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MANUAL DE ARMAMENTO E MANUSEIO SEGURO DE ARMAS DE FOGO
1. REGRAS DE SEGURANÇA
1. Escolher local seguro para o manuseio de uma arma de fogo;
2. A arma de fogo, carregada ou não JAMAIS deverá ser apontada para alguém;
3. A arma NUNCA deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança;
4. Trate a arma de fogo como se ela SEMPRE estivesse carregada;
5. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la;
6. Guarde a arma sempre em local seguro;
7. Ao manusear uma arma, faça-o SEMPRE com o dedo estendido ao longo da arma;
8. SEMPRE se certifique de que a arma esteja descarregada antes de qualquer
manuseio;
9. NUNCA deixe uma arma de forma descuidada;
10. Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de curiosos;
11. NUNCA teste as travas de segurança da arma, acionando a tecla do gatilho;
12. As travas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não
substitutos do bom senso;
13. NUNCA atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os projéteis podem
ricochetear;
14. NUNCA pegue ou receba uma arma, com o cano apontado em sua direção;
15. Ao mostrar uma arma para alguém, faça-o com o FERROLHO ABERTO e a arma SEM
o carregador e com a câmara VAZIA;
16. Aquilo que estiver no ângulo de 180º à frente da boca do cano será SEMPRE
passível de ser atingido;
17. SEMPRE que entregar uma arma a alguém, entregue-a descarregada;
18. SEMPRE que pegar uma arma, verifique se ela está realmente descarregada;
19. SEMPRE nesta ordem: Retirar o CARREGADOR e depois o cartucho da CÂMARA ao
descarregar uma arma de fogo. NÃO INVERTA NUNCA a sequência;
20. NUNCA transporte arma com o cão armado.
2. ARMA DE FOGO
2.1 CONCEITO Dispositivo que impele um ou vários projéteis através de um cano pela
pressão de gases em expansão produzidos por uma carga propelente em combustão.
2.2. CLASSIFICAÇÃO
2.2.1. Quanto à alma do cano
A alma é a parte oca do interior do cano de uma arma de fogo, que vai geralmente
desde a culatra até a boca do cano, destinada a resistir à pressão dos gases produzidos
pela combustão da pólvora e outros explosivos e a orientar o projétil. Pode ser lisa ou
estriada, dependendo do tipo de munição para o qual a arma foi projetada.
Alma raiada A alma é estriada quando o interior do cano tem sulcos helicoidais
dispostos no eixo longitudinal, destinados a forçar o projétil a um movimento de
rotação.
Alma lisa
É aquela isenta de estrias, com superfície absolutamente polida, como, por exemplo,
nas espingardas. As armas de alma lisa têm um sistema redutor (choque), acoplado ao
extremo do cano, que tem como finalidade controlar a dispersão dos bagos de
chumbo.
2.2.2. Quanto ao tamanho Armas Curtas:
Pistolas – Modernamente podemos conceituar pistola como arma curta, raiada,
portátil, semi-automática ou automática, de ação simples, ação dupla, dupla ação e
híbrida, com câmara no cano, a qual utiliza o carregador como receptáculo de
munição. Existem pistolas de repetição que não dispõem de carregador e cujo
carregamento é feito manualmente pelo atirador. Seu nome provém de Pistoia, um
velho centro de armeiros italianos.
Revólveres – Arma curta de alma raiada ou lisa, portátil, de repetição, na qual os
cartuchos são colocados em um cilindro giratório (tambor) atrás do cano, podendo o
mecanismo de disparo ser de ação simples ou dupla.
Armas Longas – Alma Raiada:
Rifles – Termo muito comum, de origem inglesa, que significa o mesmo que fuzil. Arma
longa, portátil que pode ser de uso militar/policial ou desportivo; de repetição, semi-
automática ou automática.
Fuzil de Assalto – Fuzil Militar de fogo seletivo de tamanho intermediário entre um
fuzil propriamente dito e uma carabina.
Carabina (Carbine) – Geralmente uma versão mais curta de um fuzil de dimensões
compactas, cujo cano é superior a 10 polegadas e inferior a 20 polegadas (geralmente
entre 16 e 18 polegadas).
Submetralhadora – Também conhecida no meio Militar como metralhadora de mão, é
classificada assim por possuir cano de até 10 polegadas de comprimento e utilizar
cartuchos de calibres equivalentes aos das pistolas semi-automáticas.
Metralhadora – Arma automática, que utiliza cartuchos de calibres equivalentes ou
superiores aos dos fuzis; geralmente necessita mais de uma pessoa para sua operação.
Armas Longas – Alma Lisa:
Espingardas - Arma longa, de alma lisa, que utiliza cartuchos de projéteis múltiplos ou
de caça.
2.2.3. Quanto ao sistema de carregamento
Antecarga – Qualquer arma de fogo que deva ser carregada pela boca do cano.
Retrocarga – Arma de fogo carregada pela parte de trás ou extremidade da culatra.
2.2.4. Quanto ao sistema de funcionamento
Repetição – Arma capaz de ser disparada mais de uma vez antes que seja necessário
recarregá-la, as operações de realimentação são feitas pela ação do atirador. Pode ser
equipada com carregador, tambor ou receptáculo (tubo).
Semi-automático – Sistema pelo qual a execução do tiro se dá pela ação do atirador
(um acionamento da tecla do gatilho para cada disparo); as operações de extração,
ejeção e realimentação se darão pelo reaproveitamento dos gases oriundos de cada
disparo.
Automático – Sistema pelo qual a arma, mediante o acionamento da tecla do gatilho e
enquanto esta estiver premida, atira continuamente, extraindo, ejetando e
realimentando a arma até que se esgote a munição de seu carregador ou cesse a
pressão sobre o gatilho. 2.2.5. Quanto ao sistema de acionamento
Ação simples – No acionamento do gatilho apenas uma operação ocorre, o disparo;
sendo que a operação de armar o conjunto de disparo já foi feita antes.
Ação dupla – No acionamento do gatilho ocorrem duas operações, a primeira é o
armar do conjunto de disparo e a segunda é o disparo propriamente dito.
Dupla ação – Sistema onde se faz possível a execução do tiro tanto em ação simples,
como em ação dupla.
Ação híbrida – A operação de armar o conjunto de disparo ocorre em duas etapas,
uma antes e outra depois do disparo.
3. MUNIÇÃO
3.1 DEFINIÇÃO É o conjunto de cartuchos necessários ou disponíveis para uma arma ou
uma ação qualquer em que serão usadas armas de fogo. O cartucho para arma de
defesa contém um tubo oco, geralmente de metal, com um propelente no seu interior;
em sua parte aberta fica preso o projétil e na sua base encontra-se o elemento de
iniciação. Este tubo, chamado estojo, além de unir mecanicamente as outras partes do
cartucho, tem formato externo apropriado para que a arma possa realizar suas
diversas operações, como carregamento e disparo. O projétil é uma massa, em geral
de liga de chumbo, que é arremessada a frente quando da detonação, é a única parte
do cartucho que passa pelo cano da arma e atinge o alvo. Para arremessar o projétil é
necessária uma grande quantidade de energia, que é obtida pelo propelente, durante
sua queima. O propelente utilizado nos cartuchos é a pólvora, que, ao queimar, produz
um grande volume de gases, gerando um aumento de pressão no interior do estojo,
suficiente para expelir o projétil.
Como a pólvora é relativamente estável, isto é, sua queima só ocorre quando sujeita a
certa quantidade de calor; o cartucho dispõe de um elemento iniciador, que é sensível
ao atrito e gera energia suficiente para dar início à queima do propelente. O elemento
iniciador geralmente está contido dentro da espoleta.
Um cartucho completo é composto de:
1 - projétil
2 - estojo
3 - propelente
4 – espoleta
3.2 PROJÉTIL
Projétil é qualquer sólido que pode ser ou foi arremessado, lançado. No universo das
armas de defesa, o projétil é a parte do cartucho que será lançada através do cano.
O projétil pode ser dividido em três partes:
Ponta: parte superior do projétil fica quase sempre exposta, fora do estojo;
Base: parte inferior do projétil, fica presa no estojo e está sujeita à ação dos gases
resultantes da queima da pólvora.
Corpo: cilíndrico, geralmente contém canaletas destinadas a receber graxa ou para
aumentar a fixação do projétil ao estojo.
Projéteis de Chumbo Como o nome indica, são projéteis construídos exclusivamente
com ligas desse metal. Podem ser encontrados diversos tipos de projéteis, destinados
aos mais diversos usos, os quais podemos classificar de acordo com o tipo de ponta e
tipo de base. 3.2.1 Tipos de pontas:
Ogival: uso geral, muito comum;
Canto-vivo: uso exclusivo para tiro ao alvo; tem carga reduzida e perfura o papel de
forma mais nítida;
Semi canto-vivo: uso geral;
3.2.3 Estojo
O estojo é o componente de união mecânica do cartucho, apesar de não ser essencial
ao disparo, já que algumas armas de fogo mais antigas dispensavam seu uso, trata-se
de um componente indispensável às armas modernas. O estojo possibilita que todos
os componentes necessários ao disparo fiquem unidos em uma peça, facilitando o
manejo da arma e acelera o intervalo em cada disparo. Atualmente a maioria dos
estojos são construídos em metais não-ferrosos, principalmente o latão (liga de cobre
e zinco), mas também são encontrados estojos construídos com diversos tipos de
materiais como plásticos (munição de treinamento e de espingardas), papelão
(espingardas) e outros. A forma do estojo é muito importante, pois as armas modernas
são construídas de forma a aproveitar as suas características físicas. Para fins didáticos,
o estojo será classificado nos seguintes tipos:
Quanto à forma do corpo:
Cilíndrico: o estojo mantém seu diâmetro por toda sua extensão;
Cônico: o estojo tem diâmetro menor na boca, é pouco comum; e
Garrafa: o estojo tem um estrangulamento (gargalo).
ESPINGARDA PUMP
GUARDA-MÃO
CARREGADOR TUBULAR
CANO
CORONHA COM SOLEIRA
JANELA DE EJEÇÃO E CABEÇA DO FELHO
GUARDA-MATO E GATILHO
NORMAS DE SEGURANÇA COM ARMAS DE FOGO
Porque os acidentes não acontecem só aos outros e também porque uma arma de
fogo é um objeto que tanto nos pode dar muito prazer como nos pode dar muita
tristeza e situações irremediáveis, nunca é demais (re)lembrar as normas de
segurança que devem ser respeitadas quando da sua utilização e SEMPRE.
É verdade que, felizmente, a ocorrência de acidentes com armas de fogo não é vulgar
no nosso país e que são raros os acontecimentos deste tipo. Mas é também verdade
que quando acontecem têm consequências graves e irreversíveis.
Assim passaremos a expor as regras de segurança que devem ser observadas em três
momentos distintos da nossa relação com as armas de fogo: na sua detenção
domiciliária, no seu transporte para os diferentes locais e momentos de utilização
bem como no regresso, e em situação de caça ou tiro desportivo.
NA DETENÇÃO DOMICILIÁRIA
Uma arma de fogo é por si só um atrativo para as crianças que, numa residência,
saibam da sua existência. Para além disso são igual atrativo para os amigos do alheio
que sempre que podem, deitam a mão ao que não é seu. Ar armas de fogo devem,
por isso, ser armazenadas em local seguro que evite a curiosidade de uns e a
intromissão de outros.
1. Em casa deverá guardar as suas armas descarregadas, dentro de estojo
apropriado, com cadeado de gatilho e removendo partes extraíveis que
impossibilitem o seu funcionamento (fuste no caso das caçadeiras e culatra
amovível no caso das carabinas de repetição tiro a tiro), isto se for proprietário de
um máximo de duas armas da classe D ou C .
2. No caso de ser proprietário de mais de duas armas de qualquer das classes
mencionadas deverá armazená-las num armeiro de segurança, tipo cofre forte, que
não seja possível mover (deverá estar rigidamente fixo à parede e ao chão) ou em
alternativa numa casa forte construída ou adaptada para o efeito. Esta é uma
imposição legal da Lei das Armas, para além de ser uma norma de segurança.
3. Verifique periodicamente o estado das armas que detém. Se não detém
conhecimentos específicos para o efeito, peça ao seu Armeiro para o fazer por si.
4. Não exiba as suas armas a terceiros que não sejam caçadores ou atiradores, pois
que não sendo conhecedores, podem usar esse tipo de informação de forma a
causar-lhe problemas, mesmo sem intenção e de forma inconsciente.
5. De igual modo não exiba as suas armas na presença de crianças, suas ou alheias,
por motivos óbvios. Se tem filhos e pretende que sigam os seus desportos e hobies,
espere pela idade apropriada para lhes começar a transmitir a formação necessária
para este efeito.
6. Armazene as munições das suas armas em local seguro, distinto daquele onde
guarda as armas, em ambiente com humidade controlada (a humidade pode alterar
as características das munições) e fechadas à chave. É usual deter um cofre
semelhante aos das armas para armazenar as munições.
7. Utilize apenas munições dos calibres correctos para cada arma. Se dispõe de vários
calibres separe e etiquete as suas caixas de munições de forma a identificar
facilmente o calibre da munição que contêm. Não se esqueça que no caso das
carabinas diferentes calibres utilizam cápsulas da mesma dimensão (p. ex. os .270 ,
30-06 e 9,3X62 ) pelo que a utilização de uma munição de calibre menor num cano de
calibre maior pode ter consequências graves.
8. Nunca armazene grandes quantidades de munições com o objectivo de durarem
para muito tempo. Para além de haver limites máximos legais para o
armazenamento domiciliário das munições, a sua detenção prolongada causa
alterações nas cargas de pólvora. Quando estas apresentarem um aspecto "velho"
(demasiado oxidadas no seu exterior ou com verdete) devem ser inutilizadas e não
devem ser disparadas nas armas a que se destinavam.
9. Trate sempre qualquer arma como se estivesse carregada. Sempre que lhe pegar
verifique se está municiada e actue em conformidade. Não se esqueça que a maioria
dos acidentes acontece com armas descarregadas.
10. Durante os períodos de defeso ou fora das provas desportivas, pratique o
máximo possível coma as suas armas, em campo de tiro apropriado ou em local
autorizado para o efeito. Quanto melhor conhecer as suas armas mais segura será a
sua utilização.
DURANTE O SEU TRANSPORTE
As armas têm de ser transportadas tal como se encontra previsto na Lei, ou seja
acondicionadas dentro de estojo próprio e com cadeado de gatilho o qual só deve ser
removido no local da sua utilização. Para além disso há algumas regras básicas que
nos podem facilitar a segurança, como as que a seguir se indicam:
1. Quando viajar de automóvel, acondicione o estojo ou mala da arma junto com a
sua bagagem de forma equilibrada e segura. Em caso de acidente a sua arma, mesmo
sem disparar, pode causar-lhe ferimentos graves.
2. Se viajar de avião a arma deve ser acondicionada em mala específica fechada à
chave ou com cadeado exterior de segurança, estando sujeita a procedimentos
específicos conforme o país de destino e de acordo com as normas de segurança
aeroportuárias. Informe-se previamente junto das autoridades nacionais e da
respectiva companhia de aviação, com alguma antecedência, a fim de poder
atempadamente cumprir com todos os requisitos.
3. Nunca deixe a sua arma à vista dentro de qualquer meio de transporte. Se tiver de
se ausentar do veículo durante algum tempo, tenha o cuidado de não deixar a
mala/estojo á vista do exterior e se a ausência for prolongada providencie para que
alguém observe o veiculo com alguma frequência.
4. Se a deslocação implicar passar a noite num hotel ou outro local, nunca deixe a
arma dentro do carro durante a noite. Faça-se acompanhar dela e deposite-a no
cofre do hotel ou, em alternativa, junto a si no quarto onde dorme.
5. Quando em viatura automóvel, transporte as munições separadas da sua
arma, correctamente acondicionadas em caixa própria e em local onde considere ser
improvável que sofram grandes choques ou possam incendiar-se, em caso de
acidente.
EM SITUAÇÃO DE CAÇA OU TIRO
Estas serão, provavelmente as normas de segurança mais importantes pois
condicionam completamente a utilização das nossas armas de fogo. São elas que
fazem a distinção entre uma utilização segura e responsável e uma utilização
perigosa e irresponsável.
1. Durante o acto venatório retire a bandoleira à sua arma.
2. Se a sua arma tiver um sistema de fecho basculante, ao fechá-la dirija os canos
para o chão. Levante a coronha, em vez dos canos.
3. Quando em deslocação nunca transporte a sua arma com os canos na horizontal.
Dirija-os para o chão ou para o ar .
4. Quando em acto de caça não se desloque segurando a arma com o dedo no
gatilho.
5. Antes de municiar a sua arma verifique sempre o estado do(s) cano(s) e da
câmara, procurando eventuais obstruções.
6. Nunca suba a uma árvore, salte uma vala ou uma cerca com a arma carregada.
Não confie na segurança e retire as munições das câmaras.
7. Nunca pegue numa arma com o cano virado para si.
8. Depois de uma queda ou de uma passagem mais difícil, no meio do mato,
verifique o interior dos canos antes de disparar.
9. Nunca encoste uma arma a um carro, a uma árvore ou a uma parede; é quase
certo que vai cair. Se estiver carregada pode disparar-se e atingir alguém.
10. Identifique com clareza o alvo antes de disparar. Não atire ao vulto. Conheça
bem o aspecto físico dos animais que está a caçar.
11. Nunca atire contra superfícies planas e duras ou para a água. Lembre-se que os
projecteis podem fazer ricochete.
12. Na caça maior e usando carabina, nunca faça tiros rasantes, isto é para as cristas
ou cumeadas, garantindo que a bala fique sempre retida num obstáculo sólido ou no
solo.
13. Nunca aponte uma arma a nada a que não tenha intenção de atirar.
14. Utilize apenas as munições autorizadas e apropriadas à espécie que pretende
caçar. Conheça bem as munições próprias para a sua arma.
15. Nunca dispare para uma moita ou para dentro de mato cerrado (nunca se sabe o
que está por trás).
16. Nunca dispare na direcção de pessoas (mesmo que elas lhe pareçam fora do
alcance).
Quando em presença de caça colectiva, nomeadamente em batidas (de caça maior
ou menor) e em Montarias há ainda algumas regras de segurança acessórias e da
maior importância:
17. Os caçadores devem colocar-se voltados para a área a bater e sempre junto
desta.
18. Devem assinalar a sua localização aos postos adjacentes e garantir a sua
permanente visibilidade.
19. Nunca devem atirar ou “correr a mão” em direcção dos outros postos.
20. Devem evitar a todo custo atirar para dentro da mancha a bater/caçar. Deverão
deixar sair os animais da mancha e atirar só depois destes terem ultrapassado a linha
de postos. Não se esqueça que é preferível perder um animal do que atingir um
companheiro.
21. Nunca devem abandonar o posto antes do sinal que indica o fim da batida ou
montaria ou antes que o postor o recolha.
22. Sendo dever de qualquer caçador responsável procurar um animal que tenha
ferido, este trabalho apenas deverá ser realizado depois de terminada a montaria ou
abatida, fazendo-se acompanhar de outra pessoa e avisando os responsáveis pela
organização.
23. As armas devem obrigatoriamente ser descarregadas logo que que seja audível o
sinal de fim da montaria/batida ou logo que o postor esteja visível. A partir deste
momento deverá ser expressamente proibido atirar a qualquer animal que se
apresente.
24. Mesmo quando em acto de caça nunca entre numa viatura, casa ou tenda com
uma arma carregada.
Finalmente resta-nos acrescentar mais uma ou outra regra de carácter geral mas
igualmente importante, tal como:
Não se fie na segurança da arma, mas use-a sempre!
Nunca misture bebidas alcoólicas com armas.
Não existe prudência em excesso. A maioria dos acidentes de caça deve-se a
imprudências.
Respeite e cumpra escrupulosamente as leis relativas à posse e utilização de armas.
O caçador é totalmente responsável pelos seus actos. Ferir alguém é dramático.
Matar é trágico. Tenha sempre presente esta facto: uma desatenção, um erro,
podem, numa fracção de segundos resultar numa tragédia irreversível que pode
espalhar a dor e o luto em duas famílias - a da vítima, mas também a do culpado.
3 - Efectuar procedimentos de segurança sobre uma arma: "Tudo o que fizerem tem de
se falar o que se faz, em voz alta"....
(1º tirar cadeado de gatilho,
2º pegar pelo fuste,
3º verificar se está em segurança,
4º abrir a arma,
5º olhar a câmara(s),
6º verificar se está desobstruída (para as de báscula),
7º palpar com o dedo mínimo a câmara (para as semiautomáticas),
8º no caso da semiautomática pedir ao júri se pode espreitar pela boca, apoiando a
coronha na biqueira da bota,
9º Fechar a arma,
10º efetuar o disparo de segurança, ("sempre com os canos virados para o quadro de
ardósia que tem escrito "Area de Segurança"!!"), e
11º depois colocar a arma no armeiro e
12º colocar o cadeado de gatilho. (vale 30%).
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
20 - Indique as partes essenciais de uma arma de fogo semi-automática?
a) Culatra, estojo de limpeza, coronha com caixa de mecanismos de disparar e ejector
e porta cartuchos;
b)Culatra, coronha com caixa dos mecanismos de disparar e ejector e porta cartuchos,
cano, estojo de limpeza.
c) Culatra, coronha com caixa dos mecanismos de disparar e ejector e porta
cartuchos, cano, fuste ou guarda mão, tampa do carregador.
d) Coronha com caixa de mecanismos de disparar e ejector e porta-cartuchos, canos,
estojo de limpeza.

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Manual de armamento e manuseio seguro de armas de fogo

  • 1. Associação de Caçadores de Mondim MANUAL DE ARMAMENTO E MANUSEIO SEGURO DE ARMAS DE FOGO 1. REGRAS DE SEGURANÇA 1. Escolher local seguro para o manuseio de uma arma de fogo; 2. A arma de fogo, carregada ou não JAMAIS deverá ser apontada para alguém; 3. A arma NUNCA deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança; 4. Trate a arma de fogo como se ela SEMPRE estivesse carregada; 5. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la; 6. Guarde a arma sempre em local seguro; 7. Ao manusear uma arma, faça-o SEMPRE com o dedo estendido ao longo da arma; 8. SEMPRE se certifique de que a arma esteja descarregada antes de qualquer manuseio; 9. NUNCA deixe uma arma de forma descuidada; 10. Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de curiosos; 11. NUNCA teste as travas de segurança da arma, acionando a tecla do gatilho; 12. As travas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não substitutos do bom senso; 13. NUNCA atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os projéteis podem ricochetear; 14. NUNCA pegue ou receba uma arma, com o cano apontado em sua direção; 15. Ao mostrar uma arma para alguém, faça-o com o FERROLHO ABERTO e a arma SEM o carregador e com a câmara VAZIA; 16. Aquilo que estiver no ângulo de 180º à frente da boca do cano será SEMPRE passível de ser atingido; 17. SEMPRE que entregar uma arma a alguém, entregue-a descarregada; 18. SEMPRE que pegar uma arma, verifique se ela está realmente descarregada; 19. SEMPRE nesta ordem: Retirar o CARREGADOR e depois o cartucho da CÂMARA ao descarregar uma arma de fogo. NÃO INVERTA NUNCA a sequência;
  • 2. 20. NUNCA transporte arma com o cão armado. 2. ARMA DE FOGO 2.1 CONCEITO Dispositivo que impele um ou vários projéteis através de um cano pela pressão de gases em expansão produzidos por uma carga propelente em combustão. 2.2. CLASSIFICAÇÃO 2.2.1. Quanto à alma do cano A alma é a parte oca do interior do cano de uma arma de fogo, que vai geralmente desde a culatra até a boca do cano, destinada a resistir à pressão dos gases produzidos pela combustão da pólvora e outros explosivos e a orientar o projétil. Pode ser lisa ou estriada, dependendo do tipo de munição para o qual a arma foi projetada. Alma raiada A alma é estriada quando o interior do cano tem sulcos helicoidais dispostos no eixo longitudinal, destinados a forçar o projétil a um movimento de rotação. Alma lisa É aquela isenta de estrias, com superfície absolutamente polida, como, por exemplo, nas espingardas. As armas de alma lisa têm um sistema redutor (choque), acoplado ao extremo do cano, que tem como finalidade controlar a dispersão dos bagos de chumbo. 2.2.2. Quanto ao tamanho Armas Curtas: Pistolas – Modernamente podemos conceituar pistola como arma curta, raiada, portátil, semi-automática ou automática, de ação simples, ação dupla, dupla ação e híbrida, com câmara no cano, a qual utiliza o carregador como receptáculo de munição. Existem pistolas de repetição que não dispõem de carregador e cujo carregamento é feito manualmente pelo atirador. Seu nome provém de Pistoia, um velho centro de armeiros italianos. Revólveres – Arma curta de alma raiada ou lisa, portátil, de repetição, na qual os cartuchos são colocados em um cilindro giratório (tambor) atrás do cano, podendo o mecanismo de disparo ser de ação simples ou dupla. Armas Longas – Alma Raiada: Rifles – Termo muito comum, de origem inglesa, que significa o mesmo que fuzil. Arma longa, portátil que pode ser de uso militar/policial ou desportivo; de repetição, semi- automática ou automática.
  • 3. Fuzil de Assalto – Fuzil Militar de fogo seletivo de tamanho intermediário entre um fuzil propriamente dito e uma carabina. Carabina (Carbine) – Geralmente uma versão mais curta de um fuzil de dimensões compactas, cujo cano é superior a 10 polegadas e inferior a 20 polegadas (geralmente entre 16 e 18 polegadas). Submetralhadora – Também conhecida no meio Militar como metralhadora de mão, é classificada assim por possuir cano de até 10 polegadas de comprimento e utilizar cartuchos de calibres equivalentes aos das pistolas semi-automáticas. Metralhadora – Arma automática, que utiliza cartuchos de calibres equivalentes ou superiores aos dos fuzis; geralmente necessita mais de uma pessoa para sua operação. Armas Longas – Alma Lisa: Espingardas - Arma longa, de alma lisa, que utiliza cartuchos de projéteis múltiplos ou de caça. 2.2.3. Quanto ao sistema de carregamento Antecarga – Qualquer arma de fogo que deva ser carregada pela boca do cano. Retrocarga – Arma de fogo carregada pela parte de trás ou extremidade da culatra. 2.2.4. Quanto ao sistema de funcionamento Repetição – Arma capaz de ser disparada mais de uma vez antes que seja necessário recarregá-la, as operações de realimentação são feitas pela ação do atirador. Pode ser equipada com carregador, tambor ou receptáculo (tubo). Semi-automático – Sistema pelo qual a execução do tiro se dá pela ação do atirador (um acionamento da tecla do gatilho para cada disparo); as operações de extração, ejeção e realimentação se darão pelo reaproveitamento dos gases oriundos de cada disparo. Automático – Sistema pelo qual a arma, mediante o acionamento da tecla do gatilho e enquanto esta estiver premida, atira continuamente, extraindo, ejetando e realimentando a arma até que se esgote a munição de seu carregador ou cesse a pressão sobre o gatilho. 2.2.5. Quanto ao sistema de acionamento Ação simples – No acionamento do gatilho apenas uma operação ocorre, o disparo; sendo que a operação de armar o conjunto de disparo já foi feita antes. Ação dupla – No acionamento do gatilho ocorrem duas operações, a primeira é o armar do conjunto de disparo e a segunda é o disparo propriamente dito. Dupla ação – Sistema onde se faz possível a execução do tiro tanto em ação simples, como em ação dupla.
  • 4. Ação híbrida – A operação de armar o conjunto de disparo ocorre em duas etapas, uma antes e outra depois do disparo. 3. MUNIÇÃO 3.1 DEFINIÇÃO É o conjunto de cartuchos necessários ou disponíveis para uma arma ou uma ação qualquer em que serão usadas armas de fogo. O cartucho para arma de defesa contém um tubo oco, geralmente de metal, com um propelente no seu interior; em sua parte aberta fica preso o projétil e na sua base encontra-se o elemento de iniciação. Este tubo, chamado estojo, além de unir mecanicamente as outras partes do cartucho, tem formato externo apropriado para que a arma possa realizar suas diversas operações, como carregamento e disparo. O projétil é uma massa, em geral de liga de chumbo, que é arremessada a frente quando da detonação, é a única parte do cartucho que passa pelo cano da arma e atinge o alvo. Para arremessar o projétil é necessária uma grande quantidade de energia, que é obtida pelo propelente, durante sua queima. O propelente utilizado nos cartuchos é a pólvora, que, ao queimar, produz um grande volume de gases, gerando um aumento de pressão no interior do estojo, suficiente para expelir o projétil. Como a pólvora é relativamente estável, isto é, sua queima só ocorre quando sujeita a certa quantidade de calor; o cartucho dispõe de um elemento iniciador, que é sensível ao atrito e gera energia suficiente para dar início à queima do propelente. O elemento iniciador geralmente está contido dentro da espoleta. Um cartucho completo é composto de: 1 - projétil 2 - estojo 3 - propelente 4 – espoleta 3.2 PROJÉTIL Projétil é qualquer sólido que pode ser ou foi arremessado, lançado. No universo das armas de defesa, o projétil é a parte do cartucho que será lançada através do cano. O projétil pode ser dividido em três partes: Ponta: parte superior do projétil fica quase sempre exposta, fora do estojo; Base: parte inferior do projétil, fica presa no estojo e está sujeita à ação dos gases resultantes da queima da pólvora. Corpo: cilíndrico, geralmente contém canaletas destinadas a receber graxa ou para aumentar a fixação do projétil ao estojo. Projéteis de Chumbo Como o nome indica, são projéteis construídos exclusivamente com ligas desse metal. Podem ser encontrados diversos tipos de projéteis, destinados aos mais diversos usos, os quais podemos classificar de acordo com o tipo de ponta e tipo de base. 3.2.1 Tipos de pontas: Ogival: uso geral, muito comum;
  • 5. Canto-vivo: uso exclusivo para tiro ao alvo; tem carga reduzida e perfura o papel de forma mais nítida; Semi canto-vivo: uso geral; 3.2.3 Estojo O estojo é o componente de união mecânica do cartucho, apesar de não ser essencial ao disparo, já que algumas armas de fogo mais antigas dispensavam seu uso, trata-se de um componente indispensável às armas modernas. O estojo possibilita que todos os componentes necessários ao disparo fiquem unidos em uma peça, facilitando o manejo da arma e acelera o intervalo em cada disparo. Atualmente a maioria dos estojos são construídos em metais não-ferrosos, principalmente o latão (liga de cobre e zinco), mas também são encontrados estojos construídos com diversos tipos de materiais como plásticos (munição de treinamento e de espingardas), papelão (espingardas) e outros. A forma do estojo é muito importante, pois as armas modernas são construídas de forma a aproveitar as suas características físicas. Para fins didáticos, o estojo será classificado nos seguintes tipos: Quanto à forma do corpo: Cilíndrico: o estojo mantém seu diâmetro por toda sua extensão; Cônico: o estojo tem diâmetro menor na boca, é pouco comum; e Garrafa: o estojo tem um estrangulamento (gargalo). ESPINGARDA PUMP GUARDA-MÃO CARREGADOR TUBULAR CANO CORONHA COM SOLEIRA JANELA DE EJEÇÃO E CABEÇA DO FELHO GUARDA-MATO E GATILHO
  • 6. NORMAS DE SEGURANÇA COM ARMAS DE FOGO Porque os acidentes não acontecem só aos outros e também porque uma arma de fogo é um objeto que tanto nos pode dar muito prazer como nos pode dar muita tristeza e situações irremediáveis, nunca é demais (re)lembrar as normas de segurança que devem ser respeitadas quando da sua utilização e SEMPRE. É verdade que, felizmente, a ocorrência de acidentes com armas de fogo não é vulgar no nosso país e que são raros os acontecimentos deste tipo. Mas é também verdade que quando acontecem têm consequências graves e irreversíveis. Assim passaremos a expor as regras de segurança que devem ser observadas em três momentos distintos da nossa relação com as armas de fogo: na sua detenção
  • 7. domiciliária, no seu transporte para os diferentes locais e momentos de utilização bem como no regresso, e em situação de caça ou tiro desportivo. NA DETENÇÃO DOMICILIÁRIA Uma arma de fogo é por si só um atrativo para as crianças que, numa residência, saibam da sua existência. Para além disso são igual atrativo para os amigos do alheio que sempre que podem, deitam a mão ao que não é seu. Ar armas de fogo devem, por isso, ser armazenadas em local seguro que evite a curiosidade de uns e a intromissão de outros. 1. Em casa deverá guardar as suas armas descarregadas, dentro de estojo apropriado, com cadeado de gatilho e removendo partes extraíveis que impossibilitem o seu funcionamento (fuste no caso das caçadeiras e culatra amovível no caso das carabinas de repetição tiro a tiro), isto se for proprietário de um máximo de duas armas da classe D ou C . 2. No caso de ser proprietário de mais de duas armas de qualquer das classes mencionadas deverá armazená-las num armeiro de segurança, tipo cofre forte, que não seja possível mover (deverá estar rigidamente fixo à parede e ao chão) ou em alternativa numa casa forte construída ou adaptada para o efeito. Esta é uma imposição legal da Lei das Armas, para além de ser uma norma de segurança. 3. Verifique periodicamente o estado das armas que detém. Se não detém conhecimentos específicos para o efeito, peça ao seu Armeiro para o fazer por si. 4. Não exiba as suas armas a terceiros que não sejam caçadores ou atiradores, pois que não sendo conhecedores, podem usar esse tipo de informação de forma a causar-lhe problemas, mesmo sem intenção e de forma inconsciente. 5. De igual modo não exiba as suas armas na presença de crianças, suas ou alheias, por motivos óbvios. Se tem filhos e pretende que sigam os seus desportos e hobies, espere pela idade apropriada para lhes começar a transmitir a formação necessária para este efeito. 6. Armazene as munições das suas armas em local seguro, distinto daquele onde guarda as armas, em ambiente com humidade controlada (a humidade pode alterar as características das munições) e fechadas à chave. É usual deter um cofre semelhante aos das armas para armazenar as munições. 7. Utilize apenas munições dos calibres correctos para cada arma. Se dispõe de vários calibres separe e etiquete as suas caixas de munições de forma a identificar facilmente o calibre da munição que contêm. Não se esqueça que no caso das carabinas diferentes calibres utilizam cápsulas da mesma dimensão (p. ex. os .270 , 30-06 e 9,3X62 ) pelo que a utilização de uma munição de calibre menor num cano de calibre maior pode ter consequências graves.
  • 8. 8. Nunca armazene grandes quantidades de munições com o objectivo de durarem para muito tempo. Para além de haver limites máximos legais para o armazenamento domiciliário das munições, a sua detenção prolongada causa alterações nas cargas de pólvora. Quando estas apresentarem um aspecto "velho" (demasiado oxidadas no seu exterior ou com verdete) devem ser inutilizadas e não devem ser disparadas nas armas a que se destinavam. 9. Trate sempre qualquer arma como se estivesse carregada. Sempre que lhe pegar verifique se está municiada e actue em conformidade. Não se esqueça que a maioria dos acidentes acontece com armas descarregadas. 10. Durante os períodos de defeso ou fora das provas desportivas, pratique o máximo possível coma as suas armas, em campo de tiro apropriado ou em local autorizado para o efeito. Quanto melhor conhecer as suas armas mais segura será a sua utilização. DURANTE O SEU TRANSPORTE As armas têm de ser transportadas tal como se encontra previsto na Lei, ou seja acondicionadas dentro de estojo próprio e com cadeado de gatilho o qual só deve ser removido no local da sua utilização. Para além disso há algumas regras básicas que nos podem facilitar a segurança, como as que a seguir se indicam: 1. Quando viajar de automóvel, acondicione o estojo ou mala da arma junto com a sua bagagem de forma equilibrada e segura. Em caso de acidente a sua arma, mesmo sem disparar, pode causar-lhe ferimentos graves. 2. Se viajar de avião a arma deve ser acondicionada em mala específica fechada à chave ou com cadeado exterior de segurança, estando sujeita a procedimentos específicos conforme o país de destino e de acordo com as normas de segurança aeroportuárias. Informe-se previamente junto das autoridades nacionais e da respectiva companhia de aviação, com alguma antecedência, a fim de poder atempadamente cumprir com todos os requisitos. 3. Nunca deixe a sua arma à vista dentro de qualquer meio de transporte. Se tiver de se ausentar do veículo durante algum tempo, tenha o cuidado de não deixar a mala/estojo á vista do exterior e se a ausência for prolongada providencie para que alguém observe o veiculo com alguma frequência. 4. Se a deslocação implicar passar a noite num hotel ou outro local, nunca deixe a arma dentro do carro durante a noite. Faça-se acompanhar dela e deposite-a no cofre do hotel ou, em alternativa, junto a si no quarto onde dorme. 5. Quando em viatura automóvel, transporte as munições separadas da sua arma, correctamente acondicionadas em caixa própria e em local onde considere ser improvável que sofram grandes choques ou possam incendiar-se, em caso de acidente.
  • 9. EM SITUAÇÃO DE CAÇA OU TIRO Estas serão, provavelmente as normas de segurança mais importantes pois condicionam completamente a utilização das nossas armas de fogo. São elas que fazem a distinção entre uma utilização segura e responsável e uma utilização perigosa e irresponsável. 1. Durante o acto venatório retire a bandoleira à sua arma. 2. Se a sua arma tiver um sistema de fecho basculante, ao fechá-la dirija os canos para o chão. Levante a coronha, em vez dos canos. 3. Quando em deslocação nunca transporte a sua arma com os canos na horizontal. Dirija-os para o chão ou para o ar . 4. Quando em acto de caça não se desloque segurando a arma com o dedo no gatilho. 5. Antes de municiar a sua arma verifique sempre o estado do(s) cano(s) e da câmara, procurando eventuais obstruções. 6. Nunca suba a uma árvore, salte uma vala ou uma cerca com a arma carregada. Não confie na segurança e retire as munições das câmaras. 7. Nunca pegue numa arma com o cano virado para si. 8. Depois de uma queda ou de uma passagem mais difícil, no meio do mato, verifique o interior dos canos antes de disparar. 9. Nunca encoste uma arma a um carro, a uma árvore ou a uma parede; é quase certo que vai cair. Se estiver carregada pode disparar-se e atingir alguém. 10. Identifique com clareza o alvo antes de disparar. Não atire ao vulto. Conheça bem o aspecto físico dos animais que está a caçar. 11. Nunca atire contra superfícies planas e duras ou para a água. Lembre-se que os projecteis podem fazer ricochete. 12. Na caça maior e usando carabina, nunca faça tiros rasantes, isto é para as cristas ou cumeadas, garantindo que a bala fique sempre retida num obstáculo sólido ou no solo. 13. Nunca aponte uma arma a nada a que não tenha intenção de atirar. 14. Utilize apenas as munições autorizadas e apropriadas à espécie que pretende caçar. Conheça bem as munições próprias para a sua arma.
  • 10. 15. Nunca dispare para uma moita ou para dentro de mato cerrado (nunca se sabe o que está por trás). 16. Nunca dispare na direcção de pessoas (mesmo que elas lhe pareçam fora do alcance). Quando em presença de caça colectiva, nomeadamente em batidas (de caça maior ou menor) e em Montarias há ainda algumas regras de segurança acessórias e da maior importância: 17. Os caçadores devem colocar-se voltados para a área a bater e sempre junto desta. 18. Devem assinalar a sua localização aos postos adjacentes e garantir a sua permanente visibilidade. 19. Nunca devem atirar ou “correr a mão” em direcção dos outros postos. 20. Devem evitar a todo custo atirar para dentro da mancha a bater/caçar. Deverão deixar sair os animais da mancha e atirar só depois destes terem ultrapassado a linha de postos. Não se esqueça que é preferível perder um animal do que atingir um companheiro. 21. Nunca devem abandonar o posto antes do sinal que indica o fim da batida ou montaria ou antes que o postor o recolha. 22. Sendo dever de qualquer caçador responsável procurar um animal que tenha ferido, este trabalho apenas deverá ser realizado depois de terminada a montaria ou abatida, fazendo-se acompanhar de outra pessoa e avisando os responsáveis pela organização. 23. As armas devem obrigatoriamente ser descarregadas logo que que seja audível o sinal de fim da montaria/batida ou logo que o postor esteja visível. A partir deste momento deverá ser expressamente proibido atirar a qualquer animal que se apresente. 24. Mesmo quando em acto de caça nunca entre numa viatura, casa ou tenda com uma arma carregada. Finalmente resta-nos acrescentar mais uma ou outra regra de carácter geral mas igualmente importante, tal como: Não se fie na segurança da arma, mas use-a sempre! Nunca misture bebidas alcoólicas com armas. Não existe prudência em excesso. A maioria dos acidentes de caça deve-se a imprudências.
  • 11. Respeite e cumpra escrupulosamente as leis relativas à posse e utilização de armas. O caçador é totalmente responsável pelos seus actos. Ferir alguém é dramático. Matar é trágico. Tenha sempre presente esta facto: uma desatenção, um erro, podem, numa fracção de segundos resultar numa tragédia irreversível que pode espalhar a dor e o luto em duas famílias - a da vítima, mas também a do culpado. 3 - Efectuar procedimentos de segurança sobre uma arma: "Tudo o que fizerem tem de se falar o que se faz, em voz alta".... (1º tirar cadeado de gatilho, 2º pegar pelo fuste, 3º verificar se está em segurança, 4º abrir a arma, 5º olhar a câmara(s), 6º verificar se está desobstruída (para as de báscula), 7º palpar com o dedo mínimo a câmara (para as semiautomáticas), 8º no caso da semiautomática pedir ao júri se pode espreitar pela boca, apoiando a coronha na biqueira da bota, 9º Fechar a arma, 10º efetuar o disparo de segurança, ("sempre com os canos virados para o quadro de ardósia que tem escrito "Area de Segurança"!!"), e 11º depois colocar a arma no armeiro e 12º colocar o cadeado de gatilho. (vale 30%). -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 20 - Indique as partes essenciais de uma arma de fogo semi-automática? a) Culatra, estojo de limpeza, coronha com caixa de mecanismos de disparar e ejector e porta cartuchos; b)Culatra, coronha com caixa dos mecanismos de disparar e ejector e porta cartuchos, cano, estojo de limpeza. c) Culatra, coronha com caixa dos mecanismos de disparar e ejector e porta cartuchos, cano, fuste ou guarda mão, tampa do carregador.
  • 12. d) Coronha com caixa de mecanismos de disparar e ejector e porta-cartuchos, canos, estojo de limpeza.