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Macabéas
A HORA DA ESTRELA –
CLARICE LISPECTOR
“a todos esses que em mim
atingiram zonas
assustadoramente inesperadas,
todos esses profetas do
presente e que a mim me
vaticinaram a mim mesmo a
ponto de eu neste instante
explodir em: eu.” (LISPECTOR,
Dedicatória da autora, 1998)
“Felicidade? Nunca vi palavra
mais doida, inventada pelas
nordestinas que andam pelos
montes.” (LISPECTOR, 1998, p.
12)
“É que numa rua do Rio de
Janeiro peguei no ar de relance o
sentimento de perdição no rosto
de uma moça nordestina.”
(LISPECTOR, 1998, p. 12)
“Quem vive sabe, mesmo sem
saber que sabe.” (LISPECTOR, 1998,
p. 12)
“Porque há o direito ao grito.
Então eu grito.” (LISPECTOR,
1998, p. 13)
“Um meio de obter é não
procurar, um meio de ter é o de
não pedir e somente acreditar
que o silêncio que eu creio em
mim é resposta a meu – a meu
mistério.” (LISPECTOR, 1998, p.
14)
“Quem já não se perguntou: sou
um monstro ou isto é ser uma
pessoa?” (LISPECTOR, 1998,
p. 15)
“As fracas aventuras de uma moça
numa cidade toda feita contra
ela.” (LISPECTOR, 1998, p. 15)
“E quero aceitar minha
liberdade sem pensar o que
muitos acham: que existir é
coisa de doido, caso de
loucura. Porque parece. Existir
não é lógico.” (LISPECTOR,
1998, p. 20)
“Ela era de leve como uma
idiota, só que não era.”
(LISPECTOR, 1998, p. 26)
“Não sabia que era infeliz. É
porque ela acreditava. Em quê?
Em vós, mas não é preciso
acreditar em alguém ou alguma
coisa – basta acreditar. Isso lhe
dava às vezes estado de graça.
Nunca perdera a fé.”
(LISPECTOR, 1998, p. 26)
“Sim, é verdade, às vezes
também penso que eu não
sou eu, pareço pertencer a
uma galáxia longínqua de tão
estranho que sou de mim. Sou
eu? Espanto-me com o meu
encontro.” (LISPECTOR,
1998, p.37)
“Sim, ela era alegrezinha dentro
de sua neurose. Neurose de
guerra.” (LISPECTOR, 1998. p.
36)
“Ela acreditava em anjo e,
porque acreditava, eles
existiam.” (LISPECTOR, 1998,
p. 40)
“Que se há de fazer com a
verdade de que todo mundo é
um pouco triste e um pouco
só.” (LISPECTOR, 1998, p.
40)
“- Falar então de quê?
- Por exemplo, de você.
- Eu?!
- Por que esse espanto? Você
não é gente? Gente fala de
gente.
- Desculpe mas não acho que
sou muito gente.”
(LISPECTOR, 1998, p. 48)
“- Sabe o que mais aprendi?
Eles disseram que devia ter
alegria de viver. Então eu
tenho.” (LISPECTOR, 1998, p.
51)
“Ele falava coisas grandes mas
ela prestava atenção nas
coisas insignificantes como ela
própria.” (LISPECTOR, 1998,
p. 52)
“Já que ninguém lhe dava festa,
muito menos noivado, daria
uma festa pra si mesma. A
festa consistiu em comprar
sem necessidade um batom
novo, não cor-de-rosa como o
que usava, mas vermelho
vivante.” (LISPECTOR, 1998,
p. 62)
“Assim como ninguém lhe ensinaria
um dia a morrer: na certa morreria um
dia como se antes tivesse estudado
de cor a representação do papel de
estrela. Pois na hora da morte a
pessoa se torna brilhante estrela de
cinema, é o instante de glória de cada
um e é quando como no canto coral
se ouvem agudos sibilantes.”
(LISPECTOR, 1998, p. 29)
Agradecimentos às Macabeas
Daniella, estudante de Relações
Internacionais
Sandra Cavalcanti, nossa
querida professora
Ana Beatriz, do grupo e do
amor
Edméia, futura professora
Natália, estudante de filosofia,
da luta
Luiza Lyra, do grupo, das
Relações Internacionais, do
amor
Policiais, da rua
Luiza, estudante da história
Thaís Araújo, artista de nome e
Arabie, futura professora
Tia Francis, tia de Luiza
Júlia, colega da Letras
Vina, colega da Letras
Ruiva, um anjo
Daniela, das Relações
Internacionais e interpessoais
Lídia, do grupo e eterna
sonhadora
Maria e Regina, mãe e filha
Isabela, moça bonita da cidade
Maura, moça bela que encerrou
a seção
Referências
• LISPECTOR’S, C. L. A. R. I. C. E., ISAS
BEWILDERING, and ASITIS BRILLIANT.
"A hora da estrela (1977)." (1998).
• Música: A hora da estrela, Pato Fu
PUC Minas – Departamento de Letras – I Período
Disciplina Introdução à Leitura do Texto Literário: Prosa
Grupo: Ana Beatriz, Lídia de Paula, Luiza Lyra
Professora: Terezinha Taborda

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Macabéas, por Ana Beatriz, Lídia de Paula e Luiza Lyra

  • 2. A HORA DA ESTRELA – CLARICE LISPECTOR
  • 3. “a todos esses que em mim atingiram zonas assustadoramente inesperadas, todos esses profetas do presente e que a mim me vaticinaram a mim mesmo a ponto de eu neste instante explodir em: eu.” (LISPECTOR, Dedicatória da autora, 1998)
  • 4.
  • 5. “Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam pelos montes.” (LISPECTOR, 1998, p. 12)
  • 6.
  • 7. “É que numa rua do Rio de Janeiro peguei no ar de relance o sentimento de perdição no rosto de uma moça nordestina.” (LISPECTOR, 1998, p. 12)
  • 8.
  • 9. “Quem vive sabe, mesmo sem saber que sabe.” (LISPECTOR, 1998, p. 12)
  • 10.
  • 11. “Porque há o direito ao grito. Então eu grito.” (LISPECTOR, 1998, p. 13)
  • 12.
  • 13. “Um meio de obter é não procurar, um meio de ter é o de não pedir e somente acreditar que o silêncio que eu creio em mim é resposta a meu – a meu mistério.” (LISPECTOR, 1998, p. 14)
  • 14.
  • 15. “Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?” (LISPECTOR, 1998, p. 15)
  • 16.
  • 17. “As fracas aventuras de uma moça numa cidade toda feita contra ela.” (LISPECTOR, 1998, p. 15)
  • 18.
  • 19. “E quero aceitar minha liberdade sem pensar o que muitos acham: que existir é coisa de doido, caso de loucura. Porque parece. Existir não é lógico.” (LISPECTOR, 1998, p. 20)
  • 20.
  • 21. “Ela era de leve como uma idiota, só que não era.” (LISPECTOR, 1998, p. 26)
  • 22.
  • 23. “Não sabia que era infeliz. É porque ela acreditava. Em quê? Em vós, mas não é preciso acreditar em alguém ou alguma coisa – basta acreditar. Isso lhe dava às vezes estado de graça. Nunca perdera a fé.” (LISPECTOR, 1998, p. 26)
  • 24.
  • 25. “Sim, é verdade, às vezes também penso que eu não sou eu, pareço pertencer a uma galáxia longínqua de tão estranho que sou de mim. Sou eu? Espanto-me com o meu encontro.” (LISPECTOR, 1998, p.37)
  • 26.
  • 27. “Sim, ela era alegrezinha dentro de sua neurose. Neurose de guerra.” (LISPECTOR, 1998. p. 36)
  • 28.
  • 29. “Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.” (LISPECTOR, 1998, p. 40)
  • 30.
  • 31. “Que se há de fazer com a verdade de que todo mundo é um pouco triste e um pouco só.” (LISPECTOR, 1998, p. 40)
  • 32.
  • 33. “- Falar então de quê? - Por exemplo, de você. - Eu?! - Por que esse espanto? Você não é gente? Gente fala de gente. - Desculpe mas não acho que sou muito gente.” (LISPECTOR, 1998, p. 48)
  • 34.
  • 35. “- Sabe o que mais aprendi? Eles disseram que devia ter alegria de viver. Então eu tenho.” (LISPECTOR, 1998, p. 51)
  • 36.
  • 37. “Ele falava coisas grandes mas ela prestava atenção nas coisas insignificantes como ela própria.” (LISPECTOR, 1998, p. 52)
  • 38.
  • 39. “Já que ninguém lhe dava festa, muito menos noivado, daria uma festa pra si mesma. A festa consistiu em comprar sem necessidade um batom novo, não cor-de-rosa como o que usava, mas vermelho vivante.” (LISPECTOR, 1998, p. 62)
  • 40.
  • 41. “Assim como ninguém lhe ensinaria um dia a morrer: na certa morreria um dia como se antes tivesse estudado de cor a representação do papel de estrela. Pois na hora da morte a pessoa se torna brilhante estrela de cinema, é o instante de glória de cada um e é quando como no canto coral se ouvem agudos sibilantes.” (LISPECTOR, 1998, p. 29)
  • 42.
  • 43. Agradecimentos às Macabeas Daniella, estudante de Relações Internacionais Sandra Cavalcanti, nossa querida professora Ana Beatriz, do grupo e do amor Edméia, futura professora Natália, estudante de filosofia, da luta Luiza Lyra, do grupo, das Relações Internacionais, do amor Policiais, da rua Luiza, estudante da história Thaís Araújo, artista de nome e Arabie, futura professora Tia Francis, tia de Luiza Júlia, colega da Letras Vina, colega da Letras Ruiva, um anjo Daniela, das Relações Internacionais e interpessoais Lídia, do grupo e eterna sonhadora Maria e Regina, mãe e filha Isabela, moça bonita da cidade Maura, moça bela que encerrou a seção
  • 44. Referências • LISPECTOR’S, C. L. A. R. I. C. E., ISAS BEWILDERING, and ASITIS BRILLIANT. "A hora da estrela (1977)." (1998). • Música: A hora da estrela, Pato Fu
  • 45. PUC Minas – Departamento de Letras – I Período Disciplina Introdução à Leitura do Texto Literário: Prosa Grupo: Ana Beatriz, Lídia de Paula, Luiza Lyra Professora: Terezinha Taborda