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6/3/2016 Estelita ocupado na lei e na raça — Medium
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Estelita ocupado na lei e na raça
Por Rodrigo Pires, de Recife, especial para Jornalistas Livres
Neste sábado (28/11), a Justiça Federal anulou a compra do terreno do Cais
José Estelita. O juiz federal Roberto Wanderley Nogueira, da 1ª Vara da
Justiça Federal em Pernambuco, assinou a decisão em primeira instância,
em resposta ao pedido do Ministério Público.
A área pertencia à Rede Ferroviária Federal S.A., e daria lugar a um projeto
urbanístico batizado de “Novo Recife”, com 12 torres de 40 andares—sete
prédios residenciais, dois comerciais, um hotel e dois prédios de flats.
A sentença condena o Consórcio Novo Recife a devolver o patrimônio
público em até 30 dias e determina que a Prefeitura do Recife, a União
Federal e o Iphan “se abstenham a autorizar todo e qualquer projeto que
controverta ao ambiente histórico, paisagístico, arquitetônico e cultural das
Cais José Estelita ocupado em Recife
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áreas do entorno do Forte das Cinco Pontas, incluindo o Cais José Estelita,
sob as penas da lei”.
A notícia pipocou nas redes sociais e desde a manhã do sábado militantes do
movimento contrário à construção das torres no cartão postal da cidade,
inundam a internet com notícias e documentos sobre a anulação. Com as
hashtags #OcupeEstelita e #ResisteEstelita, o assunto virou tendência no
Twitter e no Facebook.
Imediatamente os membros do grupo Direitos Urbanos—que possui 31.616
membros no Facebook e surgiu com a intenção de discutir os problemas da
cidade do Recife—em meio à posts de comemoração e receio (ainda cabe
recurso no TRF), organizaram um encontro para o domingo (29), no próprio
Cais José Estelita com participação especial do Som na Rural, DJ’s, Otto e
Karina Buhr.
Durante o encontro o movimento fez uma ocupação simbólica do terreno,
que segundo a organização, contou com 300 pessoas. Nos armazéns do Cais,
que estavam em posse da empreiteira, havia cachorros e vigias que
observaram a pacífica conversa entre os integrantes, que decidiram em
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Investigação
Não custa lembrar que no final de setembro, este mesmo leilão foi alvo de
uma investigação da Policia Federal, que deflagrou a operação “Lance Final”,
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