Curso de Produção de Texto e Leituras Brasileiras para o CACD 2013 - Profa. Vivian Müller - AULA 1
1. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS
Preparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller
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CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO
E DE LEITURAS BRASILEIRAS
TURMA JOAQUIM NABUCO
2. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS
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AULA 01/40 TEORIA E PRODUÇÃO DE TEXTO 01/25
TÓPICOS ABORDADOS:
Apresentação (turma e ações relevantes);
Metodologia para fichamento e resenha;
Noção de texto.
OBJETIVOS:
Socializar os indivíduos do grupo;
Esclarecer sobre atividades relativas à aula;
Orientar a produção metodológica de técnicas de estudo;
Introduzir o conhecimento linguístico do texto.
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APRESENTAÇÃO
Quando uma criatura humana desperta
para um grande sonho e sobre ele lança toda a
força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.
Johann Goethe
Os diplomatas sabem o quanto há de
construção linguística, de técnica retórica, de
jogos de poder em cada trecho de um argumento.
Carlos Haag
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1. ONDE ESTAMOS?
A Turma Joaquim Nabuco é composta por 20 alunos, que estão distribuídos em 12
estados brasileiros e em 01 país estrangeiro (Japão).
LOCALIZAÇÃO
AM 1 1
1 Salvador 2
BA 2
SP 1
PR São José dos Campos 2
1
DF Bauru 1
MS 1 Carapicuíba 1
SC 4
RS 1
PE
RJ
Joinvile 1
ES
2 Canoinhas 1
PA
1 3
JAPÃO 1
Curitiba 2
Londrina 1
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2. EM QUE NOS FORMAMOS?
Os bacharéis em Direito totalizam 55% da Turma Joaquim Nabuco.
FORMAÇÃO ACADÊMICA
1
1
1
Direito
2 Comunicação
Relações Internacionais
Odontologia
11 Letras
2 Psicologia
Administração
Jornalismo 1 2
Publicidade e Propaganda 1
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3. QUEM SOMOS?
Ao contrário do que, normalmente, ocorre, o gênero masculino é maioria na Turma
Joaquim Nabuco.
Gênero social
Diego Alfieri
Douglas Martins
Aline Paola Godoy Emaxsuel Rodrigues
Ana Celina Dourado Eric Aquino
Gisele Juliane Silva Felipe Melo
Isis Siben Flávio Mariani
Karlas Rodrigues 9 Jair Chita
Luciene Farias Jonatas Pabis
Paloma Ryds 11 Henrique Rosseto
Renata Ribeiro Moisés Cona
Thais Fabrin Saulo Santana
Masculino
Feminino
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ATIVIDADE 1
Cursos a distância são qualificados sempre como impessoais. Isso é muito ruim, pois gera nos
alunos uma sensação de solidão, de falta de cooperação com colegas no processo de estudo.
Para tentarmos minimizar isso, proponho a seguinte atividade:
Crie uma conta WordPress (www.wordpress.com), que servirá para o envio de trabalhos
para o BLOG LEITURAS BRASILEIRAS PARA O CACD 2013;
Ao criar seu perfil, em “nome de exibição” indique seu nome e sobrenome;
Em “Sobre você” elabore uma breve apresentação sobre você: sua formação, seu
trabalho, seus estudos para o CACD, suas experiências em relação à preparação etc.
Não deixe de anexar uma foto e indicar seus contatos de e-mail e em redes sociais.
PRAZO: 08/07.
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METODOLOGIA DE ESTUDO
FICHAMENTO E RESENHA
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O ESTUDO
O QUE É? O estudo, na prática, se traduz pela conquista de uma mente:
CRÍTICA ...................................... OBJETIVA ...................................... RACIONAL
CRÍTICA: porque aperfeiçoa os julgamentos e desenvolve o discernimento entre o essencial
e o acidental; entre o prioritário e o secundário.
OBJETIVA: porque liberta a aprendizagem de toda posição subjetivista, evitando as meias-
soluções.
RACIONAL: porque evita preconceitos, emocionalidades, pré-julgamentos, lugares comuns
do pesquisador.
FONTE: SILVA, Roberto G. Metodologia para alunos que desejam estudar de verdade. Disponível na
internet: http://www.arq.ufsc.br/urbanismo1/metodologia.pdf. Acesso em 12.04.2010.
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FICHAMENTO
O fichamento é um tipo de documentação de estudo, cujo objetivo é registrar o que
foi, efetivamente, compreendido do texto lido (ideias e argumentos). Antonio Joaquim
Severino (1991) indica três modalidades de fichamento:
MODALIDADE CARACTERÍSTICAS
Bibliográfico Fichamento por obra / apontamentos sobre texto específico (com
identificação de contexto de leitura – Assunto/tema) / DEVE ser realizado
após a leitura de cada texto indicado. Ex.:
ASSUNTO: O Romantismo e a ideia de nação brasileira – José de Alencar.
RICUPERO, Bernardo. O indianismo como mito nacional. In: __________. O
romantismo e a ideia de nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: Martins
Fontes, 2004. p. 153-178.
Temático Fichamento por temas / reunião de bibliografia temática diversificada
(livros, revistas, aulas, palestras, observações de campo etc) / DEVE ser
realizado ao final de cada módulo de estudos. Ex.: Aulas de 35 – 40:
Módulo 7. Análise de Discurso Crítica.
Geral Fichamento por grupos de material. Ex.: Seleção de recortes de
jornal/revista sobre José de Alencar. (Irrelevante)
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ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO FICHAMENTO
A) ORIENTAÇÃO GERAIS (FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO E TEMÁTICO)
1) Leia, analiticamente, o texto:
a) Motive-se para a leitura do texto Ele abrirá uma série de possibilidades
cognitivas e analíticas;
b) Sublinhe os segmentos textuais que você considera mais relevantes;
c) Marque as margens com identificações de importância;
d) Realize, mentalmente, o processo lógico de construção argumentativa do autor
em relação à tese que ele está defendendo.
2) Esquematize seu fichamento:
a) Ficha ou A4;
b) Fontes: Times New Roman / Arial / Calibri;
c) Tamanho da fonte geral: 12 | Tamanho da fonte em títulos: 14;
d) Espaçamento: 1,15;
e) Margens em A4: 3 cm (esquerda e superior) e 2 (direita e inferior);
f) Extensão: variável, pois aceita esquemas.
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B) ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS E FACULTATIVOS PARA O FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO
B1) Elementos obrigatórios
a) Indicação completa da obra;
ASSUNTO: O Romantismo e a ideia de nação brasileira – José de Alencar.
RICUPERO, Bernardo. O indianismo como mito nacional. In: __________. O romantismo
e a ideia de nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 153-178.
b) Palavras-chave;
Romantismo brasileiro; José de Alencar; ideia de nação; Indianismo.
c) Indicação da tese defendida pelo autor e de sua linha argumentativa.
Ricupero retoma as discussões centrais do período destacado, além de mostrar os
principais embates ocorridos à época, tais como as disputas entre Vernhagen e
Gonçalves de Magalhães, entre Gonçalves de Magalhães e José de Alencar e entre José
de Alencar e Joaquim Nabuco. O que se evidencia é a tentativa do autor de desvendar o
motivo de o tema ter sido escolhido, enfaticamente, pelos românticos brasileiros. O
autor sugere que o indianismo seria uma forma de discutir posições sociais na sociedade
brasileira do século XIX.
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B2) Elementos facultativos
a) Principais trechos do texto que justificam a tese (citação em discurso direto1 do
que é importante);
b) Esquemas de leitura (gráficos, desenhos, mapas mentais);
c) Esquema por tópicos.
___________________________
1 A citação em discurso direto é marcada pelo uso de aspas.
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RESENHA
A resenha também é considerada um tipo de documentação de estudo, entretanto, sua
abordagem em relação ao objeto (texto resenhado) é bem mais refinada que a realizada que
no fichamento.
Estabelece-se, nessa modalidade de documentação de estudo, uma relação discursiva
intelectual entre o autor do texto e o da resenha, por isso, ela só é realizada em relação a
bibliografias. Além disso, não são aceitos esquemas ou tópicos na elaboração da resenha.
É tratada por alguns como resumo crítico, o que não deixa de ser
verdade, pois, introdutoriamente, é necessário resumir e contextualizar a obra resenhada.
Após a apresentação do percurso argumentativo desenvolvido pelo autor do texto, o autor
da resenha deve posicionar-se em relação à leitura realizada, indicando:
a) Lacunas; imprecisões; distorções teóricas; generalizações; abordagens preliminares
etc;
b) Coerências; resoluções de problemas, eventualmente, propostos e não resolvidos
por outros autores; aproximações teóricas etc;
c) Posicionamento frente ao panorama geral do texto.
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ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA RESENHA
A) ORIENTAÇÃO GERAIS
1) Leia, analiticamente, o texto:
a) Motive-se para a leitura do texto Ele abrirá uma série de possibilidades
cognitivas e analíticas;
b) Sublinhe os segmentos textuais que você considera mais relevantes;
c) Marque as margens com identificações de importância (já dialogando com o
texto);
d) Realize, mentalmente, o processo lógico de construção argumentativa do autor
em relação à tese que ele está defendendo, tentando encontrar os elementos
indicados no slide anterior.
2) Esquematize seu fichamento:
a) Ficha ou A4;
b) Fontes: Times New Roman / Arial / Calibri;
c) Tamanho da fonte geral: 12 | Tamanho da fonte em títulos: 14;
d) Espaçamento: 1,5;
e) Margens em A4: 3 cm (esquerda e superior) e 2 (direita e inferior);
f) Extensão: no máximo, duas laudas.
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ATIVIDADE 2
Recomenda-se a leitura do seguinte texto:
SILVA, Roberto G. Metodologia para alunos que desejam estudar de verdade.
Disponível na internet: http://www.arq.ufsc.br/urbanismo1/metodologia.pdf. p. 1-28.
O texto contém muitas informações interessantes sobre as qualidades do bom estudante.
Embora o autor se dirija a universitários, suas dicas são importantes para qualquer
estudante que precisa dedicar-se a um volume grande de matérias. Ah, a linguagem é
muito acessível, bem diferente dos manuais de metodologia.
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NOÇÃO DE TEXTO
O QUE É TEXTO?
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Problemas de definição do conceito de texto
A palavra TEXTO tem, por natureza, um conceito polissêmico, o que gera imprecisão na
delimitação clara desse elemento. Cada área da Linguística — como a Linguística Textual, a
Linguística Enunciativa, a Linguística Cognitiva, a Linguística Crítica (Análise de Discurso
Crítica), a Linguística Pragmática, a Sociolinguística — que tem o TEXTO como objeto
disciplinar desenvolveu um conceito para ele. Até mesmo os dicionários são inespecíficos em
relação a um conceito base. Observemos o que diz o Dicionário de Linguagens e Linguística
(2008, p. 291):
“Os linguistas utilizaram por muito tempo a palavra texto muito informalmente para
denotar qualquer trecho de língua em que, por acaso, estivessem circunstancialmente
interessados. Contudo, especialmente a partir da década de 1960, a noção de texto
ganhou status teórico em vários domínios, e a análise de textos é hoje considerada um
dos principais objetivos da investigação linguística. Porém, a concepção do que constitui
um texto não é a mesma em toda parte.”
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Uma tentativa de explicação combinada: etimologia e gramatica
O vocábulo TEXTO deriva do latim textus, que significa tecido, trama, encadeamento. Em
termos, basicamente, linguísticos, texto seria o conjunto total do encadeamento de signos
linguísticos, desde que observada sua relação sintagmática e paradigmática.
artigo + substantivo
O homem se barbeia todas as manhãs.
Sintagma
nominal
Eixo sintagmático
(relações
O bebê se barbeia todas as manhãs. morfossintáticas
entre sintagmas)
Eixo paradigmático
(relações semânticas Explicação correta,
entre sintagmas)
porém parcial.
20. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS
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Antes de sanarmos a parcialidade da explicação anterior, vejamos mais alguns conceitos:
O TEXTO como corpus ou produto
O Dicionário de Semiótica (2008, p. 503) chama a atenção para uma conceituação muito
parcial, porém comum, de TEXTO:
“Por vezes, emprega-se o termo em sentido restrito: isso se dá quando a natureza do
objeto escolhido (a obra de um escritor [...]) marca-lhe os limites: nesse sentido, texto se
torna sinônimo de corpus.”
Um dos grande autores de Linguística Textual, Jean Michel Adam, também parcializa, em
alguns momentos, a visão de texto como produto. Segundo ele (Apud Marcuschi, 2008, p.
83), o texto é um
“objeto concreto, material e empírico resultante de um ato de
enunciação”.
Dessa forma, qualquer conjunto de ícones ou sons poderia ser
considerado texto.
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O TEXTO como um processo automático
É bastante comum e correta a conceituação de TEXTO como um processo, porém, conforme
vermos com bastante profundidade nas próximas aulas, tal processo não pode ser
considerado autônomo. Teun Van Dijk (Apud Guimarães, 2009, p. 12), um dos maiores
nomes da Análise do Discurso, afirma que:
[O texto é]“um processo que se perfaz numa totalidade integrada por uma unidade
temática, um formato e uma significação. Tal totalidade é alcançada mediante a
relação entre seus constituintes e seu contexto de produção”.
A chave de tal conceito está em duas ideias: de significação e de contexto.
Entretanto, considerar como autônomo o processo de produção que tem como
base, fundamentalmente, a significação de um determinado produto (formato de
materialização [oral ou escrito] e formato de gênero) em relação ao seu contexto (Qual
contexto? De produção?) é, no mínimo, imprecisa.
Explicação correta,
porém parcial.
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Afinal, o que TEXTO?
Vejamos algumas definições bastante esclarecedoras:
“Um texto não existe, como tal, a menos que alguém o processe como tal”.
(Beaugrande Apud Marcushi, 2008, p. 89.)
“O texto só se realiza com o leitor/ouvinte”.
(Ingedore Villaça G. Koch , em vários livros]
O texto é “uma unidade processual, uma unidade semântica, um evento”, “que ocorre
na forma da linguagem inserida em contextos comunicativos” e que, por ser
interativo, “não se dá como um artefato monológico e solitário, sendo sempre um
processo de co-produção”.
(Marcuschi, 2008, p. 72, 76, 80, adaptado)
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CONCLUSÃO
A partir de agora, para nós, o TEXTO deve ser considerado como uma unidade linguística
empírica que, PARA EXISTIR, DEPENDE, FUNDAMENTALMENTE, DA CONSTRUÇÃO DE
SENTIDOS NEGOCIADA ENTRE AUTOR E LEITOR, descaracterizando a automaticidade do
processo. Sem CONSTRUÇÃO (ou formação) DE SENTIDOS não há TEXTO, mas um conjunto
iconográfico ou fonográfico com potencialidade textual.
A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS leva em consideração uma série de elementos de natureza
linguística (basicamente, sintaxe e semântica) e não linguística ou extraverbal (contexto
sociocognitivo de enunciação = contextos de produção e de recepção, posição
social/intelectual dos sujeitos, objetivos da interação social etc).
24. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS
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Resumo desta aula e relação com a próxima:
TEXTO = SENTIDO = TEXTUALIDADE
LEMBRE-SE: a próxima aula será em 14/07.
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ATIVIDADE 3
Leia:
“MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
ed. Parábola, 2008. p. 71 – 72.
ATIVIDADE 4
Assista:
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Fala e escrita.
Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=XOzoVHyiDew&feature=plcp&list=PLF90315C1C9CF4FAE
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=6y9xK-9bbcw&feature=BFa&list=PLF90315C1C9CF4FAE
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=UqSfGyR1ERA&feature=BFa&list=PLF90315C1C9CF4FAE
26. CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS
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Bibliografia citada:
GREIMAS, A. J.; COUTRTÉS, J. Dicionário de Semiótica. Trad. Alceu Dias Lima et al. São Paulo:
Ed. Contexto, 2008. p. 503.
GUIMARÃES, Elisa. Texto, discurso e ensino. São Paulo: Contexto, 2009.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 7. ed. São Paulo:
Contexto, 2003.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
ed. Parábola, 2008. p. 71 – 83.
TRASK, R. L. Dicionário de Linguagens e Linguística. Trad. Rodolfo Ilari. 2. ed. São Paulo: Ed.
Contexto, 2008. p. 291.