O documento discute a falta de uma chapa "Linha Operária" nas eleições sindicais e critica as três chapas existentes por não apoiarem as demandas dos trabalhadores. O documento também discute o Dia Internacional da Mulher, destacando como as mulheres continuam sofrendo opressão no capitalismo e como nenhuma das chapas apresentou propostas para resolver os problemas das trabalhadoras.
1. Cadê a chapa Linha Operária?
Há alguns anos a CSP-Conlutas começou um trabalho de base em
algumas fábricas e criamos o grupo Linha Operária com o objetivo de
disputar a direção do Sindicato.
No entanto, isso não foi possível, pois o estatuto do SINTRAFITE é
totalmente anti-democrático, sendo que para participar das eleições, o
associado deve ter, no mínimo 3 anos de fábrica e 2 de filiação.
Como todos sabem, os patrões demitem muitos trabalhadores para
recontratar, mantendo assim os salários sempre baixos.
E agora, votar em quem?
Alguns companheiros tem nos perguntado, em quem votar já que
não há uma chapa Linha Operária?
Fomos procurados por membros da chapa 1 e da 2 que pediram
nosso apoio e a eles apresentamos algumas propostas do Linha Operária:
Redução do salário dos diretores compatível com a função que
exerciam antes de entrarem no Sindicato;
Diminuir o mandato da Diretoria para 3 anos;
Tornar o Sindicato democrático, para isso todo associado com no
mínimo 3 meses de filiação pode concorrer as eleições;
Debate sobre Central Sindical para que os trabalhadores decidam.
Infelizmente nenhuma das 3 chapas se comprometeram com a
categoria, pois só querem encher seus próprios bolsos! Não tem
compromisso com a categoria! Devemos votar, mas votar em BRANCO!!
Analisemos os fatos: Chapa 1 tem a maioria da atual diretoria, a
Chapa 2 que se diz oposição, é minoria da diretoria e tem 2 supervisores
(inclusive o cabeça de chapa). A chapa 3 é do antigo diretor querendo
mamar na teta do sindicato de novo. Ou seja, são todos farinha do mesmo
saco.
Venha construir um grupo sério, comprometido com a categoria na
busca por melhores salários e condições de trabalho! Participe do grupo
Linha Operária!
Contato: Giovani (47) 9116-9605 – linhaoperaria@hotmail.com
2. 8 de Março: um dia de luto e luta!
No dia 8 de março de 1857, operárias têxteis de uma fábrica perto de
Nova Iorque, realizaram uma greve ocupando a fabrica com reivindicações
como a redução da jornada de trabalho, igualar o salário com o dos
homens e fim do assédio moral e sexual.
As manifestantes foram trancadas dentro da fábrica, que foi logo
incendiada pelo patrão. Cerca 130 tecelãs morreram queimadas. Assim
começou o dia internacional da mulher, com luto e luta!
No capitalismo as mulheres continuam sendo oprimidas moral e
sexualmente, são obrigadas a aceitarem salários muito inferiores aos dos
homens e sofrem com a dupla jornada de trabalho (no emprego e em
casa). Os grandes empresários são os únicos que realmente lucram com o
machismo, ganham rios de dinheiro mostrando mulheres seminuas nos
comerciais de cerveja, com os baixos salários, com a diminuição de direitos
como a licença maternidade e a criminalização do aborto.
Muitas mulheres
acham que Dilma é uma
esperança de mudança.
Apesar de ser uma mulher
Dilma não representa as
mulheres trabalhadoras.
Enquanto Dilma aumenta
o salário dos deputados
em 62% e o seu próprio
em 133%, nós
trabalhadores ficamos
com míseros 35 reais.
As mulheres trabalhadoras são maioria em nossa categoria e mesmo
assim continuam sendo ignoradas, são minoria nas 3 chapas e não foram
apresentadas propostas que resolvam seus problemas mais básicos como à
falta de creches gratuitas e em tempo integral e seus baixos salários.
Vamos todos, homens e mulheres trabalhadores, lutar para mudar isto!
Para mudar essa situação é necessária a organização de todas as
trabalhadoras e trabalhadores, pois somos os únicos capazes de dar um fim
a exploração e o machismo que só beneficia as grandes empresas. A
opressão e exploração só têm fim no socialismo, por isso a luta contra o
machismo também é uma luta contra o capitalismo.