O documento discute a roupa branca tradicionalmente usada por médicos e outros profissionais de saúde. O autor defende o uso da roupa branca, argumentando que ela representa pureza e esperança, ideais importantes na profissão médica. No entanto, reconhece que a roupa branca vem sendo substituída por outros trajes, e critica alguns médicos por usarem roupas desleixadas. O texto também inclui um breve relato sobre memórias da época de estudante do autor.
Uma pesquisa realizada por alunos da UFPA detectou contaminação por bactérias e coliformes fecais em grande parte dos alimentos vendidos no campus do Guamá. A pesquisa analisou amostras de sucos e salgados de estabelecimentos no campus, encontrando níveis acima do permitido em alguns casos. As descobertas apontam a necessidade de melhorias nas práticas de higiene dos pontos de venda de alimentos.
Este documento apresenta a 3a Mostra Nacional de Infografia de 2009. Contém um texto de Alberto Cairo sobre a evolução da profissão de infografista para jornalista visual e a importância da educação e ética neste campo. Também lista vários jornais e revistas brasileiros com exemplos de seus trabalhos de visualização de informação.
Este documento discute o significado da palavra "arte" e como ela pode ter diferentes interpretações dependendo do contexto. A autora fornece vários exemplos de como uma única palavra pode ter sentidos variados e aplica isso ao termo "arte", mostrando como ele pode se referir a criatividade, expressão de ideias ou habilidades técnicas dependendo da situação. O objetivo é levar o leitor a refletir sobre os múltiplos significados da arte antes de oferecer uma definição preliminar.
O documento descreve a história da Academia Brasileira de Médicos Escritores (ABRAMES), uma sociedade literária fundada em 1987 por médicos escritores. A ABRAMES é a única sociedade literária exclusiva para médicos no mundo. O texto detalha os fundadores e primeiros membros da academia, seus estatutos e patronos.
This resume summarizes an IT professional with over 15 years of experience in project management, scrum master roles, and software development. He has experience managing teams of up to 35 people on projects for clients in various industries. His technical skills include Java, XML, databases, and Agile methodologies like Scrum and Kanban. He is certified as a Scrum Master and Scrum Product Owner by Scrum Alliance.
PELÁEZ DEL ROSAL, Manuel: "Los Cursos y Congresos de Priego sobre el Franciscanismo como Difusión del Patrimonio histórico-artístico", en Boletín Ben Baso. Asociación de Profesores para la Difusión y Protección del Patrimonio Histórico "Ben Baso", nº 25 (Sevilla, mayo 2016), pp. 45-49.
http://franciscanismoandalucia.blogspot.com/2016/08/los-cursos-y-congresos-de-priego-sobre.html
Uma pesquisa realizada por alunos da UFPA detectou contaminação por bactérias e coliformes fecais em grande parte dos alimentos vendidos no campus do Guamá. A pesquisa analisou amostras de sucos e salgados de estabelecimentos no campus, encontrando níveis acima do permitido em alguns casos. As descobertas apontam a necessidade de melhorias nas práticas de higiene dos pontos de venda de alimentos.
Este documento apresenta a 3a Mostra Nacional de Infografia de 2009. Contém um texto de Alberto Cairo sobre a evolução da profissão de infografista para jornalista visual e a importância da educação e ética neste campo. Também lista vários jornais e revistas brasileiros com exemplos de seus trabalhos de visualização de informação.
Este documento discute o significado da palavra "arte" e como ela pode ter diferentes interpretações dependendo do contexto. A autora fornece vários exemplos de como uma única palavra pode ter sentidos variados e aplica isso ao termo "arte", mostrando como ele pode se referir a criatividade, expressão de ideias ou habilidades técnicas dependendo da situação. O objetivo é levar o leitor a refletir sobre os múltiplos significados da arte antes de oferecer uma definição preliminar.
O documento descreve a história da Academia Brasileira de Médicos Escritores (ABRAMES), uma sociedade literária fundada em 1987 por médicos escritores. A ABRAMES é a única sociedade literária exclusiva para médicos no mundo. O texto detalha os fundadores e primeiros membros da academia, seus estatutos e patronos.
This resume summarizes an IT professional with over 15 years of experience in project management, scrum master roles, and software development. He has experience managing teams of up to 35 people on projects for clients in various industries. His technical skills include Java, XML, databases, and Agile methodologies like Scrum and Kanban. He is certified as a Scrum Master and Scrum Product Owner by Scrum Alliance.
PELÁEZ DEL ROSAL, Manuel: "Los Cursos y Congresos de Priego sobre el Franciscanismo como Difusión del Patrimonio histórico-artístico", en Boletín Ben Baso. Asociación de Profesores para la Difusión y Protección del Patrimonio Histórico "Ben Baso", nº 25 (Sevilla, mayo 2016), pp. 45-49.
http://franciscanismoandalucia.blogspot.com/2016/08/los-cursos-y-congresos-de-priego-sobre.html
Recensión de la escultura en madera del gótico final en sevillafjgn1972
RECENSIÓN
de FRANCISCO JAVIER HERRERA GARCÍA,
de la obra de HERNÁNDEZ GONZÁLEZ, Salvador:
La escultura en madera del Gótico final en Sevilla. La sillería del coro de la Catedral de Sevilla. Sevilla: Diputación Provincial, 2014, 413 pp. ils. en color y gráficos. (ISBN: 978- 84-7798-352-1).
En ARCHIVO ESPAÑOL DE ARTE, LXXXVIII, 350 ABRIL-JUNIO 2015, pp. 205-214
ISSN: 0004-0428, eISSN: 1988-8511
Venkateswarareddy has over 3 years of experience as a System Administrator working with Unix systems like Red Hat Linux and Solaris. He is proficient with monitoring tools like Nagios, application monitoring, running SQL queries, assisting with user acceptance testing, and user/group management. He currently works as a Senior System Administrator at NTT DATA Global Service Delivery where he is responsible for providing Linux server support, maintenance, job scheduling, backup/restores, and issue resolution.
(20). año 2016 - nº 03 (Anexo Fuente del Rey)fjgn1972
BOLETÍN INFORMATIVO ASOCIACIÓN DE AMIGOS DE PRIEGO DE CÓRDOBA
nº 3 - Año 2016 (20)
Compás de San Francisco, n˚ 15 - 14800 Priego de Córdoba
Móvil 608 654 146
D.L. CO-32-1984 ISSN 1889-6014
SUMARIO
1. Editorial: Turismo poético..................................1
2. Un divisionario muerto en combate: Antonio Moral Galisteo (Priego 1920, Krutic –Rusia, 1942) (2), por M. Peláez del Rosal.................................... 2 - 4
3. Estatutos de la Asociación de Amigos de Priego de Córdoba (cont.), 4
El documento describe la implementación de un vivero de plantas medicinales en la Institución Educativa San Isidro de Veracruz. El proyecto busca ayudar a la comunidad ante la ausencia de médicos enseñando a los estudiantes sobre las propiedades curativas de las plantas y elaborando productos naturales como champú de aloe vera y cebolla. El vivero y los productos beneficiarán a la institución y a la comunidad.
O documento discute as tendências de uso de dispositivos móveis e como projetar interfaces naturais para melhorar a experiência do usuário. Apresenta dados sobre o crescimento do uso de celulares e a importância de considerar o contexto do usuário ao projetar interfaces intuitivas que sejam úteis e proporcionem boas experiências. Também discute a importância de entender as pessoas por meio de pesquisas para criar soluções centradas no usuário.
1) The Ganga River is over 2,500 km long and flows through several important cities in India. However, it is now one of the most polluted rivers in the world due to increased industrial and domestic waste.
2) Pollution is causing harm to aquatic life and increasing cancer rates in nearby populations. Untreated sewage and industrial waste are the primary causes of pollution.
3) The Indian government has undertaken various initiatives like the Ganga Action Plan and National Ganga River Basin Authority to clean the river, but more work is still needed to achieve the goal of stopping untreated waste by 2020.
Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, regional do estado de São Paulo (SOBRAMES-SP), com noticiário e textos literários em prosa e verso de seus autores. Editores: Josyanne Rita de Arruda Franco e Marcos Gimenes Salun
Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, regional do Estado de São Paulo (SOBRAMES-SP), com noticiário e textos literários de seus membros.
O documento discute a crise na educação e cultura brasileiras. Em três frases:
A educação no Brasil está passando por uma falência orquestrada, com escolas públicas em péssimas condições, verbas desviadas, salários congelados de professores, e instituições de ensino superior sofrendo sabotagem para reduzir a qualidade do ensino. Isso está deixando os jovens desestimulados e mais vulneráveis a problemas como drogas, em um cenário que pode levar o país a perder gerações de patriotas e mão
Publicação Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, regional do estado de São Paulo - Sobrames-SP - com textos literários em prosa e verso de seus autores.
Este documento discute a importância do equilíbrio entre corpo e mente para produzir mais e melhor. Apresenta dicas como alimentação saudável, exercícios, relaxamento e autoconhecimento para promover serenidade e melhor lidar com conflitos e situações inesperadas. Também destaca que o corpo influencia os processos mentais e como nos expressamos no mundo.
O documento relata experiências de uma médica residente em cuidar de um paciente gravemente doente com AIDS, tuberculose e câncer. Ela se debate entre dar medicamentos para aliviar o sofrimento do paciente, possivelmente encurtando sua vida, ou não tratá-lo da dor. Após um pedido desesperado do paciente, ela prescreve remédios para que ele possa dormir em paz.
Este documento discute três tópicos principais:
1) A ansiedade pode ter causas normais ou patológicas e causar problemas de saúde;
2) O Dia da Papoula é uma data para homenagear os soldados mortos nas Grandes Guerras, marcada por cerimônias nos países aliados;
3) Um poema escrito durante a Primeira Guerra Mundial fez da papoula o símbolo dos soldados mortos em batalha.
O documento discute 3 temas principais: 1) O uso cada vez maior de comunicação digital em detrimento da comunicação verbal presencial; 2) A alienação emocional resultante da privação do contato humano direto; 3) O significado do termo "Laird" na nobreza escocesa e esclarecimentos sobre seu uso correto.
Este documento resume três artigos da revista Opinias sobre o tema do tempo. O primeiro artigo discute as diferentes formas como as pessoas percebem e lidam com o tempo. O segundo artigo descreve a evolução dos calendários ao longo da história. O terceiro artigo aborda os diferentes tipos de mentira e como elas podem ser usadas de forma positiva ou negativa.
O artigo descreve a experiência do autor em mudar para a Austrália em busca de novas oportunidades de estudo e trabalho. Ele sempre sonhou em fazer um intercâmbio cultural e, apesar da idade avançada de 30 anos, decidiu realizar seu sonho na "terra dos sonhos", como é conhecida. O autor comenta sobre a cultura diversificada da Austrália e como se adaptou a ela, fazendo amigos de várias etnias diferentes. Ele também destaca ter voltado a estudar inglês para melhor conhecer a cultura estudantil
Recensión de la escultura en madera del gótico final en sevillafjgn1972
RECENSIÓN
de FRANCISCO JAVIER HERRERA GARCÍA,
de la obra de HERNÁNDEZ GONZÁLEZ, Salvador:
La escultura en madera del Gótico final en Sevilla. La sillería del coro de la Catedral de Sevilla. Sevilla: Diputación Provincial, 2014, 413 pp. ils. en color y gráficos. (ISBN: 978- 84-7798-352-1).
En ARCHIVO ESPAÑOL DE ARTE, LXXXVIII, 350 ABRIL-JUNIO 2015, pp. 205-214
ISSN: 0004-0428, eISSN: 1988-8511
Venkateswarareddy has over 3 years of experience as a System Administrator working with Unix systems like Red Hat Linux and Solaris. He is proficient with monitoring tools like Nagios, application monitoring, running SQL queries, assisting with user acceptance testing, and user/group management. He currently works as a Senior System Administrator at NTT DATA Global Service Delivery where he is responsible for providing Linux server support, maintenance, job scheduling, backup/restores, and issue resolution.
(20). año 2016 - nº 03 (Anexo Fuente del Rey)fjgn1972
BOLETÍN INFORMATIVO ASOCIACIÓN DE AMIGOS DE PRIEGO DE CÓRDOBA
nº 3 - Año 2016 (20)
Compás de San Francisco, n˚ 15 - 14800 Priego de Córdoba
Móvil 608 654 146
D.L. CO-32-1984 ISSN 1889-6014
SUMARIO
1. Editorial: Turismo poético..................................1
2. Un divisionario muerto en combate: Antonio Moral Galisteo (Priego 1920, Krutic –Rusia, 1942) (2), por M. Peláez del Rosal.................................... 2 - 4
3. Estatutos de la Asociación de Amigos de Priego de Córdoba (cont.), 4
El documento describe la implementación de un vivero de plantas medicinales en la Institución Educativa San Isidro de Veracruz. El proyecto busca ayudar a la comunidad ante la ausencia de médicos enseñando a los estudiantes sobre las propiedades curativas de las plantas y elaborando productos naturales como champú de aloe vera y cebolla. El vivero y los productos beneficiarán a la institución y a la comunidad.
O documento discute as tendências de uso de dispositivos móveis e como projetar interfaces naturais para melhorar a experiência do usuário. Apresenta dados sobre o crescimento do uso de celulares e a importância de considerar o contexto do usuário ao projetar interfaces intuitivas que sejam úteis e proporcionem boas experiências. Também discute a importância de entender as pessoas por meio de pesquisas para criar soluções centradas no usuário.
1) The Ganga River is over 2,500 km long and flows through several important cities in India. However, it is now one of the most polluted rivers in the world due to increased industrial and domestic waste.
2) Pollution is causing harm to aquatic life and increasing cancer rates in nearby populations. Untreated sewage and industrial waste are the primary causes of pollution.
3) The Indian government has undertaken various initiatives like the Ganga Action Plan and National Ganga River Basin Authority to clean the river, but more work is still needed to achieve the goal of stopping untreated waste by 2020.
Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, regional do estado de São Paulo (SOBRAMES-SP), com noticiário e textos literários em prosa e verso de seus autores. Editores: Josyanne Rita de Arruda Franco e Marcos Gimenes Salun
Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, regional do Estado de São Paulo (SOBRAMES-SP), com noticiário e textos literários de seus membros.
O documento discute a crise na educação e cultura brasileiras. Em três frases:
A educação no Brasil está passando por uma falência orquestrada, com escolas públicas em péssimas condições, verbas desviadas, salários congelados de professores, e instituições de ensino superior sofrendo sabotagem para reduzir a qualidade do ensino. Isso está deixando os jovens desestimulados e mais vulneráveis a problemas como drogas, em um cenário que pode levar o país a perder gerações de patriotas e mão
Publicação Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, regional do estado de São Paulo - Sobrames-SP - com textos literários em prosa e verso de seus autores.
Este documento discute a importância do equilíbrio entre corpo e mente para produzir mais e melhor. Apresenta dicas como alimentação saudável, exercícios, relaxamento e autoconhecimento para promover serenidade e melhor lidar com conflitos e situações inesperadas. Também destaca que o corpo influencia os processos mentais e como nos expressamos no mundo.
O documento relata experiências de uma médica residente em cuidar de um paciente gravemente doente com AIDS, tuberculose e câncer. Ela se debate entre dar medicamentos para aliviar o sofrimento do paciente, possivelmente encurtando sua vida, ou não tratá-lo da dor. Após um pedido desesperado do paciente, ela prescreve remédios para que ele possa dormir em paz.
Este documento discute três tópicos principais:
1) A ansiedade pode ter causas normais ou patológicas e causar problemas de saúde;
2) O Dia da Papoula é uma data para homenagear os soldados mortos nas Grandes Guerras, marcada por cerimônias nos países aliados;
3) Um poema escrito durante a Primeira Guerra Mundial fez da papoula o símbolo dos soldados mortos em batalha.
O documento discute 3 temas principais: 1) O uso cada vez maior de comunicação digital em detrimento da comunicação verbal presencial; 2) A alienação emocional resultante da privação do contato humano direto; 3) O significado do termo "Laird" na nobreza escocesa e esclarecimentos sobre seu uso correto.
Este documento resume três artigos da revista Opinias sobre o tema do tempo. O primeiro artigo discute as diferentes formas como as pessoas percebem e lidam com o tempo. O segundo artigo descreve a evolução dos calendários ao longo da história. O terceiro artigo aborda os diferentes tipos de mentira e como elas podem ser usadas de forma positiva ou negativa.
O artigo descreve a experiência do autor em mudar para a Austrália em busca de novas oportunidades de estudo e trabalho. Ele sempre sonhou em fazer um intercâmbio cultural e, apesar da idade avançada de 30 anos, decidiu realizar seu sonho na "terra dos sonhos", como é conhecida. O autor comenta sobre a cultura diversificada da Austrália e como se adaptou a ela, fazendo amigos de várias etnias diferentes. Ele também destaca ter voltado a estudar inglês para melhor conhecer a cultura estudantil
Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, regional do Estado de São Paulo - SOBRAMES-SP, com noticiário e textos literários de seus membros.
O artigo descreve a teoria e o projeto de dominação concebido pelo filósofo italiano Antonio Gramsci, conhecido como "gramscismo". Gramsci pregava uma "revolução silenciosa" para derrubar o capitalismo por meio da infiltração na sociedade e no Estado, ao invés de uma revolução violenta. O texto também contextualiza brevemente a história do comunismo e sua disseminação na Europa e Ásia no século XX, assim como os antecedentes do movimento comunista no Brasil a partir dos anos 1920.
O artigo descreve a teoria e o projeto de dominação concebido pelo filósofo italiano Antonio Gramsci, conhecido como "gramscismo". Gramsci pregava uma "revolução silenciosa" para derrubar o capitalismo por meio da infiltração na sociedade e no Estado, ao invés de uma revolução violenta. O texto também contextualiza brevemente a história do comunismo e sua disseminação na Europa e Ásia no século XX, assim como os antecedentes do movimento comunista no Brasil a partir dos anos 1920.
A autora descreve os últimos momentos de vida de seu pai no hospital, cercado por sua família. Ela presencia o sofrimento dele em seus últimos suspiros e a despedida emocionada de sua mãe. A autora também relata ter tido uma visão de entidades espirituais ajudando seu pai a se desprender do corpo físico no momento de sua morte.
O documento discute os fundamentos do teatro de improviso usados como terapia psicodrama. Brevemente descreve a história do psicodrama no Brasil desde sua chegada na década de 1960 e como se tornou popular entre profissionais de saúde mental. Também aborda as primeiras sociedades e instituições de formação em psicodrama criadas em São Paulo e a reunificação do movimento com a fundação da Federação Brasileira de Psicodrama.
O conto descreve o assassinato de vaga-lumes por um tio alcoólatra, que derramou cerveja em uma garrafa onde uma menina havia colocado os insetos iluminados para decorar seu quarto. A narrativa contrasta a inocência da criança que caçou os vaga-lumes com a maldade do tio embriagado, que destruiu sua alegria e apagou a luz natural no quarto.
O documento apresenta três breves histórias. A primeira descreve uma viúva que contrata um encanador mal-humorado para instalar um novo chuveiro. A segunda fala sobre uma caminhada reflexiva onde lembranças do passado se misturam com o presente. A terceira reflete sobre como os fatos são percebidos de forma subjetiva por cada pessoa.
O documento descreve a contribuição dos ingleses para o estado de São Paulo, principalmente na construção de ferrovias no século XIX. Os ingleses construíram a primeira ferrovia paulista ligando São Paulo a Santos, facilitando o escoamento do café. Outros marcos incluem a Estação da Luz em São Paulo e a vila de Paranapiacaba, ambas com influência arquitetônica inglesa. A comunidade inglesa chegou a ter quase 10 mil pessoas e deixou um legado importante para o desenvolvimento econômico de São Paulo.
O documento apresenta uma revista com vários artigos discutindo diversos temas como: a sociedade e o medo do descontrole; a experiência de uma médica que foi paciente da UTI no dia de sua formatura; e uma viagem à Patagônia entre focas, gelo e pinguins.
1. Jornal
O Bandeirante
Ano XVII - no 199 - JUNHO de 2009
Publicação Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional do Estado de São Paulo - SOBRAMES-SP
Sou a Favor do Branco
e Não Sou Racista
“Tornamo-nos no homem do uniforme que usamos”.
Helio Begliomini Napoleão Bonaparte (1769-1821), imperador da
Médico urologista França de1804-1815.
Presidente da SOBRAMES-SP
Realmente, nada há de mais médico. Há muito, por vezes, a roupa
adequado para representar a pure- branca vem sendo considerada pelos
za do que o branco. Nele qualquer próprios médicos de forma pejorativa
mancha ou sujeira se evidenciam. A e jocosa, não como sua vestimenta,
ciência ensina que um objeto de cor mas sim, como uniforme de açouguei-
branca é aquele que, ao ser ilumina- ro e de sorveteiro.
do por uma luz branca como, por Ela tem sido substituída paula-
Não sei precisar quanto tempo a exemplo a luz do sol, reflete todas as tinamente pelo “jaleco” ou “avental”,
roupa branca caracteriza a vestimenta cores do espectro, não absorvendo apanágio dos professores e laboratoris-
do médico. Com certeza, no Brasil, praticamente nenhuma. Ao contrário, tas, também conhecido como “guarda-
esse fato ocorre há mais de setenta um objeto de cor preta é aquele que pó”, ou, em muitos casos, sem a menor
anos. Aliás, aqui, o branco é climati- retém todas as cores. Assim, por ana- dúvida, melhor seria denominá-lo
camente por demais adequado, haja logia, o profissional que se caracteriza por “esconde-sujeira”, uma vez que,
vista nosso país-continente situar-se pelo uso do uniforme branco deveria por debaixo deles se apresentam,
em zonas tropicais e subtropicais, ser aquele que de forma altruísta particularmente, Esculápios recém-
onde a maior parte de seu território procuraria tudo fazer para dar de formados ou até graduados há tempos
em quase todo o ano se apresenta com si e do melhor de si, refletindo seu com cabelos despenteados, brincos
temperaturas elevadas. conhecimento, sua experiência, sua ou piercings esculpindo o rosto; barba
Na verdade, o uniforme branco compaixão, sua esperança naquele por fazer, camisas amassadas, calças
não somente tem caracterizado o que padece. de brim desalinhadas e, de acordo
profissional de medicina, mas tam- Não se pode olvidar também com a moda, rasgadas, aparecendo
bém o de odontologia, enfermagem que a cor branca representa muito partes das coxas, e barras desfiadas;
e fisioterapia. bem a paz, o bom agouro e a espe- visual esse complementado com tênis
Muito provavelmente sua ins- rança, predicados esses igualmente ou sapatos surrados. Nesse contexto,
piração é alusiva às bimilenares pa- em íntima relação com o exercício salienta-se que há aqueles que nem
lavras do juramento de Hipócrates: da medicina. sequer têm pejo de se esconderem e,
“Juro que (...) conservarei puras mi- Lembro-me saudosamente dos de forma desengonçada e desavergo-
nha vida e minha arte”. Aliado a isso, tempos acadêmicos quando, nós, nhada, apresentam-se sem o avental
a medicina, há séculos, é tida como alunos, ansiávamos por logo chegar branco.
profissão sacerdotal, ou seja, seus ao terceiro ano, início de nossa prática Há também dentre os de meia
profissionais, num patamar destacado hospitalar no contato com o paciente, idade aqueles imitadores, particular-
em dignidade, devem ter o privilégio e, por conseguinte, do uso de nossa mente dos padrões norte-americanos,
de exercer seu ofício junto a seus se- roupa branca. Se o trote no primeiro utilizando gravata abaixo do guarda-
melhantes, na cura de enfermidades e ano era o batismo na iniciação da pó. Não é incomum caminharem em
no alívio do sofrimento humano, não ciência e da arte de Hipócrates, a grupos pelos corredores dos hospi-
tendo, obviamente, a remuneração roupa branca era nossa estreia na tais, com nariz empinado, pescoço
como fator primordial, limitante ou profissão. esguio, ar professoral e, de esguelha,
impeditivo, sobremodo em situações Infelizmente, os tempos estão
(continua na última página)
de emergência. mudando e, com ele, a medicina e o
2. 2 O BANDEIRANTE - Junho de 2009
DINDA
EXPEDIENTE
Ontem recebi um e-mail de um colega e, estando diante
do meu computador, li que ele se encontrava escrevendo
Jornal O Bandeirante sobre uma linda mulher, que não sei por que a apelidou de
ANO XVII - no 199 - Junho 2009
“DINDA” e que nos seus momentos de lazer relembrava fatos
e amores que tinham ocorrido em sua vida.
Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos
Escritores - Regional do Estado de São Paulo SOBRAMES-SP .
Ela falava sobre um assunto que estava relacionado à
Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - Pinheiros idade dos homens que haviam passado por sua existência
- São Paulo - SP Telefax: (11) 3062-9887 / 3062-3604 Editor:
Helio Begliomini. Jornalista Responsável e revisora: Ligia
e, ao mesmo tempo, fazia uma comparação entre cada um
Terezinha Pezzuto(MTb 17.671 - SP). Colaboradores desta deles e suas maneiras diferentes de ser.
edição:Allita Guimarães Reis, Flerts Nebó, Geovah Paulo da O interessante da divagação foi que com a imagem que
Cruz, Nelson Jacintho, José Jucovsky, José Leopoldo Lopes
de Oliveira, Josef Tock, Josyanne Rita de Arruda Franco, ele formara da jovem, recordando alguns fatos ocorridos com
e Sergio Perazzo.Tiragem desta edição: 300 exemplares ela, fez com que eu parasse de ler o e-mail que me enviara e me transportei, por
(papel) e mais de 1.000 exemplares PDF enviados por
e-mail. breves instantes, para fatos que se haviam passado comigo.
Diretoria - Gestão 2009/2010 - Presidente: Helio
Já disse o poeta: “Recordar é viver de novo!”
Begliomini. Vice-Presidente: Josyanne Rita de Arruda Concordo. O poeta tem toda a razão, entretanto, se recordarmos só os fatos
Franco. Primeiro-Secretário: Ligia Terezinha Pezzuto.
Segundo-Secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã.
tristes ou dolorosos torna-se extremamente desagradável. Não vivemos outra
Primeiro-Tesoureiro: Marcos Gimenes Salun. Segundo- vez, mas sim voltamos a sofrer novamente.
Tesoureiro: Roberto Antonio Aniche. Conselho Fiscal Dizem que o melhor remédio para os fatos desagradáveis ou tristes é o
Efetivos: Flerts Nebó, Carlos Augusto Ferreira Galvão, Luiz
Jorge Ferreira. Conselho Fiscal Suplentes: Geovah Paulo TEMPO!
da Cruz; Rodolpho Civile; Helmut Adolf Mataré. Digo eu, de fato o tempo cura, mas desde que você não volte a recordar os
Matérias assinadas são de responsabilidade de seus maus momentos, porque senão volta a se machucar, entristecer e se aborrecer
autores e não representam, necessariamente, a com coisas que já passaram e que não mais deveriam estar em nossas mentes.
opinião da Sobrames-SP
Acho-me em meu escritório e a história que o colega me enviou fez-me re-
lembrar as coisas tristes de minha vida, assim como recordei coisas de antanho
Editores de O Bandeirante que de há muito as tinha esquecido.
Flerts Nebó – novembro a dezembro de 1992
O tempo, por vezes, nos faz esquecer, mas num repente voltam a viver frente
Flerts Nebó e Walter Whitton Harris – 1993-1994 aos nossos olhos e tornamos a sofrer.
Carlos Luiz Campana e Hélio Celso Ferraz Najar – 1995-1996 Acredito que a lembrança dos fatos alegres, dos momentos de felicidade, dos
Flerts Nebó e Walter Whitton Harris – 1996-2000
Flerts Nebó e Marcos Gimenes Salun – 2001 a abril de 2009
entes queridos, das boas amizades, de quem queremos bem, das que amamos,
Helio Begliomini – maio de 2009 - vale realmente a pena recordar.
Mas aquelas que nos amarguram a alma, peço a Deus que me as faça
Editor: Helio Begliomini esquecer; e o melhor que temos para fazer é fugir, imediatamente, delas e
Diagramação: Mateus Marins Cardoso
Impressão e Acabamento: Expressão e Arte Gráfica
procurarmos divagar em um céu azul, ameno, gostoso e, divagando, recor-
dando fatos prazerosos, viveremos felizes, por retornar a viver e contentes
por termos tido aquelas oportunidades, que nem todos têm nesta nossa curta
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Flerts Nebó
TABELA DE PREÇOS 2009
(valor do anúncio por edição) Médico aposentado em São Paulo
1 módulo horizontal R$ 30,00
2 módulos horizontais R$ 60,00
3 módulos horizontais R$ 90,00 Walter Whitton Harris
2 módulos verticais R$ 60,00 Cirurgia do Pé e Tornozelo
4 módulos R$ 120,00 Ortopedia e Traumatologia Geral
6 módulos R$ 180,00 CRM 18317
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Dê uma assinatura de “O BANDEIRANTE” de presente para um colega (11) 2215-2951
3. SUPLEMENTO LITERÁRIO
O BANDEIRANTE - Junho de 2009 3
O Lado Sórdido das Coisas
Sérgio Perazzo
Médico psiquiatra em São Paulo
Um grande amor ultrapassa, e Um grande amor não é uma corri-
muito, o lado sórdido das coisas. da de orgasmos, mas um estado de or-
Um grande amor resiste a um ce- gasmo que se inicia no primeiro olhar,
lular quebrado e incomunicável. no primeiro abraço e até nos limites
Um grande amor é calmo porque extremos de qualquer distância.
confia e porque está acima das vicissi- Um grande amor não se intimi-
tudes que retardam o reencontro. da diante da tempestade de ciúme
Um grande amor espera a sua vez que ameaça se formar no horizonte
e se aninha confortavelmente nos urbano de uma tarde de primavera
braços da amada, ao mesmo tempo mesclada de cúmulus e nimbos.
em que faz das suas unhas o arado Um grande amor já começa escan-
que passeia arrepiado nas costas dela, carado porque nunca esconde o lado
semeando sensações que brotarão em sórdido das coisas, quebrando de cara Um grande amor não dói.
saudade no acordar do dia seguinte. qualquer barreira, amando não o que Um grande amor renasce em cada
Um grande amor não tem idade, deveria ser, mas o que de fato se é, palavra dita ou não dita, acentuando
a cada dia uma nova idade recém- sem vergonhas desnecessárias. o mistério de qualquer reticência.
nascida. Um grande amor constrói um Um grande amor aceita sem dis-
Um grande amor é feito de olhos dia depois do outro, pavimentando cussão e sem cobrança, aceita, somen-
que espiam por cima do ombro es- com esperança qualquer caminho de te, sem arrancar os cabelos.
querdo procurando a boca que procu- incertezas. Um grande amor é o forro e o
ra a boca até encontrar o beijo. Um grande amor dói. avesso do lado sórdido das coisas.
Em Roma
Josyanne Rita de Arruda Franco
Médica pediatra em Jundiaí
Pensava naquela noite em Roma.
Ríamos tanto, como se o mundo
só a nós pertencesse,
somente existindo
como se a vida nos devolvesse
em momento de riso e de sonho.
o que nos fora roubado precoce,
O havido, longínquo...
deixando-nos com eterna sede
esquecido de nos circundar. Madonas e cedros, recantos sagrados.
de um amor maior que a sorte.
Morno desejo de à noite saber Caminhos de volta, retornos pensados
Havia um cheiro licoroso no ar...
que a tarde existe na aurora, e sempre pra Roma... e Roma... e Roma!
Do teu e do meu perfume,
que o dia se trata de horas Que será de nós quando o sonho acabar?
do vinho que respingava
despertas ao sol ou sem arrebol, Que será do riso se o silêncio chegar?
na boca, no peito, na roupa,
lembranças que trago no agora. Tudo passa, amor da minha vida!
lúdico, lascivo e eterno
Tua boca dizendo futuro Cada dia apressa o fim da história,
na eterna noite de Roma!
mirando o Lago di Como dos beijos na escada da Piazza di Spagna...
Etéreos, somente nós dois...
de céu azul escarpado! Passado gravado na ébria memória
Sem tempo de ser, sem ter porquê ser,
Montanhas e Alpes nevados de um terno romance que tem nosso nome,
com gelo eterno... Suíça do lado. firmado nas Termas de verde e de pedra,
Milão, Veneza ou Verona? no Coliseu imponente, arena de outras eras!,
aberto ao amor de outro insone
gritando teu nome
nas ruas de Roma,
Cidade eterna...
4. 4 O BANDEIRANTE - Junho de 2009
SUPLEMENTO LITERÁRIO
Amazonas
Nelson Jacintho
Médico ortopedista em Ribeirão Preto
I II
Imensidão de água e de floresta, Representa a mulher amazonense
Reserva natural, veio fecundo, Que tem como seu forte, a beleza
Onde a vida, ao surgir, já manifesta Que cativa, que luta e tudo vence,
A força natural de um novo mundo. É retrato da própria natureza.
O verde com que Deus pintou tua mata, Vejo a lenda de mani e mani-oca,
Foi criado só pra ti, pra ninguém mais A menina que morreu, virou raiz.
E o látex abundante cor de nata, Da gostosa e carnuda mandioca
Jorrou de teus grandes seringais. Que deixou, de novo, a tribo feliz.
O índio, filho forte e generoso, Representa a abundância na floresta
A quem abrigo dás, sem cobrar nada, Onde a fome jamais progredirá
Tornou-se, cada vez, mais valoroso Porque o fruto da terra, sempre em festa,
Na missão de amparar tua jornada. Fluirá, como do céu veio o maná.
Tuas lendas que encantam todo o povo, Vejo a vitória régia olhando a lua,
Que cantam e que guardam tua história, Lembro-me da beleza de Naiá
A cada geração traz conto novo, Que corria na floresta quase nua
Mostrando a todos nós a tua glória. E morreu como a flor de gravatá
Vejo o boto saindo lá do rio Representa toda a força e a beleza
Em forma de rapaz, branco o chapéu, De um povo que nasceu para lutar,
Provocando nas moças calafrio É a força da própria natureza
E após conquistá-las, as deixa ao léu. Que jamais, algum dia vai parar...
É o retrato do moço maneiroso Amazonas, o mundo te precisa,
Que com seu jeito assaz dissimulado, Já se disse que, dele, és pulmão!
Oferta seu amor, que é mentiroso Teu verde na floresta simboliza
E volta a sumir no banhado. A grandiosa esperança da nação!
Vejo a Mãe-D’água atraindo o pescador, Que não sejas destruída, peço sempre!
Com seu canto e toda a sutileza: Que teu povo, jamais, seja explorado!
Oferece-lhe paz e muito amor Que o cantar do jaó seja presente!
E o leva pra, do rio, a profundeza. Que jamais o uirapuru seja calado!
A Consumação do Tempo
Compulsivo consumo globalizado
José Jucovsky Assume mundial linguagem a se expressar
Médico aposentado em São Paulo Visão de espíritos menores engajados
Impõem à natureza instável renovar!
Pílulas douradas da modernidade A penúria de extensos solos naturais
Vendem virtuais fantasiosas ilusões Explode em demográfica desesperança
Canto de sereia no céu da orfandade Ecossistemas e florestas antes vitais
Proteu a esconder futuras mutações! Continuam sofrendo estéreis mudanças!
Éolo enviando malfadados quatro ventos Nem os pilares do conhecimento
Uivam ferozes entre montes sagrados Nem o aparente parcial reconstruir
Esvaindo-se exuberantes verdes tempos Amenizam o famélico sofrimento
Em lágrimas pelo deus Pan destronado! Desdenhando grave fúnebre futuro existir.
Tempos e costumes de desmedidos valores O milagre da redenção planetária acontece
Forjam deploráveis pesadelos a esmo Porque existe inteligência em vez do nada
Profanos crimes de homens transgressores O símbolo verde da natureza enfraquece
Dramáticos neologismos de si mesmo! É quando a vida humana precisa ser repensada!
5. SUPLEMENTO LITERÁRIO
O BANDEIRANTE - Junho de 2009 5
Elegia aos nossos vizinhos
portenhos e burgueses
Não vi um único camelô por toda Buenos Aires por
Josef Tock
onde andei, exceto em alguns pontos turísticos com
Médico oftalmologista em São Paulo
produtos locais.
O passeio pelo rio Tigre mais parecia um desfile de
Há pouco tempo estive em Buenos Aires para um barcos, com barcos de todos os tipos e calibres, indo e
passeio com minha família, que apesar de curto, apenas vindo pelo rio de maneira organizada. Surpreendente-
alguns dias, foi bem agradável. mente não vi nenhum acidente. Nas bordas do rio junto
Já havia estado na Argentina por inúmeras vezes, a clubes, pessoas se banhavam nas águas do rio de cor
tendo feito vários cursos e aprendido com professor barrenta. Tomei sol sem bronzeador e apesar do calor não
Arturo Alezzandrini, “pequenos segredos” de técnica de senti ardor na pele, como sentimos em São Paulo.
angiofluoresceinografia, exame que na década de setenta Não vi motos andando desordenadamente no trânsito
revolucionaria o estudo e o conhecimento das doenças em Buenos Aires.
oculares, quando fui um dos primeiros profissionais a Na realidade precisamos aprender com os argentinos,
conhecer e difundir seu estudo entre os oftalmologistas, que sabem respeitar os recursos ambientais, pois sabem
promovendo cursos e simpósios na área. que deles dependem.
Na década de setenta, Buenos Aires exerceu sobre Há um grande número de parques espalhados pela ci-
mim um enorme fascínio. As pessoas nos fins de sema- dade, não vi a ganância imobiliária destruindo a sua visão
na, sexta, sábado, permaneciam nas ruas frequentando ambiental. O povo continua sendo gentil e ordeiro.
restaurantes, vida noturna, casas de espetáculos. Era um Enfim apesar das dificuldades que vêm atravessando o
povo de bem com a vida, e não se via pedintes, moradores país vizinho, parece-nos que felizmente não foi atingido
de rua ou assaltos nas ruas, fato que ocorria no Brasil na pelo falso progresso que vem destruindo cidades como a
mesma época. de São Paulo. Buenos Aires e seus arredores respiram um
Com a volta de Perón e Isabelita à Argentina e a ar bem mais satisfatório que São Paulo e o povo parece
posterior ditadura militar, não se via aquela alegre vida apreciar e cuidar das inúmeras áreas verdes espalhadas
noturna. Impôs-se o toque de recolher e jovens passaram pela cidade. Enfim foi extremamente prazeroso rever
a ser revistados e presos se não tivessem documentos, Buenos Aires após quinze anos da minha última esta-
fato que presenciei durante uma saída noturna a um es- dia.
petáculo portenho. Naquela época a Argentina fabricava
automóveis com excelente acabamento que não víamos no
Brasil e cujos mesmos fabricantes no Brasil faziam carros
populares, com motores que muitas vezes deixavam a pé
seus proprietários.
Desta vez chamou a minha atenção o grande número
de automóveis bem conservados, mas com dez para vinte
anos de uso.
Raramente via-se carros novos, talvez pelo fato de ser
período de férias escolares e os proprietários de carros
mais novos estivessem viajando. Foi o que pensei.
Não vi nas lojas produtos brasileiros. O dólar a dois
reais e cinquenta, fez para nós e para os argentinos com
que os artigos de couro ficassem a preços exorbitantes.
Há poucos dias li nos jornais brasileiros que a balança
comercial Brasil x Argentina estava com desvantagem
para a Argentina. E os automóveis que vêm da Argentina
para o Brasil? E o trigo?
O mais sofisticado shopping center tinha dimensões
equivalente à metade do “Shopping Ibirapuera”.
Não vi grande magazines, nem supermercados. Há
na realidade uma melhor distribuição de riqueza entre
a população, com grande número do pequeno comércio
de rua.
6. 6 O BANDEIRANTE - Junho de 2009
SUPLEMENTO LITERÁRIO
Proesia
Geovah Paulo da Cruz
Médico oftalmologista em São Paulo
Eu vi de tudo neste mundo. Milhares de Josés, muitos Peles,
até o Edmundo, o animal que também ia fundo. Vi cinco copas
ganhas e chorei aquela perdida, a derrota mais doída. A esperança
vã morreu no Maracanã. Vi o Rio de Janeiro migrando em
massa para o cerrado, para criar lá um novo reinado, sem nada
mudado. Nem melhorado. Brasília, a ilha da partilha do butim
da camarilha. Do vinde a mim. Que festim. Rico e podre assim.
Vi o mil réis, o cruzeiro, o cruzeiro novo, o cruzado, o cruzado
novo, a urv, o real, o dólar. Já paguei 5 milhões de cruzados machuca, me fere e me fura a mente obscura. Há sete décadas
por um pãozinho, ou um brioche. A inflação do Sarney foi um estou à procura. Meu anseio de saber, de conhecer, de entender
deboche. O mundo gira, a lusitana roda. O cara é foda. Eis ele aí é uma loucura. Ah, se eu tivesse o dom da arte pura, de me
de novo, descarado, posando de pai da pátria na presidência do expressar com alvura, achar a linguagem à altura, segura, pronta
Senado. O Brasil tá cagado. e madura. Mas não a tive, a meu contento. Muito ficou no
Eu vi a luz, quando nasci Geovah Paulo da Cruz. Era de pensamento, sem clareza naquele momento. Bem que eu tento...
candeia ou de lamparina. Fui pra cidade, vi a lâmpada elétrica será que aguento? Que tormento!
que a tudo ilumina. Como oftalmologista, cuidando da vista, vi Assim sem mais nem menos, um dia eu inventei a nanopoesia.
o laser, a luz que queima, que cega ou que sara, que fura o céu Foi uma forma de encontrar um novo modo de falar, sintético,
reta como uma vara. Espantado, vi a luz que faz curva, penetra mas poético. Agora, de novo sem pretensão, acho que encontrei
na profundeza escura e turva, a luz da fibra óptica, companheira uma nova forma de comunicação. Um novo jeito de falar, eu
da robótica. diria: acabo de criar a PROESIA. Um texto falado, contado,
Eu vi comunistas envergonhados desta palavra pregarem o expressado, mas rimado. Ou sonorizado. Ou fonetizado. Uma
socialismo, um eufemismo. Ainda os vejo, sem pejo, “haciendo batida ritmada, melódica, musical.Tonal. Uma leitura que lembre
lo mismo”. Espero há 50 anos para ver de Fidel Castro o fim, uma partitura. Falar e dizer com sons, modulações e tons, mas
cair como caiu o muro de Berlim. Mas o grande falante, como sem declamar, apenas uma prosa, a qual se deu um tom rosa.
dizem os cubanos “el coma andante”, ainda tem o seu chicote Saramago escreveu sem pausas e parágrafos, e mesmo assim como
a seu talante. Deixa um filhote, uma sequela, o “coronelote” da escritor foi o mago que inventou a leitura sem pontuação, sem dar
Venezuela. “Por que no te calas?”, tagarela. tempo para a respiração. Muito longe de tão ilustre personagem,
Eu vi o mundo bipolar. Eu vi o mundo multipolar. Capitalismo, talvez seja minha fantasia ou miragem, ouso inventar um novo
socialismo, nacionalismo, separatismo, colonialismo, patriotismo, modo de dizer, de expressar, de escrever. Que a outros mais bem
imperialismo, tanto ismo pra dar em nada. Agora até o liberalismo dotados do que eu deste cabedal, a arte de exprimir, permita-
em derrocada. E “óia nóis aí na estrada”, comendo uma poeira se que encontrem seu texto ideal, ao seu gosto bem legal, ou
danada, gente inculta e iletrada, atrasada, mal governada, mesmo bom ao gosto geral. O meu feito é apenas mostrar um
pobre e maltratada, na eleição adulada, depois desprezada. Ah, novo jeito, um modo ou um conceito, de tirar da gente o que lá
que cachorrada! Eu que tive tantos sonhos, uns sérios e outros estava latente. No peito ou na mente. Todo o texto acima, com
bisonhos, vejo o Brasil sempre na mesma, devagar como uma ou sem rima, é apenas uma amostra, pra ver se o ouvinte gosta
lesma. Dá vontade de exclamar: puta que o pariu, de onde você desta nova maneira, um tanto faceira, de falar ou contar. Esta
saiu, os séculos passaram e você não viu. Acorda Brasil, mais pra forma novel, até parece o cordel, mas é a semelhança é ilusória,
jeca tatu do que varonil. a rima não é obrigatória, nem o verso seriado. O texto é lavrado
Eu vi duas guerras mundiais. O mundo não seria o mesmo, não sem estrofe e sem verso, seu diagrama é diverso e liberado.
fossem as tais. Que progresso estrondoso! Fabuloso. Miraculoso. Tal como não vi, é uma pena, a nanopoesia encontrar seu
Que paradoxo estranho. Da guerra vem a destruição. Destas nicho na literatura, a realidade é dura, provavelmente não verei
vieram o ganho. Compare-se o mundo de hoje, com o mundo de a proesia se difundir. Com minha idade estou prestes a ir, mas
antanho. Não tem comparação, não tem tamanho. A civilização mesmo indo, o tempo é senhor do destino, meu sonho é infindo:
tomou um banho. Avião, comunicação, informação, computação, um dia a proesia poderá florescer, mas não atino o tempo de isto
globalização, universalização, ação, ação, ação, potenciação. Tudo acontecer. Fica assim o meu legado, muito parecido com a antiga
ão. Menos o João, que agora é John. Os lusófonos mudaram a carta poética, um casal enamorado trocava letras, iluminuras,
escrita de novo? Ah, que bom! É a segunda vez que vejo isto: papel perfumado, dentro da estética de um par apaixonado.
pornográfica reforma ortográfica. Eu escrevia assúcar com dois Hoje, com tudo mudado, talvez a proesia ache seu caminho em
esses, agora escrevo açúcar com cedilha, porque algum idiota outra mídia, um disquete, a internet, um CD ou um DVD, ou
não sabia que a palavra vem do grego sacaron. Em inglês é outra via, uma mensagem no vídeo-som, uma fala no CD-ROM.
Sugar, em francês é Sucre, em italiano é Zúcaro, em espanhol é A proesia é praticamente oral. Mesmo lida deve ter um ritmo
azúcaro. O bando não sabia que em grego não tem cedilha, mas mental, a troca da pauta pela sonoridade literal, de modulação
apenas sigma, o nosso esse. Comitê emburrece. É a segunda vária, como quem canta uma ária.
desvirginação: tiraram o hímen. Desculpem-me, o hífen. O futuro verá o que não vi: a superação da comunicação
Vi todo tipo de literatura. Prosa e poesia, biologia, visual pela auditiva. Que o intelectual e o emocional se aprenda
oftalmologia, medicina, li da arte que cura. Nunca cessou minha ou se delicie de oitiva. Quem sabe o livro falado seja um achado,
procura. O que sei, comparado ao que não sei, é só uma tênue nele a proesia encontre o seu mercado. Está dado o meu recado.
estrela na noite escura. Ah, como a ignorância é dura... Me Obrigado.
7. SUPLEMENTO LITERÁRIO
O BANDEIRANTE - Junho de 2009 7
Reflexões
José Leopoldo Lopes de Oliveira
Médico clínico em São Paulo
A inclusão digital é assunto sério e te por que há apaixonados que dão
para profissionais competentes: procto pena.
e urologistas. Um sincero reconhecimento ao
Matemática atuarial é ciência exata retirante apedeuta que chegou lá. A
e presta serviço exatamente a favor dos verdade é que nunca antes, neste país,
donos de planos de saúde. se viu um presidente tão boquirroto.
Português é básico. Em Lisboa Diante de tanta sujeira, a solução
perguntei ao recepcionista do hotel o é eleger Gabeira. Pense seriamente
que seria possível ver usando o metrô. nisso.
Infelizmente nada, porque é subterrâ- Momento de prazer indefinível,
neo, foi a resposta. o lindo rosto e cativante sorriso da
Sempre penso na terrinha quando jovem (17 a 19 anos, por aí) filha de
leio. Cobrimos qualquer orçamento bodegueiro, numa das perdidas al-
em vários anúncios e divago: se novo deias de Cinqueterre, Monarola junto
orçamento cobre o anterior é lógico ao mar Tirreno, lembrança mais viva
que é maior e fica por cima. O certo da última viagem à Itália.
seria: diminuirmos o seu orçamento Originalidade e sofisticação é
atual.
Quando Tchaicovski deu à sua mú-
frequentar, sem faltas, curso de de-
gustação de águas. REVISÃO
sica o nome Patética, que em inglês O serviço público era tão ruim de textos em geral
significa alguém que desperta pena (e que logo à entrada havia um setor Ligia Pezzuto
também em português), queria dizer apelidado decepção. Especialista em Língua Portuguesa
outra coisa com palavra russa com som Ditos bem populares. Dinheiro é
(11) 3864-4494 ou 8546-1725
semelhante e que significa Apaixona- como hemorróidas, quem tem não
da, o que na verdade a sinfonia é. conta. Filho é como peido, quem põe
Mas tudo se encaixa perfeitamen- no mundo é que aguenta.
ROBERTO CAETANO MIRAGLIA
ADVOGADO - OAB-SP 51.532
ADVOCACIA – ADMINISTRAÇÃO DE BENS
NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS – LOCAÇÃO
Poema à Sombra
COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS
ASSESSORIA E CONSULTORIA JURÍDICA
TELEFONES: (11) 3277-1192 – 3207-9224
Allita Guimarães Reis
Psiquiatra em Minas Gerais
Terminou de
Gosto das sombras que faço onde a beleza cintila, escrever seu
no alívio do sol ardente. e as luzes bruxuleiam... livro? Então
Gosto das sombras dos muros dos odores na penumbra,
sob compassos seguros onde quentes mãos tateiam,
publique!
em noites de lua albente; e o sombrio olhar deslumbra
das sombras, na luz extrema, como lava incandescente! Nesta hora importante, não deixe de
com meus óculos escuros, Gosto das sombras da mente. consultar a RUMO EDITORIAL.
Publicações com qualidade impecável,
e das sombras do cinema... Sombras que ficam entre nós
dedicação, cuidado artesanal e preço
Gosto da sombra do amado. disputando o exíguo espaço, justo. Você não tem mais desculpas
Da voz, sombrio veludo. e oscilando, passo a passo, para deixar seu talento na gaveta.
De comer comidas caras, tênues, desnorteadas, rumoeditorial@uol.com.br
e beber bebidas raras em brechinhas apertadas (11) 9182-4815
de sombrio conteúdo. nas profundezas do abraço.
Gosto da sombra tranquila,
8. 8 O BANDEIRANTE - Junho de 2009
SUPLEMENTO LITERÁRIO
Sou a Favor do Branco
e Não Sou Racista
(continuação da primeira página)
com visão de cima-abaixo, em tom de do que o ter e do que o pavonear. Não se pode esquecer que o
desdém, olharem para seus pares que Mas, assim como “por debaixo de um fator pecuniário tem sobrepujado
ainda usam tradicionalmente a roupa tapete se esconde muita sujeira”... sob o altruísmo, assim como a interpo-
branca com ar de surpresa, como uma vestimenta branca e, particular- sição de empresas intermediadoras
se tivessem visto um Ovni – Objeto mente, atrás de uma gravata ou um do trabalho médico tem contribuído
Voador Não Identificado. terno, ainda que estejam anteparados para essa mudança de atitude, dentre
Se for verdade o que diz o dita- por um guarda-pó, podem-se ocultar outras causas.
do popular que “não é o hábito que muita ignorância, incompetência, de- Mas se dentre os Conselhos
faz o monge...” é também correto sonestidade, malvadez e delinquência, Regionais de Medicina... dentre as
afirmar que o conjunto das alfaias haja vista “pastores evangélicos” des- Sociedades de Especialidades... den-
enobrece a liturgia ou que é também viarem dinheiro no interior de bíblias tre as entidades de representação e
pela vestimenta que se caracterizam ou dentro de cuecas; juízes de futebol defesa do médico têm-se postado
determinadas profissões. Tanto a vendendo-se a fim de favorecerem re- profissionais seduzidos pelos sofis-
noção de autoestima quanto a de res- sultados; magistrados mancomunados mas de pensadores e de cientistas
peito a outrem são apanágios apenas com a corrupção; militares em conluio manipuladores de pipetas e placas de
do anima nobile. Em outras palavras, com o crime organizado; policiais Petri, de que a vida – que é o maior
não se veem executivos trabalharem civis infiltrados com o narcotráfico; patrimônio que um ser pode ter –,
de calção; cirurgiões operarem de políticos se prostituírem em benefí- paradoxalmente, não se inicia na
terno; aeromoças servirem de biquí- cio próprio; religiosos pecando pela fecundação e, portanto, maquiaveli-
nis; magistrados se apresentarem de prática da pedofilia; advogados se camente, de que se pode manipulá-lo
tanga; astronautas e militares sem locupletando em coligações vis com e destruí-lo em seus estágios iniciais
seus uniformes especiais; banhistas e todo o jaez de marginais; bacharéis como subprodutos de encomenda,
surfistas irem à praia de smoking... em medicina (não merecem a honra insumo, sucata ou descarte biológico,
Todos sabemos que o uniforme do título de médico) dirigindo ou ainda que em suposto beneficio de
não somente identifica determinadas administrando planos de saúde às outrem, quanto mais se deve assustar
profissões como deve tornar, em al- expensas do aviltamento e do es- na relativização e no afrouxamento da
gumas delas, seus profissionais mais corchamento do trabalho de outros atitude, da responsabilidade e, muito
disponíveis, ainda que não estejam médicos; ou se transformando em menos, da roupa e da aparência da-
de serviço naquele momento, sobre- aborteiros, “eutanasiaeiros”, quando quele que exerce a medicina!
modo em situações de emergência. não, esquartejadores de suas clientes A roupa branca para os profis-
Assim é o branco na medicina e na ou amantes. sionais da saúde e, sobremodo para o
saúde; o hábito entre os religiosos; a Afortunadamente, a maioria médico, sempre foi muito mais do que
toga na magistratura; o fardamento desses exemplos é infrequente entre mero uniforme ou ostentação de um
para os militares, vigias, pilotos e co- os militantes desses ofícios. destacado status social... ela encerra
missários de bordo na aviação civil; o Na verdade, a mudança da rou- uma filosofia de vida, de profissão, de
terno para os executivos, advogados pa branca na medicina é apenas um cuidado para com aquele que padece.
ou quando indicado em situações sinal de que algo mais profundo e (...)
solenes; o fardão e/ou medalha para maior está ocorrendo na sociedade e, Quando eu tiver que, compulso-
os membros de academias literárias, particularmente, na profissão. O que riamente ou não, abdicar de meu tra-
dentre outros. está se alterando não é tão somente dicional mister, com certeza, sentirei
Por conseguinte, a simples a identidade, mas também a essência muitas saudades do profissional que
roupa branca tende a “quebrar bar- do médico moderno e, com elas, a sua Deus permitiu que eu fosse através da
reiras” e a colocar o médico mais razão de ser. tradicional vestimenta branca, pois,
próximo do paciente, favorecendo Hoje em dia, o médico não tem mais do que uma mera aparência, co-
uma relação de confiança, o que nem usado mais a roupa branca não apenas modidade e praticidade ela encarnou
sempre parece suceder quando o fa- por um modismo. Essa atitude visa, os mais nobres preceitos da medicina
cultativo se apresenta sem uma marca intencionalmente, a camuflá-lo den- que eu aprendi, cujo maior deles é o
de sua profissão, ou quando ostenta tre as demais profissões e a própria respeito insopitável e inegociável pela
seu terno, indicativo de “mantenha população, não querendo se tornar vida humana – da concepção até sua
distância”. disponível ou importunado; outras morte natural –, voltados apaixonada
Infelizmente, vivemos num vezes, preferindo ser ignorado e até e desmesuradamente ao próximo
mundo predominado pelas aparên- se sentindo envergonhado de sua achacado pela doença, razão de ser
cias, onde o ser é menos importante condição. do médico.