SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
autor: Leonam dos Santos Guimarães
setembro.2016
ESTRATÉGIAS DE ACEITAÇÃO
PÚBLICA DA GERAÇÃO
ELÉTRICA NUCLEAR
3
A FGV Energia é o centro de estudos dedicado à área de
energia da Fundação Getúlio Vargas, criado com o obje-
tivo de posicionar a FGV como protagonista na pesquisa
e discussão sobre política pública em energia no país. O
centro busca formular estudos, políticas e diretrizes de
energia, e estabelecer parcerias para auxiliar empresas e
governo nas tomadas de decisão.
SOBRE A FGV ENERGIA
Diretor
Carlos Otavio de Vasconcellos Quintella
Coordenação de Relação Institucional
Luiz Roberto Bezerra
Coordenação Operacional
Simone C. Lecques de Magalhães
Coordenação de Pesquisa, Ensino e P&D
Felipe Gonçalves
Pesquisadores
Bruno Moreno Rodrigo de Freitas
Larissa de Oliveira Resende
Mariana Weiss de Abreu
Renata Hamilton de Ruiz
Tatiana de Fátima Bruce da Silva
Vinícius Neves Motta
Consultores Associados
Ieda Gomes - Gás
Nelson Narciso - Petróleo e Gás
Paulo César Fernandes da Cunha - Setor Elétrico
Estagiárias
Júlia Febraro F. G. da Silva
Raquel Dias de Oliveira
CADERNO OPINIÃO - setembro.2016
4
OPINIÃO
ESTRATÉGIAS DE ACEITAÇÃO
PÚBLICA DA GERAÇÃO
ELÉTRICA NUCLEAR
Leonam dos Santos Guimarães
Diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambienteda
Eletrobrás Eletronuclear
Os países que embarcam em programas nucleares,
geralmente têm fortes razões para fazê-lo, incluindo
a falta de boas alternativas para satisfazer suas
necessidades de geração de energia elétrica. Essas
razões também podem incluir a confiança na segurança
das usinas nucleares existentes e, particularmente,
a confiança em que tecnologias ainda mais seguras
estarão em operação em breve. Na maioria dos casos,
quando a opinião pública compreender as razões
subjacentes para adotar a geração elétrica nuclear,
haverá apoio às decisões dos formuladores de políticas.
Por isso que é tão importante para o público entender
os esforços em curso para a melhoria do desempenho
dos reatores; os progressos alcançados na segurança
desde os acidentes de Three Miles Island e Chernobyl
e as medidas tomadas desde Fukushima para evitar
ocorrências semelhantes no futuro.
Entretanto, os países apresentam níveis muito
divergentes quanto à educação e conhecimento
CADERNO OPINIÃO - setembro.2016
5
tecnológico de suas populações. Desta forma, as
estratégias de comunicação com o público sobre a
energia nuclear deverá ser diferente de país para país.
Nas nações com setores nucleares bem estabelecidas,
por exemplo, a indústria nuclear fornece empregos
que as pessoas estão ansiosas que sejam mantidos
e ampliados. As pessoas profissionalmente ligadas
à indústria nuclear podem explicar os benefícios da
tecnologia para outros dentro de seus ambientes
sociais e fazer uma grande diferença na aceitação
do público. Nos países menos desenvolvidos, a
situação pode ser bem diferente. É necessário certo
nível de educação para entender as características
da tecnologia e segurança nuclear. Desta forma,
a comunicação com o público nos países cujas
populações têm menor nível de instrução deve se
concentrar nos recursos energéticos locais e sua
incapacidade de fornecer eletricidade suficiente
para efetivas melhorias na qualidade de vida. Se o
público percebe que a qualidade de vida não pode
avançar sem a energia nuclear, as pessoas vão apoiá-
la, mesmo que um acidente possa vir a acontecer, da
mesma maneira que, apesar de quedas de aeronaves
não sejam completamente evitáveis, as pessoas viajam
por via aérea porque apenas aviões pode fornecer
transporte rápido e confortável à longa distância.
Os países que buscam a energia nuclear, como forma
de atingir suas metas de desenvolvimento econômico
e social devem partilhar seus processos de tomada de
decisão com outros países em situações semelhantes.
Enquanto isso, os órgãos reguladores nucleares
devem ser transparentes em suas interações com
o público. Estas agências são a interface entre a
indústria nuclear e a público. Elas devem demonstrar
de forma consistente a sua independência e sua
capacidade de fiscalizar e controlar a energia nuclear
de forma adequada.
Mesmo que alguns países estejam abandonando
a geração elétrica nuclear, como a Alemanha está
fazendo (sem, porém, abandonar as armas nucleares
da OTAN que permanecem em seu território e estão
sendo modernizadas), o número de nações que
operam usinas é crescente (Belarus e Emirados Árabes
Unidos são exemplos recentes), assim como o número
total de reatores em funcionamento no mundo (436 ao
fim de 2014, 439 ao fim dos 2015, mais 7 até agosto de
2016). Isto ocorre simplesmente porque muitos outros
países visualizam a nucleoeletricidade como um
componente necessário ao seu futuro mix de energia
elétrica, garantindo geração de base com segurança
de abastecimento sem emitir gases de efeito estufa,
contribuindo simultaneamente para a mitigação
dos efeitos das mudanças climáticas, e com mínima
“pegada ecológica” em termos de área ocupada e
uso de recursos naturais, minimizando assim também
os impactos ambientais.
Leonam dos Santos Guimarães. Doutor em Engenharia Naval e Oceânica pela USP e
Mestre em Engenharia Nuclear pela Universidade de Paris XI, é Diretor de Planejamento,
Gestão e Meio Ambiente da Eletrobrás Eletronuclear, membro do Grupo Permanente
de Assessoria em Energia Nuclear do DiretorGeral da Agência Internacional de Energia
Atômica – AIEA, membro do Conselho de Representantes da World Nuclear Association
– WNA, membro no Conselho Empresarial de Energia Elétrica da FIRJAN/CIRJ e Vice-
Presidente da Seção Latino Americana da Sociedade Nuclear Americana. Foi Diretor
Técnico-Comercial da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa SA – AMAZUL, Assistente
da Presidência da Eletrobrás Eletronuclear e Coordenador do Programa de Propulsão
Nuclear do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo – CTMSP.
Estratégias aceitação pública geração elétrica nuclear

Mais conteúdo relacionado

Destaque

شرح جمل الزجاجي Benamor.belgacem
شرح جمل الزجاجي Benamor.belgacemشرح جمل الزجاجي Benamor.belgacem
شرح جمل الزجاجي Benamor.belgacembenamor belgacem
 
CONVITE EXPOSIÇÃO "A LUZ DA ALMA" POR EDUARDO XAVIER
CONVITE EXPOSIÇÃO "A LUZ DA ALMA" POR EDUARDO XAVIERCONVITE EXPOSIÇÃO "A LUZ DA ALMA" POR EDUARDO XAVIER
CONVITE EXPOSIÇÃO "A LUZ DA ALMA" POR EDUARDO XAVIERAndrey Melo
 
المخلصيات Benamor.belgacem
المخلصيات Benamor.belgacemالمخلصيات Benamor.belgacem
المخلصيات Benamor.belgacembenamor belgacem
 
Power point talleres
Power point talleresPower point talleres
Power point talleresceipsanpelayo
 
Music an egyptian heritage
Music an egyptian heritageMusic an egyptian heritage
Music an egyptian heritageNermeen Amer
 
مفاهيم و احكام الدولة المدنية Benamor.begacem
مفاهيم و احكام الدولة المدنية Benamor.begacemمفاهيم و احكام الدولة المدنية Benamor.begacem
مفاهيم و احكام الدولة المدنية Benamor.begacembenamor belgacem
 
بناء الدولة المدنية الصالحة Benamor.begacem
بناء الدولة المدنية الصالحة Benamor.begacemبناء الدولة المدنية الصالحة Benamor.begacem
بناء الدولة المدنية الصالحة Benamor.begacembenamor belgacem
 
Los riesgos de internet
Los riesgos de internetLos riesgos de internet
Los riesgos de internetAlex ea
 
Muebles semicolumna gola
Muebles semicolumna golaMuebles semicolumna gola
Muebles semicolumna golaTina Felton
 

Destaque (16)

شرح جمل الزجاجي Benamor.belgacem
شرح جمل الزجاجي Benamor.belgacemشرح جمل الزجاجي Benamor.belgacem
شرح جمل الزجاجي Benamor.belgacem
 
Ova yira
Ova yiraOva yira
Ova yira
 
CONVITE EXPOSIÇÃO "A LUZ DA ALMA" POR EDUARDO XAVIER
CONVITE EXPOSIÇÃO "A LUZ DA ALMA" POR EDUARDO XAVIERCONVITE EXPOSIÇÃO "A LUZ DA ALMA" POR EDUARDO XAVIER
CONVITE EXPOSIÇÃO "A LUZ DA ALMA" POR EDUARDO XAVIER
 
Grounding System
Grounding SystemGrounding System
Grounding System
 
المخلصيات Benamor.belgacem
المخلصيات Benamor.belgacemالمخلصيات Benamor.belgacem
المخلصيات Benamor.belgacem
 
El aula virttual 1
El aula virttual 1El aula virttual 1
El aula virttual 1
 
Open Data
Open DataOpen Data
Open Data
 
Power point talleres
Power point talleresPower point talleres
Power point talleres
 
TSSC
TSSCTSSC
TSSC
 
Music an egyptian heritage
Music an egyptian heritageMusic an egyptian heritage
Music an egyptian heritage
 
مفاهيم و احكام الدولة المدنية Benamor.begacem
مفاهيم و احكام الدولة المدنية Benamor.begacemمفاهيم و احكام الدولة المدنية Benamor.begacem
مفاهيم و احكام الدولة المدنية Benamor.begacem
 
بناء الدولة المدنية الصالحة Benamor.begacem
بناء الدولة المدنية الصالحة Benamor.begacemبناء الدولة المدنية الصالحة Benamor.begacem
بناء الدولة المدنية الصالحة Benamor.begacem
 
Los riesgos de internet
Los riesgos de internetLos riesgos de internet
Los riesgos de internet
 
Muebles semicolumna gola
Muebles semicolumna golaMuebles semicolumna gola
Muebles semicolumna gola
 
Aula 02
Aula 02Aula 02
Aula 02
 
Etica
EticaEtica
Etica
 

Semelhante a Estratégias aceitação pública geração elétrica nuclear

Manual de engenharia_fv_2004[1] copy
Manual de engenharia_fv_2004[1] copyManual de engenharia_fv_2004[1] copy
Manual de engenharia_fv_2004[1] copyPedro Paulo Alves
 
Agrener 2010 jim_adriana_v4_10
Agrener 2010 jim_adriana_v4_10Agrener 2010 jim_adriana_v4_10
Agrener 2010 jim_adriana_v4_10Jim Naturesa
 
Energy Summit 2009
Energy Summit 2009Energy Summit 2009
Energy Summit 2009InformaGroup
 
ENERGIA: PROBLEMA DE TODOS. A CONTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA MATRIZ...
ENERGIA: PROBLEMA DE TODOS. A CONTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA MATRIZ...ENERGIA: PROBLEMA DE TODOS. A CONTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA MATRIZ...
ENERGIA: PROBLEMA DE TODOS. A CONTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA MATRIZ...Ramalho_tavares
 
Projeto JELARE: Cooperação internacional para o fomento das pesquisas e estud...
Projeto JELARE: Cooperação internacional para o fomento das pesquisas e estud...Projeto JELARE: Cooperação internacional para o fomento das pesquisas e estud...
Projeto JELARE: Cooperação internacional para o fomento das pesquisas e estud...Baltazar Guerra
 

Semelhante a Estratégias aceitação pública geração elétrica nuclear (7)

Manual de engenharia_fv_2004[1] copy
Manual de engenharia_fv_2004[1] copyManual de engenharia_fv_2004[1] copy
Manual de engenharia_fv_2004[1] copy
 
Agrener 2010 jim_adriana_v4_10
Agrener 2010 jim_adriana_v4_10Agrener 2010 jim_adriana_v4_10
Agrener 2010 jim_adriana_v4_10
 
Casa eficiente vol_i_web
Casa eficiente vol_i_webCasa eficiente vol_i_web
Casa eficiente vol_i_web
 
Energy Summit 2009
Energy Summit 2009Energy Summit 2009
Energy Summit 2009
 
Energia eolica
Energia eolicaEnergia eolica
Energia eolica
 
ENERGIA: PROBLEMA DE TODOS. A CONTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA MATRIZ...
ENERGIA: PROBLEMA DE TODOS. A CONTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA MATRIZ...ENERGIA: PROBLEMA DE TODOS. A CONTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA MATRIZ...
ENERGIA: PROBLEMA DE TODOS. A CONTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA MATRIZ...
 
Projeto JELARE: Cooperação internacional para o fomento das pesquisas e estud...
Projeto JELARE: Cooperação internacional para o fomento das pesquisas e estud...Projeto JELARE: Cooperação internacional para o fomento das pesquisas e estud...
Projeto JELARE: Cooperação internacional para o fomento das pesquisas e estud...
 

Estratégias aceitação pública geração elétrica nuclear

  • 1. autor: Leonam dos Santos Guimarães setembro.2016 ESTRATÉGIAS DE ACEITAÇÃO PÚBLICA DA GERAÇÃO ELÉTRICA NUCLEAR
  • 2.
  • 3. 3 A FGV Energia é o centro de estudos dedicado à área de energia da Fundação Getúlio Vargas, criado com o obje- tivo de posicionar a FGV como protagonista na pesquisa e discussão sobre política pública em energia no país. O centro busca formular estudos, políticas e diretrizes de energia, e estabelecer parcerias para auxiliar empresas e governo nas tomadas de decisão. SOBRE A FGV ENERGIA Diretor Carlos Otavio de Vasconcellos Quintella Coordenação de Relação Institucional Luiz Roberto Bezerra Coordenação Operacional Simone C. Lecques de Magalhães Coordenação de Pesquisa, Ensino e P&D Felipe Gonçalves Pesquisadores Bruno Moreno Rodrigo de Freitas Larissa de Oliveira Resende Mariana Weiss de Abreu Renata Hamilton de Ruiz Tatiana de Fátima Bruce da Silva Vinícius Neves Motta Consultores Associados Ieda Gomes - Gás Nelson Narciso - Petróleo e Gás Paulo César Fernandes da Cunha - Setor Elétrico Estagiárias Júlia Febraro F. G. da Silva Raquel Dias de Oliveira
  • 4. CADERNO OPINIÃO - setembro.2016 4 OPINIÃO ESTRATÉGIAS DE ACEITAÇÃO PÚBLICA DA GERAÇÃO ELÉTRICA NUCLEAR Leonam dos Santos Guimarães Diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambienteda Eletrobrás Eletronuclear Os países que embarcam em programas nucleares, geralmente têm fortes razões para fazê-lo, incluindo a falta de boas alternativas para satisfazer suas necessidades de geração de energia elétrica. Essas razões também podem incluir a confiança na segurança das usinas nucleares existentes e, particularmente, a confiança em que tecnologias ainda mais seguras estarão em operação em breve. Na maioria dos casos, quando a opinião pública compreender as razões subjacentes para adotar a geração elétrica nuclear, haverá apoio às decisões dos formuladores de políticas. Por isso que é tão importante para o público entender os esforços em curso para a melhoria do desempenho dos reatores; os progressos alcançados na segurança desde os acidentes de Three Miles Island e Chernobyl e as medidas tomadas desde Fukushima para evitar ocorrências semelhantes no futuro. Entretanto, os países apresentam níveis muito divergentes quanto à educação e conhecimento
  • 5. CADERNO OPINIÃO - setembro.2016 5 tecnológico de suas populações. Desta forma, as estratégias de comunicação com o público sobre a energia nuclear deverá ser diferente de país para país. Nas nações com setores nucleares bem estabelecidas, por exemplo, a indústria nuclear fornece empregos que as pessoas estão ansiosas que sejam mantidos e ampliados. As pessoas profissionalmente ligadas à indústria nuclear podem explicar os benefícios da tecnologia para outros dentro de seus ambientes sociais e fazer uma grande diferença na aceitação do público. Nos países menos desenvolvidos, a situação pode ser bem diferente. É necessário certo nível de educação para entender as características da tecnologia e segurança nuclear. Desta forma, a comunicação com o público nos países cujas populações têm menor nível de instrução deve se concentrar nos recursos energéticos locais e sua incapacidade de fornecer eletricidade suficiente para efetivas melhorias na qualidade de vida. Se o público percebe que a qualidade de vida não pode avançar sem a energia nuclear, as pessoas vão apoiá- la, mesmo que um acidente possa vir a acontecer, da mesma maneira que, apesar de quedas de aeronaves não sejam completamente evitáveis, as pessoas viajam por via aérea porque apenas aviões pode fornecer transporte rápido e confortável à longa distância. Os países que buscam a energia nuclear, como forma de atingir suas metas de desenvolvimento econômico e social devem partilhar seus processos de tomada de decisão com outros países em situações semelhantes. Enquanto isso, os órgãos reguladores nucleares devem ser transparentes em suas interações com o público. Estas agências são a interface entre a indústria nuclear e a público. Elas devem demonstrar de forma consistente a sua independência e sua capacidade de fiscalizar e controlar a energia nuclear de forma adequada. Mesmo que alguns países estejam abandonando a geração elétrica nuclear, como a Alemanha está fazendo (sem, porém, abandonar as armas nucleares da OTAN que permanecem em seu território e estão sendo modernizadas), o número de nações que operam usinas é crescente (Belarus e Emirados Árabes Unidos são exemplos recentes), assim como o número total de reatores em funcionamento no mundo (436 ao fim de 2014, 439 ao fim dos 2015, mais 7 até agosto de 2016). Isto ocorre simplesmente porque muitos outros países visualizam a nucleoeletricidade como um componente necessário ao seu futuro mix de energia elétrica, garantindo geração de base com segurança de abastecimento sem emitir gases de efeito estufa, contribuindo simultaneamente para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, e com mínima “pegada ecológica” em termos de área ocupada e uso de recursos naturais, minimizando assim também os impactos ambientais. Leonam dos Santos Guimarães. Doutor em Engenharia Naval e Oceânica pela USP e Mestre em Engenharia Nuclear pela Universidade de Paris XI, é Diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletrobrás Eletronuclear, membro do Grupo Permanente de Assessoria em Energia Nuclear do DiretorGeral da Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA, membro do Conselho de Representantes da World Nuclear Association – WNA, membro no Conselho Empresarial de Energia Elétrica da FIRJAN/CIRJ e Vice- Presidente da Seção Latino Americana da Sociedade Nuclear Americana. Foi Diretor Técnico-Comercial da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa SA – AMAZUL, Assistente da Presidência da Eletrobrás Eletronuclear e Coordenador do Programa de Propulsão Nuclear do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo – CTMSP.