A história de Zé Grandão e Zé Pequeno, dois homens muito diferentes
1.
2. Não pensem que Zé Grandão ou Zé Pequeno
são nomes de times de futebol porque não são,
são nomes de dois homens aparentados, mas
longe de serem amigos porque querer que os
dois cultivem laços de amizade é querer o
impossível, pois pessoas tão diferentes jamais
nascerão novamente; Zé Grandão era a paz e a
tranqüilidade e Zé Pequeno era o nervosismo e
a encrenca, Grandão falava pouco e só coisas
necessárias e o Pequeno falava por falar,
falava sem conteúdo coisas ofensivas ao resto
do mundo.
3. Zé Pequeno criava problemas com os
amigos que perdia aos montes, com a
mulher em particular e com os filhos
em geral; Zé Grandão era serio e
reservado, incapaz de ofender
alguém, era bom filho e melhor neto,
adorava sua velha avó que todos
chamavam de Dinda e foi por causa
dela que ele perdeu uma única vez
sua reconhecida e apreciada
paciência, aconteceu mesmo assim:
Zé Grandão era pintor de paredes e
no exercício de sua profissão, pintava
de cor de rosa as paredes da casa de
Sá Dag, trabalhava em silencio como
era seu costume.
4. A casa ficava na esquina da rua
e de cima da escada Grandão
avistava perfeitamente a casa de
sua estimada avó, a tarde
avançava ele pintava e vigiava
de longe a velha Dinda que
assentada na soleira da porta
escolhia o arroz para o jantar;
tudo estava em paz, crianças
brincando, pássaros cantando,
Grandão trabalhando e
adorando de longe sua avó.
5. Mas tudo que é perfeito dura pouco e foi
o que aconteceu quando Zé Pequeno
chegou e começou a discutir com a
velha Dinda, que tinha o tremendo azar
de ser sua sogra; o homenzinho já
chegou discutindo com ela, ele se
esbaldava, gritava, sapateava,
gesticulava, fazia um verdadeiro
carnaval com a pobre senhora que se
defendia a altura, fazendo frente ao
insuportável genro, mas claro que ela
estava perdendo a briga porque com a
língua venenosa de Zé Pequeno
ninguém podia; do alto da escada Zé
Grandão olhava com toda pachorra a
cena e com a maior calma desceu da
escada e colocou o balde de tinta no
chão.
6. Limpou as mãos na
fralda da camisa e vagarosamente
acendeu um cigarro, fumando tranqüilo
de dirigiu a passos lentos até o local da
discussão, que a essa altura se
transformara em briga feia, era
desacato que não acabava mais; os
vizinhos alertados pela gritaria estavam
fora de suas casas se divertindo com a
confusão armada pelo terrível fulano,
foi ai que chegou Zé Grandão, ele não
disse uma palavra, apenas dobrou seu
corpo de quase dois metros de altura e
agarrou o pequeno Zé pela frente da
camisa.
7. Com sua enorme mão esquerda levantou
gentilmente o homenzinho, lentamente
ergueu sua formidável mão direita e
descarregou tremendo tapa na cara do
infeliz, ainda em silencio colocou o
desmaiado encrenqueiro no chão, limpou
as mãos uma na outra e voltou a pintar
como se nada tivesse acontecido; Vó
Dinda e os vizinhos passado o susto,
jogaram um balde de água fria em cima
de Zé Pequeno, que acordou assustado
sem saber onde estava e assim que se
sentiu melhor deu o fora.
8. Ele correu o mais rápido que lhe permitiam suas curtas
perninhas, olhando de vez em quando para tras para verificar
se o grande Zé o seguia e cada vez que olhava ele sufocava
de raiva porque Dinda e seus vizinhos quase morriam de rir
as suas custas.
Além do vexame curtia a cara inchada que doía para
valer; foi a primeira e ultima vez que Zé Grandão perdeu a
calma, mas não foi a primeira e muito menos a ultima que
Zé Pequeno falou demais e levou um bom tabefe de
alguém.
9. CREDITOS
TEXTO DE VÓ FIA
FORMATADO POR VÓ FIA
MÚSICA-MINUETO- ENUBIO QUEIROZ
IMAGENS DA INTERNET
NEPOMUCENO MG
TEXTO REGISTRADO NO EDA
18/04/09
10. CREDITOS
TEXTO DE VÓ FIA
FORMATADO POR VÓ FIA
MÚSICA-MINUETO- ENUBIO QUEIROZ
IMAGENS DA INTERNET
NEPOMUCENO MG
TEXTO REGISTRADO NO EDA
18/04/09