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Vencedor da Palma de Ouro, "Entre os Muros da
Escola" estréia nesta sexta (13.03) no Brasil




Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, "Entre os Muros da Escola" (Entre
les Meurs, França, 2008) traz um interessante retrato sobre o sistema educacional da
periferia de Paris. Além do prestígio em Cannes, o filme concorreu ao Oscar de Melhor
Filme Estrangeiro e chega aos cinemas nacionais nesta sexta (13.03).

Fazendo jus ao título, a primeira cena é a única "tomada externa", filmada além dos
muros da escola. Na seqüência, acompanhamos como o professor François Marin
(François Bégaudeau, autor do livro homônimo que deu origem ao filme) e seus
colegas fazem para driblar as dificuldades encontradas dentro da sala de aula e fora
dela.

O grande triunfo do filme está na forma como a história é relatada, tão natural que
chega a ser quase documental. Para isso, o diretor Laurent Cantet contou com a
química e habilidade de seu jovem elenco que consegue executar diálogos dinâmicos
sustentando a naturalidade das relações. Já fora da sala de aula, ainda dentro do
colégio, Cantet procura suscitar um pouco de reflexão sobre até que ponto a escola é
uma instituição socializadora (ou não).

O filme mostra que, mesmo no berço da liberdade, igualdade e fraternidade, é uma
utopia pensar em uma educação democrática e igualitária, que sempre leve em
consideração o contexto sócio-cultural de alunos, professores, diretores, faxineiros...
Aos mais interessados pelo assunto, o livro em si acaba de ser lançado pela editora
Martins             Fontes             no              Brasil.             10.03.2009
PAULA SONCELA, COLABORAÇÃO PARA O SITE EP

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  • 1. Vencedor da Palma de Ouro, "Entre os Muros da Escola" estréia nesta sexta (13.03) no Brasil Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, "Entre os Muros da Escola" (Entre les Meurs, França, 2008) traz um interessante retrato sobre o sistema educacional da periferia de Paris. Além do prestígio em Cannes, o filme concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e chega aos cinemas nacionais nesta sexta (13.03). Fazendo jus ao título, a primeira cena é a única "tomada externa", filmada além dos muros da escola. Na seqüência, acompanhamos como o professor François Marin (François Bégaudeau, autor do livro homônimo que deu origem ao filme) e seus colegas fazem para driblar as dificuldades encontradas dentro da sala de aula e fora dela. O grande triunfo do filme está na forma como a história é relatada, tão natural que chega a ser quase documental. Para isso, o diretor Laurent Cantet contou com a química e habilidade de seu jovem elenco que consegue executar diálogos dinâmicos sustentando a naturalidade das relações. Já fora da sala de aula, ainda dentro do colégio, Cantet procura suscitar um pouco de reflexão sobre até que ponto a escola é uma instituição socializadora (ou não). O filme mostra que, mesmo no berço da liberdade, igualdade e fraternidade, é uma utopia pensar em uma educação democrática e igualitária, que sempre leve em consideração o contexto sócio-cultural de alunos, professores, diretores, faxineiros... Aos mais interessados pelo assunto, o livro em si acaba de ser lançado pela editora Martins Fontes no Brasil. 10.03.2009