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Acidentes Previsíveis
Engº Antonio Fernando Navarro
Muitos acidentes ocorrem e depois de
apuradas as causas e danos percebe-se
que poderiam ter sido evitados.
Talvez seja fácil identificar-se os problemas
depois que esses ocorrem, mas a questão
não é essa.
Todas as vezes que um trabalho não é
planejado, que se empregam ferramentas
adaptadas e em condições inapropriadas
tem-se uma enorme chance de ocorrência
de acidentes, ou melhor, está se dando uma
oportunidade ao azar.
Um dos acidentes mais comuns ocorre em
serralherias, caldeirarias ou outras, quando se
tem que utilizar marretas.
Para se pregar um prego basta apenas algo
duro, não é? A lateral de um alicate, um
pedaço duro de pedra, uma talhadeira, até
mesmo um martelo.
As marretas desenvolvem função similar à do
martelo, mas são utilizadas quando se
necessita de maior impacto sobre as peças,
seja para quebrar, provocar a penetração
(suportes ou apoios), enfim, utiliza-se muito
mais energia do que com um martelo.
Existem relatos de inúmeros acidentes
envolvendo marretas.
Há acidentes fatais e outros com lesões de
leves a graves.
Se gruparmos os acidentes poderemos
enquadrá-los em duas categorias:
1. Acidentes provocados pelo cabo da
ferramenta
Nesses casos a ferramenta pode soltar-se do
cabo ou o cabo partir-se com o impacto.
No segundo grupo podemos citar a projeção de
partes da marreta ou do material que está
sendo “marretado”, seja pela fragilidade dos
materiais, ou porque estão sendo impactados
metais de dureza diferentes.
O exemplo a seguir é o de um acidente onde
um pedaço da marreta soltou-se com o
impacto e atingiu o braço do assistente. Por
sorte não atingiu uma artéria calibrosa ou não
perfurou o tronco do mesmo.
Outubro de 2001, caldeiraria de uma grande indústria
dois funcionários trabalhavam na tentativa de sacar um
rolamento a golpes de marreta.
O que batia pertencia ao quadro da fábrica, o que
segurava o punção, era funcionário de uma empreiteira.
A marreta era insegura (havia formação de rebarbas –
formato cogumelo - em sua estrutura, além de ter um cabo
inadequado soldado diretamente à marreta).
Um estilhaço desprendeu-se da marreta e entrou no
braço do empreiteiro.
Vejam as cenas !!!
Para quem não acredita!!!
Marreta utilizada
Parte que
desprendeu
Já imaginou agora?
1- Se fosse no olho?
2- Se fosse no centro do tórax ?
3- Se fosse sobre a carótida?
Haveria chance de escapar com vida?
Olha o tamanho da peça...
1,5
Cm
1,2 Cm
Conseqüência do acidente
ENTRADA SAÍDA
APROX. 10 Cm
Será que pelas características da marreta e do
trabalho já não se podia prever a ocorrência do
acidente> Certamente que sim. Somente não
se poderia prever o traçado da parte que se
soltou da marreta, que poderia ter atingido o
tronco ou a cabeça do assistente.
Como dissemos, foi dada chance ao azar.
Para quebrarmos esse paradigma temos que
inspecionar cuidadosamente as ferramentas e
planejar as atividades, buscando a prevenção
dos riscos.

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  • 2. Muitos acidentes ocorrem e depois de apuradas as causas e danos percebe-se que poderiam ter sido evitados. Talvez seja fácil identificar-se os problemas depois que esses ocorrem, mas a questão não é essa. Todas as vezes que um trabalho não é planejado, que se empregam ferramentas adaptadas e em condições inapropriadas tem-se uma enorme chance de ocorrência de acidentes, ou melhor, está se dando uma oportunidade ao azar.
  • 3. Um dos acidentes mais comuns ocorre em serralherias, caldeirarias ou outras, quando se tem que utilizar marretas. Para se pregar um prego basta apenas algo duro, não é? A lateral de um alicate, um pedaço duro de pedra, uma talhadeira, até mesmo um martelo. As marretas desenvolvem função similar à do martelo, mas são utilizadas quando se necessita de maior impacto sobre as peças, seja para quebrar, provocar a penetração (suportes ou apoios), enfim, utiliza-se muito mais energia do que com um martelo.
  • 4. Existem relatos de inúmeros acidentes envolvendo marretas. Há acidentes fatais e outros com lesões de leves a graves. Se gruparmos os acidentes poderemos enquadrá-los em duas categorias: 1. Acidentes provocados pelo cabo da ferramenta Nesses casos a ferramenta pode soltar-se do cabo ou o cabo partir-se com o impacto.
  • 5. No segundo grupo podemos citar a projeção de partes da marreta ou do material que está sendo “marretado”, seja pela fragilidade dos materiais, ou porque estão sendo impactados metais de dureza diferentes. O exemplo a seguir é o de um acidente onde um pedaço da marreta soltou-se com o impacto e atingiu o braço do assistente. Por sorte não atingiu uma artéria calibrosa ou não perfurou o tronco do mesmo.
  • 6. Outubro de 2001, caldeiraria de uma grande indústria dois funcionários trabalhavam na tentativa de sacar um rolamento a golpes de marreta. O que batia pertencia ao quadro da fábrica, o que segurava o punção, era funcionário de uma empreiteira. A marreta era insegura (havia formação de rebarbas – formato cogumelo - em sua estrutura, além de ter um cabo inadequado soldado diretamente à marreta). Um estilhaço desprendeu-se da marreta e entrou no braço do empreiteiro. Vejam as cenas !!! Para quem não acredita!!!
  • 8. Já imaginou agora? 1- Se fosse no olho? 2- Se fosse no centro do tórax ? 3- Se fosse sobre a carótida? Haveria chance de escapar com vida?
  • 9. Olha o tamanho da peça... 1,5 Cm 1,2 Cm
  • 10. Conseqüência do acidente ENTRADA SAÍDA APROX. 10 Cm
  • 11. Será que pelas características da marreta e do trabalho já não se podia prever a ocorrência do acidente> Certamente que sim. Somente não se poderia prever o traçado da parte que se soltou da marreta, que poderia ter atingido o tronco ou a cabeça do assistente. Como dissemos, foi dada chance ao azar. Para quebrarmos esse paradigma temos que inspecionar cuidadosamente as ferramentas e planejar as atividades, buscando a prevenção dos riscos.