O documento discute a amplitude do movimento contra a privatização das rodovias na Bahia, defendendo que o movimento deve ser amplo e envolver diversos segmentos da sociedade para pressionar o governo a desistir da proposta de privatização que não fez parte do programa de governo.
1. A amplitude da luta contra a privatização das rodovias
O caráter do Movimento Contra a Privatização das Rodovias deve ser
o mais amplo possível, uma organização provisória e suprapartidária
que possa envolver todos os segmentos organizados da sociedade
baiana, no nosso caso específico, da Região Sul da Bahia, tendo em
vista que a nossa batalha imediata é em oposição à privatização da
Rodovia Ilhéus/Itabuna. Todos devem participar: entidades sindicais,
estudantis, comunitárias e empresariais, além das representações
políticas. Os vereadores, prefeitos e deputados não podem se calar
diante de tal ameaça, independentemente se fazem parte da base de
sustentação do governo. Uma vez que são os interesses da população
que estão em jogo. A cobrança de pedágio nas rodovias baianas,
estaduais ou federais causará um grande impacto, onerando o nosso
custo de vida.
Especialmente o poder legislativo, que representa o povo, não pode
fugir de tal discussão, uma vez que foi eleito para fiscalizar o
executivo e estar aberto ao diálogo com a sociedade através das suas
diversas formas de organização. Caso contrário perderia a razão de
ser, uma vez que passaria a existir apenas como um apêndice do
executivo, trocando sua independência pelo tráfico de influência na
máquina governamental.
O Movimento não tem como objetivo o julgamento e a oposição ao
governo Wagner, o seu fim é especificamente dissuadir o executivo
baiano de desistir da idéia de privatizar as rodovias, uma vez que
esta proposta não fez parte do programa de governo, nem foi
apresentada ao eleitorado durante a campanha eleitoral. Exigimos
apenas coerência e respeito!
O Movimento realizará a sua segunda reunião na próxima quinta-
feira, 14 de junho, a partir das 17 horas no Plenário da Câmara de
Vereadores de Itabuna, quando dará novos encaminhamentos a Luta
Contra a Privatização das Rodovias.
A união da nossa região é fundamental para a vitória do movimento e
o resultado será benéfico a todos. Lembre-se da luta pela
estadualização da FESPI, hoje UESC, onde a nossa unidade
possibilitou uma grande conquista para a região do cacau e para toda
a Bahia.
*Jorge Barbosa de Jesus - Presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e
Região