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SOFTWARES APLICATIVOS
            E SISTEMAS OPERACIONAIS
                         EDIÇÃO Nº 1 - 2007




                                 PROF. MARCO ANDRÉ LOPES MENDES
___________________________________________________________________
    Apoio          Gestão e Execução          Conteúdo e Tecnologia
                          •                            •
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais                                       2




        APRESENTAÇÃO


      Parabéns, você está recebendo o livro-texto da disciplina de Softwares
Aplicativos e Sistemas Operacionais do Curso Técnico em Programação para
Internet da Tupy Virtual.
      Este livro-texto foi construído especialmente para este curso, baseado no seu
perfil e nas necessidades da sua formação. Estamos constantemente atualizando e
melhorando este material, e você pode nos auxiliar, encaminhando sugestões e
apontando melhorias, através do seu monitor, tutor ou professor. Desde já
agradecemos a sua ajuda.
      Este livro-texto proporcionará a você o estudo dos softwares, incluindo
aplicativos, sistemas operacionais e utilitários. Para sua melhor compreensão, o livro
está estruturado em duas partes. Na primeira, que inclui os capítulos de um a três, é
feito um estudo dos softwares aplicativos, e na segunda parte, que engloba os
capítulos de quatro a seis, você estudará os sistemas operacionais e utilitários.
      Nossa recomendação é que você verifique as datas importantes dentro no
cronograma de estudos e elabore um plano de estudos pessoal. Assim você poderá
aproveitar o curso ao máximo, garantindo o retorno de todo o esforço investido.
Estude as aulas virtuais, faça os exercícios, leia o livro-texto, e faça todas as
atividades propostas. Sempre que possível, tire suas dúvidas com o monitor
também.
      Lembre-se que a sua passagem por esta disciplina será também
acompanhada pelo Sistema de Ensino Tupy Virtual, seja por correio postal, fax,
telefone, e-mail ou Ambiente Virtual de Aprendizagem. Sempre entre em contato
conosco quando surgir alguma dúvida ou dificuldade. Participe dos bate-papos
(chats) marcados e envie suas dúvidas pelo Tira-Dúvidas.
       Toda a equipe está à disposição para atendê-lo. Seu crescimento é o nosso
maior objetivo. Acredite no seu sucesso e tenha bons momentos de estudo!
Equipe Tupy Virtual.




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SUMÁRIO




AULA 1 - SOFTWARES APLICATIVOS ................................................................................7
AULA 2 -    SOFTWARES ORIENTADOS PARA TAREFAS .......................................................24

AULA 3 - ÉTICA E SOFTWARE LIVRE ...............................................................................41
AULA 4 - SISTEMAS OPERACIONAIS ................................................................................50

AULA 5 - CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS OPERACIONAIS .............................................76

AULA 6 - PROGRAMAS UTILITÁRIOS................................................................................86




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CARTA DO PROFESSOR




               “Eu anseio por realizar uma grande e nobre tarefa, mas meu principal
               dever é realizar pequenas tarefas como se fossem grandes e nobres.”
               Helen Keller


         Caro aluno,


               Você já percebeu quantos softwares diferentes existem disponíveis
para o uso no seu computador? São editores de texto, planilhas eletrônicas, jogos,
navegadores, softwares educativos, sistemas de gestão empresarial e uma
infinidade de outras categorias. Quais desses softwares você precisará para
desenvolver suas tarefas? Como eu posso adquiri-los? Essas e outras perguntas
serão respondidas nesta disciplina que você está começando a estudar agora.
         O aprendizado dos conceitos que serão explorados nesta disciplina é
fundamental ao futuro programador e servirão de suporte às demais disciplinas do
curso.
         Queremos convidá-lo a se envolver a partir de agora no estudo dos softwares
aplicativos e sistemas operacionais.
         Bom estudo!


         Professor Marco André Lopes Mendes




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          CRONOGRAMA DE ESTUDO



      Acompanhe no cronograma abaixo os conteúdos das aulas, e atualize as
possíveis datas de realização de aprendizagem e avaliações.

  Semana      Carga horária               Aula            Data/ Avaliação
      1            10         Softwares aplicativos           _/_ a _/_
      1            10         Softwares orientados para       _/_ a _/_
                              tarefas
      2            10         Ética e software livre          _/_ a _/_
      2            10         Sistemas operacionais           _/_ a _/_
      3            10         Características dos             _/_ a _/_
                              sistemas operacionais
      3            10         Programas utilitários           _/_ a _/_




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         PLANO DE ESTUDO


Bases Tecnológicas


       Sistema operacional; Gerenciador de arquivos; Ferramentas de Criação e
Gerenciamento de Softwares; Camadas de Softwares; Princípios de Sistemas
Operacionais; Instalação e remoção - aplicações.


Objetivo Geral
   •   Compreender a função dos softwares aplicativos e dos sistemas operacionais.


Específicos
   •   Relacionar as diversas formas através das quais as pessoas e organizações
       adquirem software;
   •   Relacionar várias categorias de softwares orientados para tarefa;
   •   Discutir questões éticas relacionadas aos softwares;
   •   Descrever as funções de um sistema operacional;
   •   Descrever as diversas características dos sistemas operacionais;
   •   Relacionar diversas funções normalmente executadas por programas
       utilitários.


Carga Horária: 60 horas/aula.




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SOFTWARES APLICATIVOS




       OBJETIVOS DA AULA


    Compreender que existem softwares específicos para
    cada necessidade;
    Distinguir a função do hardware e do software no
    computador;
    Descrever um software aplicativo;
    Identificar as razões que levam as pessoas a adquirirem
    um computador;
    Relacionar as diversas formas através das quais as
    pessoas e organizações adquirem software;
    Escolher a melhor forma de adquirir softwares para cada
    situação.




                CONTEÚDO DA AULA


Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir, assinale
os conteúdos na medida em que for estudando.
Nesta aula, veremos:


    Um aplicativo para cada necessidade
    Softwares aplicativos: realizando o trabalho
    O que é software aplicativo?
    Para que eu usaria um computador?
    Adquirindo um software
    Qual a melhor forma de comprar software comercial?




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 1.1 Um aplicativo para cada necessidade


      Olá! Seja bem-vindo à nossa primeira aula de Softwares Aplicativos e
Sistemas Operacionais. Agora que você já estudou o hardware, a parte física e
visível do computador, chegou a hora de estudar o software, a parte invisível, porém
fundamental para funcionamento deste fascinante equipamento. Nesta primeira aula
você vai compreender que existem softwares específicos para cada necessidade, vai
distinguir a função do hardware e do software no computador e entender melhor o
termo software aplicativo. Além disto, você vai Identificar as razões que levam as
pessoas a adquirirem um computador e vai relacionar as diversas formas através
das quais as pessoas e organizações adquirem software. Por fim, você vai aprender
a escolher a melhor forma de adquirir softwares para cada situação. Como você
pode ver, temos muito que aprender.
      Boa aula!




            Vamos começar esta aula com a história de Carla. Ela está no primeiro
ano da faculdade de Administração, e resolveu arrumar um emprego nas férias,
trabalhando como garçonete numa Pousada em Bombinhas, no litoral de Santa
Catarina. Seu objetivo é juntar algum dinheiro para ajudar a adquirir os livros para o
próximo semestre da faculdade. Além do seu salário, Carla recebia gorjetas dos
turistas, muitos deles estrangeiros. Carla preferia ter conseguido um emprego num
escritório, mas no momento, a sua maior preocupação era fazer uma boa poupança
para quando as aulas iniciassem.
     As coisas, no entanto, acabaram ficando mais interessantes do que Carla
poderia ter imaginado. Os proprietários da Pousada descobriram que Carla havia
tido aulas de Informática e que tinha certa habilidade com computadores, além de
ter tido aulas básicas de contabilidade. Propuseram então que ela os auxiliasse
durante algumas manhãs no escritório da Pousada. Carla aceitou imediatamente,
percebendo ali uma oportunidade de adquirir um pouco mais de experiência
profissional, melhorando o seu currículo.
     Sua primeira missão foi refazer os cartazes informativos espalhados pela
pousada. Ela estudou os softwares, lendo manuais e a ajuda on-line, e aprendeu a
acrescentar gráficos, ilustrações e diversos tipos de fontes e cores atraentes, dando

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um toque profissional e com muita classe aos cartazes. Agora era muito mais fácil
alterar os cartazes, conforme a necessidade, e reimprimi-los na impressora a jato de
tinta da pousada. Logo os hóspedes perceberam a mudança e comentaram com os
donos, o que os estimulou a passarem outras atividades a Carla.
       Carla desenvolveu outras atividades ao longo da temporada em que esteve lá,
como crachás de identificação para os funcionários, menus para o restaurante, e
uma lista de telefones úteis para o pessoal da recepção. Um de seus trabalhos mais
gratificantes foi o desenvolvimento de uma planilha de custos a ser utilizada na
confecção do cardápio semanal da pousada. Utilizando um software de planilha
eletrônica, ela levantou o custo de cada item que poderia compor um almoço,
separando-os entre carnes, pratos quentes, saladas e sobremesas. Verificou
também quanto, em média, cada pessoa consumia num almoço. Desta forma ficou
muito mais simples montar o cardápio, de forma balanceada e sem estourar o
orçamento.
       Sabendo quantos hóspedes havia num determinado período, era possível até
fazer a previsão de compra dos produtos, e calcular a margem de lucro. Gráficos
feitos com os dados fornecidos na planilha permitiram uma análise visual, e
alterações nos preços dos insumos, podiam agora ser inseridas imediatamente no
software, que refazia automaticamente os cálculos e os gráficos.




       No estudo de caso acima, pudemos ver vários exemplos de uso de softwares
aplicativos auxiliando na realização de tarefas do cotidiano das pessoas. Vamos
entender um pouco melhor o que são estes aplicativos e como podemos classificá-
los.


1.2 Softwares aplicativos: Realizando o trabalho


       Quando as pessoas pensam num computador, a primeira coisa que vem a
sua mente é a máquina, ou seja, o hardware. Monitores modernos mostrando cores
e muita ação, gabinetes com linhas elegantes, o som contínuo das teclas, as luzes
piscando. No entanto, é o software – o conjunto de instruções logicamente
ordenadas, necessárias para transformar dado em informação – que torna o plástico,
metal e silício do computador em algo útil.

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            Podemos comparar o computador a um carro de corrida, que necessita
de um piloto a altura para que se veja o seu potencial. Da mesma forma, de nada
adianta ter um fogão moderno e um jogo completo de panelas se não houver uma
cozinheira habilidosa para utilizá-los na preparação de uma gostosa refeição. São
duas analogias para tentar comparar a importância do software em relação ao
hardware quando se trata de computadores.
     Agora vamos adiante, por que este papo de comida acaba deixando a gente
com fome.




1.3 O que é software aplicativo?


      Segundo Capron e Johnson (2004), os softwares aplicativos podem ser
personalizados ou oferecidos em pacotes. Algumas organizações preferem
contratar programadores de software – pessoas que projetam, desenvolvem,
testam e implementam software. Estes programadores desenvolvem um software
personalizado, feito sob medida às necessidades específicas de uma organização.
Softwares deste tipo podem levar anos para serem desenvolvidos e implantados,
devido à sua complexidade e às particularidades de cada organização.




            Podemos comparar o desenvolvimento de um software personalizado a
uma roupa desenhada, cortada e costurada por um alfaiate. Ela é feita com as
medidas exatas da pessoa, portanto se ajusta perfeitamente ao seu corpo.


      A maioria dos usuários comuns utiliza softwares genéricos conhecidos como
softwares comerciais ou pacotes de software. Estes softwares, muitas vezes
comercializados em caixas coloridas, contêm as mídias, como CD ou DVD e um
conjunto de manuais de instrução impressos. Eles podem ser encontrados em lojas
especializadas, livrarias, hipermercados e lojas de departamento. Devido a este fato
eles são muitas vezes chamados informalmente de software de prateleira.




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      Os manuais são muitas vezes chamados de documentação, e podem vir
impressos, ou em meio eletrônico. É cada vez mais comum também a
documentação estar disponível on-line, na Internet (Figura 1).



           Você pode ver um exemplo de documentação on-line acessando a Ajuda
do Microsoft Office, disponível em: http://office.microsoft.com/pt-br/help/default.aspx.




               Figura 1 - Site de ajuda on-line do Microsoft Office




            Podemos comparar um pacote de software a uma roupa que é vendida
numa grande loja de departamentos. Ela procura atender ao gosto da maioria das
pessoas. Você procura uma dentro do seu estilo e tamanho e a prova. A vantagem
é que se gostar, o usuário pode levar na hora e usá-la imediatamente.


      Da mesma forma que organizações menores e você em seu computador, as
grandes organizações também compram e usam uma série de softwares
comerciais. Muitos dos softwares que elas utilizam são os mesmos que você utiliza
em seu computador. A diferença talvez seja que estas grandes organizações
compram seus softwares de um distribuidor ou mesmo diretamente do próprio

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fabricante. É muito provável que elas também comprem softwares para auxiliar na
gestão do seu negócio, como gestão da produção e de recursos humanos. Estes
softwares são comprados diretamente dos fabricantes ou de empresas de
consultoria por dezenas, ou até centenas de milhares de reais.
        Para cada software existe uma forma específica de uso, embora a maioria
deles acabe seguindo certos padrões que os torna muito semelhantes na forma de
utilização. De qualquer forma, a primeira coisa que deve ser feita após a aquisição
de um software é a sua instalação. Na maioria das vezes, basta colocar o CD ou
DVD na unidade e aguardar alguns segundos, ou executar o programa baixado da
Internet, através de um duplo clique no mesmo.
        Os programas de instalação permitem que sejam feitas várias configurações
durante o processo de instalação dos softwares. Estas configurações são
especialmente úteis para usuários avançados. Para os iniciantes, no entanto,
normalmente são fornecidas opções padrão de instalação, livrando-os de ter que
conhecer uma série de detalhes técnicos. Este processo de instalação é muitas
vezes    chamado    ironicamente   de   “Next-Next-Finish”   ou   “Próximo-Próximo-
Concluído”, devido às telas que são mostradas durante o processo de instalação.
        Alguns softwares são completamente instalados no disco rígido do
computador durante o processo de instalação, enquanto outros exigem que a mídia
original esteja na unidade sempre que o programa for executado.          Depois de
instalados, os softwares criam ícones (imagens que representam os programas), na
área de trabalho ou opções em menus de programas. Para executar o programa,
basta clicar no seu ícone ou opção de menu correspondente. Em alguns casos,
também é possível executar os softwares digitando o nome do aplicativo numa linha
de comando.
        Podemos afirmar que, atualmente, existem softwares para quase tudo o que
um usuário doméstico ou profissional tenha necessidade. Desde a edição de textos,
preparação de orçamentos, manipulação de fotos, imagens e vídeos até jogos e
comunicação remota, tudo pode ser feito com um computador e o software certo. É
por isso que podemos afirmar que os softwares tornam os computadores tão úteis.



             Para saber a quantidade de softwares que você pode baixar e instalar
em seu computador, acesse o site Superdownloads (Figura 2), disponível em

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http://superdownloads.uol.com.br/windows/index.html.     Navegue      por    suas
categorias e se surpreenda com a diversidade de áreas diferentes em que você
pode encontrar softwares. Você vai ficar maravilhado!




                      Figura 2 – Site superdownloads.com


      O objetivo da maioria dos desenvolvedores de software é que seus produtos
sejam amigáveis e simples de utilizar. O termo amigável ao usuário (user-friendly)
acabou se popularizando e hoje é utilizado de forma geral. O que se espera de um
software deste tipo é que ele seja fácil e simples de operar, mesmo para um usuário
iniciante e que seja intuitivo, necessitando de um mínimo de treinamento,
documentação e suporte.




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1.4 Para que eu usaria um computador?


      É comum vermos alguém interessado em comprar um computador verificando
diferentes configurações e opcionais até decidir o que comprar. A surpresa, muitas
vezes, surge quando esta pessoa descobre que não basta ligar o computador para
poder fazer tudo o que deseja. Os computadores são vendidos normalmente com
um conjunto básico de softwares, composto de um sistema operacional e mais
alguns aplicativos. Para utilizá-lo no máximo do seu potencial, é necessário que se
tenham os softwares certos para cada atividade. Cada pessoa ou perfil profissional
terá provavelmente um conjunto de softwares necessário para as suas atividades.
As dúvidas surgem na hora de escolher, adquirir e instalar estes softwares. Vamos
ver alguns casos que exemplificam esta situação.




            Lucia Ramos é uma advogada que possui um pequeno escritório em
sua casa e utiliza um computador para dirigir seu negócio. Junto com seu
computador ela recebeu um pacote de automação de escritório cujo principal
software que ela utiliza é um processador de textos. Ela adquiriu também um
conjunto de CD-ROMs contendo a legislação brasileira e um outro CD-ROM com
um aplicativo para auxiliá-la a controlar os exercícios físicos que ela faz
semanalmente. Para acessar à Internet, ela contratou os serviços de Internet Banda
Larga de um Provedor de Serviços de Internet. Feito isto, baixou diretamente do site
da Receita Federal o programa para fazer a declaração do seu Imposto de Renda.
Depois disto, comprou um software diretamente pela Internet para auxiliar os
estudos de matemática do seu filho de 8 anos. Algum tempo depois, ela comprou
um conjunto de softwares didáticos para sua filha de 6 anos e baixou da Internet um
software que permite ver imagens de satélite do mundo todo. Para auxiliá-la no seu
trabalho, comprou um Dicionário Eletrônico e está agora estudando a aquisição de
um sistema de gerenciamento de escritórios de advocacia.


      Veja agora outro exemplo:


            Outro exemplo é o de Josué Moreira, que trabalha como representante
comercial, visitando seus clientes e anotando os seus pedidos. Mesmo sem ter

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grandes necessidades de computador no início do seu trabalho, ele comprou um,
assim que recebeu as primeiras comissões de vendas. Ele começou comprando
softwares para o seu lazer: um simulador de vôo e um jogo de corridas de carros.
Depois assinou um serviço gratuito de Internet pela linha telefônica discada, que
tem lhe atendido bem até o momento. Baixou e instalou um programa simples para
fazer pequenos retoques e visualizar as fotos tiradas com sua câmera digital. No
momento, está aprendendo com outros colegas a utilizar um software de planilha
eletrônica que faz parte do pacote de automação de escritórios que veio junto com o
computador. Ele também está verificando a possibilidade de passar seus relatórios
por através de correio eletrônico, em vez de passar fax, como é feito hoje. Seu
próximo objetivo é catalogar todos os seus clientes e agendar as visitas num
software de gerenciamento pessoal.




                         Figura 3 - Site da Brasoftware

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       O que você pode perceber através destes exemplos é que existem softwares
diferentes para cada tipo de aplicação. Observando as prateleiras de uma revenda
de softwares ou visitando um site especializado como o da Brasoftware (Figura 3),
você poderá perceber a quantidade de softwares diferentes disponíveis para a
venda. Quer seja para aprender digitação, fazer partituras de música, guardar
receitas de comida, organizar fotos (Figura 4) ou qualquer outra tarefa, por mais
estranho ou incomum que você possa considerar, existe um software que pode lhe
auxiliar.




            Figura 4 - Picasa, um aplicativo de gerenciamento de fotos


1.5 Adquirindo um software


       Uma vez que você já sabe que os softwares são necessários para a
realização das tarefas, é importante saber as diversas formas pelas quais os
softwares são fornecidos.


       Em alguns casos, os softwares são conhecidos como freewares. Nestes
casos, o autor do software optou por distribuí-lo de forma gratuita, porém mantendo
os direitos autorais. Isto significa que o autor pode impor restrições ao uso do

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software. Normalmente estes softwares são liberados sem o código-fonte, que
permitiria serem feitas alterações no software. O “software freeware pode ser
utilizado por período indeterminado (não deixa de funcionar nem perde parcialmente
sua funcionalidade após transcorrido certo período).” (Wikipédia:2007) Um exemplo
bastante conhecido de software freeware é o Acrobat Reader da Adobe, utilizado
para a leitura de documentos no formato PDF (Figura 5).




                Figura 5 - Leitor de PDFs Adobe Acrobat Reader

      Existem também softwares que não são protegidos por direito autoral, uma
vez que o autor relega a propriedade do software e este se torna bem comum. Eles
são conhecidos como softwares de domínio público. (WIKIPEDIA:2007) Capron e
Johnson (2004) ainda explica que, nestes casos, o software pode ser usado,
alterado e incorporado a outros softwares sem restrição alguma.
      Software aberto (open-source software) é uma variação do software
freeware. Normalmente um software freeware é distribuído em um formato legível
apenas pelo computador, chamado de código de máquina ou código executável.
Para que ele pudesse ser modificado e novamente utilizado, seria necessário que o

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código-fonte dele, isto é, as instruções escritas em uma linguagem de programação
e compreensíveis por um programador, estivessem também disponíveis. Não tendo
acesso ao código-fonte, um desenvolvedor não consegue alterar um programa,
mesmo que ele encontre um erro e saiba como consertá-lo. Um software aberto é
aquele que os desenvolvedores optam por disponibilizar o código-fonte juntamente
com o código de máquina, permitindo que qualquer desenvolvedor possa ler,
compreender, copiar, modificar e redistribuir este software. Quando diversos
desenvolvedores de software podem ter acesso ao mesmo código-fonte, erros
(conhecidos como bugs) podem ser mais rapidamente encontrados e corrigidos e o
programa pode ser aperfeiçoado. Softwares abertos de nível profissional são cada
vez mais comuns, como o Open Office, o Firefox e o Linux. O software aberto é
muitas vezes chamado de software livre. Devido ao crescimento deste tipo de
software e às freqüentes dúvidas que surgem na discussão deste termo, vamos
explorar melhor o tema em um capítulo específico mais à frente.
      Shareware é uma categoria de software muitas vezes confundida com o
software freeware. Como o software freeware, ele também é distribuído
gratuitamente, porém apenas por um período de tempo, suficiente para ser instalado
e testado. Após este período, entende-se que existe um compromisso moral do
usuário em pagar uma taxa para continuar utilizando-o. Normalmente o custo de um
software shareware é inferior ao de outros softwares proprietários.   Segundo a
WIKIPEDIA, “passado o tempo de avaliação, o software pode parar de funcionar,
perder algumas funções ou ficar emitindo mensagens incômodas de aviso de prazo
de avaliação expirado.” Conforme Capron e Johnson (2004), “muitos autores
oferecem incentivos, como documentação gratuita, suporte e atualizações para as
pessoas que optem por registrá-lo.” Existem muitos exemplos famosos de software
shareware, como WinZip, WinRar, e GetRight.



          Para conhecer a quantidade e variedade de softwares shareware
disponíveis, bem como os preços e tipos de restrições impostas após o período de
expiração, acesse um site de downloads de software, como o Superdownloads.
Pesquise por softwares do tipo shareware e ordene a pesquisa pela quantidade de
downloads. Você ficará surpreso com a quantidade de softwares e a variedade de



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áreas que eles cobrem.          Um exemplo de link para consulta é este:
http://superdownloads.uol.com.br/search.cfm?licenca=2&ordem=3.


      Por fim, software comercial é aquele que o desenvolvedor ou organização
espera lucrar com a sua utilização. O Portal Software Livre (2006) alerta que
software comercial e software proprietário não são o mesmo. Normalmente o
software comercial é software proprietário, ou seja, o autor não libera os fontes e
nem permite qualquer tipo de cópia ou alteração do seu software. No entanto,
existem softwares proprietários não-comerciais, bem como software abertos
comerciais. Exemplos de softwares comerciais, são o pacote de automação de
escritório Microsoft Office, o editor de imagens vetoriais Corel Draw e a ferramenta
de engenharia AutoCAD. Os jogos que dominam os computadores das LAN Houses,
como o Age of Empires, Counter Strike e o Need For Speed também são softwares
comerciais proprietários. O software comercial é protegido por direito autoral e custa
geralmente mais que o software shareware. Muitas vezes ele vem em belas e
coloridas caixas, contendo as mídias de instalação (CDs ou DVDS normalmente),
manuais e uma cópia da licença de uso.          Você não deve copiar um software
comercial sem a autorização do fabricante. As empresas de software chamam a
cópia ilegal de software comercial de pirataria. Este é um ato ilegal, sujeito a penas
duras ao responsável pela infração e multas à organização que comete o crime.



           A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) possui na
sua   página   uma    seção    chamada     “Denuncie     a    pirataria,    acessível    em
http://www.abes.org.br/templ2.aspx?id=224&sub=224.           Nela   é      possível     fazer
denúncias anônimas por meio eletrônico ou telefone de pessoas ou empresas que
estejam utilizando de forma ilegal software comercial.


1.6 Qual a melhor forma de comprar software comercial?


      Pequenas lojas especializadas em software praticamente não existem mais,
devido às pequenas margens de lucro oferecidas. Desta forma, o mais comum é
encontrá-los em lojas que misturam a venda de softwares, computadores e
acessórios ou em grandes lojas de departamento e em livrarias. A venda pela

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Internet, feita por grandes portais de comércio eletrônico, com milhares de títulos,
também é uma forma bastante comum.



           Um exemplo de portal especializado em software é o da Brasoftware, em
http://www.brasoftware.com.br/. Sites de comércio eletrônico também possuem
seções     de     software,    como     o     caso    do     Amercianas.com       em
http://www.americanas.com.br/cat/19026/Catalogo?i=1 (Figura 6).




                Figura 6 - Seção de softwares de Americanas.com


      Para que os estudantes se familiarizem com seus softwares, muitos
fabricantes oferecem seus produtos a preços mais populares a instituições de ensino
e seus alunos e professores. Desta forma alunos e professores podem utilizar estes
softwares no campus e até mesmo em seus computadores pessoais em alguns
casos. Agindo assim, estas empresas criam uma massa de pessoas que conhecem
e eventualmente indicam os seus softwares a outras organizações, aumentando sua
colocação no mercado.


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           Exemplos deste tipo de promoção feita pelos fabricantes são o MSDN
Academic        Alliance      (MSDN         AA)       da      Microsoft,        disponível
http://msdn.microsoft.com/academic/ e a IBM Academic Initiative, da IBM, disponível
em http://www.ibm.com/br/university/.


       Uma organização também precisa adquirir softwares para todos os seus
computadores. Seja um pequeno escritório, um órgão público, uma multinacional ou
uma organização sem fins lucrativos, todos precisam de softwares e podem ter a
necessidade de utilizar softwares comerciais. A aquisição de softwares destas
organizações varia um pouco em relação à utilizada pelo usuário doméstico, e é
muitas vezes feita diretamente com o fabricante ou através de distribuidores
autorizados. É comum os fabricantes oferecem preços diferenciados para a
aquisição de grandes quantidades de licenças, ou mesmo a possibilidade de
pagamento de uma única taxa para uso irrestrito de um software em todos os
computadores da organização. Alguns permitem até mesmo que os funcionários da
organização utilizem este mesmo software em seu computador doméstico ou móvel.
       Com a disseminação das redes de computadores locais (LANs) é cada vez
mais comum a aquisição de versões para rede dos softwares, que permitem o seu
uso simultâneo por diversos usuários na rede, até o limite estabelecido na aquisição
do software. Para permitir que mais usuários utilizem o software ao mesmo tempo,
basta instalar, adquirir mais licenças e instalá-las no servidor de licenças.
       Vendo a quantidade de downloads feitos em portais especializados em
distribuição de softwares, muitos fabricantes têm optado pela distribuição eletrônica
de software. O interessado pode baixar o software gratuitamente do site do
fabricante e utilizá-lo por um período experimental. Passado este período, o usuário
é convidado a registrá-lo, normalmente através do pagamento por cartão de crédito,
transferência direta ou boleto bancário. Os softwares não registrados no período
estipulado podem deixar de funcionar, ter seus recursos reduzidos ou mostrar
mensagens pedindo o seu registro.
       Os provedores de aplicativos (Application Service Provider – ASP) são
outra forma de distribuição de software através da Internet. O provedor de aplicativos
é uma empresa que configura e mantém os softwares aplicativos em seus próprios
sistemas de computação, ou ainda terceiriza em grandes centros de dados

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(datacenters) e os torna disponíveis através da Internet ou de uma rede privada. Ao
utilizar um ASP para aplicações complexas, uma empresa pode evitar os custos de
instalação e manutenção desses aplicativos em seu próprio sistema de computação.
Ela também não precisa adquirir os servidores, nem se preocupar com questões
como cópia de segurança ou disponibilidade do sistema. Simplificando, podemos
dizer que a empresa para um aluguel pelo uso do sistema, e que o serviço é
garantido pelo provedor de aplicação.



             Grandes produtores de software de gestão empresarial, como a Datasul
têm       oferecido   o   serviço   de    provedor    de   aplicação.       Acesse
http://www3.datasul.com.br/html/servicos.asp e saiba mais a respeito.


      Uma tendência que tem se firmado cada vez mais é o uso de aplicações
web, softwares que são executados diretamente da Internet, sem a necessidade da
sua instalação no computador do usuário. Tudo o que o usuário precisa é de um
navegador e de uma conexão com a Internet.



             Você provavelmente já ouviu falar de algumas destas aplicações: Gmail,
Google Calendar, Google Chat, del.icio.us, Google Docs and Spreadsheets e tantos
outros.




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           EXERCÍCIOS PROPOSTOS


1) Cite pelo menos três tipos de softwares que você tem interesse em utilizar.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________


2) Com relação à forma de licenciamento, quais as categorias de softwares que
estudamos?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________




             SÍNTESE


           Nesta aula vimos que existem softwares específicos para cada necessidade
e que o hardware adianta muito pouco pra nós se não tivermos o software certo.
Compreendemos a função do hardware e do software no computador e entendemos
melhor o termo software aplicativo. Depois verificamos que existem diversas razões
que levam as pessoas a adquirirem um computador e relacionamos diversas formas
através das quais as pessoas e organizações adquirem software, seja pagando ou
simplesmente baixando de sites especializados. Pra finalizar a aula aprendemos
que podemos escolher entre diversas formas de se adquirir softwares em cada
situação.     Na próxima aula vamos conhecer melhor os softwares orientados a
tarefas.




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SOFTWARES ORIENTADOS PARA
TAREFAS




       OBJETIVOS DA AULA


    Relacionar várias categorias de softwares orientados
    para tarefa;
    Descrever brevemente várias categorias de softwares
    orientados para tarefa;
    Identificar os diversos tipos de softwares que estão
    disponíveis tanto para pequenos quanto para grandes
    negócios.




                CONTEÚDO DA AULA


Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir,
assinale os conteúdos na medida em que for estudando.
Nesta aula, veremos:


    De que softwares eu preciso?
     Processador de texto
     Planilha eletrônica
     Gerenciador de banco de dados
     Software de apresentação
     Suítes de programas de escritório
     Gerenciadores de informações pessoais
     Softwares de comunicação
     Softwares de negócios




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      Olá! Seja bem-vindo à nossa segunda aula de Softwares Aplicativos e
Sistemas Operacionais. Nesta aula você vai aprender a relacionar várias categorias
de softwares orientados para tarefa, bem como descrever brevemente várias
categorias de softwares orientados para tarefa. Vai ainda conhecer os diversos tipos
de softwares que estão disponíveis tanto para pequenos quanto para grandes
negócios.
      Boa aula!


2.1 De que softwares eu preciso?


      Como você aprendeu na aula anterior, cada perfil profissional ou pessoal
necessita de um conjunto diferente de softwares para realizar suas atividades.
Existem, no entanto um conjunto de softwares que são utilizados pela grande
maioria dos usuários de computador para realizar tarefas específicas. Eles são
conhecidos como softwares orientados a tarefas, ou ainda de softwares de
produtividade.    Podemos incluir nesta categoria os processadores de texto e
editoração eletrônica, as planilhas eletrônicas, os gerenciadores de bancos de
dados, softwares de apresentação e gráficos e softwares de comunicação. Alguns
pacotes de automação de escritório oferecem um bom número destes softwares
na forma de um pacote integrado. Alguns sistemas operacionais também têm
oferecido alguns destes softwares de forma integrada. A seguir você vai entender o
que são estas categorias e que softwares podemos incluir em cada uma.


2.2 Processador de texto


      O processador de textos é um dos softwares mais populares e úteis para
um usuário de computador pessoal. Nas organizações, ele é utilizado para redigir
comunicações internas, relatórios, procedimentos, atas de reunião e qualquer outro
documento que necessite ser digitado. Pode-se também criar formulários, que
podem ser preenchidos no computador ou impressos para serem preenchidos à
mão. Você pode utilizá-lo em casa para escrever uma resenha, uma carta, um
trabalho escolar, um livro de receitas e muito mais. Você pode ainda criar cartazes,
boletins, e manuais, misturando texto, gráficos, ilustrações e fotos. Um processador
de texto permite criar, editar, formatar, armazenar e imprimir documentos. O

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documento feito fica armazenado em disco no computador, podendo ser
novamente editado, alterado e reimpresso quantas vezes forem necessárias. As
partes já digitadas não precisam ser escritas novamente, você pode fazer alterações
e imprimir como se fosse um documento novo.




                Figura 7 - Processador de textos Microsoft Word




            O Openoffice Writer e o Microsoft Word (Figura 7) são dois exemplos de
processadores de textos bastante utilizados atualmente.




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           Você pode também utilizar o Google Docs & Spreadsheets,se precisa
de um editor com poucos recursos. Ele fica disponível na web, podendo ser
acessado de qualquer computador que possua um navegador e acesso à Internet.
O endereço é http://docs.google.com/.


2.3 Planilha eletrônica


      As planilhas são tabelas compostas de linhas e colunas e utilizadas
principalmente como uma ferramenta de negócios há muito tempo. Numa planilha
manual, a cada alteração dos dados, diversos cálculos precisam ser refeitos. As
planilhas eletrônicas surgiram como uma solução, recalculando os resultados
automaticamente a cada alteração dos valores. Basta para isto que as fórmulas
sejam informadas. Além de recalcular os valores, as planilhas eletrônicas podem
ainda gerar gráficos, facilitando a interpretação dos resultados.




            É possível criar uma planilha para calcular quanto será gasto de
combustível para se realizar uma viagem, informando a quantidade de quilômetros a
serem percorridos, o valor do litro do combustível e quantos quilômetros com um
litro o carro faz. De posse destes valores, pode-se fazer simulações, verificando
quanto seria gasto caso o combustível fosse mais barato, o carro fosse mais
econômico, a viagem fosse mais longa e assim por diante. Todas as alterações nos
valores geram alterações imediatas nos resultados, sem necessidade de gastar
dinheiro ou sair de casa antes de tomar a melhor decisão.


      Você deve estar se perguntando: e um usuário doméstico, como pode obter
benefícios com uma planilha eletrônica? O controle do orçamento doméstico, pra
verificar onde está se gastando em excesso, uma simulação de gastos pra saber se
será possível pagar aquele financiamento de uma moto, ou quanto vai sobrar no
final do ano para as férias, são alguns dos exemplos tarefas que podem ser
realizadas com uma planilha eletrônica por qualquer pessoa.




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                 Figura 8 - Planilha Eletrônica Microsoft Excel



           O Openoffice Calc e o Microsoft Excel (Figura 8) são dois exemplos de
planilhas eletrônicas bastante utilizados atualmente. Os principais recursos
utilizados por um usuário comum estão presentes nas duas ferramentas.



          Você pode também utilizar o Google Docs & Spreadsheets, se precisar
de uma planilha eletrônica e não tiver uma instalada no seu computador. Ele fica



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disponível na web, podendo ser acessado de qualquer computador que possua um
navegador e acesso à Internet. O endereço é http://docs.google.com/.




2.4 Gerenciador de banco de dados


      Um banco de dados é um conjunto de dados relacionados e armazenado de
forma estruturada. Um gerenciador de banco de dados é um software que permite
armazenar dados, atualizá-los, manipulá-los, recuperá-los, gerar relatórios e imprimi-
los numa grande variedade de formatos. Uma coleção de CDs, um conjunto de
receitas de comidas, um cadastro de clientes ou um conjunto de informações de
criminosos são exemplos de bancos de dados que podem ser criados e mantidos
por este tipo de software. Perguntas como quais são os clientes com maior número
de pedidos em aberto e que estejam localizados fora da cidade, podem ser
rapidamente respondidas e relatórios podem ser gerados.




            O sistema de Imposto de Renda para pessoas físicas da Receita
Federal é um exemplo de software que possui um gerenciador de banco de dados.
Ele é responsável por armazenar todos os dados financeiros de uma pessoa e
depois alimenta um sistema maior, contendo as declarações de toda a população
brasileira. De posse destes dados, os técnicos da receita podem analisar as
declarações individuais e cruzar informações dentre pessoas e organizações à
procura de inconsistências. É a conhecida “malha fina”.




2.5 Software de apresentação


      Os softwares de apresentação permitem que o projeto de apresentações
seja em texto ou gráficos. Com eles é possível criar slides, transparências ou ricas
apresentações multimídia. Este tipo de software possui um vasto conjunto de
ferramentas, como a inserção de som, imagens, efeitos automáticos e formatação de
vários elementos. Um vendedor pode utilizá-lo para criar a apresentação de um novo
produto, contendo gráficos comparativos, planilhas de custos e listas dos benefícios

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que este novo produto traz em relação à concorrência. Um usuário doméstico pode
juntar fotos, som e textos para apresentar um poema ou texto comemorativo em um
evento da família.




           Figura 9 - Software de Apresentação Microsoft Powerpoint




            O Openoffice Impress e o Microsoft Powerpoint (Figura 9) são dois
exemplos de softwares de apresentação bastante utilizados no mercado. O
Powerpoint se destaca pela grande quantidade de modelos de apresentações já
prontas, que facilitam a criação aos usuários menos experientes. Já o Impress
possui um recurso de exportação das apresentações no formato Macromedia Flash
(SWF), permitindo que seja visualizada em qualquer computador com o Flash
Player instalado.

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2.6 Suítes de programas de escritório


      Como este conjunto de software que foi apresentado         neste capítulo é
necessário à grande maioria dos usuários de computadores, muitos optam por uma
suíte – um conjunto de softwares que funciona de forma integrada. Estes softwares
trabalham em conjunto, permitindo que dados possam ser facilmente transferidos de
um para outro software do pacote.
      Muitas vezes você nem percebe quando passa de um software para outro,
editando uma planilha eletrônica de dentro de um software de apresentações, por
exemplo. Normalmente os softwares de uma suíte possuem aparência e forma de
funcionamento semelhantes, facilitando o aprendizado de outros softwares do
pacote uma vez que você já conheça um deles.




           O Openoffice.org e o Microsoft Office e o são dois exemplos de suítes
de escritório. O Microsoft Office é utilizado na grande maioria dos computadores
pessoais. O Openoffice.org tem se apresentado como um competidor que pode
incomodar esta supremacia, uma vez que possui os principais recursos e uma
interface semelhante ao software da Microsoft, além de ser gratuito. Já o MS Office
possui um custo alto de licenciamento.




2.7 Gerenciadores de informações pessoais


      Os   gerenciadores    de      informações pessoais    (Personal   Information
Managers – PIMs) são softwares feitos para auxiliar no controle das atividades de
pessoas atarefadas. Eles normalmente incluem uma agenda de compromissos, um
gerenciador de pessoas de contato, um gerenciador de listas de tarefas e um bloco
de notas para anotações diversas. Podem ainda incluir uma calculadora, um
gerenciador de fotos e outros softwares relacionados. Normalmente eles permitem
várias formas de visualização dos compromissos agendados e tarefas a serem
concluídas, com visões diárias, semanais, mensais e anuais, e a possibilidade de
filtrar as informações por categorias, ou ordená-las por data de conclusão. Muitos
destes softwares também permitem configurar um alarme, para avisar o usuário do

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compromisso. A maioria dos computadores de mão, como pdas, handhelds e
smart-phones possuem as funções dos PIMs e ainda permitem a sincronização
com o software do computador pessoal para que ambos contenham as mesmas
informações.




        Figura 10 - Gerenciador de informações pessoais Palm Desktop




           O Palm Desktop (Figura 10) é um gerenciador de informações pessoais
que permite a sincronização das informações nele armazenadas com palmtops.
Mesmo que você não tenha um palmtop, vale a pena utilizar um software deste para
organizar as sua atividades.



          O Palm Desktop para Windows pode ser baixado gratuitamente de
http://www.palm.com/us/support/downloads/windesk414_legal.html.




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2.8 Softwares de comunicação


      Uma das maiores motivações para a aquisição de um computador nos dias de
hoje é a possibilidade de acessar a Internet, buscar os mais diversos sites, serviços
disponíveis na web, trocar mensagens através de correio eletrônico, bater papo
através de softwares de mensagem instantânea e baixar softwares e jogos. Para que
um usuário doméstico tenha acesso à Internet, ele necessita de uma conexão
através da linha discada ou de um serviço de Internet conhecido com banda larga,
normalmente através da linha telefônica ou por rádio. Além da ligação física, é
necessário que o usuário assine um serviço de autenticação e que possua um
conjunto de softwares que possibilite desfrutar de todos os recursos da Internet.
      O software mais importante para o acesso à Internet é o navegador web
(browser) (Figura 11), utilizado para acessar os sites web e outros serviços. O
navegador pode ser um software independente ou vir junto com outros softwares.




            O navegador mais utilizado atualmente é o Microsoft Internet Explorer,
que vem junto com todas as versões do Windows, desde o Windows 95. Um outro
navegador que vem crescendo em uso nos últimos anos é o Firefox, software livre
mantido pela Fundação Mozilla. O Firefox é pequeno para ser baixado, utiliza
poucos recursos do computador e permite a instalação de extensões, aumentando
os recursos disponíveis.



           As últimas versões do Microsoft Internet Explorer podem ser baixadas
diretamente            do           site          da           Microsoft            em
http://www.microsoft.com/brasil/windows/ie/default.mspx. A última versão do Firefox
está disponível em http://br.mozdev.org/firefox/download.html.




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                         Figura 11 - Navegador web Firefox


      Além de navegar pela Internet, é bem provável que você queira criar uma
conta de correio eletrônico (se já não possuir uma) para trocar mensagens com as
pessoas com quem você tem contato. Você ainda pode querer conversar em tempo
real com colegas que estejam conectados à Internet, utilizando sistemas de
mensagens instantâneas. Embora você possa instalar programas específicos para
realizar estas atividades, é também possível realizá-las através do navegador,
utilizando aplicações na web.



           O estudo de todas as aplicações disponíveis na web e dos softwares
necessários ao seu uso foge dos objetivos deste curso. Como exemplos de
aplicações deste tipo, podemos citar o Gmail (http://mail.google.com/) que é um
serviço de correio eletrônico gratuito e possui embutido um cliente de mensagens
instantâneas, chamado Google Talk, e ainda um site de relacionamentos, chamado
Orkut (http://orkut.com/).

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2.9 Softwares de negócios


      Algumas organizações necessitam contratar programadores particulares para
o desenvolvimento de softwares personalizados. Veja o caso de uma montadora
de veículos como a GM, que precisa de um software para controlar os diversos
processadores instalados em um automóvel. Ela não encontrará um software deste
tipo pronto para usar. Por outro lado, nem todos os seus softwares precisam ser
desenvolvidos internamente. Muitas empresas utilizam softwares de gestão de
terceiros, enquanto desenvolvem internamente aplicações específicas ao negócio.
Outras organizações se especializam no desenvolvimento de softwares específicos,
para atender a clientes semelhantes, como ferramentarias ou clínicas médicas.
      Entre as categorias de softwares de negócios mais conhecidos podemos citar
os softwares de ERP, CRM, e CMS.


2.10 ERP - Planejamento de Recursos Empresariais

      Um tipo de software de negócios bastante utilizado, sobretudo em médias e
grandes organizações é o ERP (Enterprise Resource Planning, Planejamento de
Recursos Empresariais). Segundo a wikipédia, o ERP é um sistema de informações
cuja função é armazenar, processar e organizar as informações geradas nos
processos organizacionais agregando e estabelecendo relações de informação entre
todas as áreas de uma companhia. Os ERPs (Figura 12), em termos gerais, são
uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos
de uma empresa, possibilitando a automação e o armazenamento de todas as
informações de negócios.




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                   Figura 12 - Exemplos de telas de um ERP




           Alguns ERPs conhecidos são: Corpore RM da RM Sistemas, o R/3 da
SAP, o Protheus da Microsiga, o EMS da Datasul e o Logix da Logocenter, entre
outros.




2.11 CRM - Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente



      Segundo a Wikipédia (2007), CRM (Customer Relationship Management),
pode ser traduzido para o português como Gerenciamento de Relacionamento com
o Cliente. O termo CRM foi criado para definir toda uma classe de ferramentas que
automatizam as funções de contato com o cliente. Essas ferramentas (Figura 13)
compreendem sistemas informatizados e fundamentalmente uma mudança de
atitude corporativa, que objetiva ajudar as companhias a criarem e manterem um
bom relacionamento com seus clientes, armazenando e inter-relacionando
informações de forma inteligente sobre suas atividades e interações com a empresa.
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                           Figura 13 – Software de CRM

      O CRM abrange, de forma geral, três grandes áreas:
     Automatização da gestão de marketing;
     Automatização da gestão comercial, dos canais e da força de vendas;
     Gestão dos serviços ao cliente.


      Os processos e sistemas de gestão de relacionamento com o cliente
permitem que se tenha controle e conhecimento das informações sobre os clientes
de maneira integrada, principalmente através do acompanhamento e registro de
todas as interações com o cliente. Estas interações podem ser consultadas e
comunicadas a diversas partes da empresa que necessitem dessa informação para
guiar as tomadas de decisões.
      Uma das atividades do Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente
implica em registrar os contatos realizados pelos clientes, de forma centralizada. Os
registros não dependem do canal de comunicação que o cliente utilizou (voz, fax,
email, chat, SMS, etc.), e servem para que se tenham informações úteis e
catalogáveis sobre os clientes. Qualquer informação relevante para as tomadas de


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decisões podem ser registradas, analisadas periodicamente, de forma a produzir
relatórios gerenciais dos mais diversos interesses.


2.12 CMS - Sistema de Gerenciamento de Conteúdo

       O CMS (Content Management Systems - Sistema de Gerenciamento de
Conteúdo)     é um gerenciador para websites, portais e intranets. Seu grande
diferencial é permitir que o conteúdo de seu website possa ser modificado de forma
rápida e segura de qualquer computador conectado à Internet. A Wikipédia (2007)
afirma que um sistema de gerenciamento de conteúdo web (Figura 14) reduz custos
e ajuda a suplantar barreiras potenciais à comunicação web reduzindo o custo da
criação, contribuição e manutenção de conteúdo.
       Tem-se observado que ferramentas como Gerenciadores de Conteúdo podem
se tornar excelentes ambientes para o processo de ensino e aprendizado e para a
organização da informação produzida em ambientes com fins educacionais. Sejam
eles em ambientes acadêmicos, sejam em ambientes empresariais.
       A própria Wikipédia pode ser considerada um "gerenciador de conteúdo",
assim fomentando a busca, localização e criação de conhecimento em um ambiente
distribuído e colaborativo.




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                    Figura 14 – Plone, um exemplo de CMS




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        EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Analise as categorias de softwares orientados a tarefas estudados nessa aula e
cite as três categorias que você considera mais importantes para o seu dia-a-dia.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________


2) Que outros exemplos de softwares de comunicação você poderia citar além dos
listados nessa aula?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________




          SÍNTESE
       Nesta aula vimos que existem várias categorias de softwares orientados
para as mais diversas tarefas e pudemos estudar as principais categorias,
conhecendo alguns exemplos desses softwares. Pudemos também identificar os
diversos tipos de softwares que estão disponíveis tanto para pequenos quanto para
grandes negócios e a forma que cada um deles é desenvolvido e comercializado. Na
próxima aula, a última sobre softwares aplicativos, vamos estudar a ética que deve
envolver o uso de softwares e compreender o que é software livre ou software de
código aberto.




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ÉTICA E SOFTWARE LIVRE



       OBJETIVOS DA AULA


    Discutir questões éticas relacionadas aos softwares;
    Compreender o que é software livre;
    Distinguir entre software livre e código aberto;
    Relacionar exemplos de softwares livres.




               CONTEÚDO DA AULA


      Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir,
assinale os conteúdos na medida em que for estudando.
Nesta aula, veremos:


    Ética e softwares
    O que é software livre
    Software livre X código aberto
    Exemplos de softwares livres




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      Olá! Seja bem-vindo a nossa terceira aula de Softwares Aplicativos e
Sistemas Operacionais.     Esta é a última aula de softwares aplicativos, antes de
estudarmos os sistemas operacionais. Nesta aula vamos discutir as questões éticas
relacionadas aos softwares, e compreender o que é software livre. Vamos também
distinguir entre software livre e código aberto e relacionar softwares livres que
merecem destaque.
      Permaneça firme e tenha uma boa aula!



3.1 Ética e softwares


      Um dos problemas éticos mais visíveis quando se pensa em software,
atualmente, é a questão da aquisição e uso de cópias ilegais, conhecida como
pirataria de software (Figura 15). Você provavelmente já deve ter feito uma cópia
de um CD de músicas ou de um livro. Estas duas ações são ilegais, porém não
causam tanto impacto quanto a cópia ilegal de software. Um dos motivos é que é
muito trabalhoso fazer uma grande quantidade de cópias de livros de forma
amadora. Além disto, estas cópias ficarão claramente com uma qualidade inferior
aos originais. Quando tratamos com material digital, como um software, o custo da
cópia torna-se muito pequeno, e cada cópia é tão perfeita quanto o original. Junte a
isto o fato de que muitos softwares custam muitas vezes o valor de uma mídia de CD
ou DVD, e você começa a entender por que se criou um mercado tão grande em
torno da pirataria de software.
      Os fabricantes de software não perdem muito tempo tentando processar
usuários domésticos, pois um processo judicial custaria muito dinheiro e gastaria
muito tempo, além do mais este tipo de usuário dificilmente compraria estes
softwares de qualquer maneira. O que tem preocupado os fabricantes é o uso cada
vez mais comum de softwares piratas por empresas de pequeno é médio porte.
Muitas destas organizações acabam fazendo isto por desconhecimento das leis, ou
devido ao custo alto dos softwares, que impossibilita a aquisição de forma legal.
      Temos visto no Brasil uma série de campanhas patrocinadas pela ABES e por
grandes fabricantes de software, como a Microsoft, tentando explicar as questões
relacionadas à pirataria de software, com o objetivo de diminuir esta prática em
nosso país.


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                        Figura 15 - Pirataria de software




           Vejamos um exemplo comum do que acontece. Gilberto fez um curso
técnico em mecânica na Escola Técnica Tupy, em Joinville, Santa Catarina. Nessa
instituição ele aprendeu a utilizar um importante software na área de projetos
mecânicos. Na conclusão do curso, tornou-se estagiário em uma pequena
ferramentaria, justamente na área de projetos. Quando percebeu que grande parte
dos projetos era desenvolvida à mão ou em softwares inferiores, não teve dúvida,
fez uma cópia dos CDs do software que havia aprendido durante o curso e passou a
usá-lo na nova empresa. Quando o professor França, orientador de estágios, foi
visitá-lo na empresa, ele mostrou, orgulhoso, as inovações no setor de projeto que
haviam sido feitas por conta do uso do novo software. Sabendo do alto custo do
software, o professor lhe perguntou se eles haviam adquirido uma cópia de forma
legal. “Claro que não, o custo é muito alto e não teríamos como pagar!”, ele
respondeu. O professor então explicou para ele as questões relacionadas à pirataria
de software e as penas que a empresa poderia sofrer se fossem pega em uma
fiscalização. Gilberto ficou surpreso, pois nunca tinha sido alertado sobre estas
questões, e se comprometeu a encontrar uma solução rapidamente. O professor
França relatou o fato à coordenação, que decidiu incluir o tema nas aulas de todas
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as turmas de curso técnico da instituição, para evitar problemas semelhantes no
futuro.


      A questão da pirataria de software vai muito além da questão ética: é uma
questão legal. A lei Nº 9.609, de 19 de Fevereiro de 1998 dispõe sobre a proteção
da propriedade intelectual de programa de computador e sua comercialização no
País. Isto significa que não é apenas uma escolha pessoal escolher entre um
software ou outro, mas sim uma opção com conseqüências legais, podendo levar
uma organização a ser processada e multada e pessoas a serem presas.



          A lei Nº 9.609 pode ser lida integralmente a partir do site do Governo
Federal, em http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L9609.htm.




3.2 O que é software livre


      Devido ao alto custo dos softwares proprietários e a impossibilidade de
modificar, corrigir ou adaptar estes softwares, muitas organizações têm optado pelo
uso do software livre, também conhecido como software aberto. Você já deve ter
ouvido estes termos é talvez até mesmo utilize softwares deste tipo sem nem
mesmo saber. Vamos nos aprofundar um pouco neste assunto agora.
      Software Livre, ou Free Software, conforme a definição criada pela Free
Software Foundation, é o software que pode ser usado, copiado, estudado,
modificado e redistribuído sem restrição. A forma usual de um software ser
distribuído livremente é sendo acompanhado por uma licença de software livre
(como a GPL ou a BSD), e com a disponibilização do seu código-fonte.
      Como já vimos anteriormente, software livre é diferente de software em
domínio público. O primeiro, quando utilizado em combinação com licenças típicas
(como as licenças GPL e BSD), garante os direitos autorais do programador ou da
organização. O segundo caso acontece quando o autor do software renuncia à
propriedade do programa (e todos os direitos associados) e este se torna bem
comum.



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          Figura 16 - Stallman fundador da Free Software Foundation


      O Software Livre, como movimento organizado teve início em 1983, quando
Richard Stallman (Figura 16) deu início ao Projeto GNU e, posteriormente, à Free
Software Foundation.
      Software Livre se refere à existência simultânea de quatro tipos de
liberdades para os usuários do software, definidas pela Free Software Foundation.
Veja abaixo uma explicação sobre as 4 liberdades, baseada no texto em português
da Definição de Software Livre publicada pela FSF:


      As 4 liberdades básicas associadas ao software livre são:


 0. A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0)
 1. A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas
     necessidades (liberdade nº 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para
     esta liberdade.
 2. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu
     próximo (liberdade nº 2).
 3. A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de
     modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3). Acesso ao código-
     fonte é um pré-requisito para esta liberdade.


      Um programa é software livre se os usuários têm todas essas liberdades.
Portanto, você deve ser livre para redistribuir cópias, seja com ou sem modificações,

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seja de graça ou cobrando uma taxa pela distribuição, para qualquer um em
qualquer lugar. Ser livre para fazer essas coisas significa (entre outras coisas) que
você não tem que pedir ou pagar pela permissão, uma vez que esteja de posse do
programa. Você deve também ter a liberdade de fazer modificações e usá-las
privativamente no seu trabalho ou lazer, sem nem mesmo mencionar que elas
existem. Se você publicar as modificações, você não deve ser obrigado a avisar a
ninguém em particular, ou de nenhum modo em especial.
       A liberdade de utilizar um programa significa a liberdade para qualquer tipo de
pessoa física ou jurídica utilizar o software em qualquer tipo de sistema
computacional, para qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem que seja necessário
comunicar ao desenvolvedor ou a qualquer outra entidade em especial.
       A liberdade de redistribuir cópias deve incluir formas binárias ou executáveis
do programa, assim como o código-fonte, tanto para as versões originais quanto
para as modificadas. De modo que a liberdade de fazer modificações, e de publicar
versões aperfeiçoadas, tenha algum significado, deve-se ter acesso ao código-fonte
do programa. Portanto, acesso ao código-fonte é uma condição necessária ao
software livre.
       Para que essas liberdades sejam reais, elas têm que ser irrevogáveis desde
que você não faça nada errado; caso o desenvolvedor do software tenha o poder de
revogar a licença, mesmo que você não tenha dado motivo, o software não é livre.


3.3 Software livre X Código aberto


       Em 1998, um grupo de personalidades da comunidade e do mercado que
gravita em torno do software livre, insatisfeitos com a postura filosófica do
movimento existente e acreditando que a condenação do uso de software
proprietário é um instrumento que retarda, ao invés de acelerar, a adoção e o apoio
ao software livre no ambiente corporativo, criou a Open Source Initiative, que adota o
termo Open Source (Código Aberto) para se referir aos softwares livres, e tem uma
postura voltada ao pragmatismo visando à adoção do software de código aberto
como uma solução viável, com menos viés ideológico que a Free Software
Foundation.
       De modo geral, as licenças que atendem à já mencionada Definição de
Software Livre (da Free Software Foundation) também atendem à Definição de

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Código Aberto (da Open Source Initiative), e assim pode-se dizer (na ampla maioria
dos casos, ao menos) que, se um determinado software é livre, ele também é de
código aberto, e vice-versa. A diferença prática entre as duas entidades está em
seus objetivos, filosofia e modo de agir, e não nos softwares ou licenças.


3.4 Exemplos de softwares livres


      Alguns softwares livres notáveis são o Linux (Figura 17), o ambiente gráfico
KDE, o compilador GCC, o servidor web Apache, o OpenOffice.org e o navegador
web Firefox, entre muitos outros.




                    Figura 17 - Linux e outros softwares livres


3.5 Softwares livres notáveis


      A Wikipédia (2007) traz uma lista bastante completa de softwares livres
notáveis. Abaixo segue um resumo:


     Automação de escritório: OpenOffice.org.
     Navegadores Web: Firefox e Konqueror.

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    Mensagens instantâneas: gaim, amsn, kopete.
    Cliente de correio eletrônico: thunderbird, evolution, kmail.
    Editor de imagens: Gimp.
    Linguagens de programação e compiladores: C, C++, Java, Perl, PHP, Python,
    Ruby e Tcl.
    Ambientes de desenvolvimento: eclipse, cygwin, devcpp, codeblocks.
    Bancos de dados relacionais: MySQL e PostgreSQL.
    Programas de interface gráfica: GNOME, KDE e X Window System.
    Sistemas operacionais: BSD, Darwin (Mac OS) e GNU/Linux.
    CAD: QCad, Varicad
    Editores de texto avançados: vi, emacs.
    Desenho vetorial: Inkscape, Sodipodi
    Editoração eletrônica: Scribus
    EaD, Educação à distância: Moodle
    Servidores de rede: bind(DNS), sendmail, qmail, postfix, apache, samba
    Modelagem Tridimensional Blender3d
    Renderização (imagem estática): Yafray, POV-Ray
    Sistema matemático : Scilab.
    Sistemas de editoração: TeX e LaTeX.
    Sistema wiki: sistema wiki da Wikipédia: MediaWiki.




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         EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1) Como a cópia ilegal de softwares pode afetar os usuários e as organizações?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________


2) Liste os softwares abertos que você já teve a oportunidade de utilizar.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________




          SÍNTESE


      Nesta aula discutimos as questões éticas relacionadas aos softwares e como
a cópia ilegal traz problemas a usuários, organizações e fabricantes de software.
Compreender o que é software livre e a distinção entre esse e o software de código
aberto. Por fim,    relacionamos vários exemplos de softwares livres notáveis que
utilizamos no nosso cotidiano. Esta aula encerra a primeira parte deste módulo, onde
estudamos os softwares aplicativos. Na próxima aula vamos conhecer os sistemas
operacionais.




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SISTEMAS OPERACIONAIS



       OBJETIVOS DA AULA


    Descrever as funções de um sistema operacional;
    Estabelecer a diferença entre os principais sistemas
    operacionais de uso em computadores pessoais;
    Explicar as diferenças entre Linux, GNU/Linux e núcleo
    do Linux;
    Explicar a necessidade dos sistemas operacionais de
    redes.




                CONTEÚDO DA AULA


      Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir,
assinale os conteúdos na medida em que for estudando.
Nesta aula, veremos:


    Sistemas operacionais: software oculto
    O que é a plataforma de um sistema?
    Sistemas Operacionais:
        o MS-DOS, Microsoft Windows XP e CE, Apple
             Mac OS, Unix e Linux
    O que é Linux
    Linux ou GNU/Linux?
    O núcleo Linux
    Download ou aquisição do Linux
    Linux ou Windows?
    Sistema operacional para redes




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      Olá! Seja bem-vindo a nossa quarta aula de Softwares Aplicativos e
Sistemas Operacionais.      Nesta aula conheceremos os sistemas operacionais.
Vamos aprender a descrever as funções de um sistema operacional e a estabelecer
a diferença entre os principais sistemas operacionais de uso em computadores
pessoais. Você vai saber a diferença entre Linux, GNU/Linux e núcleo do Linux e
também descobrirá a razão da necessidade dos sistemas operacionais de redes.
      E então, o que estamos esperando? Boa aula!




            Juliana teve seu primeiro contato com um sistema operacional na
faculdade, nas aulas de metodologia. Foi ali que ela descobriu que o sistema
operacional é um software que fica em segundo plano e é essencial para o
funcionamento do computador, ainda que você não pense muito a respeito dele. Ao
sistema, o Microsoft Windows XP, ela tinha que informar um nome de usuário e uma
senha e depois disto tinha acesso a uma série de aplicativos, disponíveis através de
ícones na área de trabalho do computador e também de menus onde ela podia
navegar. A partir dali ela conseguia abrir o processador de textos Microsoft Word, e
o software de apresentações Microsoft Powerpoint, para desenvolver as atividades
da aula. Foi uma experiência bastante recompensadora para alguém que tinha um
certo receio de utilizar o computador antes de entrar na faculdade.
     No seu primeiro emprego, como facilitadora da qualidade numa pequena
indústria de transformação de polímeros, Juliana utilizava diariamente planilhas
eletrônicas, trocava mensagens de correio eletrônico com clientes e fornecedores e
redigia procedimentos no processador de textos. Além das tarefas que ela já havia
aprendido na faculdade, Juliana aprendeu a compactar arquivos antes de enviá-los
como anexos de mensagens de correio eletrônico, a fazer cópias de segurança em
CD-ROM e a organizar todos os documentos em pastas por assunto na sua pasta
no servidor de arquivos da rede.
     Passados alguns meses, Juliana foi informada pelo Gerente de TI da empresa
que haveria uma migração de todos os computadores para o sistema operacional
Linux, e a suíte de escritórios utilizada passaria a ser o Openoffice.org. Juliana ficou
um pouco assustada no início, pois pensou que poderia não se adaptar ao novo
sistema, uma vez que não o havia visto na faculdade. “Bem agora que estava tão
acostumada com o novo sistema”, ela pensou. No entanto, não comentou nada, e

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procurou pensar que o mundo da informática é assim mesmo, está em constante
evolução. Quando o sistema foi demonstrado e ela teve a oportunidade de utilizá-
lo, manipulando seus documentos, viu que todo o temor era infundado. Os
princípios de funcionamento e as funções eram muito semelhantes e, salvo uma ou
outra dúvida que a equipe de suporte ajudou a resolver, toda a migração ocorreu
sem traumas.
     Passados alguns anos, Juliana recebeu uma proposta para ir trabalhar numa
grande multinacional. Um grande ponto a favor da sua contratação foi a sua
resposta ao fato da empresa utilizar um sistema operacional ainda pouco utilizado
aqui no Brasil. “Todos os sistemas operacionais seguem um mesmo princípio, e
depois de um tempo nos adaptamos ao seu funcionamento. Já passei por este tipo
de migração antes e não terei problemas desta vez também.” Juliana foi contratada
e descobriu que estava certa. O novo sistema foi aprendido rapidamente e ela
auxiliou os colegas com mais resistências a se adaptar ao novo sistema.




4.1 Sistemas operacionais: software oculto


      Um computador recém-saído da sua linha de montagem é mais inútil que um
abajur quebrado. Para cumprir seu propósito, este hardware precisa de software que
o faça funcionar. Os softwares aplicativos, como processadores de textos e planilhas
eletrônicas, utilizados para realizar tarefas específicas, são uma parte importante
deste conjunto de softwares necessários. No entanto, falta-lhes uma característica
importante: a capacidade de interagir diretamente com o hardware. É neste ponto
que entra o sistema operacional.
      Segundo Capron e Johnson (2004), sistema operacional (Figura 18) é um
conjunto de programas que se encontra entre o software aplicativo e o hardware; é o
software fundamental que controla todos os recursos de hardware e software.
      Para Tanenbaum (1999) e Silberschatz (2005), dois conceituados autores a
respeito do assunto, existem dois modos distintos de conceituar um sistema
operacional. O primeiro, pela perspectiva do usuário (visão "de-cima-a-baixo” ou top-
down"), é uma abstração do hardware, fazendo o papel de intermediário entre o
software aplicativo e os componentes físicos do computador (hardware). No segundo
modo, numa visão “de-baixo-a-cima” (“bottom-up”), é um gerenciador de recursos,

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isto é, controla quais aplicações (processos) podem ser executadas e quando, e
que recursos do computador (memória, disco, periféricos) podem ser utilizados.
Portanto, se não existissem os sistemas operacionais, todo programa desenvolvido
deveria saber como comunicar-se com os dispositivos do computador que
precisasse utilizar.




           Figura 18 - Diagrama conceitual de um sistema operacional




             Na época em que os computadores utilizavam o sistema operacional
MS-DOS, a maioria dos programas tinha que fazer grande parte das funções do
sistema operacional. Isto incluía conhecer todos os tipos de monitores de vídeos,
impressoras e dispositivos de entrada. A interface com o usuário também era
definida por cada aplicação, principalmente quando se desejava uma interface
“gráfica”, Isto tornava muito mais complexa a tarefa de desenvolver softwares
aplicativos, além de dificultar a comunicação entre aplicativos e a troca de dados.
Os sistemas se tornavam também muito mais instáveis e sujeitos a travamentos.


       Você deve ter observado que dissemos que o sistema operacional é um
conjunto de programas. O núcleo (kernel) do sistema operacional é a parte mais
importante deste conjunto de programas. Sua função é gerenciar todos os recursos
do computador, controlando o sistema e carregando para a memória outros
programas do sistema operacional quando necessário.
       Em todos os computadores pessoais, o núcleo do sistema operacional é
carregado para a memória quando o computador é ligado, tornando-o disponível.

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Este processo é chamado de inicialização (booting) do sistema. Quando o
computador é ligado, um pequeno programa localizado em um chip no computador
realiza alguns testes de componentes de hardware e depois carrega o núcleo do
disco rígido.
       Podemos relacionar três funções principais que os sistemas operacionais
possuem:
   1. gerenciar os recursos do computador, aí incluindo processador, memória,
       unidades de disco, impressoras e outros;
   2. estabelecer uma interface com o usuário, de forma que este possa utilizar os
       recursos de hardware e os softwares aplicativos;
   3. oferecer recursos e uma interface para que os softwares aplicativos se
       comuniquem com o hardware e também entre si.
       Mesmo sendo tão importante ao funcionamento do computador, o sistema
operacional não é muito notado pelo usuário; muitas tarefas essenciais são
executadas em segundo plano. Mesmo quando um usuário imprime ou salva um
arquivo através de um software aplicativo, é na verdade o sistema operacional quem
realiza estas funções.




                Como um árbitro em um jogo de futebol, o sistema operacional deve
passar despercebido a maior parte do tempo. Ambos são importantes, mas devem
fazer seu trabalho discretamente. Quando eles são notados, normalmente significa
que alguma coisa não saiu conforme o esperado. E normalmente eles são xingados
por isto. Vida dura essa de sistema operacional...


       Mesmo que um grande número de funções do sistema operacional fique
oculto ao usuário, este ainda precisa interagir com ele em algumas situações de
gerenciamento e na execução de softwares aplicativos. Esta interação ocorreu
através da interface com o usuário, que determina a forma como será feita a
comunicação. Uma interface com o usuário pode ser baseada em linha de comando
(Figura 19) ou ser gráfica (Figura 20). Na interface por linha de comandos o
usuário digita textos e necessita informar os comandos completos e seus parâmetros
para obter o resultado esperado.



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                Figura 19 - Interface por linha comandos do Linux




            O sistema operacional MS-DOS, o Unix e o Linux utilizam a interface por
linha de comando. Nas versões do Microsoft Windows existe um interface de
comandos chamada Prompt de Comandos, que permite a execução de algumas
operações neste tipo de interface.


      As interfaces gráficas com o usuário (GUIs – Graphical User Interfaces)
usam imagens que representam os programas, arquivos e outros recursos do
computador, denominadas ícones e também menus para que o usuário informe as
tarefas que deseja executar. O usuário pode clicar em um ícone de um programa
para executá-lo ou arrastar o ícone representando um arquivo para o ícone que
representa uma lixeira, apagando-o do disco rígido. Esta forma de interação é mais
intuitiva e torna o aprendizado mais fácil. O Microsoft Windows e o Apple Mac OS
(Figura 20) são exemplos de sistemas operacionais que utilizam interface gráfica.
Muitas instalações de Unix e Linux também são configuradas para oferecer uma
interface gráfica com o usuário.




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                   Figura 20 - Interface gráfica do Mac OS X


4.2 O que é a plataforma de um sistema?


      Os softwares aplicativos são normalmente classificados segundo a sua
plataforma, que se refere à combinação de sistema operacional e hardware do
computador. A plataforma mais comum para computadores pessoais é composta de
computadores com processadores Intel e o sistema operacional Windows da
Microsoft, chamada muitas vezes de Wintel. Geralmente os softwares aplicativos
como processadores de texto e jogos só podem ser executados numa plataforma
específica. Os softwares que podem ser executados em diversas plataformas são
conhecidos como multiplataforma.




           Da mesma forma que não é possível colocar um motor de um carro da
Ford num caminhão da Scania, não é possível executar um programa do Windows
no Linux, ou do Mac OS no Palm OS, a menos que ele tenha uma versão específica
para aquela plataforma.




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      A maioria dos usuários recebe o computador com o sistema operacional pré-
instalado, seja pelo fabricante do computador, pela revenda ou pela equipe de TI
nas organizações. Existirão situações, no entanto que exigirão de você a escolha da
plataforma operacional onde será desenvolvido e executado um sistema. Para isto,
vamos conhecer um pouco os principais sistemas operacionais disponíveis para
nosso uso.


4.3 MS-DOS


      O MS-DOS (Figura 21) começou a ser utilizado em 1980 e muitos acreditam
que foi ele que decidiu o destino da então minúscula Microsoft. Este sistema
operacional utiliza uma interface de linha de comando e apresenta ao ser iniciado,
uma tela vazia, contendo apenas os caracteres C:> no canto superior esquerdo. O
C: refere-se à unidade de disco; o > é o prompt, um símbolo que indica que o
sistema está à espera de uma instrução.      Neste ponto é necessário que você
informe um comando ao sistema operacional, para que ele possa interpretá-lo e
executar a ação correspondente. Se você tentar utilizar o MS-DOS, verá que sua
interface não é nada amigável, e os comandos (Tabela 1) não são fáceis de lembrar.
É por isto que este tipo de interface foi amplamente substituído pelas interfaces
gráficas de usuário.




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                             Figura 21 - Microsoft DOS


C:>DIR A: /W - Exibe o conteúdo do disquete, em 4 colunas na tela
C:>FORMAT A: - Prepara um disquete colocado na unidade A: para ser utilizado. Apaga
todo o seu conteúdo,se houver.
C:>COPY RELAT01.DOC A: - Copia o arquivo RELAT01.DOC contido na unidade C:
para o disquete da unidade A:.
C:> RENAME RELAT01.DOC RELAT02.DOC – Renomeia o arquivo RELAT01.DOC
contido na unidade C: para RELAT02.DOC
C:> DEL C:REL99.DOC – Exclui o arquivo RELAT99.DOC da unidade C:
                    Tabela 1 - Exemplos de comandos do MS-DOS


4.4 Microsoft Windows


      Existe uma maneira muito mais intuitiva de interagir com um computador do
que digitar comandos e receber informações numa tela com texto. O grande sucesso
do Windows se deu pela utilização desta interface, denominada interface gráfica com
o usuário ou GUI (lê-se “gu-i”), que utiliza ícones e menus em vez de comandos
digitados. Mesmo não tendo sido o primeiro sistema operacional com interface
gráfica, podemos afirmar que foi o Windows quem popularizou esse tipo de interface.
      O Windows (Figura 22) começou como uma interface gráfica para o MS-DOS,
fornecendo uma interface gráfica sobre um sistema operacional com interface em

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modo texto. Foi a partir do Windows 95 que o Windows passou a ser um sistema
operacional independente, que não precisava mais do DOS pré-instalado. Vários
comandos do MS-DOS ainda continuam disponíveis para uso nas diversas versões
do Windows.




                       Figura 22 - Microsoft Windows XP

      Embora existam várias versões do Windows, muitas características são
semelhantes a todos. Em qualquer um deles você clica em ícones e em itens de
menu para ativar comandos ou funções. Os menus são chamados de menus
deslizantes, pois deslizam como uma persiana ao serem selecionados. Outros
menus são chamados de pop-up, pois aparecem na tela quando se utiliza o botão
direito do mouse. O Windows apresenta também um botão Iniciar no canto inferior
esquerdo. A partir desse botão pode-se acessar os programas e outros recursos do
computador, como a opção de localizar arquivos. Também é possível executar um
programa dando um clique duplo em um ícone correspondente a ele na área de
trabalho, a tela de abertura do Windows. A barra inferior do Windows, onde está
localizado o botão iniciar, possui ainda um botão correspondente a cada programa
em execução no momento. Para alternar entre estes programas, basta clicar no
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botão correspondente. O Windows aceita nomes de arquivos longos, com até 255
caracteres; o MS-DOS aceitava apenas 8 caracteres e mais 3 para a extensão do
arquivo, identificando o seu tipo.
       Outra característica muito útil do Windows é a sua capacidade de auto-
configuração, quando um novo dispositivo de hardware é instalado. Chama-se a
este recurso de plug-and-play, e para que ele possa ser utilizado, o periférico precisa
ter sido fabricado de acordo com este padrão. Por sorte, a grande maioria dos
fabricantes tem adotado este padrão, facilitando em muito a vida dos usuários.
       O Windows é uma família de sistemas operacionais, com pelo menos três
ramificações históricas, cada uma desenvolvida para um tipo de usuário. Uma
destas ramificações praticamente já deixou de existir, e era designada ao público
doméstico. Aqui se encontram o Windows 95, o Windows 98 e o Windows Millenium
Edition. Atualmente o Windows XP atende a este mercado. Para o mercado
corporativo, a Microsoft desenvolveu o Windows NT, que depois foi sucedido pelo
Windows 2000 e mais recentemente pelo Windows XP. O Windows XP atende tanto
ao mercado doméstico quanto ao corporativo. Para o mercado de dispositivos
móveis, como palmtops, handhelds e smartphones foi criado o Windows CE.


4.5 Windows XP


       O Windows XP é a versão mais recente de sistemas operacionais da empresa
fundada por Bill Gates (Figura 23), e foi projetado para ser utilizado tanto em
computadores domésticos quanto nos corporativos e notebooks. Ele incorpora as
facilidades de reconhecimento de hardware e compatibilidade das versões anteriores
destinadas ao mercado doméstico, como as versões 95, 8 e Me, e a estabilidade e
robustez herdadas das versões corporativas, como o Windows NT e o Windows
2000. Dentre os principais recursos que podemos encontrar no Windows XP,
destacam-se os seguintes:




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                  Figura 23 - Bill Gates – fundador da Microsoft


      Interface aperfeiçoada: a interface ficou mais limpa, com número reduzido
de ícones na área de trabalho, substituídos por opções no menu Iniciar. Além disto,
um programa assistente de limpeza da área de trabalho verifica que ícones são
pouco usados e auxilia o usuário na remoção destes, colocando-os numa pasta
separada.
      Suporte melhorado para multimídia: permite o uso de arquivos no formato
MP3, acesso a câmeras digitais e câmeras de vídeo de forma integrada ao sistema
operacional, sem a necessidade de softwares de terceiros.
      Suporte para vários usuários: uma vez que vários usuários podem utilizar o
mesmo computador, o Windows XP permite que os usuários alternem entre suas
contas, mantendo os aplicativos de um usuário em execução, enquanto outro utiliza
o mesmo computador com a sua conta. No momento em que o outro usuário voltar a
utilizar o computador, seus aplicativos já estarão abertos, na mesma situação em
que ele deixou. Podem ser criadas contas também para crianças, com restrição ao
que elas podem utilizar.
      Suporte a redes e à Internet: O Windows XP permite que vários
computadores sejam interligados em rede e compartilhem a mesma conexão com a
Internet, enquanto oferece um firewall, para melhorar a segurança desta conexão.




4.6 Windows CE


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      O Windows CE (Consumer Electronics – eletrônicos de consumo) é um
sistema operacional baseado no Windows XP voltado para o mercado sistemas
embutidos (ou embarcados) e dispositivos de Internet. Para funcionar nestes
computadores, o sistema precisa ser reduzido, ocupando menos memória, disco
rígido menor ou inexistente e necessitando de processadores inferiores em relação a
um computador pessoal. As telas desses dispositivos também são menores, e a
forma de acessar os programas e entrar com a informação também muda, pois
normalmente eles possuem uma tela sensível ao toque e algumas teclas, ao invés
de um teclado completo.
      Os sistemas embutidos são dispositivos de computação integrados a outros
produtos, como carros, trens, robôs, câmeras digitais e máquinas industriais. O
Windows CE (Figura 24) possui uma interface muito semelhante a do Windows XP o
que facilita o aprendizado pelo usuário. Além disto, sua versão mais nova,
denominada Windows CE .NET, suporta a plataforma .NET de desenvolvimento de
aplicações da Microsoft, tornando o desenvolvimento de softwares aplicativos mais
simples.




                       Figura 24 - Microsoft Windows CE




4.7 Mac OS



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      O Macintosh Operating System (Mac OS) é a denominação do sistema
operacional padrão dos computadores Macintosh produzidos pela Apple. Sua
evolução ocorreu até a versão Mac OS X (X é o algarismo romano correspondente a
dez e deve ser lido assim) (Figura 25). A primeira versão foi lançada em 1984. Até
antes da versão 7.6, era chamado apenas de System (ex.: System 4, System 7), da
versão 7.6 em diante passou a ser chamado de Mac OS.
      Foi o primeiro sistema gráfico amplamente usado em computadores a usar
ícones para representar os itens do computador, como programas, pastas e
documentos. Também foi pioneiro na disseminação do conceito de Desktop, com
uma Área de Trabalho com ícones de documentos, pastas e uma lixeira, em
analogia ao ambiente de escritório. Seu ambiente gráfico, que serviu como modelo
para a maioria das interfaces gráficas que surgiram depois disto se baseou nos
estudos feitos no centro de pesquisas PARC da Xerox, em Palo Alto, na Califórnia.
      O lançamento do Mac OS X foi um marco para o sistema operacional. Em sua
décima versão, o sistema foi remodelado como um todo, inclusive o núcleo, que
passou a ser baseado no núcleo do Unix BSD.




                              Figura 25 - Mac OS X


4.8 Unix




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Softwares para cada necessidade

  • 1. SOFTWARES APLICATIVOS E SISTEMAS OPERACIONAIS EDIÇÃO Nº 1 - 2007 PROF. MARCO ANDRÉ LOPES MENDES ___________________________________________________________________ Apoio Gestão e Execução Conteúdo e Tecnologia • •
  • 2. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 2 APRESENTAÇÃO Parabéns, você está recebendo o livro-texto da disciplina de Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais do Curso Técnico em Programação para Internet da Tupy Virtual. Este livro-texto foi construído especialmente para este curso, baseado no seu perfil e nas necessidades da sua formação. Estamos constantemente atualizando e melhorando este material, e você pode nos auxiliar, encaminhando sugestões e apontando melhorias, através do seu monitor, tutor ou professor. Desde já agradecemos a sua ajuda. Este livro-texto proporcionará a você o estudo dos softwares, incluindo aplicativos, sistemas operacionais e utilitários. Para sua melhor compreensão, o livro está estruturado em duas partes. Na primeira, que inclui os capítulos de um a três, é feito um estudo dos softwares aplicativos, e na segunda parte, que engloba os capítulos de quatro a seis, você estudará os sistemas operacionais e utilitários. Nossa recomendação é que você verifique as datas importantes dentro no cronograma de estudos e elabore um plano de estudos pessoal. Assim você poderá aproveitar o curso ao máximo, garantindo o retorno de todo o esforço investido. Estude as aulas virtuais, faça os exercícios, leia o livro-texto, e faça todas as atividades propostas. Sempre que possível, tire suas dúvidas com o monitor também. Lembre-se que a sua passagem por esta disciplina será também acompanhada pelo Sistema de Ensino Tupy Virtual, seja por correio postal, fax, telefone, e-mail ou Ambiente Virtual de Aprendizagem. Sempre entre em contato conosco quando surgir alguma dúvida ou dificuldade. Participe dos bate-papos (chats) marcados e envie suas dúvidas pelo Tira-Dúvidas. Toda a equipe está à disposição para atendê-lo. Seu crescimento é o nosso maior objetivo. Acredite no seu sucesso e tenha bons momentos de estudo! Equipe Tupy Virtual. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 3. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 3 SUMÁRIO AULA 1 - SOFTWARES APLICATIVOS ................................................................................7 AULA 2 - SOFTWARES ORIENTADOS PARA TAREFAS .......................................................24 AULA 3 - ÉTICA E SOFTWARE LIVRE ...............................................................................41 AULA 4 - SISTEMAS OPERACIONAIS ................................................................................50 AULA 5 - CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS OPERACIONAIS .............................................76 AULA 6 - PROGRAMAS UTILITÁRIOS................................................................................86 SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 4. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 4 CARTA DO PROFESSOR “Eu anseio por realizar uma grande e nobre tarefa, mas meu principal dever é realizar pequenas tarefas como se fossem grandes e nobres.” Helen Keller Caro aluno, Você já percebeu quantos softwares diferentes existem disponíveis para o uso no seu computador? São editores de texto, planilhas eletrônicas, jogos, navegadores, softwares educativos, sistemas de gestão empresarial e uma infinidade de outras categorias. Quais desses softwares você precisará para desenvolver suas tarefas? Como eu posso adquiri-los? Essas e outras perguntas serão respondidas nesta disciplina que você está começando a estudar agora. O aprendizado dos conceitos que serão explorados nesta disciplina é fundamental ao futuro programador e servirão de suporte às demais disciplinas do curso. Queremos convidá-lo a se envolver a partir de agora no estudo dos softwares aplicativos e sistemas operacionais. Bom estudo! Professor Marco André Lopes Mendes SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 5. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 5 CRONOGRAMA DE ESTUDO Acompanhe no cronograma abaixo os conteúdos das aulas, e atualize as possíveis datas de realização de aprendizagem e avaliações. Semana Carga horária Aula Data/ Avaliação 1 10 Softwares aplicativos _/_ a _/_ 1 10 Softwares orientados para _/_ a _/_ tarefas 2 10 Ética e software livre _/_ a _/_ 2 10 Sistemas operacionais _/_ a _/_ 3 10 Características dos _/_ a _/_ sistemas operacionais 3 10 Programas utilitários _/_ a _/_ SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 6. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 6 PLANO DE ESTUDO Bases Tecnológicas Sistema operacional; Gerenciador de arquivos; Ferramentas de Criação e Gerenciamento de Softwares; Camadas de Softwares; Princípios de Sistemas Operacionais; Instalação e remoção - aplicações. Objetivo Geral • Compreender a função dos softwares aplicativos e dos sistemas operacionais. Específicos • Relacionar as diversas formas através das quais as pessoas e organizações adquirem software; • Relacionar várias categorias de softwares orientados para tarefa; • Discutir questões éticas relacionadas aos softwares; • Descrever as funções de um sistema operacional; • Descrever as diversas características dos sistemas operacionais; • Relacionar diversas funções normalmente executadas por programas utilitários. Carga Horária: 60 horas/aula. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 7. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 7 SOFTWARES APLICATIVOS OBJETIVOS DA AULA Compreender que existem softwares específicos para cada necessidade; Distinguir a função do hardware e do software no computador; Descrever um software aplicativo; Identificar as razões que levam as pessoas a adquirirem um computador; Relacionar as diversas formas através das quais as pessoas e organizações adquirem software; Escolher a melhor forma de adquirir softwares para cada situação. CONTEÚDO DA AULA Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir, assinale os conteúdos na medida em que for estudando. Nesta aula, veremos: Um aplicativo para cada necessidade Softwares aplicativos: realizando o trabalho O que é software aplicativo? Para que eu usaria um computador? Adquirindo um software Qual a melhor forma de comprar software comercial? SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 8. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 8 1.1 Um aplicativo para cada necessidade Olá! Seja bem-vindo à nossa primeira aula de Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais. Agora que você já estudou o hardware, a parte física e visível do computador, chegou a hora de estudar o software, a parte invisível, porém fundamental para funcionamento deste fascinante equipamento. Nesta primeira aula você vai compreender que existem softwares específicos para cada necessidade, vai distinguir a função do hardware e do software no computador e entender melhor o termo software aplicativo. Além disto, você vai Identificar as razões que levam as pessoas a adquirirem um computador e vai relacionar as diversas formas através das quais as pessoas e organizações adquirem software. Por fim, você vai aprender a escolher a melhor forma de adquirir softwares para cada situação. Como você pode ver, temos muito que aprender. Boa aula! Vamos começar esta aula com a história de Carla. Ela está no primeiro ano da faculdade de Administração, e resolveu arrumar um emprego nas férias, trabalhando como garçonete numa Pousada em Bombinhas, no litoral de Santa Catarina. Seu objetivo é juntar algum dinheiro para ajudar a adquirir os livros para o próximo semestre da faculdade. Além do seu salário, Carla recebia gorjetas dos turistas, muitos deles estrangeiros. Carla preferia ter conseguido um emprego num escritório, mas no momento, a sua maior preocupação era fazer uma boa poupança para quando as aulas iniciassem. As coisas, no entanto, acabaram ficando mais interessantes do que Carla poderia ter imaginado. Os proprietários da Pousada descobriram que Carla havia tido aulas de Informática e que tinha certa habilidade com computadores, além de ter tido aulas básicas de contabilidade. Propuseram então que ela os auxiliasse durante algumas manhãs no escritório da Pousada. Carla aceitou imediatamente, percebendo ali uma oportunidade de adquirir um pouco mais de experiência profissional, melhorando o seu currículo. Sua primeira missão foi refazer os cartazes informativos espalhados pela pousada. Ela estudou os softwares, lendo manuais e a ajuda on-line, e aprendeu a acrescentar gráficos, ilustrações e diversos tipos de fontes e cores atraentes, dando SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 9. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 9 um toque profissional e com muita classe aos cartazes. Agora era muito mais fácil alterar os cartazes, conforme a necessidade, e reimprimi-los na impressora a jato de tinta da pousada. Logo os hóspedes perceberam a mudança e comentaram com os donos, o que os estimulou a passarem outras atividades a Carla. Carla desenvolveu outras atividades ao longo da temporada em que esteve lá, como crachás de identificação para os funcionários, menus para o restaurante, e uma lista de telefones úteis para o pessoal da recepção. Um de seus trabalhos mais gratificantes foi o desenvolvimento de uma planilha de custos a ser utilizada na confecção do cardápio semanal da pousada. Utilizando um software de planilha eletrônica, ela levantou o custo de cada item que poderia compor um almoço, separando-os entre carnes, pratos quentes, saladas e sobremesas. Verificou também quanto, em média, cada pessoa consumia num almoço. Desta forma ficou muito mais simples montar o cardápio, de forma balanceada e sem estourar o orçamento. Sabendo quantos hóspedes havia num determinado período, era possível até fazer a previsão de compra dos produtos, e calcular a margem de lucro. Gráficos feitos com os dados fornecidos na planilha permitiram uma análise visual, e alterações nos preços dos insumos, podiam agora ser inseridas imediatamente no software, que refazia automaticamente os cálculos e os gráficos. No estudo de caso acima, pudemos ver vários exemplos de uso de softwares aplicativos auxiliando na realização de tarefas do cotidiano das pessoas. Vamos entender um pouco melhor o que são estes aplicativos e como podemos classificá- los. 1.2 Softwares aplicativos: Realizando o trabalho Quando as pessoas pensam num computador, a primeira coisa que vem a sua mente é a máquina, ou seja, o hardware. Monitores modernos mostrando cores e muita ação, gabinetes com linhas elegantes, o som contínuo das teclas, as luzes piscando. No entanto, é o software – o conjunto de instruções logicamente ordenadas, necessárias para transformar dado em informação – que torna o plástico, metal e silício do computador em algo útil. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 10. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 10 Podemos comparar o computador a um carro de corrida, que necessita de um piloto a altura para que se veja o seu potencial. Da mesma forma, de nada adianta ter um fogão moderno e um jogo completo de panelas se não houver uma cozinheira habilidosa para utilizá-los na preparação de uma gostosa refeição. São duas analogias para tentar comparar a importância do software em relação ao hardware quando se trata de computadores. Agora vamos adiante, por que este papo de comida acaba deixando a gente com fome. 1.3 O que é software aplicativo? Segundo Capron e Johnson (2004), os softwares aplicativos podem ser personalizados ou oferecidos em pacotes. Algumas organizações preferem contratar programadores de software – pessoas que projetam, desenvolvem, testam e implementam software. Estes programadores desenvolvem um software personalizado, feito sob medida às necessidades específicas de uma organização. Softwares deste tipo podem levar anos para serem desenvolvidos e implantados, devido à sua complexidade e às particularidades de cada organização. Podemos comparar o desenvolvimento de um software personalizado a uma roupa desenhada, cortada e costurada por um alfaiate. Ela é feita com as medidas exatas da pessoa, portanto se ajusta perfeitamente ao seu corpo. A maioria dos usuários comuns utiliza softwares genéricos conhecidos como softwares comerciais ou pacotes de software. Estes softwares, muitas vezes comercializados em caixas coloridas, contêm as mídias, como CD ou DVD e um conjunto de manuais de instrução impressos. Eles podem ser encontrados em lojas especializadas, livrarias, hipermercados e lojas de departamento. Devido a este fato eles são muitas vezes chamados informalmente de software de prateleira. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 11. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 11 Os manuais são muitas vezes chamados de documentação, e podem vir impressos, ou em meio eletrônico. É cada vez mais comum também a documentação estar disponível on-line, na Internet (Figura 1). Você pode ver um exemplo de documentação on-line acessando a Ajuda do Microsoft Office, disponível em: http://office.microsoft.com/pt-br/help/default.aspx. Figura 1 - Site de ajuda on-line do Microsoft Office Podemos comparar um pacote de software a uma roupa que é vendida numa grande loja de departamentos. Ela procura atender ao gosto da maioria das pessoas. Você procura uma dentro do seu estilo e tamanho e a prova. A vantagem é que se gostar, o usuário pode levar na hora e usá-la imediatamente. Da mesma forma que organizações menores e você em seu computador, as grandes organizações também compram e usam uma série de softwares comerciais. Muitos dos softwares que elas utilizam são os mesmos que você utiliza em seu computador. A diferença talvez seja que estas grandes organizações compram seus softwares de um distribuidor ou mesmo diretamente do próprio SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 12. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 12 fabricante. É muito provável que elas também comprem softwares para auxiliar na gestão do seu negócio, como gestão da produção e de recursos humanos. Estes softwares são comprados diretamente dos fabricantes ou de empresas de consultoria por dezenas, ou até centenas de milhares de reais. Para cada software existe uma forma específica de uso, embora a maioria deles acabe seguindo certos padrões que os torna muito semelhantes na forma de utilização. De qualquer forma, a primeira coisa que deve ser feita após a aquisição de um software é a sua instalação. Na maioria das vezes, basta colocar o CD ou DVD na unidade e aguardar alguns segundos, ou executar o programa baixado da Internet, através de um duplo clique no mesmo. Os programas de instalação permitem que sejam feitas várias configurações durante o processo de instalação dos softwares. Estas configurações são especialmente úteis para usuários avançados. Para os iniciantes, no entanto, normalmente são fornecidas opções padrão de instalação, livrando-os de ter que conhecer uma série de detalhes técnicos. Este processo de instalação é muitas vezes chamado ironicamente de “Next-Next-Finish” ou “Próximo-Próximo- Concluído”, devido às telas que são mostradas durante o processo de instalação. Alguns softwares são completamente instalados no disco rígido do computador durante o processo de instalação, enquanto outros exigem que a mídia original esteja na unidade sempre que o programa for executado. Depois de instalados, os softwares criam ícones (imagens que representam os programas), na área de trabalho ou opções em menus de programas. Para executar o programa, basta clicar no seu ícone ou opção de menu correspondente. Em alguns casos, também é possível executar os softwares digitando o nome do aplicativo numa linha de comando. Podemos afirmar que, atualmente, existem softwares para quase tudo o que um usuário doméstico ou profissional tenha necessidade. Desde a edição de textos, preparação de orçamentos, manipulação de fotos, imagens e vídeos até jogos e comunicação remota, tudo pode ser feito com um computador e o software certo. É por isso que podemos afirmar que os softwares tornam os computadores tão úteis. Para saber a quantidade de softwares que você pode baixar e instalar em seu computador, acesse o site Superdownloads (Figura 2), disponível em SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 13. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 13 http://superdownloads.uol.com.br/windows/index.html. Navegue por suas categorias e se surpreenda com a diversidade de áreas diferentes em que você pode encontrar softwares. Você vai ficar maravilhado! Figura 2 – Site superdownloads.com O objetivo da maioria dos desenvolvedores de software é que seus produtos sejam amigáveis e simples de utilizar. O termo amigável ao usuário (user-friendly) acabou se popularizando e hoje é utilizado de forma geral. O que se espera de um software deste tipo é que ele seja fácil e simples de operar, mesmo para um usuário iniciante e que seja intuitivo, necessitando de um mínimo de treinamento, documentação e suporte. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 14. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 14 1.4 Para que eu usaria um computador? É comum vermos alguém interessado em comprar um computador verificando diferentes configurações e opcionais até decidir o que comprar. A surpresa, muitas vezes, surge quando esta pessoa descobre que não basta ligar o computador para poder fazer tudo o que deseja. Os computadores são vendidos normalmente com um conjunto básico de softwares, composto de um sistema operacional e mais alguns aplicativos. Para utilizá-lo no máximo do seu potencial, é necessário que se tenham os softwares certos para cada atividade. Cada pessoa ou perfil profissional terá provavelmente um conjunto de softwares necessário para as suas atividades. As dúvidas surgem na hora de escolher, adquirir e instalar estes softwares. Vamos ver alguns casos que exemplificam esta situação. Lucia Ramos é uma advogada que possui um pequeno escritório em sua casa e utiliza um computador para dirigir seu negócio. Junto com seu computador ela recebeu um pacote de automação de escritório cujo principal software que ela utiliza é um processador de textos. Ela adquiriu também um conjunto de CD-ROMs contendo a legislação brasileira e um outro CD-ROM com um aplicativo para auxiliá-la a controlar os exercícios físicos que ela faz semanalmente. Para acessar à Internet, ela contratou os serviços de Internet Banda Larga de um Provedor de Serviços de Internet. Feito isto, baixou diretamente do site da Receita Federal o programa para fazer a declaração do seu Imposto de Renda. Depois disto, comprou um software diretamente pela Internet para auxiliar os estudos de matemática do seu filho de 8 anos. Algum tempo depois, ela comprou um conjunto de softwares didáticos para sua filha de 6 anos e baixou da Internet um software que permite ver imagens de satélite do mundo todo. Para auxiliá-la no seu trabalho, comprou um Dicionário Eletrônico e está agora estudando a aquisição de um sistema de gerenciamento de escritórios de advocacia. Veja agora outro exemplo: Outro exemplo é o de Josué Moreira, que trabalha como representante comercial, visitando seus clientes e anotando os seus pedidos. Mesmo sem ter SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 15. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 15 grandes necessidades de computador no início do seu trabalho, ele comprou um, assim que recebeu as primeiras comissões de vendas. Ele começou comprando softwares para o seu lazer: um simulador de vôo e um jogo de corridas de carros. Depois assinou um serviço gratuito de Internet pela linha telefônica discada, que tem lhe atendido bem até o momento. Baixou e instalou um programa simples para fazer pequenos retoques e visualizar as fotos tiradas com sua câmera digital. No momento, está aprendendo com outros colegas a utilizar um software de planilha eletrônica que faz parte do pacote de automação de escritórios que veio junto com o computador. Ele também está verificando a possibilidade de passar seus relatórios por através de correio eletrônico, em vez de passar fax, como é feito hoje. Seu próximo objetivo é catalogar todos os seus clientes e agendar as visitas num software de gerenciamento pessoal. Figura 3 - Site da Brasoftware SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 16. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 16 O que você pode perceber através destes exemplos é que existem softwares diferentes para cada tipo de aplicação. Observando as prateleiras de uma revenda de softwares ou visitando um site especializado como o da Brasoftware (Figura 3), você poderá perceber a quantidade de softwares diferentes disponíveis para a venda. Quer seja para aprender digitação, fazer partituras de música, guardar receitas de comida, organizar fotos (Figura 4) ou qualquer outra tarefa, por mais estranho ou incomum que você possa considerar, existe um software que pode lhe auxiliar. Figura 4 - Picasa, um aplicativo de gerenciamento de fotos 1.5 Adquirindo um software Uma vez que você já sabe que os softwares são necessários para a realização das tarefas, é importante saber as diversas formas pelas quais os softwares são fornecidos. Em alguns casos, os softwares são conhecidos como freewares. Nestes casos, o autor do software optou por distribuí-lo de forma gratuita, porém mantendo os direitos autorais. Isto significa que o autor pode impor restrições ao uso do SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 17. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 17 software. Normalmente estes softwares são liberados sem o código-fonte, que permitiria serem feitas alterações no software. O “software freeware pode ser utilizado por período indeterminado (não deixa de funcionar nem perde parcialmente sua funcionalidade após transcorrido certo período).” (Wikipédia:2007) Um exemplo bastante conhecido de software freeware é o Acrobat Reader da Adobe, utilizado para a leitura de documentos no formato PDF (Figura 5). Figura 5 - Leitor de PDFs Adobe Acrobat Reader Existem também softwares que não são protegidos por direito autoral, uma vez que o autor relega a propriedade do software e este se torna bem comum. Eles são conhecidos como softwares de domínio público. (WIKIPEDIA:2007) Capron e Johnson (2004) ainda explica que, nestes casos, o software pode ser usado, alterado e incorporado a outros softwares sem restrição alguma. Software aberto (open-source software) é uma variação do software freeware. Normalmente um software freeware é distribuído em um formato legível apenas pelo computador, chamado de código de máquina ou código executável. Para que ele pudesse ser modificado e novamente utilizado, seria necessário que o SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 18. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 18 código-fonte dele, isto é, as instruções escritas em uma linguagem de programação e compreensíveis por um programador, estivessem também disponíveis. Não tendo acesso ao código-fonte, um desenvolvedor não consegue alterar um programa, mesmo que ele encontre um erro e saiba como consertá-lo. Um software aberto é aquele que os desenvolvedores optam por disponibilizar o código-fonte juntamente com o código de máquina, permitindo que qualquer desenvolvedor possa ler, compreender, copiar, modificar e redistribuir este software. Quando diversos desenvolvedores de software podem ter acesso ao mesmo código-fonte, erros (conhecidos como bugs) podem ser mais rapidamente encontrados e corrigidos e o programa pode ser aperfeiçoado. Softwares abertos de nível profissional são cada vez mais comuns, como o Open Office, o Firefox e o Linux. O software aberto é muitas vezes chamado de software livre. Devido ao crescimento deste tipo de software e às freqüentes dúvidas que surgem na discussão deste termo, vamos explorar melhor o tema em um capítulo específico mais à frente. Shareware é uma categoria de software muitas vezes confundida com o software freeware. Como o software freeware, ele também é distribuído gratuitamente, porém apenas por um período de tempo, suficiente para ser instalado e testado. Após este período, entende-se que existe um compromisso moral do usuário em pagar uma taxa para continuar utilizando-o. Normalmente o custo de um software shareware é inferior ao de outros softwares proprietários. Segundo a WIKIPEDIA, “passado o tempo de avaliação, o software pode parar de funcionar, perder algumas funções ou ficar emitindo mensagens incômodas de aviso de prazo de avaliação expirado.” Conforme Capron e Johnson (2004), “muitos autores oferecem incentivos, como documentação gratuita, suporte e atualizações para as pessoas que optem por registrá-lo.” Existem muitos exemplos famosos de software shareware, como WinZip, WinRar, e GetRight. Para conhecer a quantidade e variedade de softwares shareware disponíveis, bem como os preços e tipos de restrições impostas após o período de expiração, acesse um site de downloads de software, como o Superdownloads. Pesquise por softwares do tipo shareware e ordene a pesquisa pela quantidade de downloads. Você ficará surpreso com a quantidade de softwares e a variedade de SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 19. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 19 áreas que eles cobrem. Um exemplo de link para consulta é este: http://superdownloads.uol.com.br/search.cfm?licenca=2&ordem=3. Por fim, software comercial é aquele que o desenvolvedor ou organização espera lucrar com a sua utilização. O Portal Software Livre (2006) alerta que software comercial e software proprietário não são o mesmo. Normalmente o software comercial é software proprietário, ou seja, o autor não libera os fontes e nem permite qualquer tipo de cópia ou alteração do seu software. No entanto, existem softwares proprietários não-comerciais, bem como software abertos comerciais. Exemplos de softwares comerciais, são o pacote de automação de escritório Microsoft Office, o editor de imagens vetoriais Corel Draw e a ferramenta de engenharia AutoCAD. Os jogos que dominam os computadores das LAN Houses, como o Age of Empires, Counter Strike e o Need For Speed também são softwares comerciais proprietários. O software comercial é protegido por direito autoral e custa geralmente mais que o software shareware. Muitas vezes ele vem em belas e coloridas caixas, contendo as mídias de instalação (CDs ou DVDS normalmente), manuais e uma cópia da licença de uso. Você não deve copiar um software comercial sem a autorização do fabricante. As empresas de software chamam a cópia ilegal de software comercial de pirataria. Este é um ato ilegal, sujeito a penas duras ao responsável pela infração e multas à organização que comete o crime. A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) possui na sua página uma seção chamada “Denuncie a pirataria, acessível em http://www.abes.org.br/templ2.aspx?id=224&sub=224. Nela é possível fazer denúncias anônimas por meio eletrônico ou telefone de pessoas ou empresas que estejam utilizando de forma ilegal software comercial. 1.6 Qual a melhor forma de comprar software comercial? Pequenas lojas especializadas em software praticamente não existem mais, devido às pequenas margens de lucro oferecidas. Desta forma, o mais comum é encontrá-los em lojas que misturam a venda de softwares, computadores e acessórios ou em grandes lojas de departamento e em livrarias. A venda pela SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 20. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 20 Internet, feita por grandes portais de comércio eletrônico, com milhares de títulos, também é uma forma bastante comum. Um exemplo de portal especializado em software é o da Brasoftware, em http://www.brasoftware.com.br/. Sites de comércio eletrônico também possuem seções de software, como o caso do Amercianas.com em http://www.americanas.com.br/cat/19026/Catalogo?i=1 (Figura 6). Figura 6 - Seção de softwares de Americanas.com Para que os estudantes se familiarizem com seus softwares, muitos fabricantes oferecem seus produtos a preços mais populares a instituições de ensino e seus alunos e professores. Desta forma alunos e professores podem utilizar estes softwares no campus e até mesmo em seus computadores pessoais em alguns casos. Agindo assim, estas empresas criam uma massa de pessoas que conhecem e eventualmente indicam os seus softwares a outras organizações, aumentando sua colocação no mercado. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 21. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 21 Exemplos deste tipo de promoção feita pelos fabricantes são o MSDN Academic Alliance (MSDN AA) da Microsoft, disponível http://msdn.microsoft.com/academic/ e a IBM Academic Initiative, da IBM, disponível em http://www.ibm.com/br/university/. Uma organização também precisa adquirir softwares para todos os seus computadores. Seja um pequeno escritório, um órgão público, uma multinacional ou uma organização sem fins lucrativos, todos precisam de softwares e podem ter a necessidade de utilizar softwares comerciais. A aquisição de softwares destas organizações varia um pouco em relação à utilizada pelo usuário doméstico, e é muitas vezes feita diretamente com o fabricante ou através de distribuidores autorizados. É comum os fabricantes oferecem preços diferenciados para a aquisição de grandes quantidades de licenças, ou mesmo a possibilidade de pagamento de uma única taxa para uso irrestrito de um software em todos os computadores da organização. Alguns permitem até mesmo que os funcionários da organização utilizem este mesmo software em seu computador doméstico ou móvel. Com a disseminação das redes de computadores locais (LANs) é cada vez mais comum a aquisição de versões para rede dos softwares, que permitem o seu uso simultâneo por diversos usuários na rede, até o limite estabelecido na aquisição do software. Para permitir que mais usuários utilizem o software ao mesmo tempo, basta instalar, adquirir mais licenças e instalá-las no servidor de licenças. Vendo a quantidade de downloads feitos em portais especializados em distribuição de softwares, muitos fabricantes têm optado pela distribuição eletrônica de software. O interessado pode baixar o software gratuitamente do site do fabricante e utilizá-lo por um período experimental. Passado este período, o usuário é convidado a registrá-lo, normalmente através do pagamento por cartão de crédito, transferência direta ou boleto bancário. Os softwares não registrados no período estipulado podem deixar de funcionar, ter seus recursos reduzidos ou mostrar mensagens pedindo o seu registro. Os provedores de aplicativos (Application Service Provider – ASP) são outra forma de distribuição de software através da Internet. O provedor de aplicativos é uma empresa que configura e mantém os softwares aplicativos em seus próprios sistemas de computação, ou ainda terceiriza em grandes centros de dados SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 22. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 22 (datacenters) e os torna disponíveis através da Internet ou de uma rede privada. Ao utilizar um ASP para aplicações complexas, uma empresa pode evitar os custos de instalação e manutenção desses aplicativos em seu próprio sistema de computação. Ela também não precisa adquirir os servidores, nem se preocupar com questões como cópia de segurança ou disponibilidade do sistema. Simplificando, podemos dizer que a empresa para um aluguel pelo uso do sistema, e que o serviço é garantido pelo provedor de aplicação. Grandes produtores de software de gestão empresarial, como a Datasul têm oferecido o serviço de provedor de aplicação. Acesse http://www3.datasul.com.br/html/servicos.asp e saiba mais a respeito. Uma tendência que tem se firmado cada vez mais é o uso de aplicações web, softwares que são executados diretamente da Internet, sem a necessidade da sua instalação no computador do usuário. Tudo o que o usuário precisa é de um navegador e de uma conexão com a Internet. Você provavelmente já ouviu falar de algumas destas aplicações: Gmail, Google Calendar, Google Chat, del.icio.us, Google Docs and Spreadsheets e tantos outros. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 23. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 23 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) Cite pelo menos três tipos de softwares que você tem interesse em utilizar. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2) Com relação à forma de licenciamento, quais as categorias de softwares que estudamos? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ SÍNTESE Nesta aula vimos que existem softwares específicos para cada necessidade e que o hardware adianta muito pouco pra nós se não tivermos o software certo. Compreendemos a função do hardware e do software no computador e entendemos melhor o termo software aplicativo. Depois verificamos que existem diversas razões que levam as pessoas a adquirirem um computador e relacionamos diversas formas através das quais as pessoas e organizações adquirem software, seja pagando ou simplesmente baixando de sites especializados. Pra finalizar a aula aprendemos que podemos escolher entre diversas formas de se adquirir softwares em cada situação. Na próxima aula vamos conhecer melhor os softwares orientados a tarefas. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 24. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 24 SOFTWARES ORIENTADOS PARA TAREFAS OBJETIVOS DA AULA Relacionar várias categorias de softwares orientados para tarefa; Descrever brevemente várias categorias de softwares orientados para tarefa; Identificar os diversos tipos de softwares que estão disponíveis tanto para pequenos quanto para grandes negócios. CONTEÚDO DA AULA Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir, assinale os conteúdos na medida em que for estudando. Nesta aula, veremos: De que softwares eu preciso? Processador de texto Planilha eletrônica Gerenciador de banco de dados Software de apresentação Suítes de programas de escritório Gerenciadores de informações pessoais Softwares de comunicação Softwares de negócios SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 25. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 25 Olá! Seja bem-vindo à nossa segunda aula de Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais. Nesta aula você vai aprender a relacionar várias categorias de softwares orientados para tarefa, bem como descrever brevemente várias categorias de softwares orientados para tarefa. Vai ainda conhecer os diversos tipos de softwares que estão disponíveis tanto para pequenos quanto para grandes negócios. Boa aula! 2.1 De que softwares eu preciso? Como você aprendeu na aula anterior, cada perfil profissional ou pessoal necessita de um conjunto diferente de softwares para realizar suas atividades. Existem, no entanto um conjunto de softwares que são utilizados pela grande maioria dos usuários de computador para realizar tarefas específicas. Eles são conhecidos como softwares orientados a tarefas, ou ainda de softwares de produtividade. Podemos incluir nesta categoria os processadores de texto e editoração eletrônica, as planilhas eletrônicas, os gerenciadores de bancos de dados, softwares de apresentação e gráficos e softwares de comunicação. Alguns pacotes de automação de escritório oferecem um bom número destes softwares na forma de um pacote integrado. Alguns sistemas operacionais também têm oferecido alguns destes softwares de forma integrada. A seguir você vai entender o que são estas categorias e que softwares podemos incluir em cada uma. 2.2 Processador de texto O processador de textos é um dos softwares mais populares e úteis para um usuário de computador pessoal. Nas organizações, ele é utilizado para redigir comunicações internas, relatórios, procedimentos, atas de reunião e qualquer outro documento que necessite ser digitado. Pode-se também criar formulários, que podem ser preenchidos no computador ou impressos para serem preenchidos à mão. Você pode utilizá-lo em casa para escrever uma resenha, uma carta, um trabalho escolar, um livro de receitas e muito mais. Você pode ainda criar cartazes, boletins, e manuais, misturando texto, gráficos, ilustrações e fotos. Um processador de texto permite criar, editar, formatar, armazenar e imprimir documentos. O SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 26. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 26 documento feito fica armazenado em disco no computador, podendo ser novamente editado, alterado e reimpresso quantas vezes forem necessárias. As partes já digitadas não precisam ser escritas novamente, você pode fazer alterações e imprimir como se fosse um documento novo. Figura 7 - Processador de textos Microsoft Word O Openoffice Writer e o Microsoft Word (Figura 7) são dois exemplos de processadores de textos bastante utilizados atualmente. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 27. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 27 Você pode também utilizar o Google Docs & Spreadsheets,se precisa de um editor com poucos recursos. Ele fica disponível na web, podendo ser acessado de qualquer computador que possua um navegador e acesso à Internet. O endereço é http://docs.google.com/. 2.3 Planilha eletrônica As planilhas são tabelas compostas de linhas e colunas e utilizadas principalmente como uma ferramenta de negócios há muito tempo. Numa planilha manual, a cada alteração dos dados, diversos cálculos precisam ser refeitos. As planilhas eletrônicas surgiram como uma solução, recalculando os resultados automaticamente a cada alteração dos valores. Basta para isto que as fórmulas sejam informadas. Além de recalcular os valores, as planilhas eletrônicas podem ainda gerar gráficos, facilitando a interpretação dos resultados. É possível criar uma planilha para calcular quanto será gasto de combustível para se realizar uma viagem, informando a quantidade de quilômetros a serem percorridos, o valor do litro do combustível e quantos quilômetros com um litro o carro faz. De posse destes valores, pode-se fazer simulações, verificando quanto seria gasto caso o combustível fosse mais barato, o carro fosse mais econômico, a viagem fosse mais longa e assim por diante. Todas as alterações nos valores geram alterações imediatas nos resultados, sem necessidade de gastar dinheiro ou sair de casa antes de tomar a melhor decisão. Você deve estar se perguntando: e um usuário doméstico, como pode obter benefícios com uma planilha eletrônica? O controle do orçamento doméstico, pra verificar onde está se gastando em excesso, uma simulação de gastos pra saber se será possível pagar aquele financiamento de uma moto, ou quanto vai sobrar no final do ano para as férias, são alguns dos exemplos tarefas que podem ser realizadas com uma planilha eletrônica por qualquer pessoa. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 28. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 28 Figura 8 - Planilha Eletrônica Microsoft Excel O Openoffice Calc e o Microsoft Excel (Figura 8) são dois exemplos de planilhas eletrônicas bastante utilizados atualmente. Os principais recursos utilizados por um usuário comum estão presentes nas duas ferramentas. Você pode também utilizar o Google Docs & Spreadsheets, se precisar de uma planilha eletrônica e não tiver uma instalada no seu computador. Ele fica SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 29. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 29 disponível na web, podendo ser acessado de qualquer computador que possua um navegador e acesso à Internet. O endereço é http://docs.google.com/. 2.4 Gerenciador de banco de dados Um banco de dados é um conjunto de dados relacionados e armazenado de forma estruturada. Um gerenciador de banco de dados é um software que permite armazenar dados, atualizá-los, manipulá-los, recuperá-los, gerar relatórios e imprimi- los numa grande variedade de formatos. Uma coleção de CDs, um conjunto de receitas de comidas, um cadastro de clientes ou um conjunto de informações de criminosos são exemplos de bancos de dados que podem ser criados e mantidos por este tipo de software. Perguntas como quais são os clientes com maior número de pedidos em aberto e que estejam localizados fora da cidade, podem ser rapidamente respondidas e relatórios podem ser gerados. O sistema de Imposto de Renda para pessoas físicas da Receita Federal é um exemplo de software que possui um gerenciador de banco de dados. Ele é responsável por armazenar todos os dados financeiros de uma pessoa e depois alimenta um sistema maior, contendo as declarações de toda a população brasileira. De posse destes dados, os técnicos da receita podem analisar as declarações individuais e cruzar informações dentre pessoas e organizações à procura de inconsistências. É a conhecida “malha fina”. 2.5 Software de apresentação Os softwares de apresentação permitem que o projeto de apresentações seja em texto ou gráficos. Com eles é possível criar slides, transparências ou ricas apresentações multimídia. Este tipo de software possui um vasto conjunto de ferramentas, como a inserção de som, imagens, efeitos automáticos e formatação de vários elementos. Um vendedor pode utilizá-lo para criar a apresentação de um novo produto, contendo gráficos comparativos, planilhas de custos e listas dos benefícios SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 30. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 30 que este novo produto traz em relação à concorrência. Um usuário doméstico pode juntar fotos, som e textos para apresentar um poema ou texto comemorativo em um evento da família. Figura 9 - Software de Apresentação Microsoft Powerpoint O Openoffice Impress e o Microsoft Powerpoint (Figura 9) são dois exemplos de softwares de apresentação bastante utilizados no mercado. O Powerpoint se destaca pela grande quantidade de modelos de apresentações já prontas, que facilitam a criação aos usuários menos experientes. Já o Impress possui um recurso de exportação das apresentações no formato Macromedia Flash (SWF), permitindo que seja visualizada em qualquer computador com o Flash Player instalado. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 31. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 31 2.6 Suítes de programas de escritório Como este conjunto de software que foi apresentado neste capítulo é necessário à grande maioria dos usuários de computadores, muitos optam por uma suíte – um conjunto de softwares que funciona de forma integrada. Estes softwares trabalham em conjunto, permitindo que dados possam ser facilmente transferidos de um para outro software do pacote. Muitas vezes você nem percebe quando passa de um software para outro, editando uma planilha eletrônica de dentro de um software de apresentações, por exemplo. Normalmente os softwares de uma suíte possuem aparência e forma de funcionamento semelhantes, facilitando o aprendizado de outros softwares do pacote uma vez que você já conheça um deles. O Openoffice.org e o Microsoft Office e o são dois exemplos de suítes de escritório. O Microsoft Office é utilizado na grande maioria dos computadores pessoais. O Openoffice.org tem se apresentado como um competidor que pode incomodar esta supremacia, uma vez que possui os principais recursos e uma interface semelhante ao software da Microsoft, além de ser gratuito. Já o MS Office possui um custo alto de licenciamento. 2.7 Gerenciadores de informações pessoais Os gerenciadores de informações pessoais (Personal Information Managers – PIMs) são softwares feitos para auxiliar no controle das atividades de pessoas atarefadas. Eles normalmente incluem uma agenda de compromissos, um gerenciador de pessoas de contato, um gerenciador de listas de tarefas e um bloco de notas para anotações diversas. Podem ainda incluir uma calculadora, um gerenciador de fotos e outros softwares relacionados. Normalmente eles permitem várias formas de visualização dos compromissos agendados e tarefas a serem concluídas, com visões diárias, semanais, mensais e anuais, e a possibilidade de filtrar as informações por categorias, ou ordená-las por data de conclusão. Muitos destes softwares também permitem configurar um alarme, para avisar o usuário do SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 32. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 32 compromisso. A maioria dos computadores de mão, como pdas, handhelds e smart-phones possuem as funções dos PIMs e ainda permitem a sincronização com o software do computador pessoal para que ambos contenham as mesmas informações. Figura 10 - Gerenciador de informações pessoais Palm Desktop O Palm Desktop (Figura 10) é um gerenciador de informações pessoais que permite a sincronização das informações nele armazenadas com palmtops. Mesmo que você não tenha um palmtop, vale a pena utilizar um software deste para organizar as sua atividades. O Palm Desktop para Windows pode ser baixado gratuitamente de http://www.palm.com/us/support/downloads/windesk414_legal.html. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 33. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 33 2.8 Softwares de comunicação Uma das maiores motivações para a aquisição de um computador nos dias de hoje é a possibilidade de acessar a Internet, buscar os mais diversos sites, serviços disponíveis na web, trocar mensagens através de correio eletrônico, bater papo através de softwares de mensagem instantânea e baixar softwares e jogos. Para que um usuário doméstico tenha acesso à Internet, ele necessita de uma conexão através da linha discada ou de um serviço de Internet conhecido com banda larga, normalmente através da linha telefônica ou por rádio. Além da ligação física, é necessário que o usuário assine um serviço de autenticação e que possua um conjunto de softwares que possibilite desfrutar de todos os recursos da Internet. O software mais importante para o acesso à Internet é o navegador web (browser) (Figura 11), utilizado para acessar os sites web e outros serviços. O navegador pode ser um software independente ou vir junto com outros softwares. O navegador mais utilizado atualmente é o Microsoft Internet Explorer, que vem junto com todas as versões do Windows, desde o Windows 95. Um outro navegador que vem crescendo em uso nos últimos anos é o Firefox, software livre mantido pela Fundação Mozilla. O Firefox é pequeno para ser baixado, utiliza poucos recursos do computador e permite a instalação de extensões, aumentando os recursos disponíveis. As últimas versões do Microsoft Internet Explorer podem ser baixadas diretamente do site da Microsoft em http://www.microsoft.com/brasil/windows/ie/default.mspx. A última versão do Firefox está disponível em http://br.mozdev.org/firefox/download.html. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 34. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 34 Figura 11 - Navegador web Firefox Além de navegar pela Internet, é bem provável que você queira criar uma conta de correio eletrônico (se já não possuir uma) para trocar mensagens com as pessoas com quem você tem contato. Você ainda pode querer conversar em tempo real com colegas que estejam conectados à Internet, utilizando sistemas de mensagens instantâneas. Embora você possa instalar programas específicos para realizar estas atividades, é também possível realizá-las através do navegador, utilizando aplicações na web. O estudo de todas as aplicações disponíveis na web e dos softwares necessários ao seu uso foge dos objetivos deste curso. Como exemplos de aplicações deste tipo, podemos citar o Gmail (http://mail.google.com/) que é um serviço de correio eletrônico gratuito e possui embutido um cliente de mensagens instantâneas, chamado Google Talk, e ainda um site de relacionamentos, chamado Orkut (http://orkut.com/). SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 35. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 35 2.9 Softwares de negócios Algumas organizações necessitam contratar programadores particulares para o desenvolvimento de softwares personalizados. Veja o caso de uma montadora de veículos como a GM, que precisa de um software para controlar os diversos processadores instalados em um automóvel. Ela não encontrará um software deste tipo pronto para usar. Por outro lado, nem todos os seus softwares precisam ser desenvolvidos internamente. Muitas empresas utilizam softwares de gestão de terceiros, enquanto desenvolvem internamente aplicações específicas ao negócio. Outras organizações se especializam no desenvolvimento de softwares específicos, para atender a clientes semelhantes, como ferramentarias ou clínicas médicas. Entre as categorias de softwares de negócios mais conhecidos podemos citar os softwares de ERP, CRM, e CMS. 2.10 ERP - Planejamento de Recursos Empresariais Um tipo de software de negócios bastante utilizado, sobretudo em médias e grandes organizações é o ERP (Enterprise Resource Planning, Planejamento de Recursos Empresariais). Segundo a wikipédia, o ERP é um sistema de informações cuja função é armazenar, processar e organizar as informações geradas nos processos organizacionais agregando e estabelecendo relações de informação entre todas as áreas de uma companhia. Os ERPs (Figura 12), em termos gerais, são uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e o armazenamento de todas as informações de negócios. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 36. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 36 Figura 12 - Exemplos de telas de um ERP Alguns ERPs conhecidos são: Corpore RM da RM Sistemas, o R/3 da SAP, o Protheus da Microsiga, o EMS da Datasul e o Logix da Logocenter, entre outros. 2.11 CRM - Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente Segundo a Wikipédia (2007), CRM (Customer Relationship Management), pode ser traduzido para o português como Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente. O termo CRM foi criado para definir toda uma classe de ferramentas que automatizam as funções de contato com o cliente. Essas ferramentas (Figura 13) compreendem sistemas informatizados e fundamentalmente uma mudança de atitude corporativa, que objetiva ajudar as companhias a criarem e manterem um bom relacionamento com seus clientes, armazenando e inter-relacionando informações de forma inteligente sobre suas atividades e interações com a empresa. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 37. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 37 Figura 13 – Software de CRM O CRM abrange, de forma geral, três grandes áreas: Automatização da gestão de marketing; Automatização da gestão comercial, dos canais e da força de vendas; Gestão dos serviços ao cliente. Os processos e sistemas de gestão de relacionamento com o cliente permitem que se tenha controle e conhecimento das informações sobre os clientes de maneira integrada, principalmente através do acompanhamento e registro de todas as interações com o cliente. Estas interações podem ser consultadas e comunicadas a diversas partes da empresa que necessitem dessa informação para guiar as tomadas de decisões. Uma das atividades do Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente implica em registrar os contatos realizados pelos clientes, de forma centralizada. Os registros não dependem do canal de comunicação que o cliente utilizou (voz, fax, email, chat, SMS, etc.), e servem para que se tenham informações úteis e catalogáveis sobre os clientes. Qualquer informação relevante para as tomadas de SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 38. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 38 decisões podem ser registradas, analisadas periodicamente, de forma a produzir relatórios gerenciais dos mais diversos interesses. 2.12 CMS - Sistema de Gerenciamento de Conteúdo O CMS (Content Management Systems - Sistema de Gerenciamento de Conteúdo) é um gerenciador para websites, portais e intranets. Seu grande diferencial é permitir que o conteúdo de seu website possa ser modificado de forma rápida e segura de qualquer computador conectado à Internet. A Wikipédia (2007) afirma que um sistema de gerenciamento de conteúdo web (Figura 14) reduz custos e ajuda a suplantar barreiras potenciais à comunicação web reduzindo o custo da criação, contribuição e manutenção de conteúdo. Tem-se observado que ferramentas como Gerenciadores de Conteúdo podem se tornar excelentes ambientes para o processo de ensino e aprendizado e para a organização da informação produzida em ambientes com fins educacionais. Sejam eles em ambientes acadêmicos, sejam em ambientes empresariais. A própria Wikipédia pode ser considerada um "gerenciador de conteúdo", assim fomentando a busca, localização e criação de conhecimento em um ambiente distribuído e colaborativo. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 39. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 39 Figura 14 – Plone, um exemplo de CMS SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 40. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 40 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) Analise as categorias de softwares orientados a tarefas estudados nessa aula e cite as três categorias que você considera mais importantes para o seu dia-a-dia. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2) Que outros exemplos de softwares de comunicação você poderia citar além dos listados nessa aula? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ SÍNTESE Nesta aula vimos que existem várias categorias de softwares orientados para as mais diversas tarefas e pudemos estudar as principais categorias, conhecendo alguns exemplos desses softwares. Pudemos também identificar os diversos tipos de softwares que estão disponíveis tanto para pequenos quanto para grandes negócios e a forma que cada um deles é desenvolvido e comercializado. Na próxima aula, a última sobre softwares aplicativos, vamos estudar a ética que deve envolver o uso de softwares e compreender o que é software livre ou software de código aberto. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 41. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 41 ÉTICA E SOFTWARE LIVRE OBJETIVOS DA AULA Discutir questões éticas relacionadas aos softwares; Compreender o que é software livre; Distinguir entre software livre e código aberto; Relacionar exemplos de softwares livres. CONTEÚDO DA AULA Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir, assinale os conteúdos na medida em que for estudando. Nesta aula, veremos: Ética e softwares O que é software livre Software livre X código aberto Exemplos de softwares livres SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 42. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 42 Olá! Seja bem-vindo a nossa terceira aula de Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais. Esta é a última aula de softwares aplicativos, antes de estudarmos os sistemas operacionais. Nesta aula vamos discutir as questões éticas relacionadas aos softwares, e compreender o que é software livre. Vamos também distinguir entre software livre e código aberto e relacionar softwares livres que merecem destaque. Permaneça firme e tenha uma boa aula! 3.1 Ética e softwares Um dos problemas éticos mais visíveis quando se pensa em software, atualmente, é a questão da aquisição e uso de cópias ilegais, conhecida como pirataria de software (Figura 15). Você provavelmente já deve ter feito uma cópia de um CD de músicas ou de um livro. Estas duas ações são ilegais, porém não causam tanto impacto quanto a cópia ilegal de software. Um dos motivos é que é muito trabalhoso fazer uma grande quantidade de cópias de livros de forma amadora. Além disto, estas cópias ficarão claramente com uma qualidade inferior aos originais. Quando tratamos com material digital, como um software, o custo da cópia torna-se muito pequeno, e cada cópia é tão perfeita quanto o original. Junte a isto o fato de que muitos softwares custam muitas vezes o valor de uma mídia de CD ou DVD, e você começa a entender por que se criou um mercado tão grande em torno da pirataria de software. Os fabricantes de software não perdem muito tempo tentando processar usuários domésticos, pois um processo judicial custaria muito dinheiro e gastaria muito tempo, além do mais este tipo de usuário dificilmente compraria estes softwares de qualquer maneira. O que tem preocupado os fabricantes é o uso cada vez mais comum de softwares piratas por empresas de pequeno é médio porte. Muitas destas organizações acabam fazendo isto por desconhecimento das leis, ou devido ao custo alto dos softwares, que impossibilita a aquisição de forma legal. Temos visto no Brasil uma série de campanhas patrocinadas pela ABES e por grandes fabricantes de software, como a Microsoft, tentando explicar as questões relacionadas à pirataria de software, com o objetivo de diminuir esta prática em nosso país. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 43. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 43 Figura 15 - Pirataria de software Vejamos um exemplo comum do que acontece. Gilberto fez um curso técnico em mecânica na Escola Técnica Tupy, em Joinville, Santa Catarina. Nessa instituição ele aprendeu a utilizar um importante software na área de projetos mecânicos. Na conclusão do curso, tornou-se estagiário em uma pequena ferramentaria, justamente na área de projetos. Quando percebeu que grande parte dos projetos era desenvolvida à mão ou em softwares inferiores, não teve dúvida, fez uma cópia dos CDs do software que havia aprendido durante o curso e passou a usá-lo na nova empresa. Quando o professor França, orientador de estágios, foi visitá-lo na empresa, ele mostrou, orgulhoso, as inovações no setor de projeto que haviam sido feitas por conta do uso do novo software. Sabendo do alto custo do software, o professor lhe perguntou se eles haviam adquirido uma cópia de forma legal. “Claro que não, o custo é muito alto e não teríamos como pagar!”, ele respondeu. O professor então explicou para ele as questões relacionadas à pirataria de software e as penas que a empresa poderia sofrer se fossem pega em uma fiscalização. Gilberto ficou surpreso, pois nunca tinha sido alertado sobre estas questões, e se comprometeu a encontrar uma solução rapidamente. O professor França relatou o fato à coordenação, que decidiu incluir o tema nas aulas de todas SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 44. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 44 as turmas de curso técnico da instituição, para evitar problemas semelhantes no futuro. A questão da pirataria de software vai muito além da questão ética: é uma questão legal. A lei Nº 9.609, de 19 de Fevereiro de 1998 dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador e sua comercialização no País. Isto significa que não é apenas uma escolha pessoal escolher entre um software ou outro, mas sim uma opção com conseqüências legais, podendo levar uma organização a ser processada e multada e pessoas a serem presas. A lei Nº 9.609 pode ser lida integralmente a partir do site do Governo Federal, em http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L9609.htm. 3.2 O que é software livre Devido ao alto custo dos softwares proprietários e a impossibilidade de modificar, corrigir ou adaptar estes softwares, muitas organizações têm optado pelo uso do software livre, também conhecido como software aberto. Você já deve ter ouvido estes termos é talvez até mesmo utilize softwares deste tipo sem nem mesmo saber. Vamos nos aprofundar um pouco neste assunto agora. Software Livre, ou Free Software, conforme a definição criada pela Free Software Foundation, é o software que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem restrição. A forma usual de um software ser distribuído livremente é sendo acompanhado por uma licença de software livre (como a GPL ou a BSD), e com a disponibilização do seu código-fonte. Como já vimos anteriormente, software livre é diferente de software em domínio público. O primeiro, quando utilizado em combinação com licenças típicas (como as licenças GPL e BSD), garante os direitos autorais do programador ou da organização. O segundo caso acontece quando o autor do software renuncia à propriedade do programa (e todos os direitos associados) e este se torna bem comum. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 45. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 45 Figura 16 - Stallman fundador da Free Software Foundation O Software Livre, como movimento organizado teve início em 1983, quando Richard Stallman (Figura 16) deu início ao Projeto GNU e, posteriormente, à Free Software Foundation. Software Livre se refere à existência simultânea de quatro tipos de liberdades para os usuários do software, definidas pela Free Software Foundation. Veja abaixo uma explicação sobre as 4 liberdades, baseada no texto em português da Definição de Software Livre publicada pela FSF: As 4 liberdades básicas associadas ao software livre são: 0. A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0) 1. A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade nº 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. 2. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2). 3. A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3). Acesso ao código- fonte é um pré-requisito para esta liberdade. Um programa é software livre se os usuários têm todas essas liberdades. Portanto, você deve ser livre para redistribuir cópias, seja com ou sem modificações, SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 46. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 46 seja de graça ou cobrando uma taxa pela distribuição, para qualquer um em qualquer lugar. Ser livre para fazer essas coisas significa (entre outras coisas) que você não tem que pedir ou pagar pela permissão, uma vez que esteja de posse do programa. Você deve também ter a liberdade de fazer modificações e usá-las privativamente no seu trabalho ou lazer, sem nem mesmo mencionar que elas existem. Se você publicar as modificações, você não deve ser obrigado a avisar a ninguém em particular, ou de nenhum modo em especial. A liberdade de utilizar um programa significa a liberdade para qualquer tipo de pessoa física ou jurídica utilizar o software em qualquer tipo de sistema computacional, para qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem que seja necessário comunicar ao desenvolvedor ou a qualquer outra entidade em especial. A liberdade de redistribuir cópias deve incluir formas binárias ou executáveis do programa, assim como o código-fonte, tanto para as versões originais quanto para as modificadas. De modo que a liberdade de fazer modificações, e de publicar versões aperfeiçoadas, tenha algum significado, deve-se ter acesso ao código-fonte do programa. Portanto, acesso ao código-fonte é uma condição necessária ao software livre. Para que essas liberdades sejam reais, elas têm que ser irrevogáveis desde que você não faça nada errado; caso o desenvolvedor do software tenha o poder de revogar a licença, mesmo que você não tenha dado motivo, o software não é livre. 3.3 Software livre X Código aberto Em 1998, um grupo de personalidades da comunidade e do mercado que gravita em torno do software livre, insatisfeitos com a postura filosófica do movimento existente e acreditando que a condenação do uso de software proprietário é um instrumento que retarda, ao invés de acelerar, a adoção e o apoio ao software livre no ambiente corporativo, criou a Open Source Initiative, que adota o termo Open Source (Código Aberto) para se referir aos softwares livres, e tem uma postura voltada ao pragmatismo visando à adoção do software de código aberto como uma solução viável, com menos viés ideológico que a Free Software Foundation. De modo geral, as licenças que atendem à já mencionada Definição de Software Livre (da Free Software Foundation) também atendem à Definição de SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 47. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 47 Código Aberto (da Open Source Initiative), e assim pode-se dizer (na ampla maioria dos casos, ao menos) que, se um determinado software é livre, ele também é de código aberto, e vice-versa. A diferença prática entre as duas entidades está em seus objetivos, filosofia e modo de agir, e não nos softwares ou licenças. 3.4 Exemplos de softwares livres Alguns softwares livres notáveis são o Linux (Figura 17), o ambiente gráfico KDE, o compilador GCC, o servidor web Apache, o OpenOffice.org e o navegador web Firefox, entre muitos outros. Figura 17 - Linux e outros softwares livres 3.5 Softwares livres notáveis A Wikipédia (2007) traz uma lista bastante completa de softwares livres notáveis. Abaixo segue um resumo: Automação de escritório: OpenOffice.org. Navegadores Web: Firefox e Konqueror. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 48. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 48 Mensagens instantâneas: gaim, amsn, kopete. Cliente de correio eletrônico: thunderbird, evolution, kmail. Editor de imagens: Gimp. Linguagens de programação e compiladores: C, C++, Java, Perl, PHP, Python, Ruby e Tcl. Ambientes de desenvolvimento: eclipse, cygwin, devcpp, codeblocks. Bancos de dados relacionais: MySQL e PostgreSQL. Programas de interface gráfica: GNOME, KDE e X Window System. Sistemas operacionais: BSD, Darwin (Mac OS) e GNU/Linux. CAD: QCad, Varicad Editores de texto avançados: vi, emacs. Desenho vetorial: Inkscape, Sodipodi Editoração eletrônica: Scribus EaD, Educação à distância: Moodle Servidores de rede: bind(DNS), sendmail, qmail, postfix, apache, samba Modelagem Tridimensional Blender3d Renderização (imagem estática): Yafray, POV-Ray Sistema matemático : Scilab. Sistemas de editoração: TeX e LaTeX. Sistema wiki: sistema wiki da Wikipédia: MediaWiki. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 49. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 49 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) Como a cópia ilegal de softwares pode afetar os usuários e as organizações? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2) Liste os softwares abertos que você já teve a oportunidade de utilizar. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ SÍNTESE Nesta aula discutimos as questões éticas relacionadas aos softwares e como a cópia ilegal traz problemas a usuários, organizações e fabricantes de software. Compreender o que é software livre e a distinção entre esse e o software de código aberto. Por fim, relacionamos vários exemplos de softwares livres notáveis que utilizamos no nosso cotidiano. Esta aula encerra a primeira parte deste módulo, onde estudamos os softwares aplicativos. Na próxima aula vamos conhecer os sistemas operacionais. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 50. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 50 SISTEMAS OPERACIONAIS OBJETIVOS DA AULA Descrever as funções de um sistema operacional; Estabelecer a diferença entre os principais sistemas operacionais de uso em computadores pessoais; Explicar as diferenças entre Linux, GNU/Linux e núcleo do Linux; Explicar a necessidade dos sistemas operacionais de redes. CONTEÚDO DA AULA Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir, assinale os conteúdos na medida em que for estudando. Nesta aula, veremos: Sistemas operacionais: software oculto O que é a plataforma de um sistema? Sistemas Operacionais: o MS-DOS, Microsoft Windows XP e CE, Apple Mac OS, Unix e Linux O que é Linux Linux ou GNU/Linux? O núcleo Linux Download ou aquisição do Linux Linux ou Windows? Sistema operacional para redes SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 51. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 51 Olá! Seja bem-vindo a nossa quarta aula de Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais. Nesta aula conheceremos os sistemas operacionais. Vamos aprender a descrever as funções de um sistema operacional e a estabelecer a diferença entre os principais sistemas operacionais de uso em computadores pessoais. Você vai saber a diferença entre Linux, GNU/Linux e núcleo do Linux e também descobrirá a razão da necessidade dos sistemas operacionais de redes. E então, o que estamos esperando? Boa aula! Juliana teve seu primeiro contato com um sistema operacional na faculdade, nas aulas de metodologia. Foi ali que ela descobriu que o sistema operacional é um software que fica em segundo plano e é essencial para o funcionamento do computador, ainda que você não pense muito a respeito dele. Ao sistema, o Microsoft Windows XP, ela tinha que informar um nome de usuário e uma senha e depois disto tinha acesso a uma série de aplicativos, disponíveis através de ícones na área de trabalho do computador e também de menus onde ela podia navegar. A partir dali ela conseguia abrir o processador de textos Microsoft Word, e o software de apresentações Microsoft Powerpoint, para desenvolver as atividades da aula. Foi uma experiência bastante recompensadora para alguém que tinha um certo receio de utilizar o computador antes de entrar na faculdade. No seu primeiro emprego, como facilitadora da qualidade numa pequena indústria de transformação de polímeros, Juliana utilizava diariamente planilhas eletrônicas, trocava mensagens de correio eletrônico com clientes e fornecedores e redigia procedimentos no processador de textos. Além das tarefas que ela já havia aprendido na faculdade, Juliana aprendeu a compactar arquivos antes de enviá-los como anexos de mensagens de correio eletrônico, a fazer cópias de segurança em CD-ROM e a organizar todos os documentos em pastas por assunto na sua pasta no servidor de arquivos da rede. Passados alguns meses, Juliana foi informada pelo Gerente de TI da empresa que haveria uma migração de todos os computadores para o sistema operacional Linux, e a suíte de escritórios utilizada passaria a ser o Openoffice.org. Juliana ficou um pouco assustada no início, pois pensou que poderia não se adaptar ao novo sistema, uma vez que não o havia visto na faculdade. “Bem agora que estava tão acostumada com o novo sistema”, ela pensou. No entanto, não comentou nada, e SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 52. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 52 procurou pensar que o mundo da informática é assim mesmo, está em constante evolução. Quando o sistema foi demonstrado e ela teve a oportunidade de utilizá- lo, manipulando seus documentos, viu que todo o temor era infundado. Os princípios de funcionamento e as funções eram muito semelhantes e, salvo uma ou outra dúvida que a equipe de suporte ajudou a resolver, toda a migração ocorreu sem traumas. Passados alguns anos, Juliana recebeu uma proposta para ir trabalhar numa grande multinacional. Um grande ponto a favor da sua contratação foi a sua resposta ao fato da empresa utilizar um sistema operacional ainda pouco utilizado aqui no Brasil. “Todos os sistemas operacionais seguem um mesmo princípio, e depois de um tempo nos adaptamos ao seu funcionamento. Já passei por este tipo de migração antes e não terei problemas desta vez também.” Juliana foi contratada e descobriu que estava certa. O novo sistema foi aprendido rapidamente e ela auxiliou os colegas com mais resistências a se adaptar ao novo sistema. 4.1 Sistemas operacionais: software oculto Um computador recém-saído da sua linha de montagem é mais inútil que um abajur quebrado. Para cumprir seu propósito, este hardware precisa de software que o faça funcionar. Os softwares aplicativos, como processadores de textos e planilhas eletrônicas, utilizados para realizar tarefas específicas, são uma parte importante deste conjunto de softwares necessários. No entanto, falta-lhes uma característica importante: a capacidade de interagir diretamente com o hardware. É neste ponto que entra o sistema operacional. Segundo Capron e Johnson (2004), sistema operacional (Figura 18) é um conjunto de programas que se encontra entre o software aplicativo e o hardware; é o software fundamental que controla todos os recursos de hardware e software. Para Tanenbaum (1999) e Silberschatz (2005), dois conceituados autores a respeito do assunto, existem dois modos distintos de conceituar um sistema operacional. O primeiro, pela perspectiva do usuário (visão "de-cima-a-baixo” ou top- down"), é uma abstração do hardware, fazendo o papel de intermediário entre o software aplicativo e os componentes físicos do computador (hardware). No segundo modo, numa visão “de-baixo-a-cima” (“bottom-up”), é um gerenciador de recursos, SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 53. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 53 isto é, controla quais aplicações (processos) podem ser executadas e quando, e que recursos do computador (memória, disco, periféricos) podem ser utilizados. Portanto, se não existissem os sistemas operacionais, todo programa desenvolvido deveria saber como comunicar-se com os dispositivos do computador que precisasse utilizar. Figura 18 - Diagrama conceitual de um sistema operacional Na época em que os computadores utilizavam o sistema operacional MS-DOS, a maioria dos programas tinha que fazer grande parte das funções do sistema operacional. Isto incluía conhecer todos os tipos de monitores de vídeos, impressoras e dispositivos de entrada. A interface com o usuário também era definida por cada aplicação, principalmente quando se desejava uma interface “gráfica”, Isto tornava muito mais complexa a tarefa de desenvolver softwares aplicativos, além de dificultar a comunicação entre aplicativos e a troca de dados. Os sistemas se tornavam também muito mais instáveis e sujeitos a travamentos. Você deve ter observado que dissemos que o sistema operacional é um conjunto de programas. O núcleo (kernel) do sistema operacional é a parte mais importante deste conjunto de programas. Sua função é gerenciar todos os recursos do computador, controlando o sistema e carregando para a memória outros programas do sistema operacional quando necessário. Em todos os computadores pessoais, o núcleo do sistema operacional é carregado para a memória quando o computador é ligado, tornando-o disponível. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 54. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 54 Este processo é chamado de inicialização (booting) do sistema. Quando o computador é ligado, um pequeno programa localizado em um chip no computador realiza alguns testes de componentes de hardware e depois carrega o núcleo do disco rígido. Podemos relacionar três funções principais que os sistemas operacionais possuem: 1. gerenciar os recursos do computador, aí incluindo processador, memória, unidades de disco, impressoras e outros; 2. estabelecer uma interface com o usuário, de forma que este possa utilizar os recursos de hardware e os softwares aplicativos; 3. oferecer recursos e uma interface para que os softwares aplicativos se comuniquem com o hardware e também entre si. Mesmo sendo tão importante ao funcionamento do computador, o sistema operacional não é muito notado pelo usuário; muitas tarefas essenciais são executadas em segundo plano. Mesmo quando um usuário imprime ou salva um arquivo através de um software aplicativo, é na verdade o sistema operacional quem realiza estas funções. Como um árbitro em um jogo de futebol, o sistema operacional deve passar despercebido a maior parte do tempo. Ambos são importantes, mas devem fazer seu trabalho discretamente. Quando eles são notados, normalmente significa que alguma coisa não saiu conforme o esperado. E normalmente eles são xingados por isto. Vida dura essa de sistema operacional... Mesmo que um grande número de funções do sistema operacional fique oculto ao usuário, este ainda precisa interagir com ele em algumas situações de gerenciamento e na execução de softwares aplicativos. Esta interação ocorreu através da interface com o usuário, que determina a forma como será feita a comunicação. Uma interface com o usuário pode ser baseada em linha de comando (Figura 19) ou ser gráfica (Figura 20). Na interface por linha de comandos o usuário digita textos e necessita informar os comandos completos e seus parâmetros para obter o resultado esperado. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 55. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 55 Figura 19 - Interface por linha comandos do Linux O sistema operacional MS-DOS, o Unix e o Linux utilizam a interface por linha de comando. Nas versões do Microsoft Windows existe um interface de comandos chamada Prompt de Comandos, que permite a execução de algumas operações neste tipo de interface. As interfaces gráficas com o usuário (GUIs – Graphical User Interfaces) usam imagens que representam os programas, arquivos e outros recursos do computador, denominadas ícones e também menus para que o usuário informe as tarefas que deseja executar. O usuário pode clicar em um ícone de um programa para executá-lo ou arrastar o ícone representando um arquivo para o ícone que representa uma lixeira, apagando-o do disco rígido. Esta forma de interação é mais intuitiva e torna o aprendizado mais fácil. O Microsoft Windows e o Apple Mac OS (Figura 20) são exemplos de sistemas operacionais que utilizam interface gráfica. Muitas instalações de Unix e Linux também são configuradas para oferecer uma interface gráfica com o usuário. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 56. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 56 Figura 20 - Interface gráfica do Mac OS X 4.2 O que é a plataforma de um sistema? Os softwares aplicativos são normalmente classificados segundo a sua plataforma, que se refere à combinação de sistema operacional e hardware do computador. A plataforma mais comum para computadores pessoais é composta de computadores com processadores Intel e o sistema operacional Windows da Microsoft, chamada muitas vezes de Wintel. Geralmente os softwares aplicativos como processadores de texto e jogos só podem ser executados numa plataforma específica. Os softwares que podem ser executados em diversas plataformas são conhecidos como multiplataforma. Da mesma forma que não é possível colocar um motor de um carro da Ford num caminhão da Scania, não é possível executar um programa do Windows no Linux, ou do Mac OS no Palm OS, a menos que ele tenha uma versão específica para aquela plataforma. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 57. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 57 A maioria dos usuários recebe o computador com o sistema operacional pré- instalado, seja pelo fabricante do computador, pela revenda ou pela equipe de TI nas organizações. Existirão situações, no entanto que exigirão de você a escolha da plataforma operacional onde será desenvolvido e executado um sistema. Para isto, vamos conhecer um pouco os principais sistemas operacionais disponíveis para nosso uso. 4.3 MS-DOS O MS-DOS (Figura 21) começou a ser utilizado em 1980 e muitos acreditam que foi ele que decidiu o destino da então minúscula Microsoft. Este sistema operacional utiliza uma interface de linha de comando e apresenta ao ser iniciado, uma tela vazia, contendo apenas os caracteres C:> no canto superior esquerdo. O C: refere-se à unidade de disco; o > é o prompt, um símbolo que indica que o sistema está à espera de uma instrução. Neste ponto é necessário que você informe um comando ao sistema operacional, para que ele possa interpretá-lo e executar a ação correspondente. Se você tentar utilizar o MS-DOS, verá que sua interface não é nada amigável, e os comandos (Tabela 1) não são fáceis de lembrar. É por isto que este tipo de interface foi amplamente substituído pelas interfaces gráficas de usuário. SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 58. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 58 Figura 21 - Microsoft DOS C:>DIR A: /W - Exibe o conteúdo do disquete, em 4 colunas na tela C:>FORMAT A: - Prepara um disquete colocado na unidade A: para ser utilizado. Apaga todo o seu conteúdo,se houver. C:>COPY RELAT01.DOC A: - Copia o arquivo RELAT01.DOC contido na unidade C: para o disquete da unidade A:. C:> RENAME RELAT01.DOC RELAT02.DOC – Renomeia o arquivo RELAT01.DOC contido na unidade C: para RELAT02.DOC C:> DEL C:REL99.DOC – Exclui o arquivo RELAT99.DOC da unidade C: Tabela 1 - Exemplos de comandos do MS-DOS 4.4 Microsoft Windows Existe uma maneira muito mais intuitiva de interagir com um computador do que digitar comandos e receber informações numa tela com texto. O grande sucesso do Windows se deu pela utilização desta interface, denominada interface gráfica com o usuário ou GUI (lê-se “gu-i”), que utiliza ícones e menus em vez de comandos digitados. Mesmo não tendo sido o primeiro sistema operacional com interface gráfica, podemos afirmar que foi o Windows quem popularizou esse tipo de interface. O Windows (Figura 22) começou como uma interface gráfica para o MS-DOS, fornecendo uma interface gráfica sobre um sistema operacional com interface em SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 59. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 59 modo texto. Foi a partir do Windows 95 que o Windows passou a ser um sistema operacional independente, que não precisava mais do DOS pré-instalado. Vários comandos do MS-DOS ainda continuam disponíveis para uso nas diversas versões do Windows. Figura 22 - Microsoft Windows XP Embora existam várias versões do Windows, muitas características são semelhantes a todos. Em qualquer um deles você clica em ícones e em itens de menu para ativar comandos ou funções. Os menus são chamados de menus deslizantes, pois deslizam como uma persiana ao serem selecionados. Outros menus são chamados de pop-up, pois aparecem na tela quando se utiliza o botão direito do mouse. O Windows apresenta também um botão Iniciar no canto inferior esquerdo. A partir desse botão pode-se acessar os programas e outros recursos do computador, como a opção de localizar arquivos. Também é possível executar um programa dando um clique duplo em um ícone correspondente a ele na área de trabalho, a tela de abertura do Windows. A barra inferior do Windows, onde está localizado o botão iniciar, possui ainda um botão correspondente a cada programa em execução no momento. Para alternar entre estes programas, basta clicar no SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 60. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 60 botão correspondente. O Windows aceita nomes de arquivos longos, com até 255 caracteres; o MS-DOS aceitava apenas 8 caracteres e mais 3 para a extensão do arquivo, identificando o seu tipo. Outra característica muito útil do Windows é a sua capacidade de auto- configuração, quando um novo dispositivo de hardware é instalado. Chama-se a este recurso de plug-and-play, e para que ele possa ser utilizado, o periférico precisa ter sido fabricado de acordo com este padrão. Por sorte, a grande maioria dos fabricantes tem adotado este padrão, facilitando em muito a vida dos usuários. O Windows é uma família de sistemas operacionais, com pelo menos três ramificações históricas, cada uma desenvolvida para um tipo de usuário. Uma destas ramificações praticamente já deixou de existir, e era designada ao público doméstico. Aqui se encontram o Windows 95, o Windows 98 e o Windows Millenium Edition. Atualmente o Windows XP atende a este mercado. Para o mercado corporativo, a Microsoft desenvolveu o Windows NT, que depois foi sucedido pelo Windows 2000 e mais recentemente pelo Windows XP. O Windows XP atende tanto ao mercado doméstico quanto ao corporativo. Para o mercado de dispositivos móveis, como palmtops, handhelds e smartphones foi criado o Windows CE. 4.5 Windows XP O Windows XP é a versão mais recente de sistemas operacionais da empresa fundada por Bill Gates (Figura 23), e foi projetado para ser utilizado tanto em computadores domésticos quanto nos corporativos e notebooks. Ele incorpora as facilidades de reconhecimento de hardware e compatibilidade das versões anteriores destinadas ao mercado doméstico, como as versões 95, 8 e Me, e a estabilidade e robustez herdadas das versões corporativas, como o Windows NT e o Windows 2000. Dentre os principais recursos que podemos encontrar no Windows XP, destacam-se os seguintes: SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 61. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 61 Figura 23 - Bill Gates – fundador da Microsoft Interface aperfeiçoada: a interface ficou mais limpa, com número reduzido de ícones na área de trabalho, substituídos por opções no menu Iniciar. Além disto, um programa assistente de limpeza da área de trabalho verifica que ícones são pouco usados e auxilia o usuário na remoção destes, colocando-os numa pasta separada. Suporte melhorado para multimídia: permite o uso de arquivos no formato MP3, acesso a câmeras digitais e câmeras de vídeo de forma integrada ao sistema operacional, sem a necessidade de softwares de terceiros. Suporte para vários usuários: uma vez que vários usuários podem utilizar o mesmo computador, o Windows XP permite que os usuários alternem entre suas contas, mantendo os aplicativos de um usuário em execução, enquanto outro utiliza o mesmo computador com a sua conta. No momento em que o outro usuário voltar a utilizar o computador, seus aplicativos já estarão abertos, na mesma situação em que ele deixou. Podem ser criadas contas também para crianças, com restrição ao que elas podem utilizar. Suporte a redes e à Internet: O Windows XP permite que vários computadores sejam interligados em rede e compartilhem a mesma conexão com a Internet, enquanto oferece um firewall, para melhorar a segurança desta conexão. 4.6 Windows CE SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 62. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 62 O Windows CE (Consumer Electronics – eletrônicos de consumo) é um sistema operacional baseado no Windows XP voltado para o mercado sistemas embutidos (ou embarcados) e dispositivos de Internet. Para funcionar nestes computadores, o sistema precisa ser reduzido, ocupando menos memória, disco rígido menor ou inexistente e necessitando de processadores inferiores em relação a um computador pessoal. As telas desses dispositivos também são menores, e a forma de acessar os programas e entrar com a informação também muda, pois normalmente eles possuem uma tela sensível ao toque e algumas teclas, ao invés de um teclado completo. Os sistemas embutidos são dispositivos de computação integrados a outros produtos, como carros, trens, robôs, câmeras digitais e máquinas industriais. O Windows CE (Figura 24) possui uma interface muito semelhante a do Windows XP o que facilita o aprendizado pelo usuário. Além disto, sua versão mais nova, denominada Windows CE .NET, suporta a plataforma .NET de desenvolvimento de aplicações da Microsoft, tornando o desenvolvimento de softwares aplicativos mais simples. Figura 24 - Microsoft Windows CE 4.7 Mac OS SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina
  • 63. Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 63 O Macintosh Operating System (Mac OS) é a denominação do sistema operacional padrão dos computadores Macintosh produzidos pela Apple. Sua evolução ocorreu até a versão Mac OS X (X é o algarismo romano correspondente a dez e deve ser lido assim) (Figura 25). A primeira versão foi lançada em 1984. Até antes da versão 7.6, era chamado apenas de System (ex.: System 4, System 7), da versão 7.6 em diante passou a ser chamado de Mac OS. Foi o primeiro sistema gráfico amplamente usado em computadores a usar ícones para representar os itens do computador, como programas, pastas e documentos. Também foi pioneiro na disseminação do conceito de Desktop, com uma Área de Trabalho com ícones de documentos, pastas e uma lixeira, em analogia ao ambiente de escritório. Seu ambiente gráfico, que serviu como modelo para a maioria das interfaces gráficas que surgiram depois disto se baseou nos estudos feitos no centro de pesquisas PARC da Xerox, em Palo Alto, na Califórnia. O lançamento do Mac OS X foi um marco para o sistema operacional. Em sua décima versão, o sistema foi remodelado como um todo, inclusive o núcleo, que passou a ser baseado no núcleo do Unix BSD. Figura 25 - Mac OS X 4.8 Unix SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina