Enquanto uns se apressam a rotular a criança de teimosa, e imediatamente surge um familiar próximo com quem a identificam, outros preocupam-se com a forma como podem lidar com a situação – tudo por causa das birras. “Serão normais estas birras?”; “Por que é que acontecem?”; “Como devo reagir?” São questões muito comuns.
As birras são muito comuns na fase dos 2/3 anos de idade e são normais e até saudáveis. São comuns a todas as crianças dessa faixa etária (ou espera-se que sejam) e são consideradas saudáveis porque acabam por passar uma aprendizagem à criança, se o adulto / cuidador reagir adequadamente à situação.
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O segredo das birras
1. O Segredo das Birras
Enquanto uns se apressam a rotular a criança de teimosa, e imediatamente surge
um familiar próximo com quem a identificam, outros preocupam-se com a forma
como podem lidar com a situação – tudo por causa das birras. “Serão normais
estas birras?”; “Por que é que acontecem?”; “Como devo reagir?” São questões
muito comuns.
As birras são muito comuns na fase dos 2/3 anos de idade e são normais e até
saudáveis. São comuns a todas as crianças dessa faixa etária (ou espera-se que
sejam) e são consideradas saudáveis porque acabam por passar uma
aprendizagem à criança, se o adulto / cuidador reagir adequadamente à situação.
“Consulte-nos!
Podemos ajudar a ultrapassar a situação”213 571 887 ou 934 643 981
Antes de começar a caminhar, a falar e a conseguir o controlo dos esfíncteres, a
criança é muito dependente dos cuidadores. É a partir do momento que começa a
poder deslocar-se – com a aquisição da marcha – a começar a falar –
aquisição da linguagem – e a controlar os esfíncteres que consegue sentir-se
mais autónoma; mais independente. Ora a autonomia permite-lhe a possibilidade
2. de opor-se aos outros e dá-lhe uma maior sensação de poder: “posso ir para onde
quero; posso dizer “NÃO” e decidir onde e quando saem os meus cócós e xixis”.
Esta “força” que sente vai tentar aplicar a todas as circunstâncias em que a vida
não lhe corre como mais deseja. E usa o espernear, gritar, pontapear e atiradas
para o chão como argumentos de peso.
Como ser intuitivo e muito perspicaz que é (todas as crianças o são), lança os ditos
argumentos de peso e aguarda pela reação dos cuidadores para perceber:
1. Se assentem ao desejo, validando o argumento – que passa de negado, em
primeiro plano, a consentido, logo a seguir;
2. Ou, então, os cuidadores suportam a birra; não a valorizam e esperam
calmamente que a criança consiga tranquilizar-se
É nesta reação dos adultos que pode residir a chave para que as birras sejam uma
mera fase do desenvolvimento emocional infantil, considerada por si só como
transitória, ou assumam contornos de comportamento característico da criança.
Os cuidadores devem, esperar que a criança se tranquilize sem ceder ao que
originou a birra, quer este comportamento seja em casa, num ambiente mais
privado, quer seja fora, num espaço público. Os desejos concedidos durante uma
birra promovem o continuar deste comportamento porque a criança percebe “isto
funciona”.
A capacidade dos cuidadores suportarem / aguentarem o momento da birra,
proporciona à criança:
1. a possibilidade de aprender a tolerar a frustração. Efetivamente, nem tudo o
que se deseja pode ser alcançado e é desde pequeninos que essa
aprendizagem é feita, através destas pequenas frustrações.
2. A sensação de limites que conduz a criança a sentir-se mais segura, mais
apoiada, vivenciando os cuidadores como fontes de suporte.
Espera-se que a atitude dos cuidadores sejam consistente no tempo, permitindo à
3. criança espaço para compreender que os pais estão seguros de si, têm regras bem
definidas, o que se traduz em conforto e segurança para a criança. Desta forma,
conseguirá sentir os pais como os pilares fortes que precisa para crescer
saudavelmente confiante.
Muito embora as já referidas birras sejam comuns no processo de desenvolvimento
emocional, é importante ter em atenção a idade da criança para poder definir o
comportamento como ajustado (ou não).
Se persistirem dúvidas, não hesite em contactar-nos, pelo 213 571 887
ou 934 643 981, para um diagnóstico e aconselhamento personalizado.
Artigo escrito por:
Dra Alexandra Silva Nunes
Psicóloga Clínica e Ludoterapeuta
INSIGHT-Psicologia