materiais isolantes tem como forma de controlar o risco efetivamente assim como para efeito de redução de custo de implantação da NR 12 facilitando as adequações em geral de máquinas e equipamentos. Comando bimanuais devem ser utilizados em casos onde se deve garantir que o operador da máquina e equipamento disponha das duas mãos em locais de segurança e longe de áreas de ricos quando acessíveis com a máquina em operação. Dispositivos bimanuais devem possuir interface de segurança a fins de garantir a segurança contra falha, ou seja, para cada acionamento é confirmado se realmente os dois dispositivos estão efetivamente acionados e em caso de falha de um dos dispositivos possui um monitoramento de falha e não possibilita a operação, assim como indica a falha. Acionamentos de máquinas e equipamentos quando verificado que a sua operação em situações de parada que possam causar riscos, devem possuir acionamento em redundância e monitoramento por interface. Exemplificando, considerando uma talha elétrica com guincho, quando um operador aciona o botão para recolher o cabo e após um momento ele solta o botão para a parada do equipamento, caso ocorra a continuidade dessa operação é passível de um risco elevado, dessa forma deve ser realizado a interligação em redundância, ou seja, no guincho elétrico deve possuir duas contatoras ligadas em série em redundância de forma a garantir que se uma delas falhar a outra garantira o seu desligamento. O monitoramento por interface possui um contato positivamente guiado no qual em caso de falha de uma dessas contatoras de acionamento simultâneo o dispositivo estará impossibilitado a sua operação até que se corrija a falha no equipamento.
  • 46. 46 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA Seleção sistemas de segurança principalmente no acionamento de máquinas e equipamentos devem estar de acordo com a categoria da máquina e equipamento por análise de risco prévia, possuir um profissional legalmente habilitado, possuir integração entre sistemas, estar sobre vigilância constante por interface de segurança e estar acima de todos os dispositivos em caso de parada de emergência. É válido colocar que deve possuir botão de “reset” dos dispositivos após a parada de emergência. 3.2.4. Dispositivos de parada de emergência. Todas as máquinas e equipamentos que não são autoproporias, devem dispor de dispositivo de parada de emergência e ele estar disposto em local visível onde possa ser acionado pelo operador ou pessoa não advertida em caso emergência. Os dispositivos de parada devem ser selecionados criteriosamente a sua metodologia para cada tipo de máquina, podendo ser botão tipo cogumelo, sensores e barreiras luminosas, cordão de parada de emergência etc. Quando acionado o dispositivo de parada de emergência, ele deve-se sobrepor a todos os equipamentos, parando todo o sistema por completo, disparando sinais luminosos e visuais. O sinal de parada de emergência deve disposta de botoeira de reset no qual deve ficar no quadro de operação e possibilitar a reativação do equipamento após o seu acionamento. Quando acionada a botoeira de parada de emergência, os demais dispositivos de segurança devem se manter operantes como sensores, cortinas de luz, assim como não se pode gerar riscos adicionar com o seu emprego. A quantidade de paradas de emergência deve estar disposta de forma que cada análise de risco foi inicialmente desenvolvida. 3.3. Transportadores de materiais. A movimentação e transporte de materiais dentro de um ambiente industrial ou construção civil apresenta grandes níveis de riscos de acidentes das mais variadas proporções. Os transportes de materiais podem ser realizados por máquinas e equipamentos móveis nas quais tem referências e padrões de operação especifica em movimentação de carga, porém na grande maioria, os transportadores contínuos devem atender a requisitos e condições mínimas de proteção conforme a NR12. A NR 12 especifica as exigências mínimas sobre os dispositivos de parada de emergência, para que se conheça essas exigências, leia sobre o assunto no site do “trabalho seguro”, disponível em: http://www.trabalhoseguro.com/NR/NR12/Dispositivos_parada_ emergencia.html
  • 47. 47 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA Partes em movimentos devem ser protegidas e sinalizadas de seus movimentos evitando esmagamentos, agarramentos e aprisionamentos. Os pontos de principais riscos nesses casos são a exposição de correias, roletes, roldanas, engrenagens, cremalheiras, correntes, entre outros demais inúmeros pontos de riscos. Os transportadores instalados com altura superior a 2,70 não precisam de proteções físicas desde que não haja circulação ou ocupação continua de pessoas, pois é um equipamento de estar fora do alcance. A fim de realizar inspeção nos transportadores, é permitido o uso de uma passarela de um único lado ao longo dos equipamentos, desde que sejam mantidos proteções fixas ou móveis intertravadas, assim como em toda sua extensão deve haver botoeira de para de emergência. Para áreas de cargas suspensas o local deve ser delimitado e impedir o acesso de pessoas sob o local do levantamento da carga. 3.4. Manuais e inventário Toda máquinas e equipamento deve dispor de manuais contendo todas as informações relativas segurança, quais risco apresentam o equipamento, capacidade de cargas e restrições de operação, indicação de medidas de controle de risco existente, periodicidade de manutenção e conservação. Na ausência, inexistências ou extravio do manual, deve ser elaborado um manual de máquinas por um profissional legalmente habilitado especificando todos os itens de segurança operação e recomendações. A empresa deve constituir e manter atualizado um inventário de máquina especificando além de uma análise de risco em geral dos equipamentos, complementar informações sobre tipo, capacidade, sistema de segurança empregados e obrigatoriamente deve ser elaborado por um profissional legalmente qualificado e habilitado. 4 - RISCOS NA ELETRIFICAÇÃO RURAL Asredesdedistribuiçãoruralsãoprojetadasparaofornecimentodeenergiaemáreasmais distante de centro urbanos no qual normalmente possui grandes trechos de rede de distribuição e poucas unidades consumidoras em agrupamento. É necessário um grande investimento no lançamento de postes e linhas de alimentação para atendimento de um único consumidor e que normalmentecompoucoconsumoe/ouvoltadosamanterumsistemadeirrigação,bombasd’agua entre outros. As redes rurais também possuem uma característica de que estão permanentemente poucos expostas a intemperes de proximidade continua, como passagem de pedestre, edificações, máquinas etc. As redes rurais são mais simplificadas e são lançadas por meio de um único cabo alimentador em alguns casos, sem condutores Neutro ou Terra na distribuição, para redução de custos na distribuição. O Sistema de aterramento é realizado apenas no ponto de derivação e fornecimento de energia. Podemos afirmar que o sistema de eletrificação rural é menos seguro do que os tradicionais, onde se permite ser realizado dessa forma, uma vez que os riscos são expostos a uma menor quantidade de pessoas e também para viabilizar o fornecimento em áreas mais distante com a redução do custo.
  • 48. 48 WWW.UNINGA.BR PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | UNIDADE 3 ENSINO A DISTÂNCIA 4.1. Acidentes com cercas energizadas A transposição de redes rurais sobre cercas elétricas ou não, devem ser extremamente cuidadosas, uma vez que cerceamento é constituído de cabos metálicos contínuos e a sua energização pode ser acidental, com isso podem acontecer acidente graves, mesmo estando a uma distância do ponto de falha. Cerca elétrica em proximidade com rede elétrica, deve ser rompida e instalada um ponto de aterramento elétrico para se evitar que em caso de desenergização à 50 metros da área de servidão. Existem casos de acidentes de energia elétrica que se utilizou cabos das cercas de gado como guia para fixar cabos de energia, causando acidentes com morte, como foi o caso à seguir onde morreram três irmão de 4, 6 e 14 anos ao tocarem em uma cerca na qual estava eletrificada acidentalmente, na cidade de Petrolina no estado de Santa Catarina em 7 de Novembro de 2014. Figura 20 - cerca eletrizada responsável pelo acidente. Fonte: G1. Para informações complementares sobre aterramentos elétricos de cercas, assista sobre um fabricante a seguir. Aterramento na cerca elétrica rural. 2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wGaoLOGY4SY>. Acesso em: 18 Jun. 2018.