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Atrahasis
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A chamada Epopéia de Atrahasis é um poema épico da Mitologia suméria, sobre a criação e o dilúvio
universal.
A sua cópia mais antiga data de 1600 a.C., quando a civilização suméria desaparece ante as invasões dos
Hititas, e acredita-se que esteja ligada às tradições próprias do templo da cidade-estado de Eridu, vizinha à
antiga foz do rio Eufrates. É um dos mitos de criação mais antigos da região do Médio Oriente, narrando a
trajetória de Atrahasis ("o muito inteligente").
A narrativa
Estando os deuses reunidos, Anu, pai dos deuses, admite que os rebeldes tinham motivos para as suas queixas.
Os deuses decidiram então criar o homem, para que este se encarregasse do serviço dos deuses. Ea (ou Enki),
deus das águas, deu então o seguinte conselho:
"... que se degolasse um deus e todos os demais deuses se purificassem no banho de seu sangue. E
que a sua carne e o seu sangue, Nintu (ou Mami), a deusa-mãe, misturasse um pouco de argila, de
maneira a que deus e homem estivessem misturados, constituindo assim uma só carne e um só
espírito."
Os deuses presentes concordaram e degolaram Wé, um deus desconhecido. Ea e a deusa-mãe chamaram
então as sete genitoras, que se puseram a pisar a argila ao som de encantamentos mágicos. A deusa-mãe
cortou então catorze pedaços de argila, sete à esquerda e sete à direita, e as deusas deram à luz sete varões e
sete mulheres que, imediatamente, foram juntos aos pares, e a raça humana recebeu as leis do trabalho.
Ver também
Enuma Elish
Ligações externas
(em inglês) The Epic of Atrahasis (http://www.livius.org/as-at/atrahasis/atrahasis.html)
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Atrahasis&oldid=34721854"
Categorias: Mitologia suméria Literatura acadiana
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A epopéia de atra h asis   dilúvio

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  • 1. Atrahasis Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. A chamada Epopéia de Atrahasis é um poema épico da Mitologia suméria, sobre a criação e o dilúvio universal. A sua cópia mais antiga data de 1600 a.C., quando a civilização suméria desaparece ante as invasões dos Hititas, e acredita-se que esteja ligada às tradições próprias do templo da cidade-estado de Eridu, vizinha à antiga foz do rio Eufrates. É um dos mitos de criação mais antigos da região do Médio Oriente, narrando a trajetória de Atrahasis ("o muito inteligente"). A narrativa Estando os deuses reunidos, Anu, pai dos deuses, admite que os rebeldes tinham motivos para as suas queixas. Os deuses decidiram então criar o homem, para que este se encarregasse do serviço dos deuses. Ea (ou Enki), deus das águas, deu então o seguinte conselho: "... que se degolasse um deus e todos os demais deuses se purificassem no banho de seu sangue. E que a sua carne e o seu sangue, Nintu (ou Mami), a deusa-mãe, misturasse um pouco de argila, de maneira a que deus e homem estivessem misturados, constituindo assim uma só carne e um só espírito." Os deuses presentes concordaram e degolaram Wé, um deus desconhecido. Ea e a deusa-mãe chamaram então as sete genitoras, que se puseram a pisar a argila ao som de encantamentos mágicos. A deusa-mãe cortou então catorze pedaços de argila, sete à esquerda e sete à direita, e as deusas deram à luz sete varões e sete mulheres que, imediatamente, foram juntos aos pares, e a raça humana recebeu as leis do trabalho. Ver também Enuma Elish Ligações externas (em inglês) The Epic of Atrahasis (http://www.livius.org/as-at/atrahasis/atrahasis.html) Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Atrahasis&oldid=34721854" Categorias: Mitologia suméria Literatura acadiana Esta página foi modificada pela última vez à(s) 16h20min de 25 de março de 2013. Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as Condições de Uso.