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Revista do AEAAAR - 1ª edição
Definir como será a fachada de um
projeto pode parecer uma tarefa fácil.
Porém, nem sempre é. Muitos fatores
precisam ser levados em consideração e,
principalmente, conhecer as necessidades
do cliente.
A caderneta de obra, também
conhecida como livro de ordens, é um
instrumento de fiscalização e valorização
do profissional responsável na construção
civil.
A Certidão de Acervo Técnico atesta
e garante as atividades realizadas pelos
profissionais da construção civil e que
comprova suas experiências durante a sua
vida profissional e suas competências.
Durante a pandemia, o canal
WhatsApp se tornou um importante
meio de comunicação, sendo a principal
ferramenta de atendimento nos escritórios
descentralizados no interior do Estado.
AEAAAR
Revista
Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Atibaia e Região
Pág. 4
Pág. 5
Pág. 7
Durabilidade nos
sistemas de fachada
Caderneta de Obras:
valorização do
profissional
C.A.T.: garantia
para construção da
carreira profissional
CAU/SP se adapta à
nova realidade
Pág. 3
Associação dos Engenheiros,
Arquitetos e Agrônomos
de Atibaia e Região
2 Revista do AEAAAR - 1ª edição
Associativismo: entidade forte,
profissional valorizado
Expediente
Eventos
Nestes mais de 35 anos de existência, a AEAAAR tem buscado
atuar pela valorização dos profissionais da engenharia, geociências e
arquitetura.
Cumprindo sua função estatutária, atuamos para capacitação
continuada dos nossos profissionais. Buscamos estar presentes nas
discussões e ações que possam diretamente ou indiretamente influenciar
no desempenho das nossas atividades profissionais, participando de
mesas de discussão na esfera municipal e estadual e junto a órgãos
públicos e autarquias.
Temos muitos avanços a comemorar nestas mais de três décadas
de existência, mas queremos e podemos mais. Estamos cientes dos
desafios que se põem diante da engenharia, geociências e arquitetura
na construção do futuro do nosso meio, da nossa cidade e temos
convicção de que a sociedade civil organizada tem papel fundamental
na construção deste futuro.
A força e representatividade de uma entidade civil organizada vem
do engajamento e participação dos seus profissionais, que devem se
utilizar desta estrutura consolidada para discutir e construir alternativas
de melhoria para a vida, não só dos profissionais ligados a esta entidade,
mas da sociedade como um todo.
Lançamos a partir de hoje mais este canal de informação para
fortalecer o vínculo da AEAAAR com seus profissionais e com a
sociedade. Traremos aqui informações relevantes e participaremos a
todos as ações desenvolvidas pela AEAAAR.
E a você profissional de engenharia, geociências e arquitetura,
que ainda não faz parte da nossa associação, estamos esperando você.
Venha participar do nosso time. Entidade forte, profissional forte,
atividade valorizada. #juntos somos mais fortes#
Alexandre Giovani da Silva Zago
Presidente
Diretoria
Presidente
Alexandre Giovani da Silva Zago
Vice Presidente
José Roberto do Prado Junior
Diretor Adm/Patrimônio
Nelson Eduardo Giusti
Diretora Financeira
Christiane Audi de Paula
Diretor Financeiro Adjunto
Paulo Roberto Bonifácio
Diretor de Promoção da Ética,
Exercício Profissional e Educação
Adriana Duarte Cintra
Diretor de Esportes, Lazer,
Cultura e Social
Filipe de Oliveira Verde Selva
Conselho Deliberativo
Luiz Cornélio Schmidt
Renato Barreto Pacitti
Luiz Eduardo Amaral
Douglas Furtuoso
Juliano Aparecido Zanoti
Paulo Eduardo Mamede
Conselho Fiscal
Luiz Cornélio Schmidt
Douglas Furtuoso
Paulo Eduardo Mamede
A Revista AEAAAR é uma publicação
independente da Associação dos
Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de
Atibaia e Região, de cunho informativo e
prestação de serviços aos seus associados.
Os artigos aqui presentes representam
a opinião única de seus autores. Seus
conteúdos poderão ser reproduzidos,
desde que citadas as devidas fontes.
Projeto gráfico: Agência Mokeka
Jornalista Responsável: Armando Teixeira
Junior - MTB: 53.522/SP
Setembro
30 Curso sobre fachadas:
Sistema de Revestimento
Outubro
19 e 21 Curso: Impermeabilização
Novembro
09 e 11 Curso: Reformas
25 Palestra
Dezembro
09 e 10 Entrega de Cesta de Natal
3
Revista do AEAAAR - 1ª edição
Frente às restrições da pandemia
global, O CAU/SP manteve o
atendimento aos profissionais
e às suas necessidades, com a
finalidade de cumprir sua missão
institucional. A autarquia buscou
meios de ampliar a relevância da
profissão na sociedade e, por meio
do contato com as associações,
ampliou a sua participação no
território e aproximou o Conselho
dos profissionais das cidades do
interior.
Uma ação desenvolvida foi
a construção de parcerias com
organizações da sociedade civil
e poder público, como afirma a
presidente do CAU/SP, Catherine
Otondo:
“Observamos também que uma
das ferramentas mais preciosas
de ação desta autarquia é o
lançamento de editais de parcerias e
convênios. Por meio deles, podemos
ampliar a rede de atuação de nosso
Conselho e fazer conhecer o valor
de nosso trabalho, como arquitetos
e urbanistas, para um espectro
mais amplo da sociedade. Assim,
assinamos logo no início do ano
16 contratos de parceria na área
de Assistência Técnica (ATHIS),
e um protocolo de intenções
junto a Secretaria da Pessoa com
Deficiência e Mobilidade Reduzida
[da Prefeitura de São Paulo], e
estamos formulando novos editais,
em frentes amplas, com uma nova
linguagem, a fim de ampliar nosso
campo de atuação”.
Ampliando o alcance
da fiscalização
O CAU/SP encara a
fiscalização como um vetor para
o aperfeiçoamento do exercício
profissional. Devido a isso, a
entidade participa do debate para
a criação de um Plano Nacional de
Fiscalização pelo CAU/BR, a qual
deve se tornar uma ferramenta
importante para a sistematização
de ações na área e unificar os
procedimentos no país.
Segundo o CAU/SP, há dois
projetos em curso: um, voltado para
orientar os profissionais quanto
à importância da fiscalização; e
outro sobre a correta divulgação
dos trabalhos dos arquitetos e
urbanistas no ambiente digital.
Apesar das dificuldades
encontradas devido a pandemia
da SARS-Cov-2, a área de
Fiscalização atendeu a 429
demandas no primeiro semestre.
Ainda há a programação de
expansão do alcance territorial das
ações presenciais.
Ética no exercício da
profissão
De acordo com a autarquia, no
primeiro semestre, foram analisados
95 protocolos de denúncias. Sendo
que 32 tiveram as devidas apurações
concluídas com o encaminhamento
de seis processos para julgamento.
As sanções contra as más
práticas do exercício profissional,
cabe à Comissão de Ética e
Disciplina (CED-CAU/SP), a
qual analisa e julga as denúncias
recebidas. Essa comissão, devido
à pandemia, realiza os trabalhos
por meio de teleconferência em
sua maior parte, respeitando as
orientações dos órgãos de saúde
pública.
O CAU/SP pretende reduzir
o passivo de processos e denúncias
para análise e parecer ao
acrescentar celeridade na fase de
instrução dos processos instaurados
e das análises preliminares.
Novo canal de
atendimento
De janeiro a junho, foram
realizados 36.339 atendimentos.
De acordo com o Conselho, o
Whatsapp foi o principal meio
de comunicação nos escritórios
descentralizados no interior do
Estado, sendo responsável por
23,7% dos atendimentos realizados.
16,4% foram feitos pelo telefone e
58,9% por e-mail.
O atendimento presencial ficou
restrito ao estritamente necessário,
respondendo por 0,02% do total.
Compromisso com a
transparência
O CAU/SP deixou disponível,
para conhecimento público,
essas informações no documento
“Relatório de Gestão Integrado - 1º
semestre2021”, disponívelno Portal
da Transparência do Conselh.
Nesse documento você encontra
informações sobre as diretrizes,
os desafios e o desempenho das
demais áreas do Conselho durante
o primeiro semestre de 2021 e o
plano para os próximos meses.
Catherine Otondo, presidente do CAU/SP.
CAU/SP se adapta à nova realidade, e busca
ampliar atuação de Arquitetos e Urbanistas
Associação dos Engenheiros,
Arquitetos e Agrônomos
de Atibaia e Região
4 Revista do AEAAAR - 1ª edição
O Acervo Técnico e a
Certidão de Acervo Técnico -
CAT, constituem ferramentas
essenciais para a comprovação da
competência técnico-profissional
aos profissionais da Engenharia e
Geociências
Acervo Técnico
É o conjunto das atividades
técnicas desenvolvidas ao longo
da vida do profissional, as quais
foram registradas por meio das
Anotações de Responsabilidade
Técnica, as ART’S. O acervo
pertence sempre e exclusivamente
ao profissional que registrou a
Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART). Portanto, a
capacidade técnico-profissional
de uma pessoa jurídica é sempre
representada pelo conjunto dos
acervos técnicos dos profissionais
integrantes de seu quadro técnico.
O Acervo Técnico poderá ser
solicitado para as obras/serviços
em andamento ou concluídos,
atestando as atividades
declaradas na ART. Portanto, é
de extrema importância declarar
na ART todas as atividades
desempenhadas.
Certidão de Acervo
Técnico
É o documento que certifica,
para efeito legal, as atividades
registradas pelo profissional em seu
Acervo Técnico, comprovando sua
experiência ao longo do exercício
da atividade. Além de comprovar
a experiência do profissional,
confere controle e segurança aos
trabalhos realizados, inclusive
em termos de direitos autorais. A
certidão também é um documento
C.A.T.: garantia para
construção da carreira
profissional
imprescindível para participação
em licitações e concursos públicos
nas áreas da Engenharia e das
Geociências em seus diversos
níveis de atividade, pois comprova
a Capacidade Técnico Profissional
da pessoa jurídica a qual este
profissional está vinculado.
Uma Certidão de Acervo
Técnica rica confere ao profissional
alto valor de mercado.
Existem cinco tipos de certidão
de Acervo Técnico, sendo elas: A
Certidão de Acervo Técnico com
registro de atestado de Atividade
concluída; Certidão de Acervo
Técnico com registro de atestado de
Atividade em andamento; Certidão
de Acervo Técnico sem registro
de atestado; Certidão de Acervo
Técnico com registro de atestado
Complementar; e Certidão de
Acervo Técnico de obra ou serviço
realizado no exterior.
Para a emissão da Certidão de
Acervo Técnico com registro de
atestado (obra concluída ou em
andamento) é necessário enviar
o atestado de conclusão da obra
ou serviço e o formulário de ART
assinado pelo profissional e pelo
contratante. Alguns documentos
opcionais também podem ser
enviados, como o contrato
de vínculo profissional, laudo
técnico com ART (se o atestado
não for assinado por profissional
habilitado). Já para a Certidão
de Acervo Técnico sem registro
de atestado, basta apresentar a
ART assinada pelo contratante
e contratado juntamente com o
habite-se ou alvará de utilização.
A Certidão de Acervo Técnico
deverá ser requerida na jurisdição
do CREA onde foi executada a obra
ou serviço e emitida a respectiva
ART, ou de maneira online. No
Estado de São Paulo, este serviço
está disponível no Portal do
Conselho (www.creasp.org.br) em
Creanet, mediante login e senha. O
profissional deve se atentar para as
seguintes orientações para o envio
dos documentos:
a.	 Estar em formato PDF;
b.	 Estar em orientação
retrato;
c.	 Informações precisam
estar legíveis e não podem estar de
ponta cabeça
d.	 A margem inferior direita
precisa estar livre.
Na licitação pública
Se para fins de licitação o
detalhamentodaobrafornecessário,
essas informações podem constar
no corpo do atestado ou anexo em
planilha rubricada pelo responsável
em todas as folhas. Caso contrário,
este item é opcional.
Esse atestado deve ter os dados
mínimos exigidos pelo anexo IV da
Resolução 1025 do Confea, que
incluem a elaboração em papel
timbrado da contratante ou com
carimbo padronizado do CNPJ;
razão social e CNPJ da contratante
e contratada que executou os
serviços; número do contrato; valor
do contrato; período de realização
da obra ou serviço (dia, mês e ano);
dados qualitativos e quantitativos
(projeto e instalação); equipe
técnica (contendo o nome do
profissional requerente) e assinado
por profissional habilitado.
Clique para acessar o
manual do CAT Online
5
Revista do AEAAAR - 1ª edição
A Caderneta de obras, similar ao
que para o CREA/SP é o livro de
Ordens, é uma ferramenta de con-
trole e valorização para o profissional
Responsável Técnico nas Obras da
Construção Civil.
Este instrumento atesta e compro-
va ao contratante, aos órgãos fiscali-
zadores e à sociedade a participação
de um Profissional Habilitado na con-
dução de determinada obra e serviço.
A caderneta de obras é constituí-
da basicamente de três partes:
1.	 O termo de abertura, onde a
obraédevidamentecadastra-
da e os participantes, contra-
tante e contratado declara-
dos. O Termo de Abertura é
documento obrigatório para
protocolo de projetos na Ci-
dade de Atibaia;
2.	 As vias de vistoria, onde o
Responsável Técnico deve
transcrever suas orientações
e relatar possíveis intercor-
rências ocorridas no can-
teiro. O preenchimento de
ocorrências, das orientações
ou ordens do Profissional
Habilitado na Caderneta são
a garantia para o Profissional
em caso de possíveis sinistros
causados por descumpri-
mentos do transcrito na Ca-
derneta;
3.	 Termo de encerramento,
que em resumo é uma de-
claração de entrega de obra,
nele contratante e contrata-
do, após vistoria realizada
concordam com a entrega
Caderneta de obras: valorização do profissional
Técnico a facilidade de preenchimen-
to da caderneta diretamente no seu
smartphone ou tablet, o que permitiu a
inserção de fotos, e documentos à vis-
toria, agregando qualidade ao relató-
rio, que agora pode ser compartilha-
do imediatamente com a equipe de
obra ou contratante.
O aplicativo trouxe muitas facili-
dades para o profissional, pois agiliza
o preenchimento, aprimora o contro-
le das atividades na obra, e, também,
evita que a caderneta seja extraviada
na obra. Isso gera menos complica-
ções para o engenheiro ou arquiteto
responsável, uma vez que não há a
necessidade de gerar um boletim de
ocorrência sobre o extravio do docu-
mento.
Para as ações de fiscalização que
visam constatar o preenchimento e
manutenção da caderneta no can-
teiro, foi disponibilizado um QR Code
na folha do termo de abertura, que
deve permanecer na obra, sendo
que o agente fiscal pode, com o uso
da câmera do celular apontada para
o QR Code, ter acesso às vistorias ca-
dastradas pelo Responsável Técnico,
comprovando assim sua participação
na obra.
O Aplicativo desenvolvido pela
AEAAAR, em parceria com a TRD
System, já foi apresentado para várias
Associações no Estado sendo reco-
nhecido como ferramenta essencial
para a valorização e proteção do Pro-
fissional no desempenho da atividade
de Direção Técnica.
da obra totalmente conclu-
ída ou não. É uma declara-
ção importante, pois marca
a data do fim da participação
do profissional naquela obra.
O Termo de encerramento
deve obrigatoriamente ser
assinado por contratante e
contratado e é imprescindí-
vel para a solicitação junto
ao Município do alvará de
habite-se ou Utilização.
Para fins de fiscalização por parte
dos órgãos competentes, a caderneta
de obras deve estar acessível no can-
teiro de obras.
Em Atibaia/SP, a Caderneta é re-
gulamentada pela Lei Complementar
530/2007 e pelo Decreto Municipal
5291/2007. A falta do documento no
local da obra ou a falta de preenchi-
mento é considerada infração.
A solicitação da Caderneta de
Obras deve ser feita à Associação dos
Engenheiros Arquitetos e Agrônomos
de Atibaia e Região no site pelo link:
https://aeaaar.com/solicitar-cader-
neta-de-obras/.
Caderneta Digital
A AEAAAR vem trabalhando
desde 2017 para trazer a Caderneta
de Obra para o ambiente digital. O
primeiro passo foi dado em 2019 pos-
sibilitando o requerimento da Cader-
neta e emissão do termo de abertura
por meio do portal da entidade.
A partir disso a AEAAAR criou
um grupo de trabalho para viabilizar
a criação de um aplicativo que possi-
bilitasse ao Profissional Responsável
Manual operacional do
aplicativo
Associação dos Engenheiros,
Arquitetos e Agrônomos
de Atibaia e Região
6 Revista do AEAAAR - 1ª edição
Entre os dias 05 a 07 de
novembro de 2021 será realizada
a feira Construexpo, em Atibaia,
que de olho no crescente mercado
imobiliário e no já aquecido
mercado da construção civil na
região, reunirá construtores,
fornecedores e profissionais da área
com o objetivo de gerar negócios e
apresentar todo potencial da região
para investimentos.
O evento concentrará empresas
dos setores de construção,
imobiliário, sustentável decoração e
paisagismo focadas na realização de
negócios. Ainda na programação da
feira ocorrerão rodadas de palestras
sobre financiamento com técnicos
da CAIXA e com especialistas
do Sebrae para profissionais
de arquitetura e engenharia. A
entidade orientará os participantes
sobre gestão empresarial, finanças e
marketing.
Segundo dados coletados, o
mercado imobiliário está otimista
e prevê crescimento de mais de
30% este ano. Em 2020 houve um
avanço de 57,5% e no primeiro
trimestre de 2021, o volume de
financiamentos à habitação cresceu
113% na comparação com o
mesmo período do ano passado. Os
lançamentos imobiliários dobraram
no segundo trimestre de 2021,
com o lucro das incorporadoras
crescendo 15,5 vezes mais.
“Com este cenário, em 2020,
mesmo com a onda de desemprego
durante a pandemia, foram
criadas 17 mil vagas relacionadas à
construção civil no Brasil, de acordo
com o Cadastro Geral de Empregos
e Desempregados (CAGED)”,
afirma Fernanda Bueno, consultora
SEBRAE. “E para o próximo o ano
o mercado será bastante positivo,
sendo assim, os profissionais e
empresas precisam estar preparados
para aproveitar as oportunidades”,
conclui a consultora.
Para Alexandre Giovani da Silva
Zago, Presidente da Associação
de Engenheiros e Arquitetos de
Atibaia, diz que esses números
também se refletem na região do
interior de São Paulo e garante o
apoio e a presença da Associação
de Engenheiros Arquitetos e
Agrônomos de Atibaia e região no
evento.
A sustentabilidade também
será um dos temas de destaque nos
painéis de palestras ministradas
por especialistas e bioarquitetos,
que abordarão questões sobre a
crise hídrica que assola o Brasil
e o mundo, a crise energética
e informações sobre energias
renováveis.
Otimismo e novos
negócios
AorganizadoradaConstruexpo,
Eliane Dias, fala sobre o otimismo
daáreaparaaretomadaeconômica.
“É a volta dos eventos de negócios
para a região. E uma volta cercada
de otimismo com o crescimento
dos setores de construção civil e
imobiliário. A Construexpo agrega
para toda a região, movimenta a
economia local, valorizando as
conquistas da cidade nesta área”,
afirma Eliane Dias.
Outro ponto relevante na onda
do otimismo é a proximidade que
a pandemia trouxe na relação das
pessoas com as suas moradias.
Com a experiência do home office,
por exemplo, as pessoas passaram
a viver mais tempo dentro de
Construexpo aquece
mercado da construção em
Atibaia e região
suas casas e apartamentos. E,
consequentemente, passaram a ser
mais exigentes com a qualidade e o
conforto que as casas oferecem.
O ressignificar no conceito da
casa em verdadeiramente “lar doce
lar” foi corroborado na pandemia
se tornando no único lugar seguro.
O morar, agora no mundo pós
pandêmico traz um novo olhar
para dentro de casa e as empresas
estão discutindo seus processos em
relação às práticas sustentáveis,
investindo em materiais recicláveis
e processos que impactem menos
com produtos com alta qualidade,
duráveis e atemporais.
Presença da AEAAAR
A Associação dos Engenheiros,
Arquitetos e Agrônomos de Atibaia
e Região estará presente em um
stand no Construexpo com técnicos
que orientarão os participantes do
evento sobre suas atividades e os
benefícios ao ser um associado.
Construexpo Atibaia:
Local do evento: Estação Atibaia.
Apenas 600 metros da Rodovia Fernão
Dias (Avenida Jerônimo de Camargo,
6309, Caetetuba, Atibaia, SP).
Datas e horários: dias 05 e 06 (das
10h às 20h); dia 07 (das 10h às 17h).
Entrada Gratuita
Estacionamento: R$ 15,00
Informações: (11) 96304-4644 –
whatsApp
Inscrições pelo site:
www.construexpo.com.br
Siga: @construexpo_feira (Instagram)
e www.facebook.com/Constru-Expo
7
Revista do AEAAAR - 1ª edição
primeira vista parece uma escolha
óbvia. Por que nós técnicos não nos
dedicamos a encontrar uma técnica
para construir fachadas eternas?
Quando pensamos em fazer
uma fachada indestrutível, em
primeiro momento nos parece ser
a escolha certa, porém quando
entramos em uma construção
antiga, a primeira coisa que vem à
cabeça é como posso modernizá-
la, torná-la com cara de “nova”?
E aí está a resposta: o critério que
consideramos para construir é a
“obsolescência” do sistema, ou seja,
quanto tempo esse sistema ficará
fora de moda ou antiquado, em
quanto tempo o cliente irá substituí-
lo por um novo. Esse período
de utilização, que chamamos de
vida útil, estipula quanto tempo
um sistema será útil para o
usuário e isso dependerá também
do critério estético que agrega
valor ou desvaloriza um imóvel,
especialmente nas fachadas. Nós
não produzimos fachadas eternas
pois, em primeiro lugar, ninguém
realmente quer uma fachada para
sempre, todos querem sempre a
“última moda” em acabamento, o
que valorizará a construção como
um todo.
A obsolescência não é só
observada por questões estéticas,
como também pode ser considerada
por critérios técnicos. Vejamos
Durabilidade dos sistemas de fachada
Por Eng. Jonathas de Alencar Lopes
Especialista em Engenharia Diagnóstica
Algumas vezes já fui
questionado por clientes com a
seguinte pergunta: qual a melhor
técnica construtiva para se executar
uma fachada? Sempre que me
deparo com esse questionamento
tento entender o que isso significa
para aquela pessoa antes de
responder. Se a pessoa em questão
for um construtor de um stand
de vendas, ele não está muito
preocupado com a durabilidade
do sistema, pois logo aquela
construção será desmontada. Do
seu ponto de vista, o melhor sistema
construtivo seria considerado de
rápida execução, fácil de se aplicar,
materiais disponíveis no mercado, e
com um acabamento esteticamente
aceitável. Por outro lado, se o cliente
é o proprietário de um edifício que
tem que manter a edificação em
utilização por um longo período,
sua intenção com essa pergunta
muitas vezes remete à um sistema
construtivo robusto, que tenha alta
durabilidade, manutenibilidade,
baixo custo e baixa periodicidade
de manutenção, portanto minha
resposta sempre será: Depende...!
A escolha do sistema
construtivo parece simples, porém
os aspectos mais importantes não
são considerados pelo cliente.
Entre uma fachada que durará
décadas a fio e outra que terá que
ser reformada periodicamente, à
o exemplo de uma instalação
elétrica de uma residência que
foi projetada há 40 anos quando
não se tinha ideia de como seria
utilizada hoje com aparelhos de ar-
condicionado em vários ambientes,
diversos eletrodomésticos nas
cozinhas (panela elétrica de arroz,
de feijão , churrasqueira elétrica,
micro-ondas, fritadeira elétrica,
entre outras), diversos eletrônicos
(celular, TV, lâmpadas inteligentes,
notebook, assistente inteligente,
câmeras, fechaduras), isso sem
dúvida exige do sistema um critério
técnico de desempenho totalmente
diferente do que foi projetado,
tornando muitas vezes a instalação
obsoleta.
Outro aspecto a considerar
ao construir uma fachada eterna
é o seu custo, pois é desejável que
as fachadas tenham durabilidade,
o que influencia a taxa de
deterioração do material no meio.
As fachadas como estão expostas a
intempéries, estão sujeitas a ação
físico-químico-biológico do meio
onde estão inseridas, assim como
os materiais que as compõem,
o que interfere diretamente na
degradação e periodicidade de
manutenção. Além disso, deseja-
se também manutenibilidade, que
seria a facilidade de se executar a
manutenção que envolve facilidade
de acesso, intelecção e execução
Associação dos Engenheiros,
Arquitetos e Agrônomos
de Atibaia e Região
8 Revista do AEAAAR - 1ª edição
dos processos envolvidos, meios
que garantam a segurança para
os profissionais envolvidos nos
processos de manutenção.
É claro que o ideal seria um
sistema construtivo que agrega
características de durabilidade
máxima e baixíssima manutenção.
Porém, como tudo na vida, em
contrapartida a isso, o custo de
execução se eleva e como vimos
anteriormente, apesar de garantir
alta durabilidade, no fim das
contas, ficará obsoleto antes que
compense. Portanto a durabilidade,
vida útil e desempenho dos sistemas
de fachada devem ser balanceados
pelos construtores e atender a
premissas de projeto que levem
os aspectos mencionados em
consideração. Dentro do estado
da arte, pode-se mencionar a
NBR 15.575 que impõe como
vida útil mínima para o sistema de
vedação vertical externa (SVVE
ou fachada) pelo menos 20 anos,
portanto as fachadas devem durar
pelo menos esse período desde
que sejam atendidos os critérios de
manutenção.
Vamos comparar os dois
sistemas mais utilizados no Brasil,
a fachada revestida com filme de
pintura e a revestida com cerâmica.
Ao verificarmos o critério de
obsolescência, uma fachada em
revestimento cerâmico permanece
com a mesma aparência da sua
concepção até sua reforma por
ser obsoleta, porém uma fachada
pintada tem a “vantagem” de ser
facilmente modernizada com uma
repintura mudando apenas a cor da
tinta, textura, desenhos da pintura.
Já observando o segundo aspecto
a durabilidade e a manutenção,
os revestimentos cerâmicos tem
alta durabilidade ao intemperismo
pois possuem características de
resistência à abrasão, resistência
à ação de ácido e álcalis, tem
extrema facilidade na limpeza de
sua superfície, atingindo décadas
de durabilidade apenas com
lavagem e manutenção das juntas
(rejuntamento e selagem). Por outro
lado, a fachada revestida com filme
de pintura, por se tratar de um filme
milimétrico de polímeros acrílicos,
é facilmente atacado por agentes
biológicos (algas, fungos e bactérias)
que deterioram seu material, é
degradado por radiação ultravioleta
que resseca a película e permite
a entrada de água, a sujidade
impregna provocando alterações
nas características higroscópicas
do material que potencializam
sua degradação, ficando o sistema
atrelado à uma manutenção de
repintura periódica para garantir
o desempenho mínimo esperado
para o sistema.
Podemos concluir que não há
um sistema construtivo ideal, pois
cada um tem suas características
particulares, assim como custo para
execução e manutenção e vida útil
estipulada por período determinado
antes que fique obsoleto. Portanto
deve-se escolher o sistema
construtivo com melhor custo-
benefício a partir das características
e exigências do cliente, e cabe ao
técnico a interpretação ao que
irá atender melhor dependo dos
critérios financeiros, estéticos, de
utilização e de manutenção que
se pretende obter para manter sua
fachada e detalhar em seu projeto.
9
Revista do AEAAAR - 1ª edição
Revista do AEAAAR - AGO - OUT / 2021
P R E V I D Ê N C I A C O M P L E M E N T A R
L I G U E 0 8 0 0 1 6 1 0 0 0 3
W H A T S A P P B U S I N E S S : 1 1 3 2 5 7 - 3 7 5 0
E - M A I L : s p @ m u t u a . c o m . b r
I N S T A G R A M : @ m u t u a . s p
EXISTE UM PLANO DE PREVIDÊNCIA
EXCLUSIVO PARA O PROFISSIONAL DO CREA,
COM A SEGURANÇA DO BANCO DO BRASIL.
UM PLANO COMPLETO, COM COBERTURAS
ADICIONAIS E TAXA ZERO DE CARREGAMENTO.
A RENTABILIDADE?
20,82% NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS.
OUTRO DIFERENCIAL É A TRIBUTAÇÃO DO
IMPOSTO DE RENDA: APENAS NO RESGATE.
É POSSÍVEL, AINDA, DEDUZIR EM ATÉ 12%
DA SUA RENDA BRUTA ANUAL OS VALORES
INVESTIDOS NO TECNOPREV.
ENTRE EM CONTATO COM A MÚTUA-SP E
SEJA PARTICIPANTE!
Administrado por
G
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Revista AEAAAR - 1ª edição

  • 1. 1 Revista do AEAAAR - 1ª edição Definir como será a fachada de um projeto pode parecer uma tarefa fácil. Porém, nem sempre é. Muitos fatores precisam ser levados em consideração e, principalmente, conhecer as necessidades do cliente. A caderneta de obra, também conhecida como livro de ordens, é um instrumento de fiscalização e valorização do profissional responsável na construção civil. A Certidão de Acervo Técnico atesta e garante as atividades realizadas pelos profissionais da construção civil e que comprova suas experiências durante a sua vida profissional e suas competências. Durante a pandemia, o canal WhatsApp se tornou um importante meio de comunicação, sendo a principal ferramenta de atendimento nos escritórios descentralizados no interior do Estado. AEAAAR Revista Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Atibaia e Região Pág. 4 Pág. 5 Pág. 7 Durabilidade nos sistemas de fachada Caderneta de Obras: valorização do profissional C.A.T.: garantia para construção da carreira profissional CAU/SP se adapta à nova realidade Pág. 3
  • 2. Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Atibaia e Região 2 Revista do AEAAAR - 1ª edição Associativismo: entidade forte, profissional valorizado Expediente Eventos Nestes mais de 35 anos de existência, a AEAAAR tem buscado atuar pela valorização dos profissionais da engenharia, geociências e arquitetura. Cumprindo sua função estatutária, atuamos para capacitação continuada dos nossos profissionais. Buscamos estar presentes nas discussões e ações que possam diretamente ou indiretamente influenciar no desempenho das nossas atividades profissionais, participando de mesas de discussão na esfera municipal e estadual e junto a órgãos públicos e autarquias. Temos muitos avanços a comemorar nestas mais de três décadas de existência, mas queremos e podemos mais. Estamos cientes dos desafios que se põem diante da engenharia, geociências e arquitetura na construção do futuro do nosso meio, da nossa cidade e temos convicção de que a sociedade civil organizada tem papel fundamental na construção deste futuro. A força e representatividade de uma entidade civil organizada vem do engajamento e participação dos seus profissionais, que devem se utilizar desta estrutura consolidada para discutir e construir alternativas de melhoria para a vida, não só dos profissionais ligados a esta entidade, mas da sociedade como um todo. Lançamos a partir de hoje mais este canal de informação para fortalecer o vínculo da AEAAAR com seus profissionais e com a sociedade. Traremos aqui informações relevantes e participaremos a todos as ações desenvolvidas pela AEAAAR. E a você profissional de engenharia, geociências e arquitetura, que ainda não faz parte da nossa associação, estamos esperando você. Venha participar do nosso time. Entidade forte, profissional forte, atividade valorizada. #juntos somos mais fortes# Alexandre Giovani da Silva Zago Presidente Diretoria Presidente Alexandre Giovani da Silva Zago Vice Presidente José Roberto do Prado Junior Diretor Adm/Patrimônio Nelson Eduardo Giusti Diretora Financeira Christiane Audi de Paula Diretor Financeiro Adjunto Paulo Roberto Bonifácio Diretor de Promoção da Ética, Exercício Profissional e Educação Adriana Duarte Cintra Diretor de Esportes, Lazer, Cultura e Social Filipe de Oliveira Verde Selva Conselho Deliberativo Luiz Cornélio Schmidt Renato Barreto Pacitti Luiz Eduardo Amaral Douglas Furtuoso Juliano Aparecido Zanoti Paulo Eduardo Mamede Conselho Fiscal Luiz Cornélio Schmidt Douglas Furtuoso Paulo Eduardo Mamede A Revista AEAAAR é uma publicação independente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Atibaia e Região, de cunho informativo e prestação de serviços aos seus associados. Os artigos aqui presentes representam a opinião única de seus autores. Seus conteúdos poderão ser reproduzidos, desde que citadas as devidas fontes. Projeto gráfico: Agência Mokeka Jornalista Responsável: Armando Teixeira Junior - MTB: 53.522/SP Setembro 30 Curso sobre fachadas: Sistema de Revestimento Outubro 19 e 21 Curso: Impermeabilização Novembro 09 e 11 Curso: Reformas 25 Palestra Dezembro 09 e 10 Entrega de Cesta de Natal
  • 3. 3 Revista do AEAAAR - 1ª edição Frente às restrições da pandemia global, O CAU/SP manteve o atendimento aos profissionais e às suas necessidades, com a finalidade de cumprir sua missão institucional. A autarquia buscou meios de ampliar a relevância da profissão na sociedade e, por meio do contato com as associações, ampliou a sua participação no território e aproximou o Conselho dos profissionais das cidades do interior. Uma ação desenvolvida foi a construção de parcerias com organizações da sociedade civil e poder público, como afirma a presidente do CAU/SP, Catherine Otondo: “Observamos também que uma das ferramentas mais preciosas de ação desta autarquia é o lançamento de editais de parcerias e convênios. Por meio deles, podemos ampliar a rede de atuação de nosso Conselho e fazer conhecer o valor de nosso trabalho, como arquitetos e urbanistas, para um espectro mais amplo da sociedade. Assim, assinamos logo no início do ano 16 contratos de parceria na área de Assistência Técnica (ATHIS), e um protocolo de intenções junto a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida [da Prefeitura de São Paulo], e estamos formulando novos editais, em frentes amplas, com uma nova linguagem, a fim de ampliar nosso campo de atuação”. Ampliando o alcance da fiscalização O CAU/SP encara a fiscalização como um vetor para o aperfeiçoamento do exercício profissional. Devido a isso, a entidade participa do debate para a criação de um Plano Nacional de Fiscalização pelo CAU/BR, a qual deve se tornar uma ferramenta importante para a sistematização de ações na área e unificar os procedimentos no país. Segundo o CAU/SP, há dois projetos em curso: um, voltado para orientar os profissionais quanto à importância da fiscalização; e outro sobre a correta divulgação dos trabalhos dos arquitetos e urbanistas no ambiente digital. Apesar das dificuldades encontradas devido a pandemia da SARS-Cov-2, a área de Fiscalização atendeu a 429 demandas no primeiro semestre. Ainda há a programação de expansão do alcance territorial das ações presenciais. Ética no exercício da profissão De acordo com a autarquia, no primeiro semestre, foram analisados 95 protocolos de denúncias. Sendo que 32 tiveram as devidas apurações concluídas com o encaminhamento de seis processos para julgamento. As sanções contra as más práticas do exercício profissional, cabe à Comissão de Ética e Disciplina (CED-CAU/SP), a qual analisa e julga as denúncias recebidas. Essa comissão, devido à pandemia, realiza os trabalhos por meio de teleconferência em sua maior parte, respeitando as orientações dos órgãos de saúde pública. O CAU/SP pretende reduzir o passivo de processos e denúncias para análise e parecer ao acrescentar celeridade na fase de instrução dos processos instaurados e das análises preliminares. Novo canal de atendimento De janeiro a junho, foram realizados 36.339 atendimentos. De acordo com o Conselho, o Whatsapp foi o principal meio de comunicação nos escritórios descentralizados no interior do Estado, sendo responsável por 23,7% dos atendimentos realizados. 16,4% foram feitos pelo telefone e 58,9% por e-mail. O atendimento presencial ficou restrito ao estritamente necessário, respondendo por 0,02% do total. Compromisso com a transparência O CAU/SP deixou disponível, para conhecimento público, essas informações no documento “Relatório de Gestão Integrado - 1º semestre2021”, disponívelno Portal da Transparência do Conselh. Nesse documento você encontra informações sobre as diretrizes, os desafios e o desempenho das demais áreas do Conselho durante o primeiro semestre de 2021 e o plano para os próximos meses. Catherine Otondo, presidente do CAU/SP. CAU/SP se adapta à nova realidade, e busca ampliar atuação de Arquitetos e Urbanistas
  • 4. Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Atibaia e Região 4 Revista do AEAAAR - 1ª edição O Acervo Técnico e a Certidão de Acervo Técnico - CAT, constituem ferramentas essenciais para a comprovação da competência técnico-profissional aos profissionais da Engenharia e Geociências Acervo Técnico É o conjunto das atividades técnicas desenvolvidas ao longo da vida do profissional, as quais foram registradas por meio das Anotações de Responsabilidade Técnica, as ART’S. O acervo pertence sempre e exclusivamente ao profissional que registrou a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Portanto, a capacidade técnico-profissional de uma pessoa jurídica é sempre representada pelo conjunto dos acervos técnicos dos profissionais integrantes de seu quadro técnico. O Acervo Técnico poderá ser solicitado para as obras/serviços em andamento ou concluídos, atestando as atividades declaradas na ART. Portanto, é de extrema importância declarar na ART todas as atividades desempenhadas. Certidão de Acervo Técnico É o documento que certifica, para efeito legal, as atividades registradas pelo profissional em seu Acervo Técnico, comprovando sua experiência ao longo do exercício da atividade. Além de comprovar a experiência do profissional, confere controle e segurança aos trabalhos realizados, inclusive em termos de direitos autorais. A certidão também é um documento C.A.T.: garantia para construção da carreira profissional imprescindível para participação em licitações e concursos públicos nas áreas da Engenharia e das Geociências em seus diversos níveis de atividade, pois comprova a Capacidade Técnico Profissional da pessoa jurídica a qual este profissional está vinculado. Uma Certidão de Acervo Técnica rica confere ao profissional alto valor de mercado. Existem cinco tipos de certidão de Acervo Técnico, sendo elas: A Certidão de Acervo Técnico com registro de atestado de Atividade concluída; Certidão de Acervo Técnico com registro de atestado de Atividade em andamento; Certidão de Acervo Técnico sem registro de atestado; Certidão de Acervo Técnico com registro de atestado Complementar; e Certidão de Acervo Técnico de obra ou serviço realizado no exterior. Para a emissão da Certidão de Acervo Técnico com registro de atestado (obra concluída ou em andamento) é necessário enviar o atestado de conclusão da obra ou serviço e o formulário de ART assinado pelo profissional e pelo contratante. Alguns documentos opcionais também podem ser enviados, como o contrato de vínculo profissional, laudo técnico com ART (se o atestado não for assinado por profissional habilitado). Já para a Certidão de Acervo Técnico sem registro de atestado, basta apresentar a ART assinada pelo contratante e contratado juntamente com o habite-se ou alvará de utilização. A Certidão de Acervo Técnico deverá ser requerida na jurisdição do CREA onde foi executada a obra ou serviço e emitida a respectiva ART, ou de maneira online. No Estado de São Paulo, este serviço está disponível no Portal do Conselho (www.creasp.org.br) em Creanet, mediante login e senha. O profissional deve se atentar para as seguintes orientações para o envio dos documentos: a. Estar em formato PDF; b. Estar em orientação retrato; c. Informações precisam estar legíveis e não podem estar de ponta cabeça d. A margem inferior direita precisa estar livre. Na licitação pública Se para fins de licitação o detalhamentodaobrafornecessário, essas informações podem constar no corpo do atestado ou anexo em planilha rubricada pelo responsável em todas as folhas. Caso contrário, este item é opcional. Esse atestado deve ter os dados mínimos exigidos pelo anexo IV da Resolução 1025 do Confea, que incluem a elaboração em papel timbrado da contratante ou com carimbo padronizado do CNPJ; razão social e CNPJ da contratante e contratada que executou os serviços; número do contrato; valor do contrato; período de realização da obra ou serviço (dia, mês e ano); dados qualitativos e quantitativos (projeto e instalação); equipe técnica (contendo o nome do profissional requerente) e assinado por profissional habilitado. Clique para acessar o manual do CAT Online
  • 5. 5 Revista do AEAAAR - 1ª edição A Caderneta de obras, similar ao que para o CREA/SP é o livro de Ordens, é uma ferramenta de con- trole e valorização para o profissional Responsável Técnico nas Obras da Construção Civil. Este instrumento atesta e compro- va ao contratante, aos órgãos fiscali- zadores e à sociedade a participação de um Profissional Habilitado na con- dução de determinada obra e serviço. A caderneta de obras é constituí- da basicamente de três partes: 1. O termo de abertura, onde a obraédevidamentecadastra- da e os participantes, contra- tante e contratado declara- dos. O Termo de Abertura é documento obrigatório para protocolo de projetos na Ci- dade de Atibaia; 2. As vias de vistoria, onde o Responsável Técnico deve transcrever suas orientações e relatar possíveis intercor- rências ocorridas no can- teiro. O preenchimento de ocorrências, das orientações ou ordens do Profissional Habilitado na Caderneta são a garantia para o Profissional em caso de possíveis sinistros causados por descumpri- mentos do transcrito na Ca- derneta; 3. Termo de encerramento, que em resumo é uma de- claração de entrega de obra, nele contratante e contrata- do, após vistoria realizada concordam com a entrega Caderneta de obras: valorização do profissional Técnico a facilidade de preenchimen- to da caderneta diretamente no seu smartphone ou tablet, o que permitiu a inserção de fotos, e documentos à vis- toria, agregando qualidade ao relató- rio, que agora pode ser compartilha- do imediatamente com a equipe de obra ou contratante. O aplicativo trouxe muitas facili- dades para o profissional, pois agiliza o preenchimento, aprimora o contro- le das atividades na obra, e, também, evita que a caderneta seja extraviada na obra. Isso gera menos complica- ções para o engenheiro ou arquiteto responsável, uma vez que não há a necessidade de gerar um boletim de ocorrência sobre o extravio do docu- mento. Para as ações de fiscalização que visam constatar o preenchimento e manutenção da caderneta no can- teiro, foi disponibilizado um QR Code na folha do termo de abertura, que deve permanecer na obra, sendo que o agente fiscal pode, com o uso da câmera do celular apontada para o QR Code, ter acesso às vistorias ca- dastradas pelo Responsável Técnico, comprovando assim sua participação na obra. O Aplicativo desenvolvido pela AEAAAR, em parceria com a TRD System, já foi apresentado para várias Associações no Estado sendo reco- nhecido como ferramenta essencial para a valorização e proteção do Pro- fissional no desempenho da atividade de Direção Técnica. da obra totalmente conclu- ída ou não. É uma declara- ção importante, pois marca a data do fim da participação do profissional naquela obra. O Termo de encerramento deve obrigatoriamente ser assinado por contratante e contratado e é imprescindí- vel para a solicitação junto ao Município do alvará de habite-se ou Utilização. Para fins de fiscalização por parte dos órgãos competentes, a caderneta de obras deve estar acessível no can- teiro de obras. Em Atibaia/SP, a Caderneta é re- gulamentada pela Lei Complementar 530/2007 e pelo Decreto Municipal 5291/2007. A falta do documento no local da obra ou a falta de preenchi- mento é considerada infração. A solicitação da Caderneta de Obras deve ser feita à Associação dos Engenheiros Arquitetos e Agrônomos de Atibaia e Região no site pelo link: https://aeaaar.com/solicitar-cader- neta-de-obras/. Caderneta Digital A AEAAAR vem trabalhando desde 2017 para trazer a Caderneta de Obra para o ambiente digital. O primeiro passo foi dado em 2019 pos- sibilitando o requerimento da Cader- neta e emissão do termo de abertura por meio do portal da entidade. A partir disso a AEAAAR criou um grupo de trabalho para viabilizar a criação de um aplicativo que possi- bilitasse ao Profissional Responsável Manual operacional do aplicativo
  • 6. Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Atibaia e Região 6 Revista do AEAAAR - 1ª edição Entre os dias 05 a 07 de novembro de 2021 será realizada a feira Construexpo, em Atibaia, que de olho no crescente mercado imobiliário e no já aquecido mercado da construção civil na região, reunirá construtores, fornecedores e profissionais da área com o objetivo de gerar negócios e apresentar todo potencial da região para investimentos. O evento concentrará empresas dos setores de construção, imobiliário, sustentável decoração e paisagismo focadas na realização de negócios. Ainda na programação da feira ocorrerão rodadas de palestras sobre financiamento com técnicos da CAIXA e com especialistas do Sebrae para profissionais de arquitetura e engenharia. A entidade orientará os participantes sobre gestão empresarial, finanças e marketing. Segundo dados coletados, o mercado imobiliário está otimista e prevê crescimento de mais de 30% este ano. Em 2020 houve um avanço de 57,5% e no primeiro trimestre de 2021, o volume de financiamentos à habitação cresceu 113% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os lançamentos imobiliários dobraram no segundo trimestre de 2021, com o lucro das incorporadoras crescendo 15,5 vezes mais. “Com este cenário, em 2020, mesmo com a onda de desemprego durante a pandemia, foram criadas 17 mil vagas relacionadas à construção civil no Brasil, de acordo com o Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (CAGED)”, afirma Fernanda Bueno, consultora SEBRAE. “E para o próximo o ano o mercado será bastante positivo, sendo assim, os profissionais e empresas precisam estar preparados para aproveitar as oportunidades”, conclui a consultora. Para Alexandre Giovani da Silva Zago, Presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Atibaia, diz que esses números também se refletem na região do interior de São Paulo e garante o apoio e a presença da Associação de Engenheiros Arquitetos e Agrônomos de Atibaia e região no evento. A sustentabilidade também será um dos temas de destaque nos painéis de palestras ministradas por especialistas e bioarquitetos, que abordarão questões sobre a crise hídrica que assola o Brasil e o mundo, a crise energética e informações sobre energias renováveis. Otimismo e novos negócios AorganizadoradaConstruexpo, Eliane Dias, fala sobre o otimismo daáreaparaaretomadaeconômica. “É a volta dos eventos de negócios para a região. E uma volta cercada de otimismo com o crescimento dos setores de construção civil e imobiliário. A Construexpo agrega para toda a região, movimenta a economia local, valorizando as conquistas da cidade nesta área”, afirma Eliane Dias. Outro ponto relevante na onda do otimismo é a proximidade que a pandemia trouxe na relação das pessoas com as suas moradias. Com a experiência do home office, por exemplo, as pessoas passaram a viver mais tempo dentro de Construexpo aquece mercado da construção em Atibaia e região suas casas e apartamentos. E, consequentemente, passaram a ser mais exigentes com a qualidade e o conforto que as casas oferecem. O ressignificar no conceito da casa em verdadeiramente “lar doce lar” foi corroborado na pandemia se tornando no único lugar seguro. O morar, agora no mundo pós pandêmico traz um novo olhar para dentro de casa e as empresas estão discutindo seus processos em relação às práticas sustentáveis, investindo em materiais recicláveis e processos que impactem menos com produtos com alta qualidade, duráveis e atemporais. Presença da AEAAAR A Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Atibaia e Região estará presente em um stand no Construexpo com técnicos que orientarão os participantes do evento sobre suas atividades e os benefícios ao ser um associado. Construexpo Atibaia: Local do evento: Estação Atibaia. Apenas 600 metros da Rodovia Fernão Dias (Avenida Jerônimo de Camargo, 6309, Caetetuba, Atibaia, SP). Datas e horários: dias 05 e 06 (das 10h às 20h); dia 07 (das 10h às 17h). Entrada Gratuita Estacionamento: R$ 15,00 Informações: (11) 96304-4644 – whatsApp Inscrições pelo site: www.construexpo.com.br Siga: @construexpo_feira (Instagram) e www.facebook.com/Constru-Expo
  • 7. 7 Revista do AEAAAR - 1ª edição primeira vista parece uma escolha óbvia. Por que nós técnicos não nos dedicamos a encontrar uma técnica para construir fachadas eternas? Quando pensamos em fazer uma fachada indestrutível, em primeiro momento nos parece ser a escolha certa, porém quando entramos em uma construção antiga, a primeira coisa que vem à cabeça é como posso modernizá- la, torná-la com cara de “nova”? E aí está a resposta: o critério que consideramos para construir é a “obsolescência” do sistema, ou seja, quanto tempo esse sistema ficará fora de moda ou antiquado, em quanto tempo o cliente irá substituí- lo por um novo. Esse período de utilização, que chamamos de vida útil, estipula quanto tempo um sistema será útil para o usuário e isso dependerá também do critério estético que agrega valor ou desvaloriza um imóvel, especialmente nas fachadas. Nós não produzimos fachadas eternas pois, em primeiro lugar, ninguém realmente quer uma fachada para sempre, todos querem sempre a “última moda” em acabamento, o que valorizará a construção como um todo. A obsolescência não é só observada por questões estéticas, como também pode ser considerada por critérios técnicos. Vejamos Durabilidade dos sistemas de fachada Por Eng. Jonathas de Alencar Lopes Especialista em Engenharia Diagnóstica Algumas vezes já fui questionado por clientes com a seguinte pergunta: qual a melhor técnica construtiva para se executar uma fachada? Sempre que me deparo com esse questionamento tento entender o que isso significa para aquela pessoa antes de responder. Se a pessoa em questão for um construtor de um stand de vendas, ele não está muito preocupado com a durabilidade do sistema, pois logo aquela construção será desmontada. Do seu ponto de vista, o melhor sistema construtivo seria considerado de rápida execução, fácil de se aplicar, materiais disponíveis no mercado, e com um acabamento esteticamente aceitável. Por outro lado, se o cliente é o proprietário de um edifício que tem que manter a edificação em utilização por um longo período, sua intenção com essa pergunta muitas vezes remete à um sistema construtivo robusto, que tenha alta durabilidade, manutenibilidade, baixo custo e baixa periodicidade de manutenção, portanto minha resposta sempre será: Depende...! A escolha do sistema construtivo parece simples, porém os aspectos mais importantes não são considerados pelo cliente. Entre uma fachada que durará décadas a fio e outra que terá que ser reformada periodicamente, à o exemplo de uma instalação elétrica de uma residência que foi projetada há 40 anos quando não se tinha ideia de como seria utilizada hoje com aparelhos de ar- condicionado em vários ambientes, diversos eletrodomésticos nas cozinhas (panela elétrica de arroz, de feijão , churrasqueira elétrica, micro-ondas, fritadeira elétrica, entre outras), diversos eletrônicos (celular, TV, lâmpadas inteligentes, notebook, assistente inteligente, câmeras, fechaduras), isso sem dúvida exige do sistema um critério técnico de desempenho totalmente diferente do que foi projetado, tornando muitas vezes a instalação obsoleta. Outro aspecto a considerar ao construir uma fachada eterna é o seu custo, pois é desejável que as fachadas tenham durabilidade, o que influencia a taxa de deterioração do material no meio. As fachadas como estão expostas a intempéries, estão sujeitas a ação físico-químico-biológico do meio onde estão inseridas, assim como os materiais que as compõem, o que interfere diretamente na degradação e periodicidade de manutenção. Além disso, deseja- se também manutenibilidade, que seria a facilidade de se executar a manutenção que envolve facilidade de acesso, intelecção e execução
  • 8. Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Atibaia e Região 8 Revista do AEAAAR - 1ª edição dos processos envolvidos, meios que garantam a segurança para os profissionais envolvidos nos processos de manutenção. É claro que o ideal seria um sistema construtivo que agrega características de durabilidade máxima e baixíssima manutenção. Porém, como tudo na vida, em contrapartida a isso, o custo de execução se eleva e como vimos anteriormente, apesar de garantir alta durabilidade, no fim das contas, ficará obsoleto antes que compense. Portanto a durabilidade, vida útil e desempenho dos sistemas de fachada devem ser balanceados pelos construtores e atender a premissas de projeto que levem os aspectos mencionados em consideração. Dentro do estado da arte, pode-se mencionar a NBR 15.575 que impõe como vida útil mínima para o sistema de vedação vertical externa (SVVE ou fachada) pelo menos 20 anos, portanto as fachadas devem durar pelo menos esse período desde que sejam atendidos os critérios de manutenção. Vamos comparar os dois sistemas mais utilizados no Brasil, a fachada revestida com filme de pintura e a revestida com cerâmica. Ao verificarmos o critério de obsolescência, uma fachada em revestimento cerâmico permanece com a mesma aparência da sua concepção até sua reforma por ser obsoleta, porém uma fachada pintada tem a “vantagem” de ser facilmente modernizada com uma repintura mudando apenas a cor da tinta, textura, desenhos da pintura. Já observando o segundo aspecto a durabilidade e a manutenção, os revestimentos cerâmicos tem alta durabilidade ao intemperismo pois possuem características de resistência à abrasão, resistência à ação de ácido e álcalis, tem extrema facilidade na limpeza de sua superfície, atingindo décadas de durabilidade apenas com lavagem e manutenção das juntas (rejuntamento e selagem). Por outro lado, a fachada revestida com filme de pintura, por se tratar de um filme milimétrico de polímeros acrílicos, é facilmente atacado por agentes biológicos (algas, fungos e bactérias) que deterioram seu material, é degradado por radiação ultravioleta que resseca a película e permite a entrada de água, a sujidade impregna provocando alterações nas características higroscópicas do material que potencializam sua degradação, ficando o sistema atrelado à uma manutenção de repintura periódica para garantir o desempenho mínimo esperado para o sistema. Podemos concluir que não há um sistema construtivo ideal, pois cada um tem suas características particulares, assim como custo para execução e manutenção e vida útil estipulada por período determinado antes que fique obsoleto. Portanto deve-se escolher o sistema construtivo com melhor custo- benefício a partir das características e exigências do cliente, e cabe ao técnico a interpretação ao que irá atender melhor dependo dos critérios financeiros, estéticos, de utilização e de manutenção que se pretende obter para manter sua fachada e detalhar em seu projeto.
  • 9. 9 Revista do AEAAAR - 1ª edição Revista do AEAAAR - AGO - OUT / 2021 P R E V I D Ê N C I A C O M P L E M E N T A R L I G U E 0 8 0 0 1 6 1 0 0 0 3 W H A T S A P P B U S I N E S S : 1 1 3 2 5 7 - 3 7 5 0 E - M A I L : s p @ m u t u a . c o m . b r I N S T A G R A M : @ m u t u a . s p EXISTE UM PLANO DE PREVIDÊNCIA EXCLUSIVO PARA O PROFISSIONAL DO CREA, COM A SEGURANÇA DO BANCO DO BRASIL. UM PLANO COMPLETO, COM COBERTURAS ADICIONAIS E TAXA ZERO DE CARREGAMENTO. A RENTABILIDADE? 20,82% NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS. OUTRO DIFERENCIAL É A TRIBUTAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA: APENAS NO RESGATE. É POSSÍVEL, AINDA, DEDUZIR EM ATÉ 12% DA SUA RENDA BRUTA ANUAL OS VALORES INVESTIDOS NO TECNOPREV. ENTRE EM CONTATO COM A MÚTUA-SP E SEJA PARTICIPANTE! Administrado por G E C O M / 2 0 2 1 C O N H E Ç A U M D O S B E N E F Í C I O S D A M Ú T U A : B E N E F Í C I O S R E E M B O L S Á V E I S B E N E F Í C I O S S O C I A I S T E C N O P R E V C L U B E M Ú T U A D E V A N T A G E N S V A M O S C O N V E R S A R S O B R E O S E U F U T U R O ?