Moradores da região do Caiçara reclamam sobre um terreno baldio que virou depósito de lixo. O lixo atrai mosquitos e doenças, além de abrigar pessoas que usam drogas no local. Apesar de uma limpeza inicial pela prefeitura, o lixo voltou a se acumular rapidamente, prejudicando a saúde e qualidade de vida dos moradores ao redor.
1. Lixo em terreno baldio gera reclamação de
moradores do Caiçara
Matéria Exibida no dia 23/10/2012 08:06
No final da rua Califórnia com a rua Rolim Moreira, no bairro Caiçara, uma vista nada agradável para
os moradores. O que antes era um terreno cheio de casas, hoje se transformou em um depósito de lixo
e entulhos a céu aberto.
A aposentada Osmina Pereira Cavalcante, 66 anos, mora na rua Rolim Moreira há quase 40 anos,
bem em frente ao terreno da Prefeitura, e garante que a desapropriação das casas, para a construção
do Complexo Lagoa, não foi boa para a região.
“Agora temos uma série de problemas, além do lixo que acumulado, que atrai mosquito e doença, tem
também os malandros, que se aproveitam do mato e da escuridão para se esconderam e usar droga
aí”, denuncia dona Osmina.
No terreno tem de tudo, travesseiro, entulho de demolição, sofá, peças de computador, roupa, garrafas
pet e de vidro, além de comida e até animal morto, que acaba deixando o local com o cheiro bem
desagradável.
"Esses dias a prefeitura até limpou, mas não deu uma semana e o terreno já estava todo cheio de lixo
de novo", conta dona Osmina, acrecentando que a parte do terreno que fica em frente á casa dela só é
mais limpo porque a família dela ajuda a cuidar.
Para a passadeira Afra Rondon Santana, de 75 anos, desde a desocupação do terreno o lixo tomou
conta do local. "Agora ficou assim, feio, cheio de mosquito, não dá nem para ficar com a janela aberta
durante a noite", reclama a moradora, que se mudou para o beirro pouco antes do terreno virar um
lixão.
O militar aposentado Arlindo Marcelino Machado, de 72 anos, além do mato e do lixo, apontou outro
problema. Segundo ele, com a inauguração do Complexo Lagoa, não foi só o número de mosquito que
aumentou, mas a taxa do IPTU também cresceu bastante. "Disseram que valorizou a região, mas não
sei onde é que está valorizado aqui, só tem lixo e mato", completa.
Conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura, o Conselho Regional ainda não definiu a destinação
da área, mas provavelmente o terreno será usado para a construção de escola, posto de saúde, praça
ou Ceinf (Centro de Educação Infantil), de acordo com a prioridade do bairro.
2. 5 meses após a exibição da matéria, moradores
do bairro Caiçara ainda reinvidicam Lixo em
terreno baldio.
No final da rua Califórnia com a rua Rolim Moreira, no bairro Caiçara, encontramos um deposito de lixo
ao céu aberto, lugar de proliferação de doenças e escorpiões venenosos.
Terreno de apropriação da prefeitura, moradores reclamam que o lugar não possui vistoria frequente
de limpeza e o acumulo de lixo e entulho é constante no local.
A dona de casa Talita Alves de Souza, afirma que a prefeitura fez uma limpeza básica no local assim
que a matéria foi publicada pela primeira vez e não recebeu mais nenhuma vistoria completa, “Já
procuramos outros meios de comunicação para reinvidicar o caso mais não fomos atendidos. Semana
passada foi feita uma vistoria pela prefeitura, mais não a limpeza” afirma ela.
De acordo com moradores, a Prefeitura teria provavelmente como projeto a construção de uma escola,
um posto de saúde ou até mesmo uma praça publica.
Cristiane Oliveira mãe de 2 filhos, residente no local desde 2007, diz que já pensou em vender a casa,
por conta da proliferação de focos da dengue no local, a dona de casa diz que já foi contaminada duas
vezes pela doença desde que se mudou para lá. “ A limpeza não é completa, e além da
inconcientização dos moradores que jogam lixo no local, empresas estatais, vem frequentemente para
despejar dejetos com caminhões, carretas e veêm o local como um reservatório de lixo”. A dona de
casa ainda completa, que escorpiões são capturados em sua residencia diariamente e acredita que o
local virou moradia desses animais venenosos.
Uma outra situação vivida por moradores da rua, é de Rodrigo de Almeida, 34 anos, pedreiro. Vivendo
no local a mais ou menos um mês, Rodrigo já viveu uma situação inesperada. Ele nos conta que
chegou a fazer uma casa feita por tijolos, construida por ele mesmo, mais que foi derrubada por conta
do lixo. Ele também nos conta como é viver numa situação nada agradável. “ Já foi feita a limpeza uma
vez por conta da prefeitura, que está de parabéns. Cheguei a ver pessoas e caminhões jogando lixo
aqui. Eu tenho 3 filhos, como eles podem brincar correndo o risco de se machucar com o entulho e
com os vidros “. Hoje, Rodigo e sua família moram em uma “ casa “ feita de lona, construida por ele
mesmo, no terreno da Prefeitura.
A situação do local não é uma das mais favoráveis. O que poderia ser um local de felicidade para as
pessoas como um lugar público, hoje situa-se como um amontoado de lixos, exposto ao ar livre. Ali se
encontra uma poluição, como considerada de meio ambiente. Tudo isso por conta de moradores e
empresas irresponsavéis.