SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 51
Baixar para ler offline
26
PROGRAMA NACIONAL DE ILUMINAÇÃO
PÚBLICA EFICIENTE
Melhoria do Sistema de Iluminação Pública do
Município de Mogi das Cruzes – SP
Outubro/2009
27
Mogi das Cruzes, 14 de outubro 2009.
DCR- BD 2645/2009
A Sua Senhoria,
Senhor Ubirajara Rocha Meira
Diretor de Tecnologia / Diretoria de Tecnologia
Centrais Elétricas Brasileiras – ELETROBRÁS
Av. Presidente Vargas, 409 – 13º andar - centro.
20071 – 003 Rios de Janeiro – RJ
Assunto: Participação da Bandeirante Energia no Programa Reluz – Município de Mogi das
Cruzes.
Prezado Senhor,
Encaminhamos as informações e os documentos necessários para a participação da
Bandeirante Energia S/A no Programa Reluz.
Do Projeto detalhado, ora encaminhado, e constante de nosso programa, é previsto a melhoria
de 10.203 pontos em sistemas de iluminação pública urbana, correspondente a um investimento
de R$ 4.641.724,19 (quatro milhões, seiscentos e quarenta e um mil, setecentos e vinte e quatro
reais e dezenove centavos), para o qual solicitamos o financiamento de 75% (setenta e cinco
por cento), correspondente a R$ 3.481.293,14 (três milhões, quatrocentos e oitenta e um mil,
duzentos e noventa e três reais e catorze centavos).
O cumprimento do projeto de melhoria da iluminação pública, como acima citado,
proporcionará uma redução de 901,99 kW de demanda no horário de ponta do sistema elétrico
e, consequentemente, uma economia no consumo de energia elétrica de 3.950,72 MWh/ano.
Na expectativa do pronunciamento favorável de Vossa Senhoria, colocamo-nos à disposição
para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários.
Atenciosamente,
Ewerton de Oliveira
Ewerton de Oliveira
Especialista, Projetos de Iluminação Pública
28
Contrato de Financiamento celebrado, Concessionária e o Município em junho 2010
Objeto
Constituiu objeto do contrato, o financiamento do “Projeto de Eficiência Energética do
Sistema de Iluminação Pública” do MUNICÍPIO, com apoio das Centrais Elétricas
Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS – PROGRAMA RELUZ, com recursos da RGR – Reserva Global
de Reversão.
29
30
31
1. Introdução
A iluminação pública é um serviço essencial para os centros urbanos por contribuir, no
período noturno, para segurança da população e do tráfego de veículos. A iluminação
também se constitui num importante fator para melhoria da imagem das cidades,
favorecendo o comércio, o turismo, o esporte e o lazer.
Atualmente, em todo o mundo, busca-se a produção de bens e serviços com mínimo
custo, o que pode proporcionar aumento da competitividade e melhor alocação de
recursos. No caso da iluminação pública, isto pode ser obtido através da implantação
de sistemas que satisfaçam os critérios de conservação de energia e de eficiência
energética, em outras palavras, o uso racional da energia e a utilização de tecnologias
eficientes, permitem melhorar a qualidade e o desempenho e com isso, diminuir perdas
e reduzir os gastos com o consumo de energia elétrica e manutenção. A modernização
dos parques de iluminação pública, com a adoção de tecnologias mais modernas e
eficientes, permite uma evolução na qualidade do serviço e ganhos diretos com a
redução no consumo de energia elétrica, a evolução nas tecnologias utilizadas nos
sistemas de iluminação vem permitindo que se chegue a níveis melhores de
iluminamento com potências cada vez menores.
32
2. Iluminação pública finalidade
A iluminação pública é um serviço público de interesse local de competência do
município (Inciso V, Art. 30, Constituição Federal), sendo um serviço essencial à qualidade
de vida nos centros urbanos, atuando como instrumento de cidadania, permitindo aos
habitantes desfrutar, do espaço público no período noturno. Além de estar diretamente
ligada à segurança pública no tráfego, a iluminação pública previne a criminalidade,
embeleza as áreas urbanas, destaca e valoriza monumentos, prédios e paisagens, facilita
a hierarquia viária, orienta percursos e aproveita melhor as áreas de lazer. A iluminação
pública contribui diretamente para:
 Redução de acidentes noturnos;
 Melhoria das condições de vida, principalmente nas comunidades carentes;
 Auxílio à proteção policial, com ênfase na segurança dos indivíduos e
propriedades;
 Facilidade do fluxo do tráfego;
 Destaque a edifícios e obras públicas durante à noite;
 Eficiência energética.
Comissão internacional de iluminação ou CIE (do francês, Commission Internationale de
L’Eclairage):
 Permitir aos usuários de carros, motocicletas, ciclistas e outros veículos de tração
motorizada ou animal trafegar com segurança;
 Permitir aos pedestres reconhecer outros pedestres, além de provê-los de uma
sensação de segurança;
 Melhorar a aparência do ambiente em período noturno.
33
3. Requisitos de iluminância e uniformidade – NBR 5101
A iluminação pública conforme descrito na NBR 5101 tem por objetivo prover luz as ruas,
avenidas, calçadas, praças e outras áreas públicas no período noturno ou nos
escurecimentos diurnos ocasionais.
A norma tem como escopo estabelecer os requisitos mínimos para iluminação de vias
públicas, o qual inclui, as calçadas, acostamentos, rotatórias e canteiros centrais, ou seja,
toda superfície transitável, de forma a proporcionar segurança aos tráfegos de pedestres
e de veículos.
O dimensionamento dos níveis de iluminamento na iluminação pública tem sua base na
classificação de vias, definidas no Código de Trânsito Brasileiro, em seus artigos 60, 61 e
anexo I, “Dos Conceitos e Definições”:
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - Velocidade máxima permitida em lei é de 80 km/h. O acesso
é exclusivo com trânsito livre, sem que haja cruzamentos, rotatórias e entroncamentos,
não há acessibilidade direta aos bairros e os pedestres ficam impedidos de realizar
travessias, pois não há calçadas que garantam a mobilização.
VIA ARTERIAL - Velocidade máxima permitida em lei 60km/h. Há cruzamentos, rotatórias
e entroncamentos, auxiliadas por semáforos, existe a acessibilidade aos bairros, tem
ligações as vias coletoras e vias locais.
VIA COLETORA - Velocidade máxima permitida em lei 40km/h. Tipo de via com a função
de coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de
trânsito rápido, arteriais e locais, dentro das regiões da cidade.
VIA LOCAL - Velocidade máxima permitida em lei 30km/h. Trata se de via de acesso as
residências.
34
VIA RURAL - estradas e rodovias.
Com embasamento na classificação acima, a NBR 5101 especifica as condições gerais
em relação à cada tipo de via, levando em consideração o volume de tráfego, tanto
de veículos, quanto de pedestres, considerando as velocidades regulamentadas em lei
e o valor máximo das médias horárias obtidas nos períodos compreendidos entre 18 h e
21 h. Sendo considerado:
Leve (até 500 veículos); Médio (de 501 a 1200 veículos) e; Intenso (acima de 1200
veículos).
A pedonal (calçada ou passeio) a norma classifica como:
 Sem Tráfego (como nas vias arteriais);
 Leve (como nas vias residenciais médias);
 Médio (como nas vias comercias secundárias) e;
 Intenso (como nas vias comerciais principais).
A partir dos conceitos e definições mencionados, a NBR 5101 classifica as vias entre as
classes de iluminação V1 a V5 para veículos e P1 a P4 para pedestres, sendo as vias com
classe V1 e V2 as de maior peso e relevância, onde é maior o risco de acidentes durante
o periodo noturno, sendo assim, exigido do sistema um maior nível de iluminação tanto
em quantidade, quanto em distribuição da luz, sendo este útimo (o fator de
uniformidade) indispensável para impedir sombras acentuadas, assegurando o conforto
e a segurança necessária nas vias do município.
Com a definição da hierarquia viária, de sua importância, volume de uso, relevância
sociocultural e finalidade, a NBR 5101 sugere os valores mínimos de iluminância média e
fator de uniformidade. Tabela 1 e 2:
35
Tabela 1: Para volume de trafego motorizado:
Classe de
Iluminação
NBR 5101
Hierarquia
viária
Volume de
Tráfego
Iluminância
média mínima
Eméd. min. lux
Fator de
uniformidade
mínimo U=Emi.
/Eméd.
V1
Trânsito rápido
Intenso 30 0,4
V2 Médio 20 0,3
V1
Arterial
Intenso 30 0,4
V2 Médio 20 0,3
V2
Coletora
Intenso 20 0,3
V3 Médio 15 0,2
V4 Leve 10 0,2
V4
Local
Médio 10 0,2
V5 Leve 5 0,2
Tabela 2: Para utilização de pedestres:
4. Tipologias de iluminação viária estrutura mais encontrada na iluminação
pública
Em geral o município possui vias com características bastante semelhantes (padrões) e
de igual modo, as respectivas instalações de iluminação pública, para essa instrução e
projeto é utilizado como parâmetro de arranjo unilateral das luminárias, sendo esse,
considerado o cenário mais conservador pois não há influencias das luminárias instaladas
Classe de
Iluminação
NBR 5101
Uso da via por Pedestres
Volume de
Tráfego
Iluminância
média
mínima
Eméd. min.
lux
Fator de
uniformidade
mínimo
=Emi./Eméd.
P1 Uso noturno Intenso Intenso 20 0,3
P2 Grande tráfego noturno Grande 10 0,25
P3 Uso noturno moderado Médio 5 0,2
P4 De pouco uso Leve 3 0,2
36
de lado oposto, como nos arranjos bilaterais ou na somatória dos fluxos das luminárias
como ocorre na disposição de canteiro central.
Em regra o sistema unilateral deverá prevalecer sobre os demais arranjos, a não ser que
a sua instalação seja totalmente inadequada e haja a necessidade de uma outra
configuração de arranjo para atender um determinado logradouro. Na figura 1 é
representado o campo padrão de arranjo unilateral e na tabela 3 as dimensões de vias
de acordo com a sua caracteristica física e a potência da luminária mais comum a ser
utilizado em conformidade com essa caracteristica
.
Figura1- Arranjo unilateral das luminárias:
Figura 2 - Bilateral com centros alternados:
Este tipo de posicionamento, com as luminárias em ambos os lados da via em um sistema
alternado, é normalmente utilizado nos locais em que as distâncias entre fachadas é de
15 m à 18 m ou a distância entre guias esteja compreendida entre 10 m à 13 m, ou
excepcionalmente em ruas de grande movimento.
37
Figura 3 - Bilateral com centros opostos:
Este tipo de posicionamento, com as luminárias uma em frente a outra, é normalmente
utilizado quando a distância entre fachadas é superior a 18 m ou em locais em que as
distâncias entre guias é superior a 13 m, ou, excepcionalmente, em ruas de grande
movimento.
Figura 4 - Central dupla:
Este tipo de posicionamento, com duas luminárias instaladas em um único apoio, é
normalmente usado em vias com canteiro central estreito.
38
Tabela 3: Dimensões do campo padrão para luminárias de IP (Iluminação Pública) - uso
viário Braços, suportes mais usuais na iluminação pública e compatibilidade entre
luminárias e postes para iluminação de vias.
Tipos de braços
Hierarquia viária
Potência
Luminária
(W)
H - Altura de
montagem
(m)
D - Distância
entre postes
(m)
L - Largura
da via
média
Tipo I Tipo II
Vias Locais 70 6 e 6,5 35 5 7
Vias Locais 100 7 35 7 8
Vias locais e vias coletoras 150 8 e 8,5 35 8 10,5
Vias coletoras e vias arteriais 250 8,5 e 9 35 10,5 12
39
Compatibilidade entre suportes, luminárias e postes para iluminação de vias – Conjuntos
m
Compatibilidade entre suportes, luminárias e postes para iluminação de vias – Conjuntos
montados
40
5. Projeto luminotécnico para atendimento as vias públicas
O principal critério para elaboração de um projeto de iluminação pública é adequar
a iluminação a real necessidade da via pública, e assim, proporcionar visibilidade para
a segurança do tráfego de veículos e pedestres, de forma rápida, precisa e
confortável. Os projetos de iluminação pública devem atender aos requisitos
específicos, prevendo benefícios econômicos e sociais para os cidadãos, deve ser
priorizado o projeto mais eficiente e que consiga adequar à iluminação de forma
segura para a visibilidade dos motoristas com o menor custo possível. O projeto leva
em conta as seguintes situações para sua elaboração:
 Altura da montagem da luminária;
 Distância entre pontos luminosos;
 Quantidade de luminárias por postes;
 Orientação das luminárias nos postes;
 Estrutura de iluminação:
 Tamanho do braço da luminária;
 Ângulo do braço da luminária;
 Distribuição de luz na via realizada pela luminária;
 Volume do trafego (hierarquia viária);
 Redução de demanda (kW);
 Redução de perdas;
 Redução do custo de serviço;
 Atendimento normativo.
Para as simulações deverá ser utilizado programa computacional que permita testar
diferentes opções de fotometrias, configurações e com isso avaliar rapidamente
soluções mais eficientes, há atualmente varios softwres para simulações, exemplo:
41
Gratuitos (DIALUX, RELUX, RADIANCE), Comerciais (AGI32, LUMEN MICRO-DESIGN,
RAYFRONT).
Dentre os softwares sitados, atualmente o mais utilzado é o DIALUX, da empresa DIAL
GmbH, como software padrão de simulação computacional de iluminação viária. O
DIALUX é um software gratuito e reconhecido internacionalmente como padrão
profissional para projetos de iluminação, sendo adotado pelos maiores fabricantes de
luminárias do mundo.
Os cenarios de simulacões consistem em arranjos de luminarias dispostas sobre uma linha
paralela ao eixo da pista e distanciadas igualmente entre si. O piso e perfeitamente liso
e está contido no plano horizontal. O angulo δ é o mesmo para todas as luminarias da
simulacão. Para o cálculo será usado uma malha formada por pontos definidos pelas
interseções das linhas transversais e longitudinais da via, conforme figura 5.
Figura 5 - Malha de Cálculo:
Onde:
 Espaçamento entre postes: S;
 Espaçamento Longitudinal:Sg1= S/16
 Largura da faixa de rolamento: fr;
 Espaçamento Transversal: Sg1= 0,2.fr;
42
Além disso, a norma define que Sgl ≤ 5m e Sgt ≤ 1m. portanto, a malha de cálculo será
composta por 17 colunas de pontos igualmente distribuídas na direção longitudinal e 5
fileiras de pontos em cada faixa de rolamento, os pontos de medicão devem ser
dispostos no plano da pista a 0 m de altura desta, a primeira e a última coluna de pontos
devem estar contidos sobre linhas transversais que passam pelas luminarias e suas
projecões no plano do piso, deve ser considerado fator de manutencão adequado ao
local.
O projeto deve apresentar os procedimentos, critérios e padrões a serem adotados para
a implantação da iluminação de forma eficaz. Deverá ser adotado a definição de
Iluminação viária para vias em áreas abertas em conformidade com a classe de
iluminação que atenda a NBR 5101. A simulação computacional do novo projeto de
iluminação empregando luminárias LED, tem o objetivo da obtenção de alguns
parâmetros necessários para se abrir uma licitação de compra de luminárias LED
aplicadas em iluminação pública, a partir dos resultados da simulação é possível definir
características elétricas e fotométricas das luminárias para se obter o nível de iluminância
e uniformidade desejados na via, resultando em melhorias, no que diz respeito a
qualidade dos sistemas de iluminação, em especial com a adequação dos níveis de
iluminância.
6. Proposta
Projeto: Sistema de Iluminação Pública Eficiente Reluz
Tipo: Melhoria – eficientização
Local Execução: Cidade de Mogi das Cruzes - SP
Técnico Responsável: Ewerton de Oliveira
7. Objetivos
Referem–se à substituição de lâmpadas, luminárias, reatores e materiais complementares
com maior vida útil e maior eficiência para os pontos já existentes no município e que
43
constem no cadastro de Iluminação Pública da Bandeirante. Tendo como meta
promover o desenvolvimento de um sistema de iluminação pública mais eficiente e mais
econômico, contribuindo para segurança pública, valorizando assim a vida noturna e
melhorando a qualidade de vida no município. O projeto tem como principal objetivo
à substituição de lâmpadas com baixa e média eficiência na relação lumens por Watt
(lâmpadas de vapor de mercúrio e vapor de sódio despadronizadas e com luminárias
de baixo rendimento) por lâmpadas de alta eficiência luminosa (vapor de sódio alta
pressão).
8. Descrição e Detalhamento
Com base em diagnóstico energético realizado, o projeto contemplará a substituição
de 10.203 pontos de iluminação pública, ora compostos por lâmpadas de vapor de
mercúrio de 125W, 250W e 400W, mistas de 500W e lâmpadas de vapor de sódio de 70W,
100W, 150W, 250W e 360W (despadronizadas), por lâmpadas de vapor de sódio de alta
pressão com potências de 100W, 150W e 250W, conforme detalhado no quadro a seguir:
8.1. Substituições a serem realizadas por tipo e potência de lâmpadas:
44
* as 647 trocas de VS 360W por VS 250W e não por VS 400W como propõe o Manual do
Reluz, justifica-se pelo motivo de estarmos usando lâmpadas de VS 250W com 28.500
lumens (acima do sugerido pelo Manual do Reluz de 26.000 lumens). Considerando que
estamos utilizando uma luminária eficiente, o resultado a ser conseguido será bastante
superior ao que temos hoje. As luminárias de VS 400W somente são utilizadas para pétalas
com altura recomendada superior a 10m. Para instalações em braços (como é neste
caso), a uniformidade ficará bastante prejudicada, pois teremos muita intensidade com
baixa altura (aproximadamente 8m).
Espera-se obter uma redução da demanda no horário de ponta da ordem de 1.044,61
kW, uma redução do consumo de aproximadamente 4.575,39 MWh/ano e dos gastos
anuais daquela prefeitura estimados em R$ 774.567,77 (setecentos e setenta e quatro mil,
quinhentos e sessenta e sete reais e setenta e sete centavos), de acordo com a tarifa
vigente B4b de R$ 169,29/MWh. Resolução da ANEEL nº894/2009, de 20/10/2009 – (anexo
I).
Será substituído no Município de Mogi das Cruzes por completo (braço+luminária) a
quantidade de 3.734 pontos de iluminação pública e a substituição parcial (somente
luminária) em 6.469 pontos de iluminação pública, totalizando as 10.203 substituições.
9. Abrangência do Projeto
O projeto contemplará a totalidade de 33,79% do sistema de iluminação pública do
município de Mogi das Cruzes, podendo-se admitir que, a maioria dos bairros, distritos, e
vias públicas sejam abrangidas, pelo empreendimento, o sistema existente é composto
por 30.196 pontos de iluminação pública, dos quais 10.203 será objeto de intervenção no
âmbito do projeto atual, beneficiando uma população de aproximadamente 371.372
(trezentos e setenta e um mil, trezentos e setenta e dois) habitantes.
45
Contribuindo assim com o município de Mogi das Cruzes e permitindo a melhoria da
qualidade de vida e a segurança dos cidadãos. E proporcionando um acervo de
iluminação pública mais eficiente, e reduzindo os gastos com energia elétrica, um
importantíssimo insumo para o desenvolvimento local.
10. Metas e Benefícios Esperados
O projeto tem como METAS:
 A Substituição de 10.203 pontos de iluminação pública, ora compostos por
lâmpadas mistas com potência de 500W, e lâmpadas de vapor de mercúrio
de 125W, 250W e 400W e lâmpadas de vapor de sódio despadronizadas de
70W, 100W, 150W, 250W e 360W, por lâmpadas de vapor de sódio de alta
pressão com potências de 100W, 150W e 250W;
 A Redução da Demanda no Horário de Ponta da ordem de 1.044,61 kW;
 A Redução do Consumo de aproximadamente 4.575,39 MWh/ano;
 A Redução dos gastos anuais da Prefeitura de Mogi das Cruzes com o
consumo da energia elétrica no sistema de iluminação pública estimados em
R$ 774.567,77 (setecentos e setenta e quatro mil quinhentos e sessenta e sete
reais e setenta e sete centavos).
11 . Justificativas
O parque de iluminação pública do município de MOGI DAS CRUZES possui instalado
cerca de 30.196 pontos. Este projeto contempla a eficientização de todo o parque de
iluminação, exceto 19.993 pontos já eficientizados anteriormente. Os serviços de
operação, manutenção e gestão desse sistema são realizados pela própria
BANDEIRANTE ENERGIA S/A. A justificativa para a eficientização de todo o parque é:
46
Potências existente x Potências Propostas
a) Substituição de 109 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 500W mista, por
luminárias integradas altamente eficientes de 150W com lâmpadas vapor de
sódio. Estas substituições irão reduzir o consumo e deverão diminuir muito a
manutenção.
b) Substituição de 2.068 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 125W vapor de
mercúrio, sendo 2.006 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com
lâmpadas vapor de sódio e 62 por luminárias integradas altamente eficientes de
150W com lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições, com reduções de
consumo ou nos casos de aumentar a potência para a adequação da iluminação
dos logradouros, deverão diminuir muito a manutenção.
c) Substituição de 1.005 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 250W vapor de
mercúrio, sendo 373 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com
lâmpadas vapor de sódio, 632 por luminárias integradas altamente eficientes de
150W com lâmpadas vapor de. Estas substituições, com reduções de consumo,
deverão diminuir muito a manutenção.
d) Substituição de 3.391 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 400W vapor de
mercúrio por 3.391 luminárias integradas altamente eficientes de 250W vapor de
sódio. Estas substituições irão reduzir o consumo e deverão diminuir muito a
manutenção.
e) Substituição de 30 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 70W vapor de sódio,
sendo 30 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com lâmpadas
vapor de sódio. Estas substituições, com aumento de consumo ou nos casos de
manter a potência para a adequação da iluminação dos logradouros, deverão
diminuir muito a manutenção.
47
f) Substituição de 511 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 100W vapor de
sódio, sendo 511 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com
lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições irão reduzir o consumo e deverão
diminuir muito a manutenção.
g) Substituição de 1.058 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 150W vapor de
sódio, sendo 1.058 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com
lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições, com reduções de consumo ou nos
casos de manter a potência para a adequação da iluminação dos logradouros,
deverão diminuir muito a manutenção.
h) Substituição de 1.225 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 250W vapor de
sódio, sendo 524 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com
lâmpadas vapor de sódio e 701 por luminárias integradas altamente eficientes de
150W com lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições irão reduzir o consumo e
deverão diminuir muito a manutenção.
i) Substituição de 806 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 360W vapor de
sódio, sendo 159 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com
lâmpadas vapor de sódio e 647 por luminárias integradas altamente eficientes de
250W com lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições irão reduzir o consumo e
deverão diminuir muito a manutenção.
Ressalta-se que, mediante diagnóstico realizado “íon loco” no sistema de iluminação
pública a ser remodelado, constatou-se considerável grau de depreciação das
instalações e índices luminotécnicos abaixo dos valores recomendados pelas normas
técnicas, fato que poderá comprometer a segurança pública da população no período
noturno, além dos elevados custos de manutenção advindos da precariedade das
instalações. O alto grau de depreciação das luminárias leva intuitivamente a colocar
lâmpadas com potências maiores como forma de compensação luminotécnica.
48
O Reluz visa exatamente à implementação de medidas para redução do consumo de
energia, imposta pelo racionamento de energia elétrica no país, cuja meta do segmento
de iluminação pública é de 35%.
Nesse particular, o projeto ora apresentado é de significativa importância para a cidade
de MOGI DAS CRUZES, considerando que, por meio da melhoria da eficiência energética
de 10.203 pontos de iluminação pública, será obtida uma redução de 1.044,61 kW na
demanda de ponta e uma economia no consumo anual de energia elétrica de 35,45%.
Ante o exposto, a Prefeitura Municipal de MOGI DAS CRUZES espera a aprovação
técnica e a liberação do financiamento do presente projeto, considerando a sua
relevante contribuição para a racionalização do consumo de energia elétrica no país e,
sobretudo, por assegurar um serviço de iluminação pública de qualidade satisfatória, o
que contribui para preservar a segurança dos munícipes, dos turistas e todos aqueles que
desfrutam da vida noturna.
12. Características técnicas dos materiais utilizados
12.1 Lâmpadas de descarga de vapor de sódio tubular
As lâmpadas de vapor de mercúrio (VM) possuem eficiência luminosa entre 50 e 55
lumens por Watt. Estas lâmpadas serão substituídas por lâmpadas de vapor de sódio de
alta pressão (VSAP) com eficiência situada na faixa de 95 a 125 lumens por Watt,
proporcionando importante ganho em eficiência luminosa no sistema. As lâmpadas a
serem instaladas possuem as seguintes características:
49
50
12.2 Luminárias
51
Luminária padronizada IP. VS. 100W: Luminária padronizada, tipo fechada, com
equipamento incorporado para lâmpada vapor de sódio, potência 100W, corpo em
alumínio injetado a alta pressão com tampa de policarbonato, base para relé
fotoeletrônico alojamento para equipamentos auxiliares com grau de proteção mínimo
I.P 33 refletor estampado em chapa de alumínio, anodizado e selado, soquete E-40, grau
de proteção I.P 65 conforme normas NBR 15.129, 5101, NBR IEC 60.598 e EM 50102.
Luminária padronizada de IP. VS.150W: Luminária padronizada, tipo fechada, com
equipamento incorporado para lâmpada de vapor de sódio, potência 150W, corpo em
alumínio injetado a alta pressão com tampa de policarbonato, base para relé
fotoeletrônico alojamento para equipamentos auxiliares com grau de proteção mínimo
I.P 33 refletor estampado em chapa de alumínio, anodizado e selado, soquete E-40, grau
de proteção I.P 65 conforme normas NBR 15.129, 5101, NBR IEC 60.598 e EN 50102.
Luminária padronizada de IP.VS/MVM.250W: Luminária padronizada, tipo fechada, com
equipamento incorporado para lâmpada de vapor de sódio, potência 250W, corpo em
alumínio injetado a alta pressão com tampa de policarbonato, base para relé
fotoeletrônico alojamento para equipamentos auxiliares com grau de proteção mínimo
I.P 33 refletor estampado em chapa de alumínio, anodizado e selado, soquete E-40, grau
de proteção I.P 65 conforme normas NBR 15.129, 5101, NBR IEC 60.598 e EN 50102.
Notas Luminárias:
1- A luminária deve estar de acordo com a NTB – 296 -7;
2- Reator a Ignitor devem estar de acordo com NBR 13593 E NBR 13594;
3- Tomada para relé fotoeletrônico deve estar de acordo com a NBR 5123 e deve vir
acompanhada de
base para curto-circuito (shorting cap);
4- A Lâmpada vapor de sódio em conformidade coma a NBR IEC 60662;
5- O dispositivo de fixação do braço deve permitir diâmetro de até 51mm;
6- Porta lâmpada E-40 Ou E-27;
7- Identificação da potência da lâmpada conforme N8.04.21;
8- O sistema de fixação do braço deve permitir um ajuste de mais ou menos 10º;
9- As dimensões dos compartimentos de acessórios, devem ser compatíveis com as
dimensões do
reator integrado.
52
12 .3 Reatores
53
12.4 Braços
54
55
Braço médio com cinta tipo w, para luminária de iluminação pública, que comportam
lâmpadas de 100w, 150w e 250w, tipo BPMW, curvo, tubo em aço carbono zincado, com
ou sem costura, diâmetro de 48mm base em aço carbono laminado com furos ovalados
de 18mm, comprimento de 2.980mm conforme desenho e norma NBR 8158 e 8159.
Braço longo com cinta tipo w, para luminária de iluminação pública, que comportam
lâmpadas de 100w, 150w e 250w, tipo BPNW, curvo, tubo em aço carbono zincado, com
ou sem costura, diâmetro de 48mm base em aço carbono laminado com furos ovalados
de 18mm, comprimento de 4.481mm conforme desenho e norma NBR 8158 e 8159.
12.5 Relés Fotoeletrônicos
56
Rele fotoeletrônico para iluminação pública. Acionamento individual, contatos
normalmente fechados (NF). Tensão de alimentação 105a 305 v, 60 HZ (fase-fase e fase-
neutro), acionamento com diferença de potencial igual a zero sobre os contatos de
comutação, grau de proteção do invólucro IP 65 acionamento com nível de iluminação
em 15 lux e desligamento em 10 lux com uma variação de 10%, desenho e norma NBR
5123.
Notas:
1-Especificação técnica NBR 5123;
2-Tolerância 2% nas dimensões em geral, exceto nas indicadas;
No projeto, serão substituídos os 10.203 relés fotoelétricos por relés fotoeletrônicos, por
apresentarem uma série de vantagens, tais como:
 Redução na taxa de defeitos;
 Aumento na vida útil;
57
 Redução de perdas de energia elétrica;
 Outras.
12.6 Outros equipamentos
Cabo PP de 2,5 mm², 750V: isolação em Composto Termoplástico de Policloreto de Vinilha
PVC-F 70ºC, identificação das veias nas cores PR e AZ, cobertura em composto
Termoplástico de Policloreto de Vinilha Flexível PVC ST1 na cor PRETA, classe 4 ou 5 de
encordoamento, conforme NBR 13249.
Cintas: cinta, parafuso e porca em aço carbono: ABNT-1010 a 1020, laminado. A cinta
deve ser revestida de zinco pelo processo de imersão a quente conforme NBR 6323.
Conector derivação tipo cunha: em liga de cobre (nº 260, cartucho de latão, 70%) com
teor de Zinco máximo de 31,5% para o componente “C”. Liga de cobre, com 95% mínimo
de teor de cobre, para componente “Cunha”. Condutividade do componente "C" 22%
IACS mínimo e componente "Cunha" 36% IACS mínimo.
Conector derivação tipo estribo, a compressão: em liga de alumínio 1100, têmpera 0,
conforme ASTM B221.
12.7 Itens que Compõe a Montagem de um Conjunto de Iluminação Pública
Seguem abaixo os itens/quantidade utilizados nas montagens do conjunto de
iluminação pública por potência, esclarecemos que utilizamos em rede aberta os
conectores: Conector CH ramal III OTM MP- 07-25 e Conector Cunha al 3/0 1/0 AWG 70
mm, em rede onde temos cabos pré reunidos utilizamos os conectores: Piercing 120 mm
(rede compacta). Pode ocorrer variação nas quantidades de conectores e ferragens
durante a execução do projeto em campo, devido a não termos em nosso sistema um
cadastro para esses tipos de equipamentos. * É utilizado mais 1 parafuso de 300mm para
fixação quando o poste é de madeira.
58
13. Construção Padronizada de Unidade de Iluminação Pública
59
13. 1 Alturas média de montagem
60
14 . Modernização do sistema de iluminação pública
14.1 Diagnósticos do Sistema de Iluminação Pública
O diagnóstico do sistema de iluminação pública do município de MOGI DAS CRUZES foi
realizado com base em levantamentos “in loco”: levantamento das características da
rede de distribuição da Concessionária local e das condições física e luminotécnica do
sistema de iluminação pública.
Verificaram-se, por amostragem, nas vias e logradouros, as principais características da
rede de distribuição da Concessionária e da rede de iluminação pública; condições
gerais de conservação do sistema de iluminação pública e interferência da arborização;
tipos de poste e disposição da posteação; tipos de lâmpadas e luminárias; tipo e
classificação da via em função do volume de tráfego de pedestres e de veículos.
A análise luminotécnica foi feita comparando-se os níveis de iluminância média e o fator
de uniformidade de iluminância do sistema de iluminação pública atual, com os valores
recomendados pelas normas brasileiras. Para ilustrar situações típicas do sistema de
iluminação pública de MOGI DAS CRUZES, fez-se o registro fotográfico dos casos
considerados mais representativos.
14. 2 Características da rede de distribuição
a) CONFIGURAÇÃO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO
 Primária (AT): aérea, três fios, disposição horizontal.
 Secundária (BT): aérea, quatro fios, disposição vertical ou multiplexada.
b) NÍVEL DE TENSÃO
 Primária (AT): 13,8 kV;
 Secundária (BT): 220 V (fase/neutro).
c) TIPOS DE CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
 Circuito específico, subterrâneo
61
 Ou alimentação direta pela rede de distribuição BT da Concessionária.
d) TIPO DE COMANDO DE ACIONAMENTO DO SISTEMA DE IP
 Relé fotoelétrico individual;
 Chave de comando em grupo.
e) TIPOS DE LÂMPADAS MAIS UTILIZADOS
 Vapor de mercúrio 125W, 250W e 400W;
 Vapor de sódio 70W, 100W, 150W, 250W e 360W.
f) TIPOS DE LUMINÁRIAS MAIS UTILIZADOS
 Luminária oval fechada e oval aberta (com ou sem vidro) para uma lâmpada.
14. 3 Diagnósticos físicos
O Município de MOGI DAS CRUZES possui artérias com características bastante
semelhantes (padrões) e, de igual modo, as respectivas instalações de iluminação
pública. Assim sendo, as medições, efetuadas por amostragem, englobaram
configurações típicas predominantes, com base nos seguintes aspectos: largura média
das vias; espaçamento entre postes; altura de montagem e características das
instalações de iluminação pública, especificamente, braço, luminária e lâmpada.
 Mínimo 1,10 metros; Média 2,10 metros; Máxima 2,80 metros; Média Geral de 2,00
metros
62
14.4 Registro Fotográfico de Situações Típicas
A seguir apresentamos o registro fotográfico das situações típicas encontradas no
sistema de Iluminação pública do município - luminárias abertas e/ou com acumulo de
sujeira com lâmpada VM 125W, VM 250W e 400W em braço de 1,50, 2,40 e 3,50 metros.
63
O diagnóstico físico do sistema de iluminação pública do município de MOGI DAS
CRUZES, objeto deste projeto, pode ser resumido nas seguintes constatações:
 Luminárias de baixo rendimento e com vida útil ultrapassada;
 Luminárias sem refrator e/ou com acúmulo de sujeira;
 Equipamentos obsoletos;
 Lâmpadas com fluxo luminoso depreciado;
 Espaçamento entre postes impossibilitando o adequado dimensionamento do
sistema de IP;
 Interferência da arborização na iluminação pública;
 Existências de áreas de elevada incidência de vandalismo.
14.5 Diagnósticos luminotécnico
Ressalta-se que, mediante diagnóstico realizado “in loco” no sistema de iluminação
pública a ser
remodelado, constatou-se considerável grau de depreciação das instalações e índices
luminotécnicos abaixo dos valores recomendados pelas normas técnicas, fato que
compromete a segurança pública da população no período noturno, além dos
elevados custos de manutenção advindos da precariedade das instalações. O alto grau
de depreciação das luminárias leva intuitivamente a colocar lâmpadas com potências
maiores como forma de compensação luminotécnica.
64
Devido ao tempo de uso do sistema atual e à depreciação do conjunto
luminária/lâmpada/reator, o rendimento luminoso está bastante deficiente. A
substituição de todo o conjunto por equipamentos integrados altamente eficientes
utilizando tecnologia LED, proporcionam um ganho significativo. Medições coletadas em
campo imputadas em software de cálculo apropriado, juntamente com as curvas das
luminárias de alta performance e eficácia, atestam o ganho de eficiência e índices
luminotécnicos e o atendimento as normas vigentes. Há de considerar-se que, a
padronização e a instalação de equipamentos mais duráveis otimizarão e diminuirão
muito a manutenção de iluminação do município.
14. 6 Critérios de Medição
Utilizou-se o método da malha de medição de iluminâncias, de acordo com as
recomendações das normas brasileiras. Para cada tipo de via estudado, considerou-se
o espaço longitudinal entre duas luminárias ou dois postes (vão) de um mesmo lado da
via e no plano perpendicular às luminárias, ou seja, no pavimento. Na direção
perpendicular da via a malha incluiu todas as faixas de trânsito, e na direção do eixo
longitudinal realizou-se medição com luxímetro em nove pontos. No eixo transversal cada
ponto de medição coincidiu com o centro de cada pista de rolamento, ou um
espaçamento equivalente a meia altura de montagem. Abaixo é apresentado o modelo
da malha de medição adotada e os equipamentos utilizados na aferição.
Os parâmetros medidos e calculados foram os seguintes:
65
 Emáx: valor máximo de iluminância, [lux];
 Emin: iluminância mínima, [lux];
 Emédio: média dos valores de iluminância horizontais medidos, [lux];
 Fu: fator de uniformidade - relação entre a Emin e a Emédia
Equipamentos utilizados
Malha de aferição em campo
66
15. Síntese de Cálculo de Viabilidade Econômica
 Tempo de funcionamento do sistema de iluminação pública: 4.380h/ano.
 Valor da tarifa de iluminação pública B4b de R$ 182,70/MWh. Resolução
Homologatória da ANEEL, nº 1.222 de 18/10/2011, Prorroga a vigência das Tarifas
de EE e TUSD, anexos I e II Res.Hom. 1072 de 05.10.2010;
 A premissa adotada em conformidade com o Manual de Instruções, de
Setembro/2005, onde é considerado viável pelo Reluz, quando sua relação
benefício/custo é maior que a unidade;
 A relação benefício custo do projeto de melhoria é determinada, considerando-
se;
 Como benefício, a redução de demanda e a energia anual economizada e;
Como custo, o investimento total anualizado, de acordo com a vida útil de cada
equipamento instalado;
 Fator de Carga EDP Bandeirante = 70%;
 Os custos unitários evitados de energia e potência foram obtidos com base na
metodologia apresentada no “Manual para Elaboração do Programa Anual de
Combate ao Desperdício de Energia Elétrica” da ANEEL.
67
16. Orçamento
Descrição Quantidade
Preço Unit.
(R$)
Total (R$)
Lâmpadas
LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO TUBULAR 100 W 4.661 11,02 51.364,22
LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO TUBULAR 150 W 1.504 13,06 19.642,24
LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO TUBULAR 250 W 4.038 17,71 71.512,98
Subtotal Lâmpadas 10.203 - 142.519,44
Reatores com Ignitores
REATOR INTEGRADO LÂMP VAPOR DE SÓDIO 100W 4.661 27,47 128.037,67
REATOR INTEGRADO LÂMP VAPOR DE SÓDIO 150W 1.504 40,76 61.303,04
REATOR INTEGRADO LÂMP VAPOR DE SÓDIO 250W 4.038 52,86 213.448,68
Subtotal Reatores c/ Ignitores 10.203 - 402.789,39
Luminárias
LUMINÁRIA PADRONIZADA IP VS 100W 4.661 144,9 675.378,90
LUMINÁRIA PADRONIZADA IP VS 150W 1.504 157,89 237.466,56
LUMINÁRIA PADRONIZADA IP VS 250W 4.038 233,24 941.823,12
Subtotal Luminárias 10.203 - 1.854.668,58
Braços/Suportes
BRAÇO LUMINÁRIA BPM - MÉDIO 3.484 70,34 245.064,56
BRAÇO LUMINÁRIA BPN - LONGO 250 124,99 31.247,50
Subtotal Braços/Suportes 3.734 - 276.312,06
Relés Fotoelétricos e bases
RELÉ FOTOELETRÔNICO 10.203 21,89 223.343,67
Subtotal Relés Fotoelétricos 10.203 - 223.343,67
Kit Instalação
CABO ISOL CU 0,6/1kV PVC 2X2,5mm² C/ COR 60.100,50 1,36 81.736,68
CINTA POSTE AÇO CARB B-8 260mm 14.936 5,5 82.148,00
PARAFUSO ABAUL AÇO CARB M16 X 45mm 7.468 1,52 11.351,36
PARAFUSO ABAUL AÇO CARB M16 X 70mm 14.936 1,27 18.968,72
CONECTOR CH RAMAL III OTM MP-07-25 16.314 1,8 29.365,20
ESTRIBO P/REDE DISTRIBUIÇÃO 16.314 5,39 87.932,46
CONECTOR CUNHA AL 3/0 1/0 AWG 70mm² TP 7 16.314 6,24 101.799,36
CONECTOR PIERCING 120mm 4.092 4,22 17.268,24
Subtotal Outros Equipamentos - - 430.570,02
Subtotal Materiais (1) 3.330.203,16
Transporte
Total 1 16.651,02 16.651,02
Subtotal Transporte (2) 16.651,02
Mão de Obra Contratada
RECURSOS HUMANOS CONTRATADOS 1 624.423,60 624.423,60
Subtotal Mão de Obra (3) 1 - 624.423,60
68
O custo de três placas de obra prevista para esse projeto está incluso no valor estimado
para Administração e acompanhamento. No custo do descarte de materiais nocivos,
além do descarte das lâmpadas, também estão inclusos a recepção e o destino
“incineração” de reatores que possam conter óleo askarel, além de tambores
apropriados para condicionamento e local para sua armazenagem até o destino final
dos materiais nocivos ao meio ambiente.
17. Descarte de Materiais Nocivos
As lâmpadas de descarga contêm o mercúrio metálico, substância tóxica nociva ao ser
humano e ao meio ambiente. Ainda que o impacto sobre o meio ambiente causado por
uma única lâmpada seja desprezível, o somatório das lâmpadas descartadas
anualmente (cerca de 70 milhões só no Brasil) terá efeito sensível sobre os locais onde
são dispostas.
Países do Primeiro Mundo incluem as lâmpadas fluorescentes usadas na lista de resíduos
nocivos ao meio-ambiente, pois essas lâmpadas contêm substâncias químicas que
afetam o ser humano, como o Mercúrio, um metal pesado que uma vez ingerido ou
inalado, causa efeitos desastrosos ao sistema nervoso. Enquanto intacta a lâmpada não
oferece risco. Entretanto ao ser rompida liberará vapor de mercúrio que será aspirado
por quem a manuseia. A contaminação do organismo se dá principalmente através dos
Subtotal Custos Diretos (4) 3.971.277,78
Custos Indiretos
Engenharia, Projeto e Consultoria 1 79.425,56 79.425,56
Recadastramento georeferenciado 1 45.301,32 45.301,32
Administração e Acompanhamento 1 277.989,44 277.989,44
Fiscalização e Emissão de Relatórios 1 126.620,67 126.620,67
Descarte de materiais nocivos 1 22.548,63 22.548,63
Subtotal Custos Indiretos (5) 551.885,62
TOTAL GERAL (4 + 5) 4.523.163,40
69
pulmões. Quando se rompe uma lâmpada fluorescente o mercúrio existente em seu
interior se libera sob a forma de vapor, por um período de tempo variável em função da
temperatura e que pode se estender por várias semanas. Além das lâmpadas
fluorescentes também contêm mercúrio as lâmpadas de vapor de mercúrio
propriamente ditas, as de vapor de sódio e as de luz mista. Se forem lançadas
diretamente em aterros, as lâmpadas contaminam o solo e, mais tarde, os cursos d’água,
Chegando à cadeia alimentar, ao romper-se, quando descartada inadequadamente
no meio ambiente, uma lâmpada fluorescente emite vapores de mercúrio que são
absorvidos pelos organismos vivos, contaminando-os; se forem lançadas em aterro as
lâmpadas contaminam o solo e, mais tarde, os cursos d’água, chegando à cadeia
alimentar. No Brasil, muitos usuários dessas lâmpadas, conscientes do fato e já alertados
pela norma brasileira NBR 10004 que impõe limites rigorosos à presença de mercúrio nos
resíduos sólidos, já estão evitando mais essa contaminação do meio ambiente.
Óleo Ascarel
Seus resíduos são tóxicos e de reconhecida ação carcinogênica (provocam o câncer),
além de causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central. Por isso, em 1981, a
legislação brasileira proibiu a fabricação e comercialização do ascarel, por meio da
Portaria Interministerial MIC/MI/MME nº 19 (de 29/1/81), embora esta mesma portaria
permita a utilização dos equipamentos com ascarel já existentes até o fim de sua vida
útil, cerca de 40 anos. Os óleos que contêm PCBs são conhecidos sob denominações
comerciais, chamados de ascaréis. São compostos organoclorados, o que os colocam
na lista dos POPs (poluentes orgânicos persistentes), não-biodegradáveis, altamente
tóxicos de ação corrosiva e inflamável, capazes de causar efeitos nocivos ao ambiente
e à saúde humana.
Possuem característica lipofílica (solúvel em gorduras), o que facilmente permite sua
chegada até humanos, via ingestão de pescado, por exemplo, os compostos
70
organoclorados causam grandes impactos na natureza devido a três características
básicas: persistência ambiental, bioacumulação e alta toxicidade. A contaminação
tanto do solo como da água, ameaçando, em especial, os lençóis freáticos e a biota
aquática é o principal impacto causado pelo ascarel. Ele é capaz de formar compostos
altamente tóxicos, denominadas dioxinas e furanos, quando exposto a elevadas
temperaturas em caso de incêndios, conhecido como “poluição a quente”.
Os fenômenos de bioacumulação e biomagnificação são potencialidades que
geralmente ocorrem na “poluição a frio”, que consistem na dispersão do ascarel no meio
ambiente por meio de derrames ou vazamentos e que, inevitavelmente, representará
risco para a saúde humana visto que o homem ocupa o topo da cadeia alimentar. Em
concentrações superiores a 50 PPM (partes por milhão) de ascarel, o ambiente é
considerado contaminado.
O maior risco é o vazamento e contaminação, quando ocorre desmonte de
equipamentos com ascarel para venda como sucata.
Destino final
A concessionária aplica procedimentos de segurança no manuseio acondicionamento
e estabelece medidas de segurança Individuais através de treinamento e orientação,
assim como a aquisição de embalagens adequadas para esses materiais, destina as
lâmpadas retiradas e os reatores que possam conter óleo de ascarel às empresas
especializadas que realizam a descontaminação das lâmpadas descartadas e a
incineração e/ou a descontaminação dos reatores. Mercúrio: O processo desenvolvido
e utilizado recupera completamente o mercúrio, ao contrário de alguns processos
utilizados em outros países, que apenas retêm o mercúrio sob a forma de compostos não
voláteis, gerando-se assim um passivo ambiental.
71
Ascarel: A incineração e a descontaminação são as duas possibilidades de destinação
final dos resíduos sólidos dos ascaréis não-permeáveis. A descontaminação vem sendo
a técnica ecologicamente aceita devido ao grande passivo ambiental promovido pelo
processo de incineração, pois as cinzas, produto final da queima, necessitam ser
armazenadas em aterro de Classe I. Já para os rejeitos líquidos e sólidos permeáveis, a
tecnologia aceita comercialmente é a incineração a 1.200oC, onde ocorre absorção
do cloro pela água formando o ácido clorídrico, podendo ser comercializado em
seguida.
A busca de uma solução integrada para um problema ambiental, antecipando-se à
criação de leis específicas sobre a matéria, incorpora outra vantagem: todo o sistema já
implantado, testado e em plena operação poderá servir de paradigma para as
iniciativas legais e normativas que venham a ser tomadas pelos órgãos disciplinadores
da política ambiental. Resoluções normativas que venham a ser exaradas sobre a
destinação das lâmpadas usadas poderão adotar, como base, procedimentos já
comprovados e testados, compatíveis com a realidade brasileira.
Uma das placas do projeto instalada na Avenida Francisco Rodrigues Filho – Cesar de
Souza
72
18. Cronograma físico e financeiro
Cronograma Físico Projeto de Melhoria
Cronograma Financeiro Projeto de Melhoria
73
19. Comentários finais
A Bandeirante tem o compromisso em seu contrato de concessão de oferecer serviços
de fornecimento de qualidade, e deve dispor de um sistema de iluminação pública
moderno e eficiente, o Reluz é um caso a parte dentro do contexto de obrigações
especiais, ainda que a substituição de antigos sistemas por outro de tecnologia mais
econômica implique em eventual redução de consumo faturado, a Iluminação pública
tem um grande impacto na imagem de qualquer concessionária, que é logo percebido
pela população, e refletindo em satisfação de nossos clientes. Os benefícios obtidos
com a execução deste projeto é a implementação da eficiência energética, com
redução do consumo e da demanda no horário de ponta do sistema elétrico, e na
melhoria das condições dos serviços da iluminação pública.
Para a Bandeirante, o projeto contribui para a postergação de investimentos
relacionados à expansão do sistema elétrico e com a redução nos custos de
manutenção do sistema de iluminação pública, devido ao aumento da vida média das
lâmpadas substituídas. A padronização do sistema de iluminação resultante do projeto
contribuirá ainda para uma maior racionalização da compra de materiais e
administração de estoques de materiais de iluminação pública.
 Redução das perdas no sistema elétrico de distribuição;
 Postergação dos investimentos em expansão do sistema de distribuição;
 Redução da demanda no horário de pico;
Para a Prefeitura, o projeto resulta na melhoria da qualidade dos sistemas de iluminação
pública, com a adequação dos níveis de iluminância para deslocamento das pessoas e
dos veículos à noite, favorecendo a segurança e o conforto dos munícipes, contribuindo
para o resgate da socialização noturna e, especialmente, na diminuição no consumo
mensal de energia elétrica, permitindo o direcionamento de recursos obtidos com a
economia nos custos da energia elétrica a outras iniciativas.
74
 Melhora a qualidade da iluminação Pública;
 Favorecimento da Segurança Pública;
 Melhoria da imagem noturna da cidade;
 Incremento das atividades econômicas, turísticas e de lazer;
 Maior satisfação dos munícipes;
 Valorização do patrimônio público;
 Redução dos gastos com a conta de energia elétrica de iluminação pública;
 Padronização do sistema de iluminação pública e redução dos custos de
manutenção.
A conservação da energia elétrica leva à exploração racional dos recursos naturais. Isso
significa que conservar energia elétrica ou combater seu desperdício é a fonte de
produção mais barata e mais limpa que existe, pois não agride o meio ambiente. Desta
forma, a energia conservada, por exemplo, na iluminação Pública eficiente, pode ser
utilizada para iluminar uma escola ou atender um hospital.
 Redução do consumo de energia elétrica no horário de pico;
 Postergação de investimentos em obras de geração e transmissão de energia
elétrica;
 Redução dos impactos sociais e ambientais.
20. Conclusão
Após a realização das medições, a identificação dos fatores que contribuem de maneira
negativa para iluminação pública ficou claro, que atualmente o município tem um
sistema precário e que a intervenção de um projeto de melhoria se faz realmente
necessário. A execução do projeto de eficiência energética no sistema de iluminação
pública no âmbito do programa PROCEL/RELUZ, por meio da substituição dos pontos de
iluminação pública existentes por alternativas de maior eficiência energética e luminosa,
promoverá a redução dos custos de operação e manutenção e a melhoria da
qualidade dos serviços prestados, a modernização e padronização do acervo, a
utilização de equipamentos duráveis e que representem um menor consumo dos
materiais convencionais, irão resultar em vias plenamente iluminadas e com pouco
índice de manutenção por falha de equipamento, o projeto também reduz as perdas
75
técnicas e a demanda no horário de ponta, aliviando os sistemas existentes. No que se
refere a economia, podemos dizer que a conservação da energia elétrica leva à
exploração racional dos recursos naturais. Isso significa que conservar energia elétrica ou
combater seu desperdício é a fonte de produção mais barata e mais limpa que existe,
pois não agride o meio ambiente. Desta forma, a energia conservada, por exemplo, na
iluminação Pública eficiente, pode ser utilizada para iluminar uma escola ou atender
um hospital por exemplo.
Considerando o exposto, é recomendável a realização do projeto.
PROJETO REALIZADO NO MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZES – SP NO ANO DE 2010
Atenciosamente,
Ewerton de Oliveira
Ewerton de Oliveira
Especialista, Projetos de Iluminação Pública
76
Ewerton Oliveira
Especialista em Iluminação Pública, atuou de
2007 a 2011 na elaboração e acompanhamento
dos projetos de Eficiência Energética no âmbito
do programa PROCEL/RELUZ (programa esse da
Eletrobrás junto aos municípios). No ano de 2013,
contribuiu para melhoria da iluminação utilizando
a tecnologia LED da Avenida 23 de Maio, uma das mais movimentadas avenidas do
município de São Paulo, sendo o principal corredor de ligação dos bairros da
subprefeitura da Vila Mariana à região central da cidade. No mesmo ano foi autorizado
pelo ILUME - Departamento de Iluminação Pública da Cidade de São Paulo a participar
dos estudos técnicos e modelagem de projetos de Parceria Público-Privada (PPP) para
o município de São Paulo. Atuou em 2017/2018, na definição das potências de luminárias
para o município de Belo Horizonte MG (1° PPP de IP do Brasil). Atualmente seu trabalho
consiste em otimizar o uso da energia em sistemas de iluminação pública em projetos e
treinamentos pelo Brasil.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Programa de iluminação pública de Mogi das Cruzes

Balanço de Gestão - CET - Companhia de Engenharia de Tráfego - 2001 /2003
Balanço de Gestão - CET -  Companhia de Engenharia de Tráfego - 2001 /2003Balanço de Gestão - CET -  Companhia de Engenharia de Tráfego - 2001 /2003
Balanço de Gestão - CET - Companhia de Engenharia de Tráfego - 2001 /2003Chico Macena
 
DIÁLOGO SOBRE MOBILIDADE OU EXPERIÊNCIAS E INOVAÇÕES IMPLANTADAS E SEUS IMPAC...
DIÁLOGO SOBRE MOBILIDADE OU EXPERIÊNCIAS E INOVAÇÕES IMPLANTADAS E SEUS IMPAC...DIÁLOGO SOBRE MOBILIDADE OU EXPERIÊNCIAS E INOVAÇÕES IMPLANTADAS E SEUS IMPAC...
DIÁLOGO SOBRE MOBILIDADE OU EXPERIÊNCIAS E INOVAÇÕES IMPLANTADAS E SEUS IMPAC...Gabriella Ribeiro
 
Anexo i _projeto_basico_2015-01-06_19_28_50
Anexo i _projeto_basico_2015-01-06_19_28_50Anexo i _projeto_basico_2015-01-06_19_28_50
Anexo i _projeto_basico_2015-01-06_19_28_50Francis Zeman
 
Iluminação publica/projeto basico 2016
Iluminação publica/projeto basico 2016Iluminação publica/projeto basico 2016
Iluminação publica/projeto basico 2016Emilio Viegas
 
Atividades da CET para Sapopemba - 2004
Atividades da CET para Sapopemba - 2004Atividades da CET para Sapopemba - 2004
Atividades da CET para Sapopemba - 2004Chico Macena
 
Atividades em Sapopemba da CET - 2004
Atividades em Sapopemba da CET - 2004Atividades em Sapopemba da CET - 2004
Atividades em Sapopemba da CET - 2004Chico Macena
 
9º Encontro de Direito Digital - Smart Cities - Vitor Amuri Antunes
9º Encontro de Direito Digital - Smart Cities - Vitor Amuri Antunes9º Encontro de Direito Digital - Smart Cities - Vitor Amuri Antunes
9º Encontro de Direito Digital - Smart Cities - Vitor Amuri AntunesDigital Rights.cc
 
CéLulas Metropolitanas Pro2
CéLulas Metropolitanas Pro2CéLulas Metropolitanas Pro2
CéLulas Metropolitanas Pro2giancarlo1972
 
Desenvolvimento i p_no_brasil_-_luciano_haas_rosito
Desenvolvimento i p_no_brasil_-_luciano_haas_rositoDesenvolvimento i p_no_brasil_-_luciano_haas_rosito
Desenvolvimento i p_no_brasil_-_luciano_haas_rositoLucas Dorneles
 
Afetação e Calibração de um Modelo de Tráfego_Relatório
Afetação e Calibração de um Modelo de Tráfego_RelatórioAfetação e Calibração de um Modelo de Tráfego_Relatório
Afetação e Calibração de um Modelo de Tráfego_RelatórioLuis Neto
 
Importância do Plano Municipal de Mobilidade e Transportes - 2004
Importância do Plano Municipal de Mobilidade e Transportes  -  2004Importância do Plano Municipal de Mobilidade e Transportes  -  2004
Importância do Plano Municipal de Mobilidade e Transportes - 2004Chico Macena
 

Semelhante a Programa de iluminação pública de Mogi das Cruzes (20)

Balanço de Gestão - CET - Companhia de Engenharia de Tráfego - 2001 /2003
Balanço de Gestão - CET -  Companhia de Engenharia de Tráfego - 2001 /2003Balanço de Gestão - CET -  Companhia de Engenharia de Tráfego - 2001 /2003
Balanço de Gestão - CET - Companhia de Engenharia de Tráfego - 2001 /2003
 
Mobilidade Urbana em Salvador
Mobilidade Urbana em SalvadorMobilidade Urbana em Salvador
Mobilidade Urbana em Salvador
 
DIÁLOGO SOBRE MOBILIDADE OU EXPERIÊNCIAS E INOVAÇÕES IMPLANTADAS E SEUS IMPAC...
DIÁLOGO SOBRE MOBILIDADE OU EXPERIÊNCIAS E INOVAÇÕES IMPLANTADAS E SEUS IMPAC...DIÁLOGO SOBRE MOBILIDADE OU EXPERIÊNCIAS E INOVAÇÕES IMPLANTADAS E SEUS IMPAC...
DIÁLOGO SOBRE MOBILIDADE OU EXPERIÊNCIAS E INOVAÇÕES IMPLANTADAS E SEUS IMPAC...
 
Bo 21 01-2013-4
Bo 21 01-2013-4Bo 21 01-2013-4
Bo 21 01-2013-4
 
Luminotécnica conceitos
Luminotécnica conceitosLuminotécnica conceitos
Luminotécnica conceitos
 
Anexo i _projeto_basico_2015-01-06_19_28_50
Anexo i _projeto_basico_2015-01-06_19_28_50Anexo i _projeto_basico_2015-01-06_19_28_50
Anexo i _projeto_basico_2015-01-06_19_28_50
 
Iluminação publica/projeto basico 2016
Iluminação publica/projeto basico 2016Iluminação publica/projeto basico 2016
Iluminação publica/projeto basico 2016
 
Atividades da CET para Sapopemba - 2004
Atividades da CET para Sapopemba - 2004Atividades da CET para Sapopemba - 2004
Atividades da CET para Sapopemba - 2004
 
Atividades em Sapopemba da CET - 2004
Atividades em Sapopemba da CET - 2004Atividades em Sapopemba da CET - 2004
Atividades em Sapopemba da CET - 2004
 
9º Encontro de Direito Digital - Smart Cities - Vitor Amuri Antunes
9º Encontro de Direito Digital - Smart Cities - Vitor Amuri Antunes9º Encontro de Direito Digital - Smart Cities - Vitor Amuri Antunes
9º Encontro de Direito Digital - Smart Cities - Vitor Amuri Antunes
 
10 acalmia af
10 acalmia af10 acalmia af
10 acalmia af
 
GERADORES DE TRÁFEGO.pptx
GERADORES DE TRÁFEGO.pptxGERADORES DE TRÁFEGO.pptx
GERADORES DE TRÁFEGO.pptx
 
PUR - A2
PUR - A2PUR - A2
PUR - A2
 
Mobilidade e acessibilidade - 13/09/2012
Mobilidade e acessibilidade - 13/09/2012Mobilidade e acessibilidade - 13/09/2012
Mobilidade e acessibilidade - 13/09/2012
 
CéLulas Metropolitanas Pro2
CéLulas Metropolitanas Pro2CéLulas Metropolitanas Pro2
CéLulas Metropolitanas Pro2
 
Desenvolvimento i p_no_brasil_-_luciano_haas_rosito
Desenvolvimento i p_no_brasil_-_luciano_haas_rositoDesenvolvimento i p_no_brasil_-_luciano_haas_rosito
Desenvolvimento i p_no_brasil_-_luciano_haas_rosito
 
Afetação e Calibração de um Modelo de Tráfego_Relatório
Afetação e Calibração de um Modelo de Tráfego_RelatórioAfetação e Calibração de um Modelo de Tráfego_Relatório
Afetação e Calibração de um Modelo de Tráfego_Relatório
 
Plano cicloviário de Natal
Plano cicloviário de NatalPlano cicloviário de Natal
Plano cicloviário de Natal
 
Cadernos tecnicos vlt
Cadernos tecnicos vltCadernos tecnicos vlt
Cadernos tecnicos vlt
 
Importância do Plano Municipal de Mobilidade e Transportes - 2004
Importância do Plano Municipal de Mobilidade e Transportes  -  2004Importância do Plano Municipal de Mobilidade e Transportes  -  2004
Importância do Plano Municipal de Mobilidade e Transportes - 2004
 

Programa de iluminação pública de Mogi das Cruzes

  • 1. 26 PROGRAMA NACIONAL DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA EFICIENTE Melhoria do Sistema de Iluminação Pública do Município de Mogi das Cruzes – SP Outubro/2009
  • 2. 27 Mogi das Cruzes, 14 de outubro 2009. DCR- BD 2645/2009 A Sua Senhoria, Senhor Ubirajara Rocha Meira Diretor de Tecnologia / Diretoria de Tecnologia Centrais Elétricas Brasileiras – ELETROBRÁS Av. Presidente Vargas, 409 – 13º andar - centro. 20071 – 003 Rios de Janeiro – RJ Assunto: Participação da Bandeirante Energia no Programa Reluz – Município de Mogi das Cruzes. Prezado Senhor, Encaminhamos as informações e os documentos necessários para a participação da Bandeirante Energia S/A no Programa Reluz. Do Projeto detalhado, ora encaminhado, e constante de nosso programa, é previsto a melhoria de 10.203 pontos em sistemas de iluminação pública urbana, correspondente a um investimento de R$ 4.641.724,19 (quatro milhões, seiscentos e quarenta e um mil, setecentos e vinte e quatro reais e dezenove centavos), para o qual solicitamos o financiamento de 75% (setenta e cinco por cento), correspondente a R$ 3.481.293,14 (três milhões, quatrocentos e oitenta e um mil, duzentos e noventa e três reais e catorze centavos). O cumprimento do projeto de melhoria da iluminação pública, como acima citado, proporcionará uma redução de 901,99 kW de demanda no horário de ponta do sistema elétrico e, consequentemente, uma economia no consumo de energia elétrica de 3.950,72 MWh/ano. Na expectativa do pronunciamento favorável de Vossa Senhoria, colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários. Atenciosamente, Ewerton de Oliveira Ewerton de Oliveira Especialista, Projetos de Iluminação Pública
  • 3. 28 Contrato de Financiamento celebrado, Concessionária e o Município em junho 2010 Objeto Constituiu objeto do contrato, o financiamento do “Projeto de Eficiência Energética do Sistema de Iluminação Pública” do MUNICÍPIO, com apoio das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS – PROGRAMA RELUZ, com recursos da RGR – Reserva Global de Reversão.
  • 4. 29
  • 5. 30
  • 6. 31 1. Introdução A iluminação pública é um serviço essencial para os centros urbanos por contribuir, no período noturno, para segurança da população e do tráfego de veículos. A iluminação também se constitui num importante fator para melhoria da imagem das cidades, favorecendo o comércio, o turismo, o esporte e o lazer. Atualmente, em todo o mundo, busca-se a produção de bens e serviços com mínimo custo, o que pode proporcionar aumento da competitividade e melhor alocação de recursos. No caso da iluminação pública, isto pode ser obtido através da implantação de sistemas que satisfaçam os critérios de conservação de energia e de eficiência energética, em outras palavras, o uso racional da energia e a utilização de tecnologias eficientes, permitem melhorar a qualidade e o desempenho e com isso, diminuir perdas e reduzir os gastos com o consumo de energia elétrica e manutenção. A modernização dos parques de iluminação pública, com a adoção de tecnologias mais modernas e eficientes, permite uma evolução na qualidade do serviço e ganhos diretos com a redução no consumo de energia elétrica, a evolução nas tecnologias utilizadas nos sistemas de iluminação vem permitindo que se chegue a níveis melhores de iluminamento com potências cada vez menores.
  • 7. 32 2. Iluminação pública finalidade A iluminação pública é um serviço público de interesse local de competência do município (Inciso V, Art. 30, Constituição Federal), sendo um serviço essencial à qualidade de vida nos centros urbanos, atuando como instrumento de cidadania, permitindo aos habitantes desfrutar, do espaço público no período noturno. Além de estar diretamente ligada à segurança pública no tráfego, a iluminação pública previne a criminalidade, embeleza as áreas urbanas, destaca e valoriza monumentos, prédios e paisagens, facilita a hierarquia viária, orienta percursos e aproveita melhor as áreas de lazer. A iluminação pública contribui diretamente para:  Redução de acidentes noturnos;  Melhoria das condições de vida, principalmente nas comunidades carentes;  Auxílio à proteção policial, com ênfase na segurança dos indivíduos e propriedades;  Facilidade do fluxo do tráfego;  Destaque a edifícios e obras públicas durante à noite;  Eficiência energética. Comissão internacional de iluminação ou CIE (do francês, Commission Internationale de L’Eclairage):  Permitir aos usuários de carros, motocicletas, ciclistas e outros veículos de tração motorizada ou animal trafegar com segurança;  Permitir aos pedestres reconhecer outros pedestres, além de provê-los de uma sensação de segurança;  Melhorar a aparência do ambiente em período noturno.
  • 8. 33 3. Requisitos de iluminância e uniformidade – NBR 5101 A iluminação pública conforme descrito na NBR 5101 tem por objetivo prover luz as ruas, avenidas, calçadas, praças e outras áreas públicas no período noturno ou nos escurecimentos diurnos ocasionais. A norma tem como escopo estabelecer os requisitos mínimos para iluminação de vias públicas, o qual inclui, as calçadas, acostamentos, rotatórias e canteiros centrais, ou seja, toda superfície transitável, de forma a proporcionar segurança aos tráfegos de pedestres e de veículos. O dimensionamento dos níveis de iluminamento na iluminação pública tem sua base na classificação de vias, definidas no Código de Trânsito Brasileiro, em seus artigos 60, 61 e anexo I, “Dos Conceitos e Definições”: VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - Velocidade máxima permitida em lei é de 80 km/h. O acesso é exclusivo com trânsito livre, sem que haja cruzamentos, rotatórias e entroncamentos, não há acessibilidade direta aos bairros e os pedestres ficam impedidos de realizar travessias, pois não há calçadas que garantam a mobilização. VIA ARTERIAL - Velocidade máxima permitida em lei 60km/h. Há cruzamentos, rotatórias e entroncamentos, auxiliadas por semáforos, existe a acessibilidade aos bairros, tem ligações as vias coletoras e vias locais. VIA COLETORA - Velocidade máxima permitida em lei 40km/h. Tipo de via com a função de coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido, arteriais e locais, dentro das regiões da cidade. VIA LOCAL - Velocidade máxima permitida em lei 30km/h. Trata se de via de acesso as residências.
  • 9. 34 VIA RURAL - estradas e rodovias. Com embasamento na classificação acima, a NBR 5101 especifica as condições gerais em relação à cada tipo de via, levando em consideração o volume de tráfego, tanto de veículos, quanto de pedestres, considerando as velocidades regulamentadas em lei e o valor máximo das médias horárias obtidas nos períodos compreendidos entre 18 h e 21 h. Sendo considerado: Leve (até 500 veículos); Médio (de 501 a 1200 veículos) e; Intenso (acima de 1200 veículos). A pedonal (calçada ou passeio) a norma classifica como:  Sem Tráfego (como nas vias arteriais);  Leve (como nas vias residenciais médias);  Médio (como nas vias comercias secundárias) e;  Intenso (como nas vias comerciais principais). A partir dos conceitos e definições mencionados, a NBR 5101 classifica as vias entre as classes de iluminação V1 a V5 para veículos e P1 a P4 para pedestres, sendo as vias com classe V1 e V2 as de maior peso e relevância, onde é maior o risco de acidentes durante o periodo noturno, sendo assim, exigido do sistema um maior nível de iluminação tanto em quantidade, quanto em distribuição da luz, sendo este útimo (o fator de uniformidade) indispensável para impedir sombras acentuadas, assegurando o conforto e a segurança necessária nas vias do município. Com a definição da hierarquia viária, de sua importância, volume de uso, relevância sociocultural e finalidade, a NBR 5101 sugere os valores mínimos de iluminância média e fator de uniformidade. Tabela 1 e 2:
  • 10. 35 Tabela 1: Para volume de trafego motorizado: Classe de Iluminação NBR 5101 Hierarquia viária Volume de Tráfego Iluminância média mínima Eméd. min. lux Fator de uniformidade mínimo U=Emi. /Eméd. V1 Trânsito rápido Intenso 30 0,4 V2 Médio 20 0,3 V1 Arterial Intenso 30 0,4 V2 Médio 20 0,3 V2 Coletora Intenso 20 0,3 V3 Médio 15 0,2 V4 Leve 10 0,2 V4 Local Médio 10 0,2 V5 Leve 5 0,2 Tabela 2: Para utilização de pedestres: 4. Tipologias de iluminação viária estrutura mais encontrada na iluminação pública Em geral o município possui vias com características bastante semelhantes (padrões) e de igual modo, as respectivas instalações de iluminação pública, para essa instrução e projeto é utilizado como parâmetro de arranjo unilateral das luminárias, sendo esse, considerado o cenário mais conservador pois não há influencias das luminárias instaladas Classe de Iluminação NBR 5101 Uso da via por Pedestres Volume de Tráfego Iluminância média mínima Eméd. min. lux Fator de uniformidade mínimo =Emi./Eméd. P1 Uso noturno Intenso Intenso 20 0,3 P2 Grande tráfego noturno Grande 10 0,25 P3 Uso noturno moderado Médio 5 0,2 P4 De pouco uso Leve 3 0,2
  • 11. 36 de lado oposto, como nos arranjos bilaterais ou na somatória dos fluxos das luminárias como ocorre na disposição de canteiro central. Em regra o sistema unilateral deverá prevalecer sobre os demais arranjos, a não ser que a sua instalação seja totalmente inadequada e haja a necessidade de uma outra configuração de arranjo para atender um determinado logradouro. Na figura 1 é representado o campo padrão de arranjo unilateral e na tabela 3 as dimensões de vias de acordo com a sua caracteristica física e a potência da luminária mais comum a ser utilizado em conformidade com essa caracteristica . Figura1- Arranjo unilateral das luminárias: Figura 2 - Bilateral com centros alternados: Este tipo de posicionamento, com as luminárias em ambos os lados da via em um sistema alternado, é normalmente utilizado nos locais em que as distâncias entre fachadas é de 15 m à 18 m ou a distância entre guias esteja compreendida entre 10 m à 13 m, ou excepcionalmente em ruas de grande movimento.
  • 12. 37 Figura 3 - Bilateral com centros opostos: Este tipo de posicionamento, com as luminárias uma em frente a outra, é normalmente utilizado quando a distância entre fachadas é superior a 18 m ou em locais em que as distâncias entre guias é superior a 13 m, ou, excepcionalmente, em ruas de grande movimento. Figura 4 - Central dupla: Este tipo de posicionamento, com duas luminárias instaladas em um único apoio, é normalmente usado em vias com canteiro central estreito.
  • 13. 38 Tabela 3: Dimensões do campo padrão para luminárias de IP (Iluminação Pública) - uso viário Braços, suportes mais usuais na iluminação pública e compatibilidade entre luminárias e postes para iluminação de vias. Tipos de braços Hierarquia viária Potência Luminária (W) H - Altura de montagem (m) D - Distância entre postes (m) L - Largura da via média Tipo I Tipo II Vias Locais 70 6 e 6,5 35 5 7 Vias Locais 100 7 35 7 8 Vias locais e vias coletoras 150 8 e 8,5 35 8 10,5 Vias coletoras e vias arteriais 250 8,5 e 9 35 10,5 12
  • 14. 39 Compatibilidade entre suportes, luminárias e postes para iluminação de vias – Conjuntos m Compatibilidade entre suportes, luminárias e postes para iluminação de vias – Conjuntos montados
  • 15. 40 5. Projeto luminotécnico para atendimento as vias públicas O principal critério para elaboração de um projeto de iluminação pública é adequar a iluminação a real necessidade da via pública, e assim, proporcionar visibilidade para a segurança do tráfego de veículos e pedestres, de forma rápida, precisa e confortável. Os projetos de iluminação pública devem atender aos requisitos específicos, prevendo benefícios econômicos e sociais para os cidadãos, deve ser priorizado o projeto mais eficiente e que consiga adequar à iluminação de forma segura para a visibilidade dos motoristas com o menor custo possível. O projeto leva em conta as seguintes situações para sua elaboração:  Altura da montagem da luminária;  Distância entre pontos luminosos;  Quantidade de luminárias por postes;  Orientação das luminárias nos postes;  Estrutura de iluminação:  Tamanho do braço da luminária;  Ângulo do braço da luminária;  Distribuição de luz na via realizada pela luminária;  Volume do trafego (hierarquia viária);  Redução de demanda (kW);  Redução de perdas;  Redução do custo de serviço;  Atendimento normativo. Para as simulações deverá ser utilizado programa computacional que permita testar diferentes opções de fotometrias, configurações e com isso avaliar rapidamente soluções mais eficientes, há atualmente varios softwres para simulações, exemplo:
  • 16. 41 Gratuitos (DIALUX, RELUX, RADIANCE), Comerciais (AGI32, LUMEN MICRO-DESIGN, RAYFRONT). Dentre os softwares sitados, atualmente o mais utilzado é o DIALUX, da empresa DIAL GmbH, como software padrão de simulação computacional de iluminação viária. O DIALUX é um software gratuito e reconhecido internacionalmente como padrão profissional para projetos de iluminação, sendo adotado pelos maiores fabricantes de luminárias do mundo. Os cenarios de simulacões consistem em arranjos de luminarias dispostas sobre uma linha paralela ao eixo da pista e distanciadas igualmente entre si. O piso e perfeitamente liso e está contido no plano horizontal. O angulo δ é o mesmo para todas as luminarias da simulacão. Para o cálculo será usado uma malha formada por pontos definidos pelas interseções das linhas transversais e longitudinais da via, conforme figura 5. Figura 5 - Malha de Cálculo: Onde:  Espaçamento entre postes: S;  Espaçamento Longitudinal:Sg1= S/16  Largura da faixa de rolamento: fr;  Espaçamento Transversal: Sg1= 0,2.fr;
  • 17. 42 Além disso, a norma define que Sgl ≤ 5m e Sgt ≤ 1m. portanto, a malha de cálculo será composta por 17 colunas de pontos igualmente distribuídas na direção longitudinal e 5 fileiras de pontos em cada faixa de rolamento, os pontos de medicão devem ser dispostos no plano da pista a 0 m de altura desta, a primeira e a última coluna de pontos devem estar contidos sobre linhas transversais que passam pelas luminarias e suas projecões no plano do piso, deve ser considerado fator de manutencão adequado ao local. O projeto deve apresentar os procedimentos, critérios e padrões a serem adotados para a implantação da iluminação de forma eficaz. Deverá ser adotado a definição de Iluminação viária para vias em áreas abertas em conformidade com a classe de iluminação que atenda a NBR 5101. A simulação computacional do novo projeto de iluminação empregando luminárias LED, tem o objetivo da obtenção de alguns parâmetros necessários para se abrir uma licitação de compra de luminárias LED aplicadas em iluminação pública, a partir dos resultados da simulação é possível definir características elétricas e fotométricas das luminárias para se obter o nível de iluminância e uniformidade desejados na via, resultando em melhorias, no que diz respeito a qualidade dos sistemas de iluminação, em especial com a adequação dos níveis de iluminância. 6. Proposta Projeto: Sistema de Iluminação Pública Eficiente Reluz Tipo: Melhoria – eficientização Local Execução: Cidade de Mogi das Cruzes - SP Técnico Responsável: Ewerton de Oliveira 7. Objetivos Referem–se à substituição de lâmpadas, luminárias, reatores e materiais complementares com maior vida útil e maior eficiência para os pontos já existentes no município e que
  • 18. 43 constem no cadastro de Iluminação Pública da Bandeirante. Tendo como meta promover o desenvolvimento de um sistema de iluminação pública mais eficiente e mais econômico, contribuindo para segurança pública, valorizando assim a vida noturna e melhorando a qualidade de vida no município. O projeto tem como principal objetivo à substituição de lâmpadas com baixa e média eficiência na relação lumens por Watt (lâmpadas de vapor de mercúrio e vapor de sódio despadronizadas e com luminárias de baixo rendimento) por lâmpadas de alta eficiência luminosa (vapor de sódio alta pressão). 8. Descrição e Detalhamento Com base em diagnóstico energético realizado, o projeto contemplará a substituição de 10.203 pontos de iluminação pública, ora compostos por lâmpadas de vapor de mercúrio de 125W, 250W e 400W, mistas de 500W e lâmpadas de vapor de sódio de 70W, 100W, 150W, 250W e 360W (despadronizadas), por lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão com potências de 100W, 150W e 250W, conforme detalhado no quadro a seguir: 8.1. Substituições a serem realizadas por tipo e potência de lâmpadas:
  • 19. 44 * as 647 trocas de VS 360W por VS 250W e não por VS 400W como propõe o Manual do Reluz, justifica-se pelo motivo de estarmos usando lâmpadas de VS 250W com 28.500 lumens (acima do sugerido pelo Manual do Reluz de 26.000 lumens). Considerando que estamos utilizando uma luminária eficiente, o resultado a ser conseguido será bastante superior ao que temos hoje. As luminárias de VS 400W somente são utilizadas para pétalas com altura recomendada superior a 10m. Para instalações em braços (como é neste caso), a uniformidade ficará bastante prejudicada, pois teremos muita intensidade com baixa altura (aproximadamente 8m). Espera-se obter uma redução da demanda no horário de ponta da ordem de 1.044,61 kW, uma redução do consumo de aproximadamente 4.575,39 MWh/ano e dos gastos anuais daquela prefeitura estimados em R$ 774.567,77 (setecentos e setenta e quatro mil, quinhentos e sessenta e sete reais e setenta e sete centavos), de acordo com a tarifa vigente B4b de R$ 169,29/MWh. Resolução da ANEEL nº894/2009, de 20/10/2009 – (anexo I). Será substituído no Município de Mogi das Cruzes por completo (braço+luminária) a quantidade de 3.734 pontos de iluminação pública e a substituição parcial (somente luminária) em 6.469 pontos de iluminação pública, totalizando as 10.203 substituições. 9. Abrangência do Projeto O projeto contemplará a totalidade de 33,79% do sistema de iluminação pública do município de Mogi das Cruzes, podendo-se admitir que, a maioria dos bairros, distritos, e vias públicas sejam abrangidas, pelo empreendimento, o sistema existente é composto por 30.196 pontos de iluminação pública, dos quais 10.203 será objeto de intervenção no âmbito do projeto atual, beneficiando uma população de aproximadamente 371.372 (trezentos e setenta e um mil, trezentos e setenta e dois) habitantes.
  • 20. 45 Contribuindo assim com o município de Mogi das Cruzes e permitindo a melhoria da qualidade de vida e a segurança dos cidadãos. E proporcionando um acervo de iluminação pública mais eficiente, e reduzindo os gastos com energia elétrica, um importantíssimo insumo para o desenvolvimento local. 10. Metas e Benefícios Esperados O projeto tem como METAS:  A Substituição de 10.203 pontos de iluminação pública, ora compostos por lâmpadas mistas com potência de 500W, e lâmpadas de vapor de mercúrio de 125W, 250W e 400W e lâmpadas de vapor de sódio despadronizadas de 70W, 100W, 150W, 250W e 360W, por lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão com potências de 100W, 150W e 250W;  A Redução da Demanda no Horário de Ponta da ordem de 1.044,61 kW;  A Redução do Consumo de aproximadamente 4.575,39 MWh/ano;  A Redução dos gastos anuais da Prefeitura de Mogi das Cruzes com o consumo da energia elétrica no sistema de iluminação pública estimados em R$ 774.567,77 (setecentos e setenta e quatro mil quinhentos e sessenta e sete reais e setenta e sete centavos). 11 . Justificativas O parque de iluminação pública do município de MOGI DAS CRUZES possui instalado cerca de 30.196 pontos. Este projeto contempla a eficientização de todo o parque de iluminação, exceto 19.993 pontos já eficientizados anteriormente. Os serviços de operação, manutenção e gestão desse sistema são realizados pela própria BANDEIRANTE ENERGIA S/A. A justificativa para a eficientização de todo o parque é:
  • 21. 46 Potências existente x Potências Propostas a) Substituição de 109 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 500W mista, por luminárias integradas altamente eficientes de 150W com lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições irão reduzir o consumo e deverão diminuir muito a manutenção. b) Substituição de 2.068 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 125W vapor de mercúrio, sendo 2.006 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com lâmpadas vapor de sódio e 62 por luminárias integradas altamente eficientes de 150W com lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições, com reduções de consumo ou nos casos de aumentar a potência para a adequação da iluminação dos logradouros, deverão diminuir muito a manutenção. c) Substituição de 1.005 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 250W vapor de mercúrio, sendo 373 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com lâmpadas vapor de sódio, 632 por luminárias integradas altamente eficientes de 150W com lâmpadas vapor de. Estas substituições, com reduções de consumo, deverão diminuir muito a manutenção. d) Substituição de 3.391 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 400W vapor de mercúrio por 3.391 luminárias integradas altamente eficientes de 250W vapor de sódio. Estas substituições irão reduzir o consumo e deverão diminuir muito a manutenção. e) Substituição de 30 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 70W vapor de sódio, sendo 30 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições, com aumento de consumo ou nos casos de manter a potência para a adequação da iluminação dos logradouros, deverão diminuir muito a manutenção.
  • 22. 47 f) Substituição de 511 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 100W vapor de sódio, sendo 511 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições irão reduzir o consumo e deverão diminuir muito a manutenção. g) Substituição de 1.058 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 150W vapor de sódio, sendo 1.058 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições, com reduções de consumo ou nos casos de manter a potência para a adequação da iluminação dos logradouros, deverão diminuir muito a manutenção. h) Substituição de 1.225 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 250W vapor de sódio, sendo 524 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com lâmpadas vapor de sódio e 701 por luminárias integradas altamente eficientes de 150W com lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições irão reduzir o consumo e deverão diminuir muito a manutenção. i) Substituição de 806 luminárias depreciadas, com lâmpadas de 360W vapor de sódio, sendo 159 por luminárias integradas altamente eficientes de 100W com lâmpadas vapor de sódio e 647 por luminárias integradas altamente eficientes de 250W com lâmpadas vapor de sódio. Estas substituições irão reduzir o consumo e deverão diminuir muito a manutenção. Ressalta-se que, mediante diagnóstico realizado “íon loco” no sistema de iluminação pública a ser remodelado, constatou-se considerável grau de depreciação das instalações e índices luminotécnicos abaixo dos valores recomendados pelas normas técnicas, fato que poderá comprometer a segurança pública da população no período noturno, além dos elevados custos de manutenção advindos da precariedade das instalações. O alto grau de depreciação das luminárias leva intuitivamente a colocar lâmpadas com potências maiores como forma de compensação luminotécnica.
  • 23. 48 O Reluz visa exatamente à implementação de medidas para redução do consumo de energia, imposta pelo racionamento de energia elétrica no país, cuja meta do segmento de iluminação pública é de 35%. Nesse particular, o projeto ora apresentado é de significativa importância para a cidade de MOGI DAS CRUZES, considerando que, por meio da melhoria da eficiência energética de 10.203 pontos de iluminação pública, será obtida uma redução de 1.044,61 kW na demanda de ponta e uma economia no consumo anual de energia elétrica de 35,45%. Ante o exposto, a Prefeitura Municipal de MOGI DAS CRUZES espera a aprovação técnica e a liberação do financiamento do presente projeto, considerando a sua relevante contribuição para a racionalização do consumo de energia elétrica no país e, sobretudo, por assegurar um serviço de iluminação pública de qualidade satisfatória, o que contribui para preservar a segurança dos munícipes, dos turistas e todos aqueles que desfrutam da vida noturna. 12. Características técnicas dos materiais utilizados 12.1 Lâmpadas de descarga de vapor de sódio tubular As lâmpadas de vapor de mercúrio (VM) possuem eficiência luminosa entre 50 e 55 lumens por Watt. Estas lâmpadas serão substituídas por lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão (VSAP) com eficiência situada na faixa de 95 a 125 lumens por Watt, proporcionando importante ganho em eficiência luminosa no sistema. As lâmpadas a serem instaladas possuem as seguintes características:
  • 24. 49
  • 26. 51 Luminária padronizada IP. VS. 100W: Luminária padronizada, tipo fechada, com equipamento incorporado para lâmpada vapor de sódio, potência 100W, corpo em alumínio injetado a alta pressão com tampa de policarbonato, base para relé fotoeletrônico alojamento para equipamentos auxiliares com grau de proteção mínimo I.P 33 refletor estampado em chapa de alumínio, anodizado e selado, soquete E-40, grau de proteção I.P 65 conforme normas NBR 15.129, 5101, NBR IEC 60.598 e EM 50102. Luminária padronizada de IP. VS.150W: Luminária padronizada, tipo fechada, com equipamento incorporado para lâmpada de vapor de sódio, potência 150W, corpo em alumínio injetado a alta pressão com tampa de policarbonato, base para relé fotoeletrônico alojamento para equipamentos auxiliares com grau de proteção mínimo I.P 33 refletor estampado em chapa de alumínio, anodizado e selado, soquete E-40, grau de proteção I.P 65 conforme normas NBR 15.129, 5101, NBR IEC 60.598 e EN 50102. Luminária padronizada de IP.VS/MVM.250W: Luminária padronizada, tipo fechada, com equipamento incorporado para lâmpada de vapor de sódio, potência 250W, corpo em alumínio injetado a alta pressão com tampa de policarbonato, base para relé fotoeletrônico alojamento para equipamentos auxiliares com grau de proteção mínimo I.P 33 refletor estampado em chapa de alumínio, anodizado e selado, soquete E-40, grau de proteção I.P 65 conforme normas NBR 15.129, 5101, NBR IEC 60.598 e EN 50102. Notas Luminárias: 1- A luminária deve estar de acordo com a NTB – 296 -7; 2- Reator a Ignitor devem estar de acordo com NBR 13593 E NBR 13594; 3- Tomada para relé fotoeletrônico deve estar de acordo com a NBR 5123 e deve vir acompanhada de base para curto-circuito (shorting cap); 4- A Lâmpada vapor de sódio em conformidade coma a NBR IEC 60662; 5- O dispositivo de fixação do braço deve permitir diâmetro de até 51mm; 6- Porta lâmpada E-40 Ou E-27; 7- Identificação da potência da lâmpada conforme N8.04.21; 8- O sistema de fixação do braço deve permitir um ajuste de mais ou menos 10º; 9- As dimensões dos compartimentos de acessórios, devem ser compatíveis com as dimensões do reator integrado.
  • 29. 54
  • 30. 55 Braço médio com cinta tipo w, para luminária de iluminação pública, que comportam lâmpadas de 100w, 150w e 250w, tipo BPMW, curvo, tubo em aço carbono zincado, com ou sem costura, diâmetro de 48mm base em aço carbono laminado com furos ovalados de 18mm, comprimento de 2.980mm conforme desenho e norma NBR 8158 e 8159. Braço longo com cinta tipo w, para luminária de iluminação pública, que comportam lâmpadas de 100w, 150w e 250w, tipo BPNW, curvo, tubo em aço carbono zincado, com ou sem costura, diâmetro de 48mm base em aço carbono laminado com furos ovalados de 18mm, comprimento de 4.481mm conforme desenho e norma NBR 8158 e 8159. 12.5 Relés Fotoeletrônicos
  • 31. 56 Rele fotoeletrônico para iluminação pública. Acionamento individual, contatos normalmente fechados (NF). Tensão de alimentação 105a 305 v, 60 HZ (fase-fase e fase- neutro), acionamento com diferença de potencial igual a zero sobre os contatos de comutação, grau de proteção do invólucro IP 65 acionamento com nível de iluminação em 15 lux e desligamento em 10 lux com uma variação de 10%, desenho e norma NBR 5123. Notas: 1-Especificação técnica NBR 5123; 2-Tolerância 2% nas dimensões em geral, exceto nas indicadas; No projeto, serão substituídos os 10.203 relés fotoelétricos por relés fotoeletrônicos, por apresentarem uma série de vantagens, tais como:  Redução na taxa de defeitos;  Aumento na vida útil;
  • 32. 57  Redução de perdas de energia elétrica;  Outras. 12.6 Outros equipamentos Cabo PP de 2,5 mm², 750V: isolação em Composto Termoplástico de Policloreto de Vinilha PVC-F 70ºC, identificação das veias nas cores PR e AZ, cobertura em composto Termoplástico de Policloreto de Vinilha Flexível PVC ST1 na cor PRETA, classe 4 ou 5 de encordoamento, conforme NBR 13249. Cintas: cinta, parafuso e porca em aço carbono: ABNT-1010 a 1020, laminado. A cinta deve ser revestida de zinco pelo processo de imersão a quente conforme NBR 6323. Conector derivação tipo cunha: em liga de cobre (nº 260, cartucho de latão, 70%) com teor de Zinco máximo de 31,5% para o componente “C”. Liga de cobre, com 95% mínimo de teor de cobre, para componente “Cunha”. Condutividade do componente "C" 22% IACS mínimo e componente "Cunha" 36% IACS mínimo. Conector derivação tipo estribo, a compressão: em liga de alumínio 1100, têmpera 0, conforme ASTM B221. 12.7 Itens que Compõe a Montagem de um Conjunto de Iluminação Pública Seguem abaixo os itens/quantidade utilizados nas montagens do conjunto de iluminação pública por potência, esclarecemos que utilizamos em rede aberta os conectores: Conector CH ramal III OTM MP- 07-25 e Conector Cunha al 3/0 1/0 AWG 70 mm, em rede onde temos cabos pré reunidos utilizamos os conectores: Piercing 120 mm (rede compacta). Pode ocorrer variação nas quantidades de conectores e ferragens durante a execução do projeto em campo, devido a não termos em nosso sistema um cadastro para esses tipos de equipamentos. * É utilizado mais 1 parafuso de 300mm para fixação quando o poste é de madeira.
  • 33. 58 13. Construção Padronizada de Unidade de Iluminação Pública
  • 34. 59 13. 1 Alturas média de montagem
  • 35. 60 14 . Modernização do sistema de iluminação pública 14.1 Diagnósticos do Sistema de Iluminação Pública O diagnóstico do sistema de iluminação pública do município de MOGI DAS CRUZES foi realizado com base em levantamentos “in loco”: levantamento das características da rede de distribuição da Concessionária local e das condições física e luminotécnica do sistema de iluminação pública. Verificaram-se, por amostragem, nas vias e logradouros, as principais características da rede de distribuição da Concessionária e da rede de iluminação pública; condições gerais de conservação do sistema de iluminação pública e interferência da arborização; tipos de poste e disposição da posteação; tipos de lâmpadas e luminárias; tipo e classificação da via em função do volume de tráfego de pedestres e de veículos. A análise luminotécnica foi feita comparando-se os níveis de iluminância média e o fator de uniformidade de iluminância do sistema de iluminação pública atual, com os valores recomendados pelas normas brasileiras. Para ilustrar situações típicas do sistema de iluminação pública de MOGI DAS CRUZES, fez-se o registro fotográfico dos casos considerados mais representativos. 14. 2 Características da rede de distribuição a) CONFIGURAÇÃO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO  Primária (AT): aérea, três fios, disposição horizontal.  Secundária (BT): aérea, quatro fios, disposição vertical ou multiplexada. b) NÍVEL DE TENSÃO  Primária (AT): 13,8 kV;  Secundária (BT): 220 V (fase/neutro). c) TIPOS DE CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA  Circuito específico, subterrâneo
  • 36. 61  Ou alimentação direta pela rede de distribuição BT da Concessionária. d) TIPO DE COMANDO DE ACIONAMENTO DO SISTEMA DE IP  Relé fotoelétrico individual;  Chave de comando em grupo. e) TIPOS DE LÂMPADAS MAIS UTILIZADOS  Vapor de mercúrio 125W, 250W e 400W;  Vapor de sódio 70W, 100W, 150W, 250W e 360W. f) TIPOS DE LUMINÁRIAS MAIS UTILIZADOS  Luminária oval fechada e oval aberta (com ou sem vidro) para uma lâmpada. 14. 3 Diagnósticos físicos O Município de MOGI DAS CRUZES possui artérias com características bastante semelhantes (padrões) e, de igual modo, as respectivas instalações de iluminação pública. Assim sendo, as medições, efetuadas por amostragem, englobaram configurações típicas predominantes, com base nos seguintes aspectos: largura média das vias; espaçamento entre postes; altura de montagem e características das instalações de iluminação pública, especificamente, braço, luminária e lâmpada.  Mínimo 1,10 metros; Média 2,10 metros; Máxima 2,80 metros; Média Geral de 2,00 metros
  • 37. 62 14.4 Registro Fotográfico de Situações Típicas A seguir apresentamos o registro fotográfico das situações típicas encontradas no sistema de Iluminação pública do município - luminárias abertas e/ou com acumulo de sujeira com lâmpada VM 125W, VM 250W e 400W em braço de 1,50, 2,40 e 3,50 metros.
  • 38. 63 O diagnóstico físico do sistema de iluminação pública do município de MOGI DAS CRUZES, objeto deste projeto, pode ser resumido nas seguintes constatações:  Luminárias de baixo rendimento e com vida útil ultrapassada;  Luminárias sem refrator e/ou com acúmulo de sujeira;  Equipamentos obsoletos;  Lâmpadas com fluxo luminoso depreciado;  Espaçamento entre postes impossibilitando o adequado dimensionamento do sistema de IP;  Interferência da arborização na iluminação pública;  Existências de áreas de elevada incidência de vandalismo. 14.5 Diagnósticos luminotécnico Ressalta-se que, mediante diagnóstico realizado “in loco” no sistema de iluminação pública a ser remodelado, constatou-se considerável grau de depreciação das instalações e índices luminotécnicos abaixo dos valores recomendados pelas normas técnicas, fato que compromete a segurança pública da população no período noturno, além dos elevados custos de manutenção advindos da precariedade das instalações. O alto grau de depreciação das luminárias leva intuitivamente a colocar lâmpadas com potências maiores como forma de compensação luminotécnica.
  • 39. 64 Devido ao tempo de uso do sistema atual e à depreciação do conjunto luminária/lâmpada/reator, o rendimento luminoso está bastante deficiente. A substituição de todo o conjunto por equipamentos integrados altamente eficientes utilizando tecnologia LED, proporcionam um ganho significativo. Medições coletadas em campo imputadas em software de cálculo apropriado, juntamente com as curvas das luminárias de alta performance e eficácia, atestam o ganho de eficiência e índices luminotécnicos e o atendimento as normas vigentes. Há de considerar-se que, a padronização e a instalação de equipamentos mais duráveis otimizarão e diminuirão muito a manutenção de iluminação do município. 14. 6 Critérios de Medição Utilizou-se o método da malha de medição de iluminâncias, de acordo com as recomendações das normas brasileiras. Para cada tipo de via estudado, considerou-se o espaço longitudinal entre duas luminárias ou dois postes (vão) de um mesmo lado da via e no plano perpendicular às luminárias, ou seja, no pavimento. Na direção perpendicular da via a malha incluiu todas as faixas de trânsito, e na direção do eixo longitudinal realizou-se medição com luxímetro em nove pontos. No eixo transversal cada ponto de medição coincidiu com o centro de cada pista de rolamento, ou um espaçamento equivalente a meia altura de montagem. Abaixo é apresentado o modelo da malha de medição adotada e os equipamentos utilizados na aferição. Os parâmetros medidos e calculados foram os seguintes:
  • 40. 65  Emáx: valor máximo de iluminância, [lux];  Emin: iluminância mínima, [lux];  Emédio: média dos valores de iluminância horizontais medidos, [lux];  Fu: fator de uniformidade - relação entre a Emin e a Emédia Equipamentos utilizados Malha de aferição em campo
  • 41. 66 15. Síntese de Cálculo de Viabilidade Econômica  Tempo de funcionamento do sistema de iluminação pública: 4.380h/ano.  Valor da tarifa de iluminação pública B4b de R$ 182,70/MWh. Resolução Homologatória da ANEEL, nº 1.222 de 18/10/2011, Prorroga a vigência das Tarifas de EE e TUSD, anexos I e II Res.Hom. 1072 de 05.10.2010;  A premissa adotada em conformidade com o Manual de Instruções, de Setembro/2005, onde é considerado viável pelo Reluz, quando sua relação benefício/custo é maior que a unidade;  A relação benefício custo do projeto de melhoria é determinada, considerando- se;  Como benefício, a redução de demanda e a energia anual economizada e; Como custo, o investimento total anualizado, de acordo com a vida útil de cada equipamento instalado;  Fator de Carga EDP Bandeirante = 70%;  Os custos unitários evitados de energia e potência foram obtidos com base na metodologia apresentada no “Manual para Elaboração do Programa Anual de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica” da ANEEL.
  • 42. 67 16. Orçamento Descrição Quantidade Preço Unit. (R$) Total (R$) Lâmpadas LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO TUBULAR 100 W 4.661 11,02 51.364,22 LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO TUBULAR 150 W 1.504 13,06 19.642,24 LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO TUBULAR 250 W 4.038 17,71 71.512,98 Subtotal Lâmpadas 10.203 - 142.519,44 Reatores com Ignitores REATOR INTEGRADO LÂMP VAPOR DE SÓDIO 100W 4.661 27,47 128.037,67 REATOR INTEGRADO LÂMP VAPOR DE SÓDIO 150W 1.504 40,76 61.303,04 REATOR INTEGRADO LÂMP VAPOR DE SÓDIO 250W 4.038 52,86 213.448,68 Subtotal Reatores c/ Ignitores 10.203 - 402.789,39 Luminárias LUMINÁRIA PADRONIZADA IP VS 100W 4.661 144,9 675.378,90 LUMINÁRIA PADRONIZADA IP VS 150W 1.504 157,89 237.466,56 LUMINÁRIA PADRONIZADA IP VS 250W 4.038 233,24 941.823,12 Subtotal Luminárias 10.203 - 1.854.668,58 Braços/Suportes BRAÇO LUMINÁRIA BPM - MÉDIO 3.484 70,34 245.064,56 BRAÇO LUMINÁRIA BPN - LONGO 250 124,99 31.247,50 Subtotal Braços/Suportes 3.734 - 276.312,06 Relés Fotoelétricos e bases RELÉ FOTOELETRÔNICO 10.203 21,89 223.343,67 Subtotal Relés Fotoelétricos 10.203 - 223.343,67 Kit Instalação CABO ISOL CU 0,6/1kV PVC 2X2,5mm² C/ COR 60.100,50 1,36 81.736,68 CINTA POSTE AÇO CARB B-8 260mm 14.936 5,5 82.148,00 PARAFUSO ABAUL AÇO CARB M16 X 45mm 7.468 1,52 11.351,36 PARAFUSO ABAUL AÇO CARB M16 X 70mm 14.936 1,27 18.968,72 CONECTOR CH RAMAL III OTM MP-07-25 16.314 1,8 29.365,20 ESTRIBO P/REDE DISTRIBUIÇÃO 16.314 5,39 87.932,46 CONECTOR CUNHA AL 3/0 1/0 AWG 70mm² TP 7 16.314 6,24 101.799,36 CONECTOR PIERCING 120mm 4.092 4,22 17.268,24 Subtotal Outros Equipamentos - - 430.570,02 Subtotal Materiais (1) 3.330.203,16 Transporte Total 1 16.651,02 16.651,02 Subtotal Transporte (2) 16.651,02 Mão de Obra Contratada RECURSOS HUMANOS CONTRATADOS 1 624.423,60 624.423,60 Subtotal Mão de Obra (3) 1 - 624.423,60
  • 43. 68 O custo de três placas de obra prevista para esse projeto está incluso no valor estimado para Administração e acompanhamento. No custo do descarte de materiais nocivos, além do descarte das lâmpadas, também estão inclusos a recepção e o destino “incineração” de reatores que possam conter óleo askarel, além de tambores apropriados para condicionamento e local para sua armazenagem até o destino final dos materiais nocivos ao meio ambiente. 17. Descarte de Materiais Nocivos As lâmpadas de descarga contêm o mercúrio metálico, substância tóxica nociva ao ser humano e ao meio ambiente. Ainda que o impacto sobre o meio ambiente causado por uma única lâmpada seja desprezível, o somatório das lâmpadas descartadas anualmente (cerca de 70 milhões só no Brasil) terá efeito sensível sobre os locais onde são dispostas. Países do Primeiro Mundo incluem as lâmpadas fluorescentes usadas na lista de resíduos nocivos ao meio-ambiente, pois essas lâmpadas contêm substâncias químicas que afetam o ser humano, como o Mercúrio, um metal pesado que uma vez ingerido ou inalado, causa efeitos desastrosos ao sistema nervoso. Enquanto intacta a lâmpada não oferece risco. Entretanto ao ser rompida liberará vapor de mercúrio que será aspirado por quem a manuseia. A contaminação do organismo se dá principalmente através dos Subtotal Custos Diretos (4) 3.971.277,78 Custos Indiretos Engenharia, Projeto e Consultoria 1 79.425,56 79.425,56 Recadastramento georeferenciado 1 45.301,32 45.301,32 Administração e Acompanhamento 1 277.989,44 277.989,44 Fiscalização e Emissão de Relatórios 1 126.620,67 126.620,67 Descarte de materiais nocivos 1 22.548,63 22.548,63 Subtotal Custos Indiretos (5) 551.885,62 TOTAL GERAL (4 + 5) 4.523.163,40
  • 44. 69 pulmões. Quando se rompe uma lâmpada fluorescente o mercúrio existente em seu interior se libera sob a forma de vapor, por um período de tempo variável em função da temperatura e que pode se estender por várias semanas. Além das lâmpadas fluorescentes também contêm mercúrio as lâmpadas de vapor de mercúrio propriamente ditas, as de vapor de sódio e as de luz mista. Se forem lançadas diretamente em aterros, as lâmpadas contaminam o solo e, mais tarde, os cursos d’água, Chegando à cadeia alimentar, ao romper-se, quando descartada inadequadamente no meio ambiente, uma lâmpada fluorescente emite vapores de mercúrio que são absorvidos pelos organismos vivos, contaminando-os; se forem lançadas em aterro as lâmpadas contaminam o solo e, mais tarde, os cursos d’água, chegando à cadeia alimentar. No Brasil, muitos usuários dessas lâmpadas, conscientes do fato e já alertados pela norma brasileira NBR 10004 que impõe limites rigorosos à presença de mercúrio nos resíduos sólidos, já estão evitando mais essa contaminação do meio ambiente. Óleo Ascarel Seus resíduos são tóxicos e de reconhecida ação carcinogênica (provocam o câncer), além de causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central. Por isso, em 1981, a legislação brasileira proibiu a fabricação e comercialização do ascarel, por meio da Portaria Interministerial MIC/MI/MME nº 19 (de 29/1/81), embora esta mesma portaria permita a utilização dos equipamentos com ascarel já existentes até o fim de sua vida útil, cerca de 40 anos. Os óleos que contêm PCBs são conhecidos sob denominações comerciais, chamados de ascaréis. São compostos organoclorados, o que os colocam na lista dos POPs (poluentes orgânicos persistentes), não-biodegradáveis, altamente tóxicos de ação corrosiva e inflamável, capazes de causar efeitos nocivos ao ambiente e à saúde humana. Possuem característica lipofílica (solúvel em gorduras), o que facilmente permite sua chegada até humanos, via ingestão de pescado, por exemplo, os compostos
  • 45. 70 organoclorados causam grandes impactos na natureza devido a três características básicas: persistência ambiental, bioacumulação e alta toxicidade. A contaminação tanto do solo como da água, ameaçando, em especial, os lençóis freáticos e a biota aquática é o principal impacto causado pelo ascarel. Ele é capaz de formar compostos altamente tóxicos, denominadas dioxinas e furanos, quando exposto a elevadas temperaturas em caso de incêndios, conhecido como “poluição a quente”. Os fenômenos de bioacumulação e biomagnificação são potencialidades que geralmente ocorrem na “poluição a frio”, que consistem na dispersão do ascarel no meio ambiente por meio de derrames ou vazamentos e que, inevitavelmente, representará risco para a saúde humana visto que o homem ocupa o topo da cadeia alimentar. Em concentrações superiores a 50 PPM (partes por milhão) de ascarel, o ambiente é considerado contaminado. O maior risco é o vazamento e contaminação, quando ocorre desmonte de equipamentos com ascarel para venda como sucata. Destino final A concessionária aplica procedimentos de segurança no manuseio acondicionamento e estabelece medidas de segurança Individuais através de treinamento e orientação, assim como a aquisição de embalagens adequadas para esses materiais, destina as lâmpadas retiradas e os reatores que possam conter óleo de ascarel às empresas especializadas que realizam a descontaminação das lâmpadas descartadas e a incineração e/ou a descontaminação dos reatores. Mercúrio: O processo desenvolvido e utilizado recupera completamente o mercúrio, ao contrário de alguns processos utilizados em outros países, que apenas retêm o mercúrio sob a forma de compostos não voláteis, gerando-se assim um passivo ambiental.
  • 46. 71 Ascarel: A incineração e a descontaminação são as duas possibilidades de destinação final dos resíduos sólidos dos ascaréis não-permeáveis. A descontaminação vem sendo a técnica ecologicamente aceita devido ao grande passivo ambiental promovido pelo processo de incineração, pois as cinzas, produto final da queima, necessitam ser armazenadas em aterro de Classe I. Já para os rejeitos líquidos e sólidos permeáveis, a tecnologia aceita comercialmente é a incineração a 1.200oC, onde ocorre absorção do cloro pela água formando o ácido clorídrico, podendo ser comercializado em seguida. A busca de uma solução integrada para um problema ambiental, antecipando-se à criação de leis específicas sobre a matéria, incorpora outra vantagem: todo o sistema já implantado, testado e em plena operação poderá servir de paradigma para as iniciativas legais e normativas que venham a ser tomadas pelos órgãos disciplinadores da política ambiental. Resoluções normativas que venham a ser exaradas sobre a destinação das lâmpadas usadas poderão adotar, como base, procedimentos já comprovados e testados, compatíveis com a realidade brasileira. Uma das placas do projeto instalada na Avenida Francisco Rodrigues Filho – Cesar de Souza
  • 47. 72 18. Cronograma físico e financeiro Cronograma Físico Projeto de Melhoria Cronograma Financeiro Projeto de Melhoria
  • 48. 73 19. Comentários finais A Bandeirante tem o compromisso em seu contrato de concessão de oferecer serviços de fornecimento de qualidade, e deve dispor de um sistema de iluminação pública moderno e eficiente, o Reluz é um caso a parte dentro do contexto de obrigações especiais, ainda que a substituição de antigos sistemas por outro de tecnologia mais econômica implique em eventual redução de consumo faturado, a Iluminação pública tem um grande impacto na imagem de qualquer concessionária, que é logo percebido pela população, e refletindo em satisfação de nossos clientes. Os benefícios obtidos com a execução deste projeto é a implementação da eficiência energética, com redução do consumo e da demanda no horário de ponta do sistema elétrico, e na melhoria das condições dos serviços da iluminação pública. Para a Bandeirante, o projeto contribui para a postergação de investimentos relacionados à expansão do sistema elétrico e com a redução nos custos de manutenção do sistema de iluminação pública, devido ao aumento da vida média das lâmpadas substituídas. A padronização do sistema de iluminação resultante do projeto contribuirá ainda para uma maior racionalização da compra de materiais e administração de estoques de materiais de iluminação pública.  Redução das perdas no sistema elétrico de distribuição;  Postergação dos investimentos em expansão do sistema de distribuição;  Redução da demanda no horário de pico; Para a Prefeitura, o projeto resulta na melhoria da qualidade dos sistemas de iluminação pública, com a adequação dos níveis de iluminância para deslocamento das pessoas e dos veículos à noite, favorecendo a segurança e o conforto dos munícipes, contribuindo para o resgate da socialização noturna e, especialmente, na diminuição no consumo mensal de energia elétrica, permitindo o direcionamento de recursos obtidos com a economia nos custos da energia elétrica a outras iniciativas.
  • 49. 74  Melhora a qualidade da iluminação Pública;  Favorecimento da Segurança Pública;  Melhoria da imagem noturna da cidade;  Incremento das atividades econômicas, turísticas e de lazer;  Maior satisfação dos munícipes;  Valorização do patrimônio público;  Redução dos gastos com a conta de energia elétrica de iluminação pública;  Padronização do sistema de iluminação pública e redução dos custos de manutenção. A conservação da energia elétrica leva à exploração racional dos recursos naturais. Isso significa que conservar energia elétrica ou combater seu desperdício é a fonte de produção mais barata e mais limpa que existe, pois não agride o meio ambiente. Desta forma, a energia conservada, por exemplo, na iluminação Pública eficiente, pode ser utilizada para iluminar uma escola ou atender um hospital.  Redução do consumo de energia elétrica no horário de pico;  Postergação de investimentos em obras de geração e transmissão de energia elétrica;  Redução dos impactos sociais e ambientais. 20. Conclusão Após a realização das medições, a identificação dos fatores que contribuem de maneira negativa para iluminação pública ficou claro, que atualmente o município tem um sistema precário e que a intervenção de um projeto de melhoria se faz realmente necessário. A execução do projeto de eficiência energética no sistema de iluminação pública no âmbito do programa PROCEL/RELUZ, por meio da substituição dos pontos de iluminação pública existentes por alternativas de maior eficiência energética e luminosa, promoverá a redução dos custos de operação e manutenção e a melhoria da qualidade dos serviços prestados, a modernização e padronização do acervo, a utilização de equipamentos duráveis e que representem um menor consumo dos materiais convencionais, irão resultar em vias plenamente iluminadas e com pouco índice de manutenção por falha de equipamento, o projeto também reduz as perdas
  • 50. 75 técnicas e a demanda no horário de ponta, aliviando os sistemas existentes. No que se refere a economia, podemos dizer que a conservação da energia elétrica leva à exploração racional dos recursos naturais. Isso significa que conservar energia elétrica ou combater seu desperdício é a fonte de produção mais barata e mais limpa que existe, pois não agride o meio ambiente. Desta forma, a energia conservada, por exemplo, na iluminação Pública eficiente, pode ser utilizada para iluminar uma escola ou atender um hospital por exemplo. Considerando o exposto, é recomendável a realização do projeto. PROJETO REALIZADO NO MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZES – SP NO ANO DE 2010 Atenciosamente, Ewerton de Oliveira Ewerton de Oliveira Especialista, Projetos de Iluminação Pública
  • 51. 76 Ewerton Oliveira Especialista em Iluminação Pública, atuou de 2007 a 2011 na elaboração e acompanhamento dos projetos de Eficiência Energética no âmbito do programa PROCEL/RELUZ (programa esse da Eletrobrás junto aos municípios). No ano de 2013, contribuiu para melhoria da iluminação utilizando a tecnologia LED da Avenida 23 de Maio, uma das mais movimentadas avenidas do município de São Paulo, sendo o principal corredor de ligação dos bairros da subprefeitura da Vila Mariana à região central da cidade. No mesmo ano foi autorizado pelo ILUME - Departamento de Iluminação Pública da Cidade de São Paulo a participar dos estudos técnicos e modelagem de projetos de Parceria Público-Privada (PPP) para o município de São Paulo. Atuou em 2017/2018, na definição das potências de luminárias para o município de Belo Horizonte MG (1° PPP de IP do Brasil). Atualmente seu trabalho consiste em otimizar o uso da energia em sistemas de iluminação pública em projetos e treinamentos pelo Brasil.