O documento resume a história do Oriente Médio desde a expansão do Islã com Maomé até as crises do petróleo no século XX, destacando a influência política e econômica inicial da região, seu declínio frente à Europa e desafios modernos como a Revolução Iraniana e a Crise dos Reféns no Irã.
6. A região sob o domínio do Islã:
• A expansão do Islamismo com o profeta
Maomé: a instituição de um governo
religioso e político ao mesmo tempo;
• Disputas entre sunitas e xiitas após a
morte de Maomé;
• Não confundir árabe e muçulmano;
7. Estrutura religiosa e
civil do Islã:
Corão O Todo Hadit
(Livro Poderoso (Atos e Ditos
Sagrado) Alá do Profeta
Sharia (Leis)
Cobre os
aspectos da vida
pública e privada
Governo (Califa e Sultão) Justiça Teologia
Inspiração teocrática, Mufti (jurisconsulto) e Sunna (tradição) e
responsável pelo Cádi (aplica a lei) Ulemá (interprete
Governo e normas gerais corânico)
8. É importante considerar:
Durante quase mil anos (da queda do
Império Romano à tomada de
Constantinopla) a principal potência
econômica, comercial e vanguarda nas
artes e nas ciências foi o mundo islâmico;
9. Causas do “declínio” islâmico:
• Recuperação do atraso científico europeu:
Renascimento;
• Renovação dos valores políticos: Iluminismo e
Revolução Francesa;
• Desenvolvimentos econômicos: Mercantilismo
e, depois, Revolução Industrial;
• Napoleão Bonaparte entra no Egito e foi o
primeiro a submeter o Islã a uma potência
ocidental (1798).
10. O islã não se entrega:
• O “panturquismo” e a exclusão das minorias
(1913);
• Revolta Árabe (1916-18) contra os turcos;
• Derrotados na I Guerra Mundial, foram
divididos em fronteiras artificiais e
governados por membros de clãs árabes
pró-ocidentes;
• Consequências: crises internas e falta de
legitimidade no poder.
11. O nacionalismo árabe: derrotas contra Israel abriram caminho para que o
sentimento de frustração das massas fosse canalizado para associações
religiosas.
12.
13. A restauração fundamentalista:
• A resistência da minoria de visão
teocrática, xenófoba e antimoderna no Irã;
• Política antiocidental;
• A vitória das massas contra exércitos
potencialmente armados pelos EUA
14.
15.
16. As crises do petróleo:
• Irã, 1951: o primeiro Ministro Mossadegh nacionalizou uma empresa
petrolífera britânica, foi deposto e perdeu o poder para o Xá Reza
Palehvi, pró-ocidente;
• Egito, 1956: O Presidente, Gamal Nasser nacionalizou o Canal do
Suez;
• Durante a Guerra dos Seis Dias (1967): quando Israel atacou os
países vizinhos;
• Durante a Guerra do Yon-Kippur (1973): Israel foi atacado, mas
conseguiu responder e submeter parte do exército egípcio,
ocorrendo o aumento do preço dos barris de petróleo pela OPEP;
• Durante a Revolução Iraniana (1979): o setor produtivo iraniano foi
afetado pelo processo da queda de Palehvi que culminou em novo
aumento dos barris de petróleo no mundo.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23. Crise de Reféns no Irã:
• Crise diplomática entre Irã e EUA pela manutenção de 52
reféns dos EUA durante a tomada da embaixada americana
durante a Revolução Iraniana;
• Os EUA fracassaram na Operação de resgate “Eagle
Claw”;
• Terminou com os Acordos de Argel (1981);
• A crise tem sido descrita como “Episódio Crucial”, pois pode
ter determinado a derrota de Jimmy Carter nas eleições de
1980 e reforçou o prestígio do Aiatolá Khomeini a frente
daqueles que se opuseram a normalização das relações
com o ocidente.
24. O caso Irã-Contras:
• Escândalo de corrupção nos EUA durante o governo Ronald
Reagan;
• Era baseado na venda de armas para Israel que repassariam
as armas para iranianos “parceiros políticos”. O dinheiro
recebido pelos EUA financiariam parte da luta contra os
sandinistas na Nicarágua;
• O acordo também envolvia a libertação de reféns em mãos de
grupos fundamentalistas islâmicos e o desbloqueio de contas
iranianas no exterior.
• O esquema acabou sendo uma troca de armas por reféns.