O documento relata sobre a proposta de reajuste salarial de 6,87% apresentada pelo governo Dilma que foi rejeitada. Vários sindicatos marcaram assembleias para o dia 30/08 e aprovaram indicativo de greve para o dia 31/08. Também fala sobre a votação da MP 532 no Senado que abre caminho para a privatização dos Correios e sobre a traição de parlamentares do PT e PCdoB que votaram a favor da medida.
1. Jornal da FNTC | Ano 01 | Número 02 | Agosto/2011
A proposta vergonhosa de 6.87% de reajuste salarial apresentada pelo
governo Dilma foi rejeitada em todo o país. Mais de 12 sindicatos
marcaram assembléias para o dia 30/08 e entre esses estão os sindicatos
da Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios (FNTC) que aprovaram
indicativo de greve para o dia 31/08, quando provavelmente será o dia da votação
Conforme já prevíamos, no dia 23/08
foram votados nominalmente 02 (dois) des-
taques sobre os Correios, na MP 532/2011. O
primeiro destaque pretendia excluir do texto
a permissão dada aos Correios para adquirir
o controle acionário de outras empresas ou
da MP 532 no Senado Federal. participar de seu capital. O segundo destaque
Anteciparão suas assembléias para o dia 30-08, os sindicatos do Vale do queria excluir essa permissão e também a de
Paraíba, São José do Rio Preto, Campinas, Paraíba, Piauí, Pernambuco, constituição de empresas subsidiárias na
Amazonas, Ceará, Rio Grande do Sul, Acre, São Paulo e Brasília. Estes dois ECT. Ambas as medidas abrem as portas
últimos dirigidos pela CTB e CUT. Exigimos que os demais sindicatos dirigidos para a privatização dos Correios.
por essas centrais sindicais também antecipem suas assembléias para o dia 30/08 É fato que os partidos que apresentaram
e que dê o direito de o trabalhador decidir sobre os rumos de nossa luta. os destaques derrotados são velhos partidos
Chamamos todos os trabalhadores da base para pressionar as direções de burgueses oportunistas e privatistas que não
seus sindicatos que ainda não decidiram pela antecipação das assembléias. Por merecem nenhuma confiança da classe tra-
isso, exija de seu sindicato que publique edital e comunique a ECT dentro do balhadora. No entanto, o que a maioria dos
prazo trabalhadores não esperava foi a traição dos
parlamentares do PT e do PCdoB, que entre
Agora é preciso intensificar a mobilização em cada local de trabalho para outros ajudaram o governo Dilma a privati-
arrancar do governo o aumento real em nossos salários, bem como pressionar os zar os Correios.
senadores para que não aprovem a Medida Provisória da privatização dos O PCdoB teve a cara de pau de publicar
Correios. Para isso, todos os sindicatos terão que denunciar já com jornais, uma Nota tentando justificar sua traição,
cartazes e outdoor, os deputados federais governistas traidores da categoria que com posições políticas que nunca foram
votaram a favor da privatização. São eles os do PT, PCdoB, PDT, PMBD, colocadas, em momento algum, pelo dep.
PDT,PSB, PTB, PP. Daniel Almeida (PCdoB/BA) presidente da
Comissão Parlamentar em Defesa dos Corre-
ios. Quem tem “defensores” como estes não
precisam de inimigos. São os mesmos que
Defendemos: Ÿ Por melhores condições de estão leiloando os poços nobres de petróleo
trabalho; da Petrobras e também junto com o PT que-
Ÿ Aumento Real de R$ 400,00; rem privatizar a Infraero.
Ÿ Não a MP-532; Ÿ Contratação de 30 mil Vamos fazer uma campanha para denun-
trabalhadores, já; ciar os deputados e senadores traidores com
Ÿ Piso Salarial de R$ 1.635,00; cartazes e outdoor no país inteiro.
Ÿ Pagamento das perdas de 24,76%.
2. 02 Jornal da FNTC
Foto Diego Cruz
A
Marcha de Brasília, atividade convocada pela
Jornada Nacional de Lutas, reuniu cerca de 20
mil pessoas, segundo os organizadores, com
início por volta das 10h e encerramento às 13h30.
Trabalhadores de diversas categorias do país
participaram da iniciativa, entre eles, metalúrgicos,
petroleiros, professores universitários, trabalhadores dos
Correios, servidores públicos federais, mineradores,
bancários, rodoviários, estudantes, além de integrantes
de movimentos populares. Os manifestantes saíram do
estádio Mané Garrincha e percorreram as ruas do centro
de Brasília finalizando o protesto em frente ao Congresso Nacional. De acordo com o dirigente da Secretaria Executiva
nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, a presença diversificada de categorias em luta mostrou que é possível
organizar mobilizações unitárias que denunciem e apresentem altern ativas à política do governo Dilma Rousseff. “É
preciso que o governo deixe de governar para empresários, banqueiros e empreiteiros e atenda aos interesses dos
trabalhadores do país, direcionando verbas para saúde, educação e transporte públicos, verbas para a reforma agrária”.
O protesto também exigiu o fim da corrupção no governo, e prisão e confisco dos bens dos corruptos e dos corruptores.