[1] O documento discute a influência das ideias do teórico Jean-Philippe Rameau na análise harmônica tradicional, especialmente no que se refere à identificação e cifragem de acordes. [2] Apresenta os principais conceitos da teoria de Rameau, como baixo fundamental, inversões de acordes e acorde por suposição. [3] Usa exemplos musicais para mostrar como a visão vertical de Rameau pode gerar problemas na análise quando desconsidera aspectos melódicos.
O documento apresenta o programa de um curso de improvisação musical dividido em três níveis: básico, médio e avançado. No nível básico, os alunos aprenderão sobre teoria musical e escalas usadas na improvisação. No nível médio, eles desenvolverão a prática das escalas e participarão de exercícios musicais. No nível avançado, o foco será no desenvolvimento da percepção melódica, harmônica e rítmica dos alunos, além de diferentes formas de desenvolvimento de solos musicais.
Aula 1 - Flauta transversal - Nível 1 - Projeto Aprendiz VV - 2012Ramon Fávero
Este documento fornece informações sobre o Projeto Aprendiz do Núcleo de Ensino de Flauta Transversal, incluindo os monitores do nível 1, Ramon Fávero e Caroline Santos, e fornece uma breve história da flauta transversal, instruções sobre como montar e segurar uma flauta corretamente, e detalhes sobre a embocadura, som, música e notação musical.
A improvisação no choro processos harmônicos e suas influências.pdfPartitura de Banda
Este documento discute a improvisação no choro, especificamente os processos harmônicos e suas influências. Analisa como a harmonia influencia a forma de improvisar a melodia no choro tradicional e contemporâneo, levando em conta influências como o jazz e a bossa nova. Apresenta exemplos musicais para ilustrar diferentes tratamentos harmônicos no choro ao longo do tempo.
Este documento fornece instruções iniciais para aprender a tocar violão. Ele explica as partes do violão, introduz conceitos musicais básicos como notas e ritmos, e ensina os primeiros acordes e músicas usando apenas acordes simples. O objetivo é facilitar a aprendizagem inicial do violão para aqueles que desejam servir ao Senhor tocando música.
Evangelização - Apostila de Música - Teoria Musical InfantilAntonino Silva
O documento apresenta os conceitos básicos da teoria musical, incluindo elementos como melodia, harmonia, ritmo, escalas, notas musicais, instrumentos e leitura de partituras. Discute tópicos como sons, altura, duração, intensidade, timbre, pentagrama, claves e notação musical.
This document contains an excerpt from a recorder method book titled "The Yamaha Advantage Recorder Plus". The excerpt includes information about music notation, the four instrument families, fingering charts for notes A through G, and several songs to play on the recorder. It provides instruction on music fundamentals and getting started playing the recorder.
O documento apresenta o programa de um curso de improvisação musical dividido em três níveis: básico, médio e avançado. No nível básico, os alunos aprenderão sobre teoria musical e escalas usadas na improvisação. No nível médio, eles desenvolverão a prática das escalas e participarão de exercícios musicais. No nível avançado, o foco será no desenvolvimento da percepção melódica, harmônica e rítmica dos alunos, além de diferentes formas de desenvolvimento de solos musicais.
Aula 1 - Flauta transversal - Nível 1 - Projeto Aprendiz VV - 2012Ramon Fávero
Este documento fornece informações sobre o Projeto Aprendiz do Núcleo de Ensino de Flauta Transversal, incluindo os monitores do nível 1, Ramon Fávero e Caroline Santos, e fornece uma breve história da flauta transversal, instruções sobre como montar e segurar uma flauta corretamente, e detalhes sobre a embocadura, som, música e notação musical.
A improvisação no choro processos harmônicos e suas influências.pdfPartitura de Banda
Este documento discute a improvisação no choro, especificamente os processos harmônicos e suas influências. Analisa como a harmonia influencia a forma de improvisar a melodia no choro tradicional e contemporâneo, levando em conta influências como o jazz e a bossa nova. Apresenta exemplos musicais para ilustrar diferentes tratamentos harmônicos no choro ao longo do tempo.
Este documento fornece instruções iniciais para aprender a tocar violão. Ele explica as partes do violão, introduz conceitos musicais básicos como notas e ritmos, e ensina os primeiros acordes e músicas usando apenas acordes simples. O objetivo é facilitar a aprendizagem inicial do violão para aqueles que desejam servir ao Senhor tocando música.
Evangelização - Apostila de Música - Teoria Musical InfantilAntonino Silva
O documento apresenta os conceitos básicos da teoria musical, incluindo elementos como melodia, harmonia, ritmo, escalas, notas musicais, instrumentos e leitura de partituras. Discute tópicos como sons, altura, duração, intensidade, timbre, pentagrama, claves e notação musical.
This document contains an excerpt from a recorder method book titled "The Yamaha Advantage Recorder Plus". The excerpt includes information about music notation, the four instrument families, fingering charts for notes A through G, and several songs to play on the recorder. It provides instruction on music fundamentals and getting started playing the recorder.
Estudo de sonoridade em saxofone: mapeamento e aprimoramento de técnicasPimenta Cultural
Este documento apresenta um estudo sobre a sonoridade no saxofone. Ele descreve uma apostila pedagógica desenvolvida para ensinar técnicas de sonoridade e respiração, e analisa métodos e livros destinados a instrumentistas de sopro. A pesquisa inclui uma pesquisa-ação com alunos e entrevistas com músicos para mapear o entendimento sobre sonoridade. Os resultados mostram que as técnicas de respiração vêm do canto e que o estudo contínuo da sonoridade traz
Guido d'Arezzo desenvolveu o sistema de notação musical no século XI, atribuindo nomes às notas baseado em hinos. Este sistema evoluiu ao longo do tempo e permitiu representar propriedades como altura, duração, intensidade e timbre dos sons por meio de símbolos na pauta musical.
O documento apresenta um curso de improvisação dividido em três níveis: básico, médio e avançado. O nível avançado foca no desenvolvimento da percepção melódica, harmônica e rítmica do músico, mostrando diversas formas de desenvolvimento de solos e liberdade dentro de cada estilo musical. Inclui tópicos como domínio de escalas, sons modais, gráficos de improvisação e liberdade criativa.
O documento discute como aplicar escalas do sistema 5 nos campos harmônicos maior e menor. Ele recomenda praticar improvisos usando playbacks e loops de gravação, criando bases com acordes variados em diferentes tonalidades, aplicando escalas e pentatônicas e desenvolvendo habilidades nos solos.
Técnicas em blocos (Disc. Arranjos e Transcrições)Marcos Filho
O documento apresenta técnicas de blocos para instrumentos musicais. Discute conceitos gerais como igualdade rítmica e conhecimento da harmonia. Apresenta distribuição melódica básica e exemplos de blocos a dois, tríades e tétrades em diferentes posições. Também aborda aproximação harmônica, escalas de acorde, estruturas em quartas e supercerradas. Fornece instruções detalhadas para aplicação dessas técnicas.
Aula 2 - Flauta Transversal - Nível 1 e 2 - Projeto Aprendiz VV - 2012Ramon Fávero
O documento discute conceitos básicos de notação musical como figuras de notas e pausas, compasso, barras de compasso e repetição. Ele também fornece exercícios para os alunos praticarem esses conceitos no compasso 4/4 e 3/4.
O documento fornece instruções sobre como tocar flauta transversal, incluindo a história do instrumento, digitações para notas musicais, cuidados com o instrumento e montagem/desmontagem.
O documento resume técnicas de harmonização em bloco para instrumentos ou canto, incluindo:
1) Harmonização em tríades e tétrades, com regras para posições cerradas e abertas
2) Uso de notas de acorde, tensão e escala
3) Técnicas de aproximação harmônica para notas melódicas
O documento apresenta os conceitos básicos da teoria musical, incluindo as propriedades do som, a pauta, nomes das notas, valores das notas, compassos e alterações. Explica termos como duração, altura, timbre, clave, pausa e armadura, fundamentais para ler e interpretar a notação musical.
O documento fornece informações sobre a introdução ao estudo da flauta, incluindo a história do instrumento, tipos de flautas, respiração, início dos estudos, montagem da flauta e posição correta. Ele destaca a importância da respiração diafragmática e dos exercícios respiratórios antes de começar a tocar, além de detalhar as partes da flauta como o bocal e a necessidade de cuidados com esta peça importante.
Teoria musical princípios básicos da música para a juventude - vol 2Leandro Silva
O documento discute a importância da privacidade e segurança de dados na era digital. Defende que as empresas devem proteger ativamente as informações pessoais dos usuários e apenas coletar dados necessários para fornecer seus serviços. Além disso, os usuários devem ter controle e visibilidade sobre quais dados são coletados e como são usados.
O documento discute conceitos básicos de notação musical, incluindo a história da partitura, os tipos de claves e suas funções, os nomes das notas musicais e suas origens, e as figuras de notas musicais e seus valores de duração.
O documento discute os diferentes tipos de intervalos musicais, incluindo:
1) Intervalos harmônicos ocorrem quando sons são emitidos simultaneamente; intervalos melódicos ocorrem quando sons são emitidos sucessivamente.
2) Existem intervalos conjuntos e disjuntos, ascendentes e descendentes.
3) Intervalos são classificados quantitativamente pelo número de notas entre elas e qualitativamente como perfeitos, maiores, menores etc. dependendo do número de tons e semitons.
Instrumentação - seção ritmica (base) - Disc. Arranjos e TranscriçõesMarcos Filho
O documento discute arranjos e transcrições musicais, abordando conceitos como seção rítmica, instrumentos como contrabaixo elétrico, guitarra e bateria, além de fornecer exemplos de gêneros musicais brasileiros como samba, bossa nova, frevo e seus respectivos padrões rítmicos.
Este documento apresenta uma série de lições sobre teoria musical. Na primeira lição, é dada uma definição de música e explicados os elementos fundamentais de ritmo, melodia e harmonia. Na segunda lição, as sete notas naturais são introduzidas, assim como os intervalos entre elas. Na terceira lição, o acidente musical sustenido é explicado, mostrando como ele eleva as notas naturais em meio tom. Na quarta lição, a escala cromática completa de doze notas é apresentada.
O documento discute conceitos básicos de partitura musical, incluindo a história da notação, os tipos de claves e como elas definem as alturas das notas. Explica que a partitura representa a música através de símbolos e que diferentes instrumentos usam claves específicas como Sol, Dó ou Fá.
O livro apresenta os fundamentos da Harmonia Funcional aplicada à música popular de forma objetiva e clara, dividido em três partes. A primeira parte contém uma revisão da Teoria Musical e a formação dos acordes. A segunda parte aborda os acordes diatônicos, a expansão da função dominante, acordes de empréstimo e a tonalidade menor. A terceira parte aplica os conceitos harmônicos ao samba e ao choro brasileiros.
O documento discute os sistemas de escalas musicais, incluindo as escalas maior e menor naturais, com explicações sobre os intervalos de tom e semitom entre as notas. Também aborda os acidentes musicais como sustenidos e bemóis e como eles alteram as escalas.
Algumas considerações sobre a articulação na flauta transversaljairo oliveira
1. O documento discute a relação entre a articulação musical na flauta transversal e a linguagem falada, notando semelhanças e diferenças entre os processos.
2. É destacada a importância da articulação para a expressividade musical e o fraseado.
3. Diferentes tipos de golpes de língua são explicados, incluindo golpes simples, compostos e mistos.
O documento discute a teoria harmônica de Hugo Riemann e como ela foi reestruturada pelo teórico neo-riemanniano David Kopp. Riemann analisou as relações entre os acordes com base nos intervalos entre as fundamentais, considerando o dualismo entre acordes maiores e menores. Kopp estruturou um Sistema de Transformações Cromáticas que reorganizou a abordagem de Riemann para análise musical.
1. O documento discute os sistemas de cifragem de acordes desde o Renascimento, incluindo a contribuição de Zarlino e o desenvolvimento do baixo contínuo.
2. Explica os sistemas de análise harmônica gradual de Weber e funcional de Riemann e a cifragem de acordes da música popular.
3. Fornece exemplos de cifragem de tríades, tétrades e pêntades segundo diferentes sistemas.
Estudo de sonoridade em saxofone: mapeamento e aprimoramento de técnicasPimenta Cultural
Este documento apresenta um estudo sobre a sonoridade no saxofone. Ele descreve uma apostila pedagógica desenvolvida para ensinar técnicas de sonoridade e respiração, e analisa métodos e livros destinados a instrumentistas de sopro. A pesquisa inclui uma pesquisa-ação com alunos e entrevistas com músicos para mapear o entendimento sobre sonoridade. Os resultados mostram que as técnicas de respiração vêm do canto e que o estudo contínuo da sonoridade traz
Guido d'Arezzo desenvolveu o sistema de notação musical no século XI, atribuindo nomes às notas baseado em hinos. Este sistema evoluiu ao longo do tempo e permitiu representar propriedades como altura, duração, intensidade e timbre dos sons por meio de símbolos na pauta musical.
O documento apresenta um curso de improvisação dividido em três níveis: básico, médio e avançado. O nível avançado foca no desenvolvimento da percepção melódica, harmônica e rítmica do músico, mostrando diversas formas de desenvolvimento de solos e liberdade dentro de cada estilo musical. Inclui tópicos como domínio de escalas, sons modais, gráficos de improvisação e liberdade criativa.
O documento discute como aplicar escalas do sistema 5 nos campos harmônicos maior e menor. Ele recomenda praticar improvisos usando playbacks e loops de gravação, criando bases com acordes variados em diferentes tonalidades, aplicando escalas e pentatônicas e desenvolvendo habilidades nos solos.
Técnicas em blocos (Disc. Arranjos e Transcrições)Marcos Filho
O documento apresenta técnicas de blocos para instrumentos musicais. Discute conceitos gerais como igualdade rítmica e conhecimento da harmonia. Apresenta distribuição melódica básica e exemplos de blocos a dois, tríades e tétrades em diferentes posições. Também aborda aproximação harmônica, escalas de acorde, estruturas em quartas e supercerradas. Fornece instruções detalhadas para aplicação dessas técnicas.
Aula 2 - Flauta Transversal - Nível 1 e 2 - Projeto Aprendiz VV - 2012Ramon Fávero
O documento discute conceitos básicos de notação musical como figuras de notas e pausas, compasso, barras de compasso e repetição. Ele também fornece exercícios para os alunos praticarem esses conceitos no compasso 4/4 e 3/4.
O documento fornece instruções sobre como tocar flauta transversal, incluindo a história do instrumento, digitações para notas musicais, cuidados com o instrumento e montagem/desmontagem.
O documento resume técnicas de harmonização em bloco para instrumentos ou canto, incluindo:
1) Harmonização em tríades e tétrades, com regras para posições cerradas e abertas
2) Uso de notas de acorde, tensão e escala
3) Técnicas de aproximação harmônica para notas melódicas
O documento apresenta os conceitos básicos da teoria musical, incluindo as propriedades do som, a pauta, nomes das notas, valores das notas, compassos e alterações. Explica termos como duração, altura, timbre, clave, pausa e armadura, fundamentais para ler e interpretar a notação musical.
O documento fornece informações sobre a introdução ao estudo da flauta, incluindo a história do instrumento, tipos de flautas, respiração, início dos estudos, montagem da flauta e posição correta. Ele destaca a importância da respiração diafragmática e dos exercícios respiratórios antes de começar a tocar, além de detalhar as partes da flauta como o bocal e a necessidade de cuidados com esta peça importante.
Teoria musical princípios básicos da música para a juventude - vol 2Leandro Silva
O documento discute a importância da privacidade e segurança de dados na era digital. Defende que as empresas devem proteger ativamente as informações pessoais dos usuários e apenas coletar dados necessários para fornecer seus serviços. Além disso, os usuários devem ter controle e visibilidade sobre quais dados são coletados e como são usados.
O documento discute conceitos básicos de notação musical, incluindo a história da partitura, os tipos de claves e suas funções, os nomes das notas musicais e suas origens, e as figuras de notas musicais e seus valores de duração.
O documento discute os diferentes tipos de intervalos musicais, incluindo:
1) Intervalos harmônicos ocorrem quando sons são emitidos simultaneamente; intervalos melódicos ocorrem quando sons são emitidos sucessivamente.
2) Existem intervalos conjuntos e disjuntos, ascendentes e descendentes.
3) Intervalos são classificados quantitativamente pelo número de notas entre elas e qualitativamente como perfeitos, maiores, menores etc. dependendo do número de tons e semitons.
Instrumentação - seção ritmica (base) - Disc. Arranjos e TranscriçõesMarcos Filho
O documento discute arranjos e transcrições musicais, abordando conceitos como seção rítmica, instrumentos como contrabaixo elétrico, guitarra e bateria, além de fornecer exemplos de gêneros musicais brasileiros como samba, bossa nova, frevo e seus respectivos padrões rítmicos.
Este documento apresenta uma série de lições sobre teoria musical. Na primeira lição, é dada uma definição de música e explicados os elementos fundamentais de ritmo, melodia e harmonia. Na segunda lição, as sete notas naturais são introduzidas, assim como os intervalos entre elas. Na terceira lição, o acidente musical sustenido é explicado, mostrando como ele eleva as notas naturais em meio tom. Na quarta lição, a escala cromática completa de doze notas é apresentada.
O documento discute conceitos básicos de partitura musical, incluindo a história da notação, os tipos de claves e como elas definem as alturas das notas. Explica que a partitura representa a música através de símbolos e que diferentes instrumentos usam claves específicas como Sol, Dó ou Fá.
O livro apresenta os fundamentos da Harmonia Funcional aplicada à música popular de forma objetiva e clara, dividido em três partes. A primeira parte contém uma revisão da Teoria Musical e a formação dos acordes. A segunda parte aborda os acordes diatônicos, a expansão da função dominante, acordes de empréstimo e a tonalidade menor. A terceira parte aplica os conceitos harmônicos ao samba e ao choro brasileiros.
O documento discute os sistemas de escalas musicais, incluindo as escalas maior e menor naturais, com explicações sobre os intervalos de tom e semitom entre as notas. Também aborda os acidentes musicais como sustenidos e bemóis e como eles alteram as escalas.
Algumas considerações sobre a articulação na flauta transversaljairo oliveira
1. O documento discute a relação entre a articulação musical na flauta transversal e a linguagem falada, notando semelhanças e diferenças entre os processos.
2. É destacada a importância da articulação para a expressividade musical e o fraseado.
3. Diferentes tipos de golpes de língua são explicados, incluindo golpes simples, compostos e mistos.
O documento discute a teoria harmônica de Hugo Riemann e como ela foi reestruturada pelo teórico neo-riemanniano David Kopp. Riemann analisou as relações entre os acordes com base nos intervalos entre as fundamentais, considerando o dualismo entre acordes maiores e menores. Kopp estruturou um Sistema de Transformações Cromáticas que reorganizou a abordagem de Riemann para análise musical.
1. O documento discute os sistemas de cifragem de acordes desde o Renascimento, incluindo a contribuição de Zarlino e o desenvolvimento do baixo contínuo.
2. Explica os sistemas de análise harmônica gradual de Weber e funcional de Riemann e a cifragem de acordes da música popular.
3. Fornece exemplos de cifragem de tríades, tétrades e pêntades segundo diferentes sistemas.
O documento fornece uma breve história do conceito de harmonia na música ocidental ao longo dos séculos, desde a tradição pitagórica até o século XVIII. Também apresenta definições de harmonia ao longo do tempo e destaca o trabalho fundamental de Jean-Philippe Rameau no século XVIII para estabelecer a moderna ciência da harmonia.
Este documento discute as definições de harmonia e função harmônica ao longo da história da teoria musical. Apresenta as principais teorias sobre o assunto, incluindo a revolução trazida por Rameau que introduziu a noção de acordes funcionando dentro de uma tonalidade, e as teorias subsequentes dos graus e funcionalismo de Riemann.
Este documento discute o acorde tristão na ópera Tristão e Isolda de Richard Wagner e seu papel como símbolo da superação da teoria musical tonal. O acorde tristão contradiz alguns princípios fundamentais da teoria tonal, como a composição de notas do acorde e o posicionamento do trítono. Além disso, a ópera de Wagner utiliza uma textura mais polifônica do que homofônica, característica do tonalismo. O acorde tristão cria uma tensão jamais
Este documento fornece uma introdução às técnicas de contraponto, começando com uma explicação das Cinco Espécies de Contraponto desenvolvidas por Johannes Fux. Em seguida, classifica os intervalos melódicos e harmônicos, e fornece exemplos iniciais de contraponto de primeira espécie aplicados à melodia tradicional "Marcha Soldado". Por fim, pede aos leitores que escrevam exercícios de contraponto de primeira espécie usando outras duas melodias folclóricas brasileiras
O documento discute a harmonia funcional e tradicional no Brasil. O autor aborda como os conceitos de harmonia foram introduzidos no país e como manuais populares as vezes misturam essas abordagens. Ele também analisa o uso inicial de cifras em partituras para banjo nas orquestras de dança americanas na década de 1920 e como isso pode ter influenciado o uso de cifras no Brasil.
1) O documento descreve métodos de improvisação musical, incluindo o uso de escalas pentatônicas, menores naturais e harmônicas. 2) É explicada a função melódica de notas de acorde, tensão e aproximação e como elas se relacionam com a harmonia. 3) São dados exemplos musicais e exercícios para improvisar em progressões harmônicas de rock em tonalidades maiores e menores utilizando diferentes recursos como intervalos e tríades.
O documento discute técnicas de arranjo musical para o ensino coletivo de violão. Apresenta conceitos como cifragem, estrutura de acordes e campo harmônico. Descreve técnicas como posição cerrada, drop 2 e espalhada. Discute rearmonização e outras técnicas como ostinato rítmico. Explica as diferenças entre arranjo, transcrição, adaptação e redução. Tem como objetivo fornecer ferramentas para professores de violão.
O documento discute como identificar a tonalidade de uma música através da análise da armadura de clave na partitura. Explica que a armadura de clave indica quais notas devem ser alteradas com sustenidos ou bemóis e que isso determina a escala e tonalidade. Também apresenta regras para identificar a tonalidade maior de acordo com o último sustenido ou bemol na armadura de clave.
O documento define os principais elementos da música como melodia, harmonia e ritmo. Melodia é uma sequência de notas cantáveis, harmonia estuda as relações entre acordes, e ritmo é a sucessão de tempos fortes e fracos. Também explica o que é a pauta musical, as notas nas linhas e espaços, e a notação musical como sistema para representar graficamente uma peça musical.
Expressividade intervalar como conceituação desenvolvida a partir de considerações de Almeida Prado. Uma ampliação dessas considerações em busca de formar um corpus de entendimento da ordem dos materiais construídos a partir da lógica de intervalos. O intervalo recursivo entendido também como marca indelével no aspecto de conferir unidade e coesão da peça.
O documento discute as funções estruturais da harmonia. Apresenta três frases principais: 1) Uma tríade isolada não define uma tonalidade, mas associações com outras tríades podem restringir seu significado; 2) Uma progressão tem a função de estabelecer ou contradizer uma tonalidade, dependendo de seu propósito; 3) Uma harmonia errante é observada em seções modulatórias, diferindo de uma modulação por não expressar claramente uma região ou tonalidade.
1) O documento discute a música, notas musicais e escalas musicais.
2) As notas musicais foram escolhidas desde a antiguidade e a escala musical foi definida no início do século XVIII.
3) Existem dois tipos de notas singulares que determinam os limites da escala musical - quando a frequência do som é dobrada, a percepção indica o mesmo som em alturas diferentes.
1. IV Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá (EPEM)
Maringá - 2009
A análise harmônica e suas questões recorrentes: o legado de Rameau
Marisa Ramires
marisa.ramires@terra.com.br
Resumo
Este artigo pretende refletir sobre questões recorrentes relacionadas à análise harmônica tradicional e
vinculá-las, em sua origem, às idéias de Jean-Philippe Rameau expostas em seu Traité de l´harmonie
de 1722. O ponto central do artigo objetiva ressaltar questões referentes ao processo de identificação e
cifragem dos acordes e relacioná-las a sua origem, isto é, aos problemas decorrentes da visão proposta
por Rameau que promove a ruptura entre os aspectos melódicos e harmônicos. Serão apresentados, de
forma concisa, os principais conceitos de sua teoria e, em seguida, exemplos do repertório tradicional
e popular serão empregados para demonstrar como as idéias deste teórico e compositor francês,
interferem no reconhecimento e representação dos acordes e encontram-se, ainda hoje, incorporadas
em análises harmônicas e comentadas em textos e livros de harmonia.
Palavras-Chave: Análise harmônica, cifragem, Rameau, melodia, harmonia,contraponto
1 Introdução
Análise harmônica sugere, para muitos estudantes e professores de música, o estudo individual dos
acordes e sua cifragem. Esta visão tradicional, com clara ênfase no aspecto vertical, revela sua identificação
com as proposições teóricas de Jean-Philippe Rameau (1683-1764). Tal posicionamento pode gerar uma
contradição entre a cifragem harmônica e sua relação com a melodia. O perigo desta conduta é o de produzir
uma cifragem e análise ¨no papel¨ desvinculada do ouvir, do criar, da reflexão, da interação entre a atividade
intelectual, as habilidades auditivas e a percepção estética1. Tal risco se faz presente tanto no repertório
tradicional quanto no popular, uma vez que não se trata de questões meramente idiomáticas, mas sim,
estruturais e inerentes à música tonal.
Este artigo pretende discutir questões referentes ao processo de identificação e cifragem dos
acordes e das progressões harmônicas e relacioná-las à sua origem, isto é, como fruto de conceitos
apresentados por este teórico e compositor francês em seu Traité de l´harmonie de 1722. Embora as idéias
expostas por Rameau sejam muito mais amplas, este artigo pretende abordar e explicar, de forma concisa,
aquelas que de maior relevância se fazem necessárias ao âmbito deste artigo.
Inicialmente serão apresentados e explicados os conceitos de: baixo fundamental, inversões de
acordes, acorde por ¨suposição¨, acorde de Rameau e a regra ¨do duplo emprego¨. Em seguida, exemplos do
repertório tradicional e popular serão empregados para demonstrar como as idéias de Rameau interferem no
reconhecimento e na cifragem dos acordes e encontram-se, ainda hoje, incorporadas em análises harmônicas
e comentadas em textos e livros de harmonia.
2 A Teoria de Rameau: principais conceitos incorporados na análise
harmônica
A separação entre harmonia e melodia e a valorização quase que exclusiva do acorde como
elemento individual são alguns dos aspectos assumidos pela Teoria de Rameau e adotados como base do
método tradicional de análise harmônica.
1
Rogers refere-se à análise como a atividade que une o treinamento mental com o auditivo. Além disso, aponta
que o problema da análise é confundi-la com a descrição, o que provoca trabalhos inconsistentes (ROGERS, 2004. p.
74).
-1-
2. IV Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá (EPEM)
Maringá - 2009
2.1 O Baixo Fundamental
Uma das contribuições mais inovadoras apresentada por Rameau foi o Baixo Fundamental, que
consistia numa linha melódica hipotética composta exclusivamente pelas fundamentais dos acordes
(Exemplo 1). Tal linha não era para ser executada, tratava-se de uma tentativa de sistematizar e explicar
como os acordes, na música de sua época, se relacionavam aos dois únicos tipos de harmonias fundamentais:
a tríade perfeita e o acorde de sétima.
Exemplo 1 - Trecho extraído da análise de Rameau de seu moteto ¨Laboravi Clamans¨2
Baixo cifrado:
Baixo Fundamental:
Mais tarde, o princípio do baixo fundamental foi substituído e deu origem a cifragem por numerais
romanos, introduzida por Gottfried Weber (1779-1839) em seu Versuch Einer Geordneten Theorie der
Tonsetzkunst (1817-21) e presente ainda hoje na harmonia tradicional.
2.2 Inversões de acordes
Teóricos como Gioseffo Zarlino (1517-1590) só consideravam os intervalos e sua
classificação a partir do baixo e não possíveis inversões de acordes. Para Zarlino C-E-A
configurava-se numa modificação de C-E-G, assim não era considerado como um acorde de Lá
menor invertido, mas como um acorde maior com duas consonâncias imperfeitas acima da nota do
baixo (a terça: C-E e a sexta: C-A). Por volta de 1610, os teóricos alemães Otto Siegfried Harnisch
(1568-1623) e Johannes Lippius (1585-1612) passaram a reconhecer a estrutura de acorde como
uma unidade. Lippius foi o primeiro a assumir e a formalizar o conceito de inversão e a nomear a
tríade como Trias Harmonica, isto é, três notas e três intervalos formando uma única unidade.
Na teoria de Rameau, a tríade foi adotada como uma unidade estrutural e juntamente com suas
inversões e o acorde de sétima formavam o conjunto de possibilidades de acordes, nomeado por ele como:
harmonias fundamentais.
2.3 O conceito de ¨acorde por suposição¨
Para explicar como todos os acordes eram derivados das harmonias fundamentais, Rameau
elaborou um processo chamado ¨acorde por suposição¨3. Assim, os acordes de 9ª, 11ª etc. seriam gerados
harmonicamente e não melodicamente, pela adição de uma terça ou uma quinta abaixo da fundamental de
um acorde de sétima.
Neste caso, as suspensões eram assumidas não por sua natureza melódica, mas como parte
integrante do acorde. Esta visão gerava necessariamente duas harmonias diferentes (Exemplo 2).
Para Rameau, todos os acordes que empregassem dissonâncias acima de 7ª teriam que fazer uso do
princípio de suposição e transformar tais dissonâncias em 7ª de um baixo fundamental. Desta forma, no
2
(RAMEAU, 1971, p.362)
3
Assemelha-se ao princípio de acorde com fundamental subentendida.
-2-
3. IV Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá (EPEM)
Maringá - 2009
exemplo 2, compasso 12, enquanto que o baixo cifrado indicava um acorde de Rém com 9ª, o baixo
fundamental classificava-o como um acorde de Fá com 7ª (harmonia fundamental).
Exemplo 2 – Moteto ¨Laboravi Clamans¨, Rameau, compassos 12-13
O baixo cifrado indica que a suspensão (nota mi) tem
natureza melódica (9 – 8), mantendo a mesma
harmonia, acorde de Rém, no compasso 12.
O baixo fundamental indica que a dissonância (nota
mi) passa a ser incorporada pela harmonia como nota
integrante da estrutura do acorde de Fá com 7ª. A
suspensão ao resolver gera uma troca de harmonia,
com dois acordes diferentes no compasso 12: Fá com
7ª e Rém.
Baixo cifrado:
Baixo Fundamental:
2.4 Progressões harmônicas e o movimento do baixo fundamental: o acorde de
Rameau e a ¨regra do duplo emprego¨
O movimento de um acorde para outro era concebido por Rameau como uma progressão
harmônica representada pelo baixo fundamental. O movimento em intervalos de quinta e terça do baixo
fundamental eram considerados permitidos e constituíam em progressões harmônicas cadenciais. Entretanto,
movimentos em segunda eram considerados violações e, para explicar a progressão do acorde de
subdominante para a dominante, Rameau propôs a regra do duplo emprego da dissonância. Através deste
mecanismo permitiam-se duas interpretações diferentes para o acorde sobre a quarta nota da escala
(Exemplo 3). No exemplo 3a era assumido o acorde de Rém em primeira inversão com sétima para evitar o
movimento de segunda entre as fundamentais (Fá - Sol). No exemplo 3b, o acorde era visto como
subdominante com sexta adicionada, uma vez que o movimento do baixo fundamental é de quinta.
Exemplo 3 – A ¨regra do duplo emprego¨ e o acorde de Rameau
3a) 3b)
DóM: ii V IV add6 I
acorde de Rameau
-3-
4. IV Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá (EPEM)
Maringá - 2009
3 Ruptura entre harmonia e melodia: análises comentadas de trechos do
repertório tradicional e popular
A harmonização de uma melodia, a escolha da cifragem ou mesmo a análise harmônica de um
trecho musical deve atentar para vários aspectos tais como o ritmo, as cadências, o motivo, a frase etc. Caso
um procedimento inadequado seja adotado na análise, a cifragem estará comprometida e predestinada a
falhar. Assim, deve-se considerar que a falha pode não estar exatamente na cifra, mas sim nos passos que
antecedem sua escolha. O exemplo 4a ilustra as questões decorrentes da identificação das progressões
harmônicas e sua conseqüente cifragem a partir de uma melodia.
Exemplo 4a – Primeira frase do choro Descendo a Serra: Pixinguinha e B. Lacerda
Este trecho, ao ser apresentado sem a cifra gera freqüentemente dúvidas em relação à sua
tonalidade. Isto porque, durante a formação em teoria musical4, muitos estudantes têm como prática comum
descobrir o tom através dos acidentes da armadura de clave, das alterações ocorrentes (no caso do relativo
menor) e das notas iniciais e finais da peça. Assim, os mais afoitos em dar respostas e cifragens cometem o
erro de interpretar o trecho do exemplo 4a, na tonalidade de Lá menor. Esta resposta apóia-se em fortes
indícios visuais como: não ter nenhum acidente na armadura, começar com a seqüência de notas dó-mi-lá no
primeiro compasso e o final da frase terminar com a nota sol#. Neste caso pode-se comprovar que ao se
desconectar os elementos musicais da escuta, a cifragem se encontra comprometida, uma vez que o erro já
ocorreu na identificação do tom da peça. Com um simples solfejo da linha melódica, a tonalidade de Dó
maior surge claramente, pois a nota lá do primeiro compasso é dissonância e a alteração do sol#, no final da
frase, é decorrência de que o tema necessita de tal alteração para cumprir a seqüência melódica harmônica a
qual se propõe (exemplo 4b). Os aspectos melódicos aqui se tornam indispensáveis para a cifragem e a
compreensão da estrutura da peça.
Exemplo 4b - Primeira frase do choro Descendo a Serra com cifras
Análises harmônicas que empregam numerais romanos e que traduzem uma interpretação
exclusivamente vertical demonstram que a forte influência das idéias de Rameau ainda se faz presente. No
exemplo 5a a dissonância (suspensão), incorporada ao acorde, gera uma nova harmonia ao resolver.
4
Embora Teoria Musical tenha uma dimensão muito maior, a disciplina que leva seu nome fica restrita
somente ao ensino dos fundamentos musicais.
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5. IV Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá (EPEM)
Maringá - 2009
Exemplo 5a – Sarabanda, Suíte Francesa nr. 2, Bach: visão vertical
Dóm: VI iv6
O exemplo 5b apresenta em sua cifragem a opção pela natureza melódica da dissonância, ao
considerar uma única harmonia (iv) sobre a qual a nota sol, dissonância, move-se para sua resolução, fá.
Exemplo 5b - Sarabanda, Suíte Francesa nr. 2, Bach: visão horizontal
Suspensão Resolução
Dóm: iv6
No exemplo 6 tem-se outro caso em que a ruptura entre melodia, harmonia e escuta gera
problemas de cifragem. A visão exclusivamente vertical traduzida pela cifra F/A, no compasso 2, expressa a
não observância dos aspectos melódicos, uma vez que a nota fá indicada pela cifra como fundamental do
acorde não é de natureza harmônica, ela soa dissonância melódica cuja resolução se dá na nota mi.
Exatamente o contrário do que a cifra indica.
Exemplo 6 – Samba em Prelúdio: Baden Powell e Vinícius de Moraes
A questão da cifragem do acorde de Rameau como IVadd6 ou como ii pela harmonia tradicional
permanece ainda discutida e sem unanimidade. Autores como Walter Piston e Stefan Kostka concordam e
comentam sobre a dificuldade em adotar uma única cifragem como representativa desta sonoridade. Eles
atribuem ao contexto, isto é, ao direcionamento cadencial da progressão harmônica e a condução das vozes a
tarefa de indicar a melhor solução para a cifragem. Ambos, em seus tratados de harmonia citam Rameau e
apóiam-se na ¨regra do duplo emprego¨ e ¨no movimento do baixo fundamental¨ para expor e explicar a
cifragem deste acorde em análises de exemplos musicais. Entretanto, para Arnold Schoenberg, em seu
tratado de Harmonia, não existe impasse, é assumido sempre como ii.
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6. IV Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá (EPEM)
Maringá - 2009
O exemplo 7, extraído do livro de Walter Piston, apresenta a solução encontrada por este autor na
questão da ambigüidade na representação deste acorde e propõe uma cifragem dupla.5
Exemplo 7 – Fantasia, Op. 12, nr. 6, Fabel: Schumann6
A harmonia funcional interpreta este acorde sempre como subdominante. Koellreutter, em seu livro
de harmonia funcional também faz alusão a Rameau, e sem dubiedade o trata como acorde de subdominante
com 6ª adicionada (KOELLREUTTER, 1978, pp. 24-25).
Na música popular é comum encontrar exemplos em que predomina a cifragem deste acorde, no
modo menor, como iv 6add.
Os dois últimos exemplos demonstram que uma sonoridade originalmente empregada no repertório
tradicional como figuração melódica passa, na música popular, a ser incorporada de forma autônoma, como
um recorte exclusivamente vertical. Este é o caso do acorde conhecido como ¨dominante com 9ª aumentada¨.
Em Chopin (Exemplo 8), fica claro a natureza melódica da nota re como apojatura sobre o acorde
de dominante.
Na canção Deixa de Baden Powell (Exemplo 9), a nota sol do compasso 10 é escrita corretamente
na partitura, isto é, como sétima nota indo para a sexta da descida da escala de lá menor melódica. Porém, a
cifra ao tentar incorporar esta nota como um recorte vertical, o faz sob o nome de nona aumentada,
enarmonizando a nota sol para integrá-la à seqüência de terças no acorde de Mi M. Deve-se salientar que
ocorre uma desconexão entre a cifra, a grafia na partitura e a escuta, uma vez que ao chamar essa nota de
nona aumentada gera-se uma expectativa de resolução ascendente, que não se configura.
Exemplo 8 – Chopin: Opus 28, 4 – comps. 12 e 13
Mim: V7 i6
5
Walter Piston apresenta dois exemplos para este tópico: Schumann, exemplo 7 deste artigo, em que o acorde
segue para o V grau e, Brahms, In Stiller Nacht, no qual o acorde resolve no I grau. Observam-se os dois casos de
progressão harmônica para este acorde, previstos por Rameau.
6
Exemplo extraído do livro Harmony de Walter Piston, 1987, p. 359.
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7. IV Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá (EPEM)
Maringá - 2009
Exemplo 9 – Baden Powell e Vinícius de Moraes: Deixa
Lám: V7
Considerações Finais
Coletar informações e descrever uma peça é o primeiro estágio de uma análise musical, desta
forma, a análise harmônica é apenas um dos aspectos possíveis desse processo.
A nomeação dos acordes por C, Cm, C7 etc., por numerais romanos ou por função são apenas
diferentes formas de representação das relações harmônicas, e todas, embora manifestem pontos em comum
no desejo de simplicidade e clareza, apresentam limitações e riscos. Torna-se perigoso acreditar que a
cifragem, como simples ¨ferramenta¨, possa assumir a posição central na análise. Portanto, o foco deve ser
cada vez mais amplo e se ater em questões ligadas a origem dos conceitos que cada cifragem representa.
Rameau, precursor da análise harmônica tradicional, foi um dos primeiros teóricos a se preocupar
e a reconhecer o conceito de tonalidade. Suas proposições teóricas buscavam explicar racionalmente os
processos composicionais da música de sua época. Conceitos como baixo fundamental e seus movimentos,
inversões de acordes e a organização da tonalidade em torno de uma tônica, exposta em seu tratado
Génération harmonique (1737), influenciaram até mesmo Hugo Riemann (1840-1917), criador da teoria das
funções harmônicas (Harmonia Funcional), que incorporou algumas de suas idéias ao propor uma interação
entre as progressões de acordes com a frase e a forma musical.
Arnold Schoenberg e Koellreutter escreveram tratados e livros de harmonia indicados e adotados
como bibliografia básica, em português, que representam de forma significativa essas duas vertentes teóricas:
harmonia tradicional e harmonia funcional, respectivamente.
Uma vez que Rameau é considerado o precursor da análise harmônica tradicional, cabe ressaltar o
Tratado de Harmonia de Arnold Schoenberg como um bom exemplo da influência, ainda hoje, de seu
legado. De forma direta e indireta, Schoenberg comenta e preserva a visão dissociada entre harmonia e
contraponto proposta por Rameau incorrendo assim nos mesmos problemas citados e demonstrados em
exemplos neste artigo.
Por outro lado, como alternativa, as propostas teóricas de Heinrich Schenker (1868-1935) resgatam
o relacionamento entre harmonia e contraponto e enfatizam a forma como esta relação opera no contexto
tonal. Ao contrário de Rameau, Schenker explorou e considerou o estudo do contraponto como determinante
no entendimento do discurso da música tonal.
Tomar ciência da origem dos conceitos e regras formuladas por teóricos como Rameau, ajuda a
compreender os limites impostos por cada tipo de abordagem analítica, sua conseqüente cifragem e a
reconhecer vínculos entre as propostas apresentadas por diferentes autores.
Referências bibliográficas
Beach, David 1974. The Origins of Harmonic Analysis. Journal of Music Theory, 18 (2): 274-306.
Koellreutter, Hans Joachim. 1978. Harmonia functional. São Paulo: Ricordi Brasileira.
Kostka, Stefan and Payne, Dorothy. 2004, Tonal Harmony. 5th edition. New York: McGraw-Hill
Companies, Inc.
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8. IV Encontro de Pesquisa em Música da Universidade Estadual de Maringá (EPEM)
Maringá - 2009
Lester, Joel. 2002. Rameau and eighteenth-century harmonic theory. In: Western Music Theory. Ed. Thomas
Christensen, 753-777. Cambridge: Cambridge University Press.
Piston, Walter. 1987. Harmony. 5th edition. Revised and Expanded by Mark DeVoto. New York: W. W.
Norton & Company.
Rameau, Jean-Philippe. 1971. Treatise on Harmony. New York: Dover.
Rogers, Michael R. 2004. Teaching Approaches in Music Theory. Carbondale: Southern
Illinois University Press, p. 74
Schoenberg, Arnold. 2004. Funções estruturais da harmonia. Trad. E. Seincman. São Paulo: Via Lettera.
Schoenberg, Arnold. 2001. Harmonia. Trad. M. Maluf. São Paulo: Editora Unesp.
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