7. Texto escrito para revista Hotelnews n°326,
maio/junho – 2005
por Luiz Gonzaga Godoi (professor e pesquisador,
especialista em Turismo)
O entretenimento faz o turista ficar mais tempo
no destino. Veja Orlando, Lãs Vegas, ou
Salvador, na Bahia. Para que isso ocorra, deve
ser articulado com outros segmentos do
Turismo, seja a gastronomia, a hotelaria, os
esportes e a Cultura. Nesse aspecto, ressalto que
a Bahia é um exemplo a ser seguido. Há cerca de
duas décadas, assumiu a sua cultura negra e tem
dividendos ótimos. Hoje exporta cultura para o
Brasil inteiro, para o Caribe, para a Espanha e
vários países do mundo.
8. Em termos culturais, o Brasil é um País
muito rico. Precisamos valorizar nossos
usos e costumes sem deixar de dar valor à
estrangeira. A pós-modernidade é isso.
O entretenimento e a cultura são
intrínsecos. Um hotel temático atraí mais
hóspedes do que o outro que não tenha
essa preocupação. No entanto, isso não é
improvisação. Exige preparo daqueles que
produzem.
9. Os profissionais de turismo e hotelaria
deveriam ler os autores brasileiros para
dar valor à nossa cultura. Uma grande
parte das pessoas que trabalham com
turismo e lazer não tem compreensão da
complexidade da cultura do País.
Na vida dinâmica da hotelaria é
fundamental conhecer os usos e costumes
internacionais além dos regionais, para
entender e respeitar a ordem de valores
dos clientes.
15. Faca de arrasto – designação popular das regiões
Norte e Nordeste do Brasil para facas e punhais
de lâminas exageradamente longas,
normalmente usadas por cangaceiros. Essa
designação teria se originado no fato de que por
serem longas levavam mais tempo para serem
sacadas, ou “arrastadas”, da bainha. É também
outra designação para atualmente raríssima Faca
Parnaíba (ou Parnahiba) citada na literatura
brasileira do século XIX e começo do XX, e vista
em ilustrações do Brasil Colônia, normalmente
com lâmina de mais de 45cm e guarda em D. O
nome refere à cidade de Parnaíba, no Piauí, onde
o tipo teria surgido.
knifeco@superig.com.br
16. Documento solicitando
licença para erigir a Capela de Nossa Senhora de Monte Serrathe da
Parnahiba, conservado no Bispado de São Luiz, Maranhão
O Coronel Pedro Barbosa Leal...senhor da Vila Nova da
Parnahiba [...] bastante [...] geral administrador [...]
Rego, que ele suplicante quer fundar na sua vila e bem
assim [...] que ficava dentro dos termos [...] portanto [...]
pede a V. Mercê [...] seu Governador do Bispado do
Maranhão lhe faça [...] conceder [...] para poder erigir a
dita igreja Paroquial para [...] nomear Pároco dela, como
também dos Curados [...] receberem [...] concedemos
licença ao suplicante para poder [...] Paróquia de Nossa
Senhora do Monte Serrathe [...] e dita Paróquia com todo
o necessário de fábricas e o [...] para a dita igreja, na
forma do Sagrado Concílio Tridentino.
São Luiz,11 de junho de 1711. Barreiros
[Documento transcrito pelo Padre Cláudio Melo]