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Bebé, levou ao empate.
Mas durou pouco esta igualdade. Mais
um lance da sair dos pés de Salvador
Agra, a bola a ir para Aníbal Capela e
depois Moussa a fazer o 3-2, que
voltava a fazer perigar a permanência
pacense.
Na segunda parte quase só deu Paços.
Bebé estava endiabrado. Fazia tudo,
menos marcar, mas não por falta de
tentativas. Sérgio Oliveira ainda teve a
bola nos pés junto à baliza, mas, incri-
velmente, o remate saiu muito por
cima.
O Paços não desistia, mas Salvador
Agra também não e, num contra-
ataque conduzido por Ivanildo, o
companheiro oferece-lhe o golo. Agra
bisou, num jogo em que foi a figura
maior, e o Paços, devido à derrota do
Olhanense, ainda vai disputar o play-
off para tentar a permanência na I
Liga.
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O jogo deste sábado foi uma metáfora
da época para os pacenses. Com a
Académica a lutar pelo 8º lugar, que
obteu com sucesso, o Paços tinha
ainda duas hipóteses de garantir a
manutenção: ou por via direta, conju-
gando com os resultados de Beleneses
e Olhanense, ou através do play-off.
Sendo que uma vitória garantiria, pelo
menos o play-off. Mas nada é assim
tão fácil para os Castores esta época.
A precisar de marcar, o Paços jogou
quase sempre com dez homens no
meio campo adversário, mas demorou
muito a conseguir criar perigo. E,
como quem não marca sofre, a Acadé-
mica aproveitou a velocidade de Salva-
dor Agra para fazer a vida negra a uma
frágil e descompensada defesa pacen-
se.
Numa tarde muito inspirada, Moussa
aproveitou logo aos 7 minutos um
cruzamento de Salvador Agra para
fazer o 1-0 para os estudantes.
Começou depois o duelo de Bebé
com Ricardo, com o guarda-redes da
Académica a defender três remates
seguidos. Valeu então novamente a
máxima «quem não marca sofre» e,
aos 15 minutos, com um excelente
passe, Cleyton colocou a bola em
Salvador Agra que, novamente deixou
os defesas todos pelo caminho, e
rematou cruzado para o 2-0.
Mas, logo no minuto seguinte, Bebé,
após um cruzamento de Filipe Anunci-
ação, cabeceou para o fundo das redes
e reduziu para 2-1. O Paços voltava a
acreditar e uma grande penalidade aos
31 minutos, também convertido por
Declarações de Sérgio Con-
ceição no fim do jogo:
Fizemos o jogo que
tínhamos planeado.
Desta vez resultou
em pleno. Consegui-
mos fazer quatro
golos e isso faz a
diferença. Desejo as maiores felici-
dades ao Paços, mas eu sou profis-
sional e ambicioso. A partir do
momento em que conseguimos a
manutenção, definimos o objetivo
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conseguimos isso.
Começámos mal a época, mas os
jogadores foram inexcedíveis. E por
vezes não é fácil trabalhar com
um treinador como eu.
A minha permanência ainda não
foi falada. Eu quis assim. A direção
abordou-me, mas eu disse que
estava focado em ficar nos oito
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grupos da Taça da Liga. Agora
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Académica vence P. Ferreira por 2-4
N E S T A
E D I Ç Ã O :
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Académica 1
1
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eleitoral:
Os candidatos
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Simões
2
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cidas na Liga
4
Sérgio Conceição feliz com objetivo alcançado
Académica1 3 / 0 5 / 2 0 1 41 ª E D I Ç Ã O
Académica
O seu jornal
desportivo das
terças-feiras
P Á G I N A 2
Não se abstenha!
Vote!!
Teremos um plantel para a Europa?
Lista de José Eduardo Simões
Especial: Campanha Eleitoral
Este ano irão a votos os can-
didatos a uma nova Direção
para a Académica. As vota-
ções irão decorrer no dia
30 de Maio entre as 10h00
e as 22h00, no habitual
Pavilhão Jorge Anjinho.
Para poder votar tem de ter
estes seguintes requisitos:
- Ser sócio da Académica
- Ter mais de 18 anos
- Ter 2 anos de filiação
- Ter a quota de Abril paga
Como tem sido nos últimos
anos, existirão apenas 2 candi-
datos às eleições: são eles o
actual presidente José Eduar-
do Simões e o advogado Nu-
no Oliveira.
José Eduardo Simões quer
continuar a desenvolver o seu
trabalho que a nível desporti-
vo tem sido muito bom, com
por exemplo a maravilhosa
conquista da Taça de Portugal
em 2012 bem como a partici-
pação na Liga Europa em
2013 onde se inclui a espeta-
cular vitória em Coimbra
frente ao Atlético de Madrid
por 2-0.
Nuno Oliveira concorre pela
primeira vez à direção e assu-
me-se como a alternativa ao
"poder".
Como se pode ver existem
aqui somente 2 opções de
escolha. Quem ganhará? Será
a continuidade (José Eduardo
Simões) ou a mudança de
mentalidades (Nuno Olivei-
ra)?
Assembleia Geral:
Presidente: Fernando José Oliveira
Vice-presidente: Joaquim Luís
Borges
1.º Secretário: Ricardo Guedes
Costa
2.º Secretário: Diogo Baptista de
Carvalho
Suplentes: Pedro Miguel Ribeiro e
Manuel António Macedo dos San-
tos
Direção:
Presidente: José Eduardo
Simões
Vice-Presidentes: Luís
Godinho, Salvador Ar-
naut, António José Fi-
gueiredo, Maria José
Vicente, Manuel Serens,
Alcemino Santos
Suplentes: Gonçalo Reis
Torgal, Joaquim Pedro
Reis e Luís Filipe Silva
Conselho Fiscal:
Presidente: António Pires Preto
Vogais: Vasco Castanheira de Oli-
veira e Francisco Pinto dos Santos
Suplentes: José Pedro Barbosa
Ribeiro e João Carlos Neves Ban-
deira
Para o Conselho Académico, um
órgão consultivo do clube, o candi-
dato a número um é Manuel Antó-
nio, antigo internacional português
e glória da história da Académica.
golos marcados!
Ainda mais. Se não fossem
aquelas 2 vitórias seguidas em
casa frente ao Gil Vicente (1-
0) e P. Ferreira (4-2) podería-
mos estar nesta última jorna-
da que passou algo preocupa-
dos, pois tirando os 6 pontos
que referi, a equipa não teria
a mesma motivação nos jogos
seguintes e a coisa podia cor-
rer mal.
No entanto é necessário ar-
ranjar um excelente plantel! A
próxima época pode ser a
nossa grande chance de ocu-
par os lugares cimeiros da
classificação. Ora vejamos:
Braga e Guimarães não têm
dinheiro. Nacional, Marítimo,
V. Setúbal e Rio Ave irão
perder os seus melhores
jogadores e poderá acontecer
-lhes o que ocorreu com o P.
Ferreira! Não podemos per-
der esta oportunidade!!
Um dos desafios que um des-
te candidatos terá de tentar
enfrentar se for eleito é a
construção de um plantel
competitivo de modo a poder
lutar pelas competições euro-
peias. Este ano a época tem
um balanço positivo (Na pró-
xima edição haverá um espe-
cial sobre esta época que
passou) mas analisando como
deve ser deve ter sido uma
das piores em termos de
A C A D É M I C A
José
Eduardo
Simões
Declarações de José Eduardo Simões
P Á G I N A 31 ª E D I Ç Ã O
Desengane-se quem pense que os
tempos que aí vêm são de facilidades.
Há que trabalhar mais e melhor para
garantir a segurança da Académica.
O constante incentivo dos sócios foi
determinante para a minha recandi-
datura. Esta é a equipa de ambição e
resultados em que os sócios podem e
devem confiar. De
mandato para man-
dato trabalhámos
cada vez melhor,
alcançando melhores
resultados mesmo em
condições adversas.
Os sócios conhecem-
nos. Não contem
connosco para vãs ilusões. Falta per-
correr um longo caminho. Queremos
ter melhores resultados desportivos e
voltar a ter acesso às competições
europeias.
Estamos a trabalhar nas renovações e
os seus anúncios serão feitos depois
dos acordos serem assinados. Tenho
a certeza de que as renovações que
vão ser feitas são do interesse da
Académica. Há alguns jogadores que
justificam propostas diferentes de
outros, quer seja em valores contratu-
ais ou em número de anos de contra-
to. É nesse sentido que estamos a
trabalhar. Temos as nossas limitações
orçamentais e, como tal, temos que
ser mais eficientes que outros clubes
para termos melhores jogadores.
Estou absolutamente convencido de
que na próxima época teremos uma
equipa ainda mais forte, ambiciosa e
muito exigente com ela própria, para
dar muitas alegrias aos sócios.
Nuno Oliveira já fez referência à
continuidade de Sérgio Conceição,
defendendo a sua permanência no
clube:
O Sérgio Conceição, neste momento,
é o treinador da Académica e merece
-me todo o respeito e apoio. Penso
que é fundamental saber, primeiro, o
que o Sérgio Conceição quer. Fez um
trajeto absolutamente notável e se eu
estivesse na Académica, neste mo-
Na lista, estão Alfredo Castanhei-
ra Neves (para a presidência da
Assembleia Geral), José Manuel
Quelhas (Conselho Fiscal) e Rui
Alarcão (Conselho Académico). O
mandatário da candidatura será o
antigo jogador da Briosa Mário
Campos. José Belo será um dos
vice-presidentes da Académica
caso Nuno Oliveira vença o próxi-
mo ato eleitoral do clube.
mento, renovava. Se ele
não renovar pela Acadé-
mica, teremos alternati-
vas. A Direção atual é
que tem os meios para
renovar com o atual
treinador. Irei reunir
com o Sérgio Conceição
apenas e só no final do
Campeonato. Para já, não
quero ser acusado de criar
areias na engrenagem.
convicto de que o projeto é o melhor para
a Académica. Queremos uma Académica
dos sócios e para os sócios. Uma Acadé-
mica mobilizadora, capaz de transmitir
uma mística única, sempre com forte
ligação à casa-mãe.
No plano desportivo, desejamos um clube
ambicioso, lutando sempre pelos lugares
cimeiros da tabela classificativa e não se
cingindo apenas à luta pela permanência.
Queremos devolver a Académica aos seus
sócios, serão eles a mola humana que nos
irá catapultar para voos mais altos. A
Académica é um gigante adormecido e
está na hora de acordar. A Académica
não tem donos, faz parte do seu ADN,
nem nunca se subjugou ao poder político.
A Académia sempre foi e sempre será um
espaço de liberdade e cidadania.
Esta não é uma candidatura de oposição,
nãos nos estamos a candidatar contra
ninguém. É um projeto que defende uma
Académica una, que não está de costas
voltadas para os seus sócios e que quer
sempre uma Académica de Coimbra mas
para o mundo.
Esta é uma candidatura abrangente,
plural, de todos os que se revêm nos
princípios norteados da Instituição. Trata-
se de uma candidatura que congrega
todos os que não veem a Académia
apenas como um clube, mas como uma
Instituição de dimensão nacional e inter-
nacional, com uma margem de cresci-
mento como nenhum clube em Portugal
terá.
Impõe-se um movimento de refundação
da Associação Académica de Coimbra -
Organismo Autónomo de Futebol. Estou
Simões
com a
Taça de
Portugal
Declarações de Nuno Oliveira
Lista de Nuno Oliveira
Nuno Oliveira
boa, da região Norte e da Madeira.
A Académica será o representante
da região centro e o V. Setúbal será
o representante da região sul.
Como se sabe, a próxima época irá
sofrer alterações com o alargamen-
to do campeonato da 1ª Divisão de
16 para 18 clubes. O Boavista irá
subir automaticamente de divisão e
junta-se a Moreirense e Penafiel (1º
e 3º respectivamente). Recordo que
as equipas B não podem subir de
Neste sábado ficou decidido a per-
manência do Belenenses ao vencer
em casa o Arouca por 1-0, ficando
assim na 14ª posição da tabela classi-
ficativa.
Quem ficou pior na classificação foi
o Olhanense que, ao perder fora
por 3-1 com o V. Setúbal, acabou
por permanecer na última posição
(16º lugar) com 24 pontos, os mes-
mos que o P. Ferreira que, como foi
referido anteriormente neste jornal,
perdeu com a Académica por 2-4. A
equipa dos castores fica na 15ª posi-
ção graças ao confronto direto com
o Olhanense ser favorável.
Assim, não haverá qualquer equipa
na próxima época da região do Al-
garve na 1ª Liga, o que leva a uma
conclusão que merece ser refletida:
Tirando o V. Setúbal e a nossa Brio-
sa, o principal campeonato terá
equipas somente da região de Lis-
divisão nem participar nas Taças.
Com o alargamento ficou a sobrar
um lugar na 1ª Liga e assim o tercei-
ro clube legível para subir de divisão,
que neste caso é o Desportivo das
Aves pois ganhou ao Académico de
Viseu por 4-2, irá jogar um play-off
com o 15º classificado da 1ª Divisão,
que é o P. Ferreira.
Serão 2 jogos este estas duas equi-
pas que ditarão qual será o clube
que irá ocupar a última vaga: será
que o Paços vai-se conseguir manter
ou o Aves irá regressar vários anos
depois?
Jornal Académica
Elaboração: Paulo Gonçalves
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Para qualquer assunto ou contributo que
queira dar o e-mail está à sua disposição:
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Olhanense desce e P. Ferreira no play-off
A tristeza foi bem evidente no
fim do jogo do Olhanense. Aqui
se vê o presidente Isidoro Sou-
sa visivelmente emocionado.

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Bebé empata mas Agra dá vitória à Académica sobre P. Ferreira

  • 1. Bebé, levou ao empate. Mas durou pouco esta igualdade. Mais um lance da sair dos pés de Salvador Agra, a bola a ir para Aníbal Capela e depois Moussa a fazer o 3-2, que voltava a fazer perigar a permanência pacense. Na segunda parte quase só deu Paços. Bebé estava endiabrado. Fazia tudo, menos marcar, mas não por falta de tentativas. Sérgio Oliveira ainda teve a bola nos pés junto à baliza, mas, incri- velmente, o remate saiu muito por cima. O Paços não desistia, mas Salvador Agra também não e, num contra- ataque conduzido por Ivanildo, o companheiro oferece-lhe o golo. Agra bisou, num jogo em que foi a figura maior, e o Paços, devido à derrota do Olhanense, ainda vai disputar o play- off para tentar a permanência na I Liga. Maisfutebol O jogo deste sábado foi uma metáfora da época para os pacenses. Com a Académica a lutar pelo 8º lugar, que obteu com sucesso, o Paços tinha ainda duas hipóteses de garantir a manutenção: ou por via direta, conju- gando com os resultados de Beleneses e Olhanense, ou através do play-off. Sendo que uma vitória garantiria, pelo menos o play-off. Mas nada é assim tão fácil para os Castores esta época. A precisar de marcar, o Paços jogou quase sempre com dez homens no meio campo adversário, mas demorou muito a conseguir criar perigo. E, como quem não marca sofre, a Acadé- mica aproveitou a velocidade de Salva- dor Agra para fazer a vida negra a uma frágil e descompensada defesa pacen- se. Numa tarde muito inspirada, Moussa aproveitou logo aos 7 minutos um cruzamento de Salvador Agra para fazer o 1-0 para os estudantes. Começou depois o duelo de Bebé com Ricardo, com o guarda-redes da Académica a defender três remates seguidos. Valeu então novamente a máxima «quem não marca sofre» e, aos 15 minutos, com um excelente passe, Cleyton colocou a bola em Salvador Agra que, novamente deixou os defesas todos pelo caminho, e rematou cruzado para o 2-0. Mas, logo no minuto seguinte, Bebé, após um cruzamento de Filipe Anunci- ação, cabeceou para o fundo das redes e reduziu para 2-1. O Paços voltava a acreditar e uma grande penalidade aos 31 minutos, também convertido por Declarações de Sérgio Con- ceição no fim do jogo: Fizemos o jogo que tínhamos planeado. Desta vez resultou em pleno. Consegui- mos fazer quatro golos e isso faz a diferença. Desejo as maiores felici- dades ao Paços, mas eu sou profis- sional e ambicioso. A partir do momento em que conseguimos a manutenção, definimos o objetivo de ficar nos oito primeiros e hoje conseguimos isso. Começámos mal a época, mas os jogadores foram inexcedíveis. E por vezes não é fácil trabalhar com um treinador como eu. A minha permanência ainda não foi falada. Eu quis assim. A direção abordou-me, mas eu disse que estava focado em ficar nos oito primeiros, para entrar na fase de grupos da Taça da Liga. Agora teremos tempo para falar. Celebração do golo marca- do por Moussa. Académica vence P. Ferreira por 2-4 N E S T A E D I Ç Ã O : Crónica do jogo: P. Ferreira 0 Académica 1 1 Campanha eleitoral: Os candidatos 2 José Eduardo Simões 2 Nuno Oliveira 3 Subidas e des- cidas na Liga 4 Sérgio Conceição feliz com objetivo alcançado Académica1 3 / 0 5 / 2 0 1 41 ª E D I Ç Ã O Académica O seu jornal desportivo das terças-feiras
  • 2. P Á G I N A 2 Não se abstenha! Vote!! Teremos um plantel para a Europa? Lista de José Eduardo Simões Especial: Campanha Eleitoral Este ano irão a votos os can- didatos a uma nova Direção para a Académica. As vota- ções irão decorrer no dia 30 de Maio entre as 10h00 e as 22h00, no habitual Pavilhão Jorge Anjinho. Para poder votar tem de ter estes seguintes requisitos: - Ser sócio da Académica - Ter mais de 18 anos - Ter 2 anos de filiação - Ter a quota de Abril paga Como tem sido nos últimos anos, existirão apenas 2 candi- datos às eleições: são eles o actual presidente José Eduar- do Simões e o advogado Nu- no Oliveira. José Eduardo Simões quer continuar a desenvolver o seu trabalho que a nível desporti- vo tem sido muito bom, com por exemplo a maravilhosa conquista da Taça de Portugal em 2012 bem como a partici- pação na Liga Europa em 2013 onde se inclui a espeta- cular vitória em Coimbra frente ao Atlético de Madrid por 2-0. Nuno Oliveira concorre pela primeira vez à direção e assu- me-se como a alternativa ao "poder". Como se pode ver existem aqui somente 2 opções de escolha. Quem ganhará? Será a continuidade (José Eduardo Simões) ou a mudança de mentalidades (Nuno Olivei- ra)? Assembleia Geral: Presidente: Fernando José Oliveira Vice-presidente: Joaquim Luís Borges 1.º Secretário: Ricardo Guedes Costa 2.º Secretário: Diogo Baptista de Carvalho Suplentes: Pedro Miguel Ribeiro e Manuel António Macedo dos San- tos Direção: Presidente: José Eduardo Simões Vice-Presidentes: Luís Godinho, Salvador Ar- naut, António José Fi- gueiredo, Maria José Vicente, Manuel Serens, Alcemino Santos Suplentes: Gonçalo Reis Torgal, Joaquim Pedro Reis e Luís Filipe Silva Conselho Fiscal: Presidente: António Pires Preto Vogais: Vasco Castanheira de Oli- veira e Francisco Pinto dos Santos Suplentes: José Pedro Barbosa Ribeiro e João Carlos Neves Ban- deira Para o Conselho Académico, um órgão consultivo do clube, o candi- dato a número um é Manuel Antó- nio, antigo internacional português e glória da história da Académica. golos marcados! Ainda mais. Se não fossem aquelas 2 vitórias seguidas em casa frente ao Gil Vicente (1- 0) e P. Ferreira (4-2) podería- mos estar nesta última jorna- da que passou algo preocupa- dos, pois tirando os 6 pontos que referi, a equipa não teria a mesma motivação nos jogos seguintes e a coisa podia cor- rer mal. No entanto é necessário ar- ranjar um excelente plantel! A próxima época pode ser a nossa grande chance de ocu- par os lugares cimeiros da classificação. Ora vejamos: Braga e Guimarães não têm dinheiro. Nacional, Marítimo, V. Setúbal e Rio Ave irão perder os seus melhores jogadores e poderá acontecer -lhes o que ocorreu com o P. Ferreira! Não podemos per- der esta oportunidade!! Um dos desafios que um des- te candidatos terá de tentar enfrentar se for eleito é a construção de um plantel competitivo de modo a poder lutar pelas competições euro- peias. Este ano a época tem um balanço positivo (Na pró- xima edição haverá um espe- cial sobre esta época que passou) mas analisando como deve ser deve ter sido uma das piores em termos de A C A D É M I C A José Eduardo Simões
  • 3. Declarações de José Eduardo Simões P Á G I N A 31 ª E D I Ç Ã O Desengane-se quem pense que os tempos que aí vêm são de facilidades. Há que trabalhar mais e melhor para garantir a segurança da Académica. O constante incentivo dos sócios foi determinante para a minha recandi- datura. Esta é a equipa de ambição e resultados em que os sócios podem e devem confiar. De mandato para man- dato trabalhámos cada vez melhor, alcançando melhores resultados mesmo em condições adversas. Os sócios conhecem- nos. Não contem connosco para vãs ilusões. Falta per- correr um longo caminho. Queremos ter melhores resultados desportivos e voltar a ter acesso às competições europeias. Estamos a trabalhar nas renovações e os seus anúncios serão feitos depois dos acordos serem assinados. Tenho a certeza de que as renovações que vão ser feitas são do interesse da Académica. Há alguns jogadores que justificam propostas diferentes de outros, quer seja em valores contratu- ais ou em número de anos de contra- to. É nesse sentido que estamos a trabalhar. Temos as nossas limitações orçamentais e, como tal, temos que ser mais eficientes que outros clubes para termos melhores jogadores. Estou absolutamente convencido de que na próxima época teremos uma equipa ainda mais forte, ambiciosa e muito exigente com ela própria, para dar muitas alegrias aos sócios. Nuno Oliveira já fez referência à continuidade de Sérgio Conceição, defendendo a sua permanência no clube: O Sérgio Conceição, neste momento, é o treinador da Académica e merece -me todo o respeito e apoio. Penso que é fundamental saber, primeiro, o que o Sérgio Conceição quer. Fez um trajeto absolutamente notável e se eu estivesse na Académica, neste mo- Na lista, estão Alfredo Castanhei- ra Neves (para a presidência da Assembleia Geral), José Manuel Quelhas (Conselho Fiscal) e Rui Alarcão (Conselho Académico). O mandatário da candidatura será o antigo jogador da Briosa Mário Campos. José Belo será um dos vice-presidentes da Académica caso Nuno Oliveira vença o próxi- mo ato eleitoral do clube. mento, renovava. Se ele não renovar pela Acadé- mica, teremos alternati- vas. A Direção atual é que tem os meios para renovar com o atual treinador. Irei reunir com o Sérgio Conceição apenas e só no final do Campeonato. Para já, não quero ser acusado de criar areias na engrenagem. convicto de que o projeto é o melhor para a Académica. Queremos uma Académica dos sócios e para os sócios. Uma Acadé- mica mobilizadora, capaz de transmitir uma mística única, sempre com forte ligação à casa-mãe. No plano desportivo, desejamos um clube ambicioso, lutando sempre pelos lugares cimeiros da tabela classificativa e não se cingindo apenas à luta pela permanência. Queremos devolver a Académica aos seus sócios, serão eles a mola humana que nos irá catapultar para voos mais altos. A Académica é um gigante adormecido e está na hora de acordar. A Académica não tem donos, faz parte do seu ADN, nem nunca se subjugou ao poder político. A Académia sempre foi e sempre será um espaço de liberdade e cidadania. Esta não é uma candidatura de oposição, nãos nos estamos a candidatar contra ninguém. É um projeto que defende uma Académica una, que não está de costas voltadas para os seus sócios e que quer sempre uma Académica de Coimbra mas para o mundo. Esta é uma candidatura abrangente, plural, de todos os que se revêm nos princípios norteados da Instituição. Trata- se de uma candidatura que congrega todos os que não veem a Académia apenas como um clube, mas como uma Instituição de dimensão nacional e inter- nacional, com uma margem de cresci- mento como nenhum clube em Portugal terá. Impõe-se um movimento de refundação da Associação Académica de Coimbra - Organismo Autónomo de Futebol. Estou Simões com a Taça de Portugal Declarações de Nuno Oliveira Lista de Nuno Oliveira Nuno Oliveira
  • 4. boa, da região Norte e da Madeira. A Académica será o representante da região centro e o V. Setúbal será o representante da região sul. Como se sabe, a próxima época irá sofrer alterações com o alargamen- to do campeonato da 1ª Divisão de 16 para 18 clubes. O Boavista irá subir automaticamente de divisão e junta-se a Moreirense e Penafiel (1º e 3º respectivamente). Recordo que as equipas B não podem subir de Neste sábado ficou decidido a per- manência do Belenenses ao vencer em casa o Arouca por 1-0, ficando assim na 14ª posição da tabela classi- ficativa. Quem ficou pior na classificação foi o Olhanense que, ao perder fora por 3-1 com o V. Setúbal, acabou por permanecer na última posição (16º lugar) com 24 pontos, os mes- mos que o P. Ferreira que, como foi referido anteriormente neste jornal, perdeu com a Académica por 2-4. A equipa dos castores fica na 15ª posi- ção graças ao confronto direto com o Olhanense ser favorável. Assim, não haverá qualquer equipa na próxima época da região do Al- garve na 1ª Liga, o que leva a uma conclusão que merece ser refletida: Tirando o V. Setúbal e a nossa Brio- sa, o principal campeonato terá equipas somente da região de Lis- divisão nem participar nas Taças. Com o alargamento ficou a sobrar um lugar na 1ª Liga e assim o tercei- ro clube legível para subir de divisão, que neste caso é o Desportivo das Aves pois ganhou ao Académico de Viseu por 4-2, irá jogar um play-off com o 15º classificado da 1ª Divisão, que é o P. Ferreira. Serão 2 jogos este estas duas equi- pas que ditarão qual será o clube que irá ocupar a última vaga: será que o Paços vai-se conseguir manter ou o Aves irá regressar vários anos depois? Jornal Académica Elaboração: Paulo Gonçalves Acompanhe o nosso Blog!! blogacademica.blogspot.pt Para qualquer assunto ou contributo que queira dar o e-mail está à sua disposição: blogacademica@gmail.com Olhanense desce e P. Ferreira no play-off A tristeza foi bem evidente no fim do jogo do Olhanense. Aqui se vê o presidente Isidoro Sou- sa visivelmente emocionado.