Este documento apresenta conceitos gerais sobre máquinas elétricas, incluindo definições essenciais, regimes de serviço, componentes de um acionamento, rendimento e classes de isolamento. Também discute princípios de funcionamento de geradores e motores de corrente contínua.
2. M
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áquinas El
quinas Elé
éctricas
ctricas
Índice
• Generalidades
• Gerador de corrente
contínua
– Principio de funcionamento
– Fem gerada
– Melhoria de forma de onda
– Reacção do induzido
– Comutação
– Formas de excitação
• Exc. Separada, Shunt, Série,
Compound
• Curvas Caracteristicas
• aplicações
• Motor de corrente continua
– Equações de funcionamento
• Motor Shunt
• Motor Série
• Motor compound
• Arranque e Frenagem
• Controlo de velocidade
3. M
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ctricas
DEFINIÇÕES ESSENCIAIS
• Regime: conjunto de características eléctricas e
mecânicas que identificam o funcionamento de uma
máquina rotativa em determinado instante.
• Regime nominal: conjunto de condições de
funcionamento para as quais a máquina foi
construída;
– compreende a tensão, a potência útil, a classe de serviço
em que irá trabalhar, a intensidade de corrente admissível,
o factor de potência, a velocidade, etc.
• Valor nominal de uma grandeza: valor numérico da
grandeza quando em “Regime Nominal”.
4. M
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DEFINIÇÕES ESSENCIAIS
• Potência nominal: é a potência que a máquina pode
desenvolver, quando as restantes condições são as nominais,
sem que os diversos órgãos ultrapassem os correspondentes
limites de temperatura.
• Velocidade nominal: é a velocidade (r.p.m.) do motor à
potência nominal, sob tensão e frequência nominais.
• Serviço Nominal: conjunto de valores numéricos dos
geradores e motores eléctricos, numa ordem de sucessão no
tempo, atribuídos à máquina na placa de características e que
cumprem com as condições especificadas. A duração pode ser
indicada como um termo de classificação.
5. M
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DEFINIÇÕES ESSENCIAIS
• Potência absorvida: A que é entregue ao eixo nos
geradores, aos bornes nos motores e aos bornes
primários nos transformadores.
• Potência útil: A disponível nos bornes dos geradores,
ou no eixo dos motores ou nos bornes secundários
dos transformadores.
• Rendimento: relação entre a potencia útil e a potência
absorvida.
η
=
=
bsorvida
potência a
til
potência ú
Rendimento
6. M
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REGIMES DE SERVI
REGIMES DE SERVIÇ
ÇO MAIS IMPORTANTES:
O MAIS IMPORTANTES:
Regime S1: Regime contínuo
tn
Carga
Perdas
Elétricas
Temperatura
Tempo
θ
θ
θ
θ máx
CARACTERÍSTICAS EM SERVIÇO
7. M
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REGIMES DE SERVI
REGIMES DE SERVIÇ
ÇO MAIS IMPORTANTES:
O MAIS IMPORTANTES:
Regime S2: Funcionamento a carga constante durante um período inferior ao
tempo necessário para atingir o equilíbrio térmico.
tn
Tempo
θ
θ
θ
θ máx
Carga
Perdas
Elétricas
Temperatura
S2 60 min
S2 30 min
CARACTERÍSTICAS EM SERVIÇO
8. M
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REGIMES DE SERVI
REGIMES DE SERVIÇ
ÇO MAIS IMPORTANTES:
O MAIS IMPORTANTES:
Regime S3: Sequência de ciclos idênticos, sendo um período a carga constante
e um período de repouso. O ciclo é tal que a corrente de arranque não altera
significativamente a elevação de temperatura.
S3 25% DC
S3 40% DC
Carga
Perdas
Elétricas
Temperatura
θ
θ
θ
θ máx
Tempo
tn tr
Duração do ciclo - DC
CARACTERÍSTICAS EM SERVIÇO
9. M
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REGIMES DE SERVI
REGIMES DE SERVIÇ
ÇO MAIS IMPORTANTES:
O MAIS IMPORTANTES:
Regime S4: Sequência de ciclos idênticos, sendo um período de arranque, um
período com carga constante e um período de repouso. O calor gerado no
arranque é suficientemente grande para afectar o ciclo seguinte.
S4 40% DC
Carga
Perdas
Elétricas
Temperatura
Tempo
Duração do ciclo
θ
θ
θ
θ máx
td tn tr
CARACTERÍSTICAS EM SERVIÇO
10. M
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POTÊNCIA EQUIVALENTE PARA CARGAS DE
POTÊNCIA EQUIVALENTE PARA CARGAS DE “
“ PEQUENA IN
PEQUENA INÉ
ÉRCIA
RCIA “
“:
:
P1
P2
P3
P4
Pn
t1 t2 t3 t4 tn t (s)
P (cv)
n
1
n
2
n
1
2
1
t
......
.
..
t
t
.
P
.........
t
.
P
Peq
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
=
=
=
=
CARACTERÍSTICAS EM SERVIÇO
12. M
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COMPONENTES DE UM ACCIONAMENTO
• Alimentação eléctrica
• Protecção/ Comando
eléctrico
• Motor
• Acoplamento
mecânico
• Mecanismo
impulsionado
Energia mecânica sob a forma
de movimento rotativo,
caracterizado por binário e
velocidade
Energia eléctrica
sob a forma de
tensão e corrente
13. M
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RENDIMENTO
η
=
=
bsorvida
potência a
til
potência ú
Rendimento
Bomba hidráulica accionada
por motor eléctrico
100
p
P
p
100
P
p
P
100
P
P
u
a
a
a
u
x
1
x
x
+
−
=
−
=
=
η
• = rendimento expresso
em Percentagem (%)
• Pa = potencia absorvida
(eléctrica) em Watt (W)
• Pu = potencia útil
(mecânica) em Watt (W)
• P = potencia de perdas,
em Watt (W)
14. M
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BINÁRIO, POTÊNCIA E ENERGIA
[W]
=
=
=
=
=
=
=
=
•
•
•
•
t
d
F
Tempo
Trabalho
P
J]
kWh,
[Wh,
t
P
E •
•
•
•
=
=
=
=
TRABALHO e
TRABALHO e
POTÊNCIA:
POTÊNCIA:
T = F . b
T = F . b = Força x “braço” [ Nm ]
BIN
BINÁ
ÁRIO,
RIO, “
“Torque
Torque”
”,
, “
“Par
Par”
” (
(Couple
Couple),
), “
“Conjugado
Conjugado”
”
ou MOMENTO de 1 for
ou MOMENTO de 1 forç
ça:
a:
15. M
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ctricas
Temperaturas
máximas admissíveis
CLASSES DE ISOLAMENTO
• A utilização de isolantes de classe F em máquinas de classe B
dá uma margem térmica de 25ºC, permitindo operar :
– em sobrecarga por curtos períodos de tempo,
– a temperaturas ou altitudes superiores
– com uma maior tolerância ao nível da tensão e frequência
– Permite também aumentar a vida útil do isolamento
• Uma redução de 10ºC permitirá duplicar a vida útil do isolante
classe F : 155 °C
classe B : 130 °C
classe H : 180 °C
16. M
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COMPOSI
COMPOSIÇ
ÇÃO DA TEMPERATURA EM FUN
ÃO DA TEMPERATURA EM FUNÇ
ÇÃO DA CLASSE DE ISOLAMENTO:
ÃO DA CLASSE DE ISOLAMENTO:
Temperatura Ambiente ºC 40 40 40 40 40
∆
∆
∆
∆T = Elevação de Temperatura K 60 75 80 105 125
( método da resistência )
Diferença entre o ponto mais ºC 5 5 10 10 15
quente e a temperatura média
Total: Temperatura do ponto ºC 105 120 130 155 180
mais quente
Classe de Isolamento
Classe de Isolamento -
- A
A E
E B
B F
F H
H
CLASSES DE ISOLAMENTO
17. M
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FACTORES DE CORRECÇÃO
• Os motores são projectados para operar a uma Temperatura
Ambiente máxima de 40ºC e uma altitude de 1000 m acima do
nível médio das águas do mar.
– Se o motor operar a temperaturas superiores, deve ser desclassificado
(“derated”) de acordo com a tabela acima.
– Quando um motor é desclassificado, os correspondentes valores de
catálogo, tais como In, Ia/In, etc., tem de ser recalculados e colocados
na chapa de carcteristicas
18. M
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VIDA ÚTIL (Tempo de Vida)
• O tempo de vida dos equipamentos eléctricos
– é limitado pela temperatura do isolamento
• maior a temperatura => menor Tv.
– diminui para metade por cada aumento de 10ºC na temperatura.
• Ex: um motor terá um Tv de 8 anos a uma temp. de 105ºC, 4 anos a
115ºC, 2 anos a 125ºC, 1 ano a 135ºC!!!!
•Factores que
contribuem para o
“envelhecimento” dos
isolantes:
– calor, tempo,
químicos, poeiras,
etc.
21. M
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ÍNDICE DE PROTECÇÃO (IP)
• O Índice de Protecção
IP, define a protecção da caixa
do equipamento.
O primeiro número define a
dimensão máxima do corpo que
pode penetrar na caixa, o
segundo define o
comportamento em relação a
líquidos, e o terceiro número
(raras vezes usado), a energia
de impacto.
– Primeiro digito protecção
contra contactos directos e
entrada de corpos externos
– Segundo dígito protecção
contra a penetração de
líquidos: 8 - equipamento submersível, em
condições acordadas
7 - contra a imersão
6 - contra as projecções de água
equivalentes a uma vaga;
6 - protecção total contra
depósitos de poeira.
5 - contra as projecções de água a
alta pressão em todas as direcções
5 - contra depósito de
poeiras nocivas;
4 - contra as projecções de água
em todas as direcções
4 - contra corpos superiores a
1 mm (ex. fios pequenos)
3 - contra a queda de gotas até 60°
em relação à vertical (chuva);
3 - contra corpos superiores a
2.5 mm (ex. ferramentas,
«clips», ganchos de cabelo);
2 - contra a queda de gotas até 15°
em relação à vertical
2 - contra corpos superiores a
12 mm (ex. dedo da mão);
1 - contra a queda vertical de gotas
de água (condensação);
1 - contra corpos superiores a
50 mm (ex. contacto
involuntário da mão);
0 - não tem
0 - sem protecção
2.ºALGARISMO
1.ºALGARISMO
22. M
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CLASSIFICA
CLASSIFICAÇ
ÇÃO DE MOTORES EL
ÃO DE MOTORES ELÉ
ÉTRICOS:
TRICOS:
MOTOR C.A.
MONOFÁSICO
UNIVERSAL
TRIFÁSICO
ASSÍNCRONO
SÍNCRONO
ASSÍNCRONO
GAIOLA DE
ESQUILO
ROTOR
BOBINADO
SPLIT - PHASE
CAP. PARTIDA
CAP. PERMANENTE
CAP. 2 VALORES
PÓLOS SOMBREADOS
REPULSÃO
RELUTÂNCIA
HISTERESE
DE GAIOLA
DE ANÉIS
IMÃ PERMANENTE
PÓLOS SALIENTES
PÓLOS LISOS
MOTOR C.C.
EXCITAÇÃO SÉRIE
EXCITAÇÃO INDEPENDENTE
EXCITAÇÃO COMPOUND
IMÃ PERMANENTE
SÍNCRONO
CLASSIFICAÇÃO DE MOTORES
27. M
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Bornes das Máquinas de Corrente Contínua
• Nomenclatura a
utilizar nos
enrolamentos de
máquinas de corrente
continua segundo a
norma CEI 60034-8
E1 – E2
Indutor paralelo
D1 – D2
Indutor série
C1 – C2
Enrolamento de
compensação
B1 – B2
Pólos auxiliares
ou de comutação
A1 – A2
Induzido
29. M
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PRODUÇÃO DE FEM ALTERNADA
• A fem induzida é por natureza
alternada, só ficando continua
após rectificação
• Gerador elementar AC
(alternador) consistindo numa
espira no rótor e 1 par de pólos
no estátor
– 1 par de anéis deslizantes onde
encostam 2 escovas estacionárias
permite um circuito fechado de
corrente para o exterior
– Pode-se ligar uma carga entre as
escovas
30. M
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Diferenças entre Dínamos e Alternadores
• Os elementos dos Dínamos e Alternadores são
semelhantes e montados da mesma forma
– o principio básico de operação é também o mesmo
dado que temos um enrolamento a girar no meio
de um campo magnético, e que produz uma fem
alternada.
• As máquinas apenas diferem na forma como
os enrolamentos estão ligados ao exterior
– um alternador utiliza anéis deslizantes
– um dínamo utiliza um comutador
32. M
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Melhoria da forma de onda
• Ao utilizarmos 4 bobinas, desfasadas fisicamente de
90º(4 ranhuras), e dividindo o comutador em 4
segmentos, melhora-se a forma da onda produzida
– A tensão varia mas nunca se anula
– As 4 bobinas são idênticas
33. M
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Melhoria da forma de onda
• As bobinas A e C (e de igual modo B e D)
cortam as linhas de fluxo em sentidos contrários.
– As polaridades de ea e ec (eb e ed) são portanto opostas
– Em todos os instantes temos:
ea+eb+ec+ed= 0 o que significa que não temos
corrente de circulação no enrolamento
– A fem captada nas escovas
varia entre ea (a 0º- fig. Ante-
rior) e ea+ ed (a 45º- posição
da figura ao lado)
34. M
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FEM Induzida (E)
• Aumentando o nºde bobinas e de laminas, a fem “E”
da máquina terá uma ondulação menor (< ripple).
• A fem induzida em cada condutor “e” depende da
indução B e da velocidade de rotação
– Como a densidade de fluxo
cortado varia de ponto para
ponto, a fem E depende da
posição das bobinas em cada
instante
e = Blv
36. M
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Zonas Neutras
• São zonas à superfície do rótor onde a Indução é nula
– Nas zonas neutras, não há fem induzida
– As espiras são atravessadas por um máximo de fluxo, mas a
variação de fluxo a que estão sujeitas é nula.
• As escovas, pressionam o colector, e quando em
contacto com as laminas da uma mesma bobina que
passa na zona neutra:
– curto-circuitam a bobina
– Mas não há fem induzida na bobina
dado que não corta linhas de fluxo
(nesse instante).
– Não há circulação de corrente no
curto-circuito “bobina-escovas”
B=0
37. M
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Zonas Neutras
• Se as escovas forem colo-
cadas fora das zonas neutras
– A fem induzida será menor
– As escovas serão percorridas
por elevadas correntes de
curto-circuito, causando
chispas (faíscas)
• As escovas têm de ser colocadas nas
zonas neutras, porque:
– O curto-circuito ocorre quando a
fem induzida nas espiras é nula
– É nas zonas neutras que se capta + fem
38. M
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Zonas Neutras
• Em vazio
– A linha neutra magnética está coincidente com a linha
neutra geométrica (a meio caminho entre os pólos)
• Em carga
– A reacção do induzido desloca a linha neutra magnética.
• O deslocamento “ ” é função da corrente no rótor
41. M
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A REACÇÃO DO INDUZIDO
• A reacção do induzido
provoca:
– Saturação magnética
em certas zonas
– Menor indução noutras
– Em média a Indução B
é menor =>Menor fem
induzida total
42. M
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EFEITO DO CAMPO NA FEM INDUZIDA
• fem induzida mais forte
em certas zonas de
influência dos pólos (fluxo
aditivo) do que noutras
(fluxos opostos)
• A fem máxima da máquina deixa
de ser na linha neutra geométrica e passa
a ser na linha neutra magnética
43. M
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Reacção do induzido
• Consequências
– Se a máquina não está saturada (zona linear da curva de
magnetização) => A fem não se altera porque o fluxo é
constante ( = c.te)
– Com saturação => menor B => efeito desmagnetizante =>
menor fem gerada
– Elevação da tensão em laminas consecutivas do colector
junto das zonas dos pólos em que há reforço do campo =>
chispas no colector
– Deslocamento da linha neutra: avanço (gerador)/ atraso
(motor) => chispas no colector devido a curto-circuito de
comutação
– Solução 1: deslocar as escovas da linha neutra geométrica
para a linha neutra real (operação complexa – manobra
correctiva)
44. M
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Formas de compensação da reacção do induzido
• Solução 2: neutralizar a reacção do induzido com enrolamentos
de compensação
– Condutores alojados em ranhuras nos pólos e ligados em série com o
circuito exterior
– A corrente circula no enrolamento de compensação em sentido oposto ao
induzido provocando um campo de sentido oposto
– Solução cara e aumenta as perdas no cobre => máquinas de elevada
potência
• Solução 3: Pólos auxiliares
de comutação
– Melhoram a comutação e eliminam
o deslocamento da linha neutra
– São colocados na linha neutra
geométrica e ligados em série
com o induzido
– Produzem campo magnético oposto ao do induzido
45. M
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Comutação
• É a troca de polaridade das espiras (em comutação)
relativamente aos terminais da máquina
– Ocorre no momento em que as
escovas tocam em duas laminas
consecutivas -> espiras em curto-circuito
– Há inversão do sentido da corrente
nas espiras (passagem das espiras
de 1 via ou caminho para a via
seguinte).
• O efeito de auto indução atrasa o processo
e provoca:
– arco eléctrico (má comutação) proporcional
à corrente do induzido
– Deterioração de escovas e laminas do colector
• Solução: Pólos auxiliares de comutação
– Induz na espira uma fem contrária à de auto-indução
tornando a inversão da corrente + linear => não há arco
47. M
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Excitação de máquinas de Corrente Contínua
•Tipos de excitação
•Auto-excitação •Excitação Separada
•Fonte externa •Imanes permanentes
•Shunt •Série •Compound
•aditiva
•diferencial
•Hiper-compound
•Isso-compound
•Hipo-compound
49. M
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Geradores de Excitação Separada
• Utilizam-se electroímanes
em vez de imanes perma-
nentes para criar o campo
magnético.
– É necessária uma fonte
externa de alimentação, a que se dá o nome de
excitação separada ou independente (baterias ou
outro gerador)
Rx – reostato de campo
E0
50. M
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• Gerador em vazio, rótor a velocidade constante
• É uma medida do acoplamento magnético
entre o estátor e o rótor
• Idêntica à curva de magnetização
– Histerese
– Saturação magnética
– Magnetismo remanescente
Geradores de Excitação Separada
caracteristica interna (ou de vazio)
51. M
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Geradores de Excitação Separada
Aplicações típicas
•Tacógrafos
•Tensão proporcional à
velocidade de rotação
•Amplificador (ampli-dínamo)
•Entrada – tensão de excitação,
saída tensão do dínamo
52. M
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Característica externa
U
Queda devido à reacção do
induzido
Queda devido às resistências do
induzido e de contacto das
escovas com o colector
U=E-ri.I- -2ue
E – força electromotriz induzida
U – tensão aos terminais
ri – resistência do induzido
ue- queda de tensão por escova, na resistência de contacto escova-colector
– queda de tensão devido à reacção do induzido
Excitação separada
53. M
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Gerador Shunt
Indutor em paralelo com o induzido
(auto - excitação)
– elimina a necessidade de fonte
externa.
Processo (cumulativo)
de auto – excitação
•O fluxo remanescente induz uma pequena fem no induzido enquanto este
roda
•A fem produz uma pequena corrente de excitação (Ix – na figura)
•Esta, cria uma fmm e reforça o fluxo remanescente (aumenta)
•O fluxo aumentado, cria + fem, e logo + corrente
•A fem cresce até estabilizar limitada pela saturação magnética e pelo
valor do reóstato de campo
54. M
Má
áquinas El
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éctricas
ctricas
Gerador Shunt
Obtém-se por regulação do
reóstato de campo
Controlo da fem E0 do gerador Shunt
Controlo de Tensão
• A fem E0 em vazio, é determinada
pela curva de magnetização e pela
resistência do circuito indutor
55. M
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ctricas
Processo Cumulativo da auto - excitação
• Magnetismo remanescente
• 1as correntes induzidas têm de reforçar
magnetismo remanescente
– Ligações (bem efectuadas, não interrompidas)
– Sentido de rotação
• Resistência de carga
– Shunt (> que valor critico)
– Série (< que valor critico)
CONDI
CONDIÇ
ÇÕES DE
ÕES DE
EXCITABILIDADE
EXCITABILIDADE
56. M
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Gerador Shunt
• Num gerador Shunt a tensão
aos terminais “cai” mais
rapidamente que num
gerador de excitação
separada
– A corrente de excitação na
maq. de exc. Separada
permanece constante e
independente da carga
– A corrente de excitação numa
máquina shunt é função da
tensão aos terminais
– Cargas crescentes => U
baixa => i excitação
decresce (iexc decresce com a
carga)
– Para um gerador em auto-excitação, a
queda de tensão interna é cerca de
15%, num gerador de excitação
separada não chega a 10% da tensão
nominal
Característica externa
57. M
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ctricas
Gerador Compound
• O gerador compound
é similar ao Shunt, mas
compensa a queda de
tensão interna com a
utilização de um indutor
série.
– O indutor série é
composto por poucas
espiras de fio grosso, dado
que vai ser percorrido pela
corrente do Induzido
– A resistência do indutor
série é assim muito baixa
58. M
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ctricas
Gerador Compound
• Em vazio, a corrente no indutor série é zero
– Apenas o indutor shunt produz fmm e fluxo.
• Com o aumento de carga
– A tensão aos terminais desce, mas como agora a corrente de carga atravessa o
indutor série:
• Este produz + fmm e com o mesmo sentido do indutor Shunt.
• O fluxo aumenta com o aumento de carga
Circuito equivalente
59. M
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Gerador Compound Diferencial
• No gerador compound diferencial, o campo
criado pelo indutor série é de oposição ao do
indutor shunt
– Em carga, a tensão desce drasticamente,
relativamente ao valor de vazio
– Aplicações típicas – soldadura
– Limita a corrente de curto-circuito
62. M
Má
áquinas El
quinas Elé
éctricas
ctricas
Associação de Geradores
• O paralelo de Dínamos de tipo série é instável.
– Para se poder efectuar o paralelo é necessário utilizar uma
barra de equilíbrio (compensação)
• Esta barra tem de ser ligada do lado dos 2 indutores série (ver
figura à direita), de modo a que dê um reforço de corrente no
indutor, em caso de falha momentânea
Paralelo de Dínamos tipo Série
64. M
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quinas Elé
éctricas
ctricas
Associação de Geradores
• A associação em
paralelo de geradores
de tipo compound,
pela presença do
indutor série, que traz
instabilidade ao
conjunto, necessita
de barra de equilíbrio
para se poder pôr a
funcionar
Paralelo de Dínamos tipo Compound
66. M
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quinas Elé
éctricas
ctricas
Motores de Corrente Continua
• Máquinas versáteis na conversão electromecânica de
energia
• Custos de aquisição e manutenção + elevados do que
máquinas equivalentes AC
– Têm especial aplicação quando se requer uma característica
Binário – velocidade de qualidade superior e com elevada
eficiência numa gama alargada de velocidades.
– Em declínio a favor de VEV’s (ASD’s) associados a
máquinas AC
Características principais
67. M
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quinas Elé
éctricas
ctricas
Motores de Corrente Continua
• Velocidade variável, no fabrico do aço
(laminadoras) e do papel (tracção), onde a
capacidade de controlar a velocidade e o
posicionamento são importantes
• Aplicações em tracção; ex: comboios
eléctricos.
– Momentaneamente operados como geradores para
frenagem eléctrica.
Aplicações principais
70. M
Má
áquinas El
quinas Elé
éctricas
ctricas
Motores de Corrente Continua
• Os enrolamentos da armadura (induzido) e de campo
(excitação) estão electricamente separados, e são
alimentados por fontes distintas
– Permite o controlo total da corrente de excitação e da
corrente da armadura
Excitação Separada
71. M
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quinas Elé
éctricas
ctricas
Motores de Corrente Continua
• As características do motor shunt e de exc.
Separada são idênticas se supusermos tensão
de alimentação constante. (apenas se poupa 1
fonte com a máquina shunt)
Excitação Separada – característica de Binário - velocidade
Motor exc. separada Motor exc. Shunt Caracteristica mecânica de um motor de exc. Separada
(ou shunt)
72. M
Má
áquinas El
quinas Elé
éctricas
ctricas
Motores de Corrente Continua
U = E’ + Ri.I +
U = k.n. + Ri.I +
Força Contra Electromotriz (E’)
φ
φ
φ
φ
K
I
Ri
U
n
.
−
=
U
• Velocidade “n” do motor:
• Proporcional à tensão aplicada
• Inversamente proporcional ao fluxo
por pólo
73. M
Má
áquinas El
quinas Elé
éctricas
ctricas
Motores de Corrente Continua
A potência eléctrica é
transformada em mecânica
no Induzido
Peléctrica = E’.I = Pmecânica = T.
I
K
I
K
n
I
n
K
I
E
T .
'
.
.
2
.
.
.
.
2
.
.
.
'
.
φ
π
φ
π
φ
ω
=
=
=
=
Potência Transformada e Binário desenvolvido
T= k’. .I
i
U
ie
C
e
Ω
C
r
J
R
L
E
74. M
Má
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Motores de Corrente Continua
Originando uma
característica mecânica
linear
Caracteristica mecânica
φ
φ
φ
φ
K
I
Ri
U
n
.
−
=
de
T
K
Ri
K
U
K
K
T
Ri
K
U
.
)
(
.
2
'
'
'
'
'
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
φ
ω
ω
ω
ω −
=
−
=
Podemos obter:
I
K
T .
.
'
φ
φ
φ
φ
=
75. M
Má
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Motores de Corrente Continua
• As Características Binário – Velocidade
formam uma série de linhas direitas
– Aumento de binário faz
descer a velocidade
– Se Iexc= c.te, => ( = c.te),
então a velocidade apenas
depende da corrente no Induzido
• O Binário Máximo é controlado
limitando a corrente no Induzido
T=k’. .I
76. M
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Motores de Corrente Continua
• Os variadores de velocidade
operam na zona de Indução B
nominal (joelho da curva de
magnetização)
– A Velocidade máxima obtém-se
por redução de fluxo
• Reduz o binário
– A potência mecânica útil é
aprox. constante na região de
enfraquecimento de campo
– A queda de tensão na resistência
do induzido torna-se mais
significativa (pq há menos E’)
Enfraquecimento de campo
77. M
Má
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Motores de Corrente Continua
• A velocidade máxima é limitada por considerações
mecânicas
– E também por uma maior dificuldade de comutação sem
faíscas
• Usado com frequência em tracção eléctrica, em que:
– A baixa velocidade
• O fluxo é mantido constante (elevado) e controla-se a tensão no
induzido, para binário máximo, consegue-se o máximo de aceleração
e de frenagem
– a alta velocidade
• Reduz-se o fluxo, com tensão de alimentação constante
(com consequente redução de binário)
Enfraquecimento de campo
90. M
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Controlo electrónico
Resumo
• O que é a electrónica de Potência
• Rectificadores
• Conversores
• Inversores
• Aplicações no controlo de motores
• Eficácia / rendimento dos controladores
electrónicos
Electrónica de Potência
91. M
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Controlo electrónico
Função: “controlar o fluxo de energia eléctrica,
em tensão e corrente adequando-as à
carga.”
Electrónica de Potência
Permite:
Converter AC em DC -> rectificadores
Converter DC em AC -> inversores
Converter DC em DC ou AC em AC -> conversores
Controlar a frequência de fontes de alimentação
Controlar a tensão e corrente de saída de fontes de
alimentação AC e DC
92. M
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Controlo electrónico
Elementos utilizados nos Diagramas de Blocos
------------------------------------------------------
Electrónica de Potência
Indutores Condensadores
Diodos Interruptores
Semicondutores
93. M
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Controlo electrónico
Componentes passivos: Indutores e Condensadores
Indutores: V= L di/dt
• A corrente num indutor não pode variar instantaneamente
Condensadores: i = C dv/dt
• A tensão num condensador não pode variar instantaneamente
Electrónica de Potência
Os componentes passivos são essenciais ao
funcionamento da electrónica de potência
96. M
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Controlo electrónico
Rectificador monofásico de onda completa
Electrónica de Potência
Condensador de
estabilização de
tensão
Vdc = 2.Vac
Exemplo:
Vac = 230V
Vdc = 325.2V
97. M
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Controlo electrónico
Rectificador trifásico de onda completa
Electrónica de Potência
Exemplo:
Vac = 400V
Vdc = 565.6V
Exemplo de aplicação: excitação “brushless”
de alternadores
Vdc = 2.Vac